Resident Evil: A Cidade Maldita escrita por Lerd


Capítulo 13
Capítulo XII – A Mulher e o Homem


Notas iniciais do capítulo

O tal mercenário que aparece no capítulo e atira em Roy, é um personagem de uma fanfiction de um conhecido. Fizemos um crossover. O personagem está em busca de uma dita "mulher careca", outra personagem desse meu amigo. O motivo de ele atirar em Roy, é porque esse meu personagem trabalha para a Umbrella, enquanto o atirador trabalha para a NeoDay, rival da nossa querida empresa do guarda-chuva.



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  Ky e Leona estavam passando pela recepção do hospital quando a garota desmaiou. “Ela deve estar muito fraca. Tenho que encontrar algo para alimentá-la.“, o garoto pensou. Começou, em vão, procurar algo que servisse como comida. Pelo jeito eles não sairiam do hospital tão cedo...

 

-

 

- Cuidado Roy, vai mais devagar. – Bastion disse, segurando o ombro do parceiro.

O outro olhou para Bastion, sorriu e disse:

- Eu sei me cuidar...

Os dois seguiam lado a lado, com duas facas empunhadas. As tais facas de D. Bastion ia um pouco à frente, como a proteger Roy. Tinha medo que qualquer coisa acontecesse a ele. “Mas parece que ele não tem a mesma preocupação comigo.”, pensou. Foi retirado de seus pensamentos por uma mulher que mirava a arma neles:

- Espere, não somos zumbis. – Roy disse assustado.

A mulher abaixou a arma e suspirou. Bastion sorriu. A mulher retribui o sorriso, dizendo:

- Desculpem-me. Acho que exagerei. Meu nome é Jill. Jill Valentine. – Estendeu o braço para um aperto de mão.

- Eu sou Roy e este é o Bastion. – Roy disse, cumprimentando-a.

O corredor onde eles estavam era bem pequeno. Havia algumas janelas em ambos os lados, todas “protegidas” por tábuas e ripas de madeira. Quem quer que as tenham pregado lá, não queria que as criaturas entrassem.

- Você é policial? – Bastion perguntou a mulher, enquanto andavam pelo corredor.

Jill pensou por algum tempo e respondeu:

- Podemos dizer que sim.

- Sabe onde podemos encontrar alguma arma? – Roy perguntou.

Jill ficou em silencio por alguns segundos. Parecia que ela estava mergulhada em pensamentos...

- Mais ou menos. Sei onde pode haver armas sim, mas é não é um lugar muito seguro.

A pergunta foi instantânea:

- Onde?

- Naquela sala ali. – Jill disse apontando para a sala onde eram realizados os interrogatórios. Havia duas pistolas em cima da mesa. Essa sala dividia janela com uma outra, que ficava ao lado e possuía uma porta de aço. Essa por sua vez estava trancada e dentro dela estava uma criatura. Uma com jeito de aranha, sem pele e com o cérebro recobrindo todo seu rosto. Jill continuou: - Ao entrarem estarão correndo o risco da criatura quebrar o vidro e atacar vocês.

Roy pensou por algum tempo e disse para a mulher:

- Você me empresta sua arma por alguns instantes?

Jill ficou pensativa. Olhou para Bastion, que concordou com a cabeça.

- Tudo bem. – Disse ela, entregando a arma para o rapaz.

Roy seguiu até a porta da sala. Abriu-a cuidadosamente. Entrou. Pôde observar a criatura, do outro lado do vidro. Ao lado dela estava um corpo de uma pessoa, morta. Suspirou. As pistolas estavam em cima da mesa, acompanhadas de três caixas de munição. Pegou a primeira pistola e a guardou em seu bolso. Em seguida fez o mesmo com a segunda. Ao pegar a primeira caixa de munição e coloca-la no bolso olhou para o lado. Pôde ver claramente o momento em que a criatura quebrou o vidro. Roy saiu correndo, deixando para trás as caixas de munição. Fechou a porta no exato momento em que a criatura ia atacá-lo.

- Ele vai abrir essa porta rapidinho. Dê-me a arma. – Jill disse. O rapaz obedeceu e ficou observando a mulher de arma empunhada, esperando a criatura sair. Quando ela o fez, Jill disparou vários tiros. Em poucos segundos a tal criatura estava morta. – Maldito Licker! – Disse ela, cuspindo na aberração.

- Uau! – Foi à única coisa que Bastion conseguiu dizer. A mulher sentou-se no chão e ficou ali por um bom tempo.

 

- Bom, agora eu preciso ir. – Disse ela.

- Você não vai vir com a gente? – Roy perguntou.

A mulher deu um sorrisinho sarcástico e disse:

- Não me levem a mal, mas... Acho que vocês ficarão melhores sem mim.

Roy observou inconformado, a mulher sumir por entre os corredores. Bastion abraçou-o e sorriu:

- Vamos voltar para o hall, a D. deve estar nos esperando.

 

-

 

D. correu. Correu até suas pernas cansarem. As lágrimas em seu rosto haviam secado e agora se misturavam com seu suor. Ao se dar conta, estava novamente no hall da R.P.D. “Não posso esperar Roy e Bastion. Se o fizer, eles irão se sentir pressionados em ir comigo. Além do mais, eles já devem estar armados. Acho que a minha presença aqui só iria atrapalhá-los.”, pensou. A garota abriu a enorme porta da R.P.D. Foi surpreendida por um homem que mirava a arma na cabeça dela.

- Parada ou eu atiro!

D. ergueu seus braços e ficou encarando o tal homem.

- Por acaso você não viu nenhuma mulher careca aí dentro? – Perguntou ele, com olhar sério.

A garota ficou alguns instantes em silêncio. Quem era aquele homem? De onde ele havia surgido? Que diabos ele queria com a tal mulher careca? Com estava correndo perigo de morte, resolveu responder a pergunta:

- Não. Eu não vi nenhuma mulher careca por aqui.

- Qual seu nome? – Perguntou ele.

- D. – A garota respondeu friamente.

O homem ficou pensativo. Era melhor não confiar naquela mulher cujo nome era uma letra. Ele deveria entrar e ver com seus próprios olhos. Abaixou a arma e seguiu em direção a porta:

- Não entre. Há uma criatura aí dentro. Ele matou meu anjo da guarda... – Lágrimas começaram a saltar dos olhos de D.

- Seu o quê?

- Meu anjo da guarda... Minha amiga Alyson.

O homem gelou. Gaguejando perguntou:

- Uma repórter?

A garota confirmou com a cabeça, ainda chorando. O homem entrou desesperado para dentro da R.P.D. D. sentou-se no chão e começou a chorar. Só parou quando ouviu barulhos de tiros vindo lá de dentro. Levantou-se e viu o tal homem correndo para fora do departamento de polícia. Ele foi ágil. Num instante havia pulado o muro da R.P.D. e fugido. D. temeu por Roy e Bastion. Ao entrar a cena que viu lhe acometeu de mais lembranças...

 

Ela tinha mais ou menos quinze ou dezesseis anos. Estava sentada no sofá de uma luxuosa casa, enquanto observava um garotinho brincando no tapete. Ele parecia ter seis ou sete anos. Estava brincando com um carrinho, fazendo-o passar por cima de um de seus bonecos, como num atropelamento. A garota espantou-se e ralhou o menino:

- Por que está fazendo isso?

A resposta veio rapidamente:

- Porque foi assim que meu pai morreu. A mamãe que me disse.

A garota ficou perplexa. Como uma mãe podia dizer uma coisa daquelas para a criança? De repente o telefone tocou. A garota atendeu. Era a mãe do menino:

- Olá Melissa, tudo bom? ... O Kedar está bem, né? ... Digo, não aconteceu nada de anormal com ele... Bom, daqui à uma hora a Nadia chega do trabalho e você pode ir embora... Não se esqueça de pegar seu pagamento em cima da geladeira.

Desligou. Pelo menos Dra. Vantia pagava em dia. Ela não gostava desse serviço de babá, mas a mãe a obrigava. Já não bastava ela só dar despesa em casa e não ajudar em nada? Pegou o garotinho do tapete e o colocou em seu colo. Ele fechou os olhos e tranqüilamente dormiu.

 

D. voltou a si com os gritos desesperados de Bastion. Ele segurava Roy no colo, ensangüentado. Exatamente como ela fizera com Alyson. Exatamente como ela fizera com o tal Ky.

 

- Ele, ele... Era um mercenário da NeoDay... – Roy disse a D., fazendo um esforço descomunal. A bala disparada pelo tal homem que conversara com a garota havia atingido um dos pulmões do rapaz. Ele estava deitado no colo de Bastion, no meio do hall da R.P.D. D. estava ao lado dos dois ouvindo atentamente o que Roy dizia. O outro homem chorava muito. Suas lágrimas caiam em cima de Roy...:

- Ele está morrendo por minha causa. Era pra bala ter atingido a mim e não a ele...

D. está parada, perplexa. Como tudo aquilo havia acontecido em tão pouco tempo? Um mercenário da empresa farmacêutica rival da Umbrella havia entrado e atirado tão friamente em um simples recepcionista da empresa? Talvez seu crachá com aquele logotipo em forma de um guarda-chuva vermelho e branco tivesse causado a fúria do homem...

Roy sentiu que estava morrendo. Não havia nada que pudesse fazer para evitar isso. Decidiu que o melhor a fazer era não prolongar sua morte. Entregou a arma para D. e disse:

- Atire. Atire em minha cabeça.

- Eu não posso fazer isso! Eu, eu...

Bastion sentiu um ódio profundo de Roy. Ele amava aquele rapaz, mas ele... Por que ele estava pedindo àquela mulher estranha para matá-lo? Por que ela?

- Porque ela não me ama... – Como Roy havia adivinhado o que Bastion estava pensando?

D. olhou com tristeza para o rapaz. Não, ela não o amava. Mas não era justo fazê-la cometer tamanha atrocidade com uma pessoa a quem ela admirava tanto. Estava decidida. Não faria aquilo:

- Eu não posso Roy. Não, eu não vou matar você.

Roy sorriu e segurou a mão de D. e Bastion. Com muito esforço disse:

- Agora vão. Vocês precisam sair daqui. A Umbrella guarda um helicóptero escondido no subsolo para situações como essa. Para ter acesso a ele vocês só precisam entrar no laboratório subterrâneo. A senha é tão óbvia que nem eu mesmo acreditei quando me contaram: Umbrella.

D. prestou muita atenção na frase de Roy e com muita dor no coração foi se levantando. Bastion recusou-se a ir:

- Não, eu não vou sem você, Roy!

O rapaz olhou profundamente nos olhos dele e disse:

- Faça isso... Por mim.

Bastion entendeu. Concordou com a cabeça e viu lágrimas caírem de seus olhos. Roy lhe disse:

- Eu amo você.

Bastion repetiu a frase para o rapaz e lhe deu um beijo. Roy sorriu para D., que retribui-lhe o gesto. O rapaz ficou observando os dois caminhando para fora do departamento de polícia. Bastion abriu a porta da R.P.D. e saiu. A garota veio logo atrás. Mal deram alguns passos e ouviram um barulho de tiro. Roy havia acabado com a própria vida.


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