Resident Evil: A Cidade Maldita escrita por Lerd


Capítulo 12
Capítulo XI – STAAAAAAAAARRRSSSSS




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  Alyson e D. estavam caminhando por um dos muitos corredores da R.P.D. A repórter ia na frente, com seu machado em mãos. Já a outra garota ia atrás, pois, ao dar suas facas para Roy e Bastion, havia ficado sem arma.

- Bom D., o plano é simples: a gente entra naquela sala e torce pra que existam armas lá dentro. – Alyson disse apontando para uma porta, em frente às duas. Do lado da porta havia uma escada que dava acesso ao segundo andar do departamento de polícia. Atrás das duas havia uma janela.

A garota concordou com a cabeça. Alyson estava seguindo até a porta quando a janela atrás de D. quebrou-se. As duas se viraram ao mesmo tempo a visão que elas tiveram não foi nada agradável. Quem havia quebrado a janela era uma criatura grande, muito grande. Parecia ter no mínimo uns três metros. Usava um coturno preto e tinha um dos olhos costurados. Sua boca era horrível, com a gengiva à mostra. Ele começou a gritar:

- STAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARS!

Alyson empalideceu. A criatura era realmente muito assustadora. Não pensou duas vezes. Jogou o machado contra o monstro. Não teve uma boa mira e a arma acertou o peito da criatura. O monstro retirou o machado do seu peito e o jogou no chão. Aquilo havia apenas lhe feito cócegas.

- O que a gente faz agora, D.?

A outra garota nada respondeu. Estava imóvel.

 

- O que você pensa que está fazendo? Não pode sair de casa assim. Eu sou o homem aqui. Eu decido quando você deve ou não sair.

A mulher arrumava as malas, chorando. Tinha a maquiagem borrada e os cabelos bagunçados. Não deu ouvidos para o que o homem havia dito. Apenas continuava a arrumar sua mala.

- Sua vadia! – O homem deu-lhe um tapa na cara. A mulher caiu em cima da cama, chorando. O homem continuou: - Você só vai sair dessa casa quando eu mandar.

A mulher continuava deitada na cama, com as mãos no rosto, chorando. O homem já não estava mais lá. Havia ido para a cozinha buscar uma lata de cerveja.

 

- D., eu estou falando com você! – Alyson tirou a garota de seus pensamentos. Na hora certa, pois o monstro estava pronto para desferir um ataque contra ela.

- Vamos entrar na sala! – D. disse, apontando para a tal porta ao lado da escada.

As duas correram para lá e entraram. Trancaram a porta.

- Ele é muito forte, é questão de tempo para ele abrir essa porta! – Alyson disse visivelmente desesperada.

A outra garota estava novamente imóvel, perdida em pensamentos.

 

A mulher levantou-se da cama, com a mão ainda no rosto. Parecia ser jovem, mas seu rosto triste e cansado lembrava o rosto de uma velha. Ela tinha marcas por todo o corpo. Suas pernas tinham manchas roxas e vergões. Marcas de uma mulher impotente. Marcas de uma vadia. A mulher levantou-se e seguiu até seu guarda-roupa. Estava decidida a fazer aquilo. Era agora ou nunca. Ele não a maltrataria nunca mais. Nunca. Disse para si mesma:

- Eu não vou mais apanhar de ninguém. Nunca mais.

Retirou uma arma de dentro de uma das gavetas do guarda-roupa e se dirigiu a sala, onde o homem estava sentado no sofá, tomando cerveja e assistindo televisão. Posicionou-se na frente dele e ficou lá, parada, esperando ele reclamar. A resposta veio rapidamente:

- Sai da minha frente, sua cadela! Não está vendo que eu quero assistir ao jogo?

Aquele era o sinal. A mulher retirou a arma de dentro de sua saia e apontou para o homem:

- Essa foi a última vez que você me maltratou...

O homem começou a implorar. Ajoelhou-se. Prometeu tudo o que se possa imaginar. Mas a mulher não voltaria atrás. Ela estava decidida a acabar com aquele canalha. Atirou.

 

- Ele está entrando! – Alyson gritou.

D. estava confusa. De onde surgiram aqueles pensamentos? E quem era a tal mulher?

Blam! A porta foi quebrada pela criatura que havia conseguido entrar. As duas encolhiam-se na sala. Não havia escapatória. A criatura estava em frente à saída da sala. De repente ele começou a se aproximar das duas. A passagem para fora estava livre. D. deslizou por baixo das pernas da criatura e saiu da sala. Era só ela pegar o machado, voltar para a sala e...

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!

O grito havia vindo de dentro da sala. D. pegou o machado e voltou a entrar no local onde Alyson e o monstro estavam. Ao entrar ficou perplexa: a criatura segurava Alyson pelo pescoço e tentava colocar algo dentro da boca da repórter. A outra garota segurou o machado firmemente e depois jogou na direção da criatura. A arma acertou a nuca do monstro, que soltou Alyson instantaneamente. O monstro deu dois passos e caiu, ao lado da repórter. Em suas mãos estava o crachá de Brad, antes em posse de Alyson.

- Alyson! – D. disse isso correndo na direção da repórter. Ao olhar para a moça percebeu que de sua boca saia muito sangue. Ergueu a nuca da repórter e percebeu que um buraco havia sido aberto. Alyson estava morta. A garota ficou parada com o corpo de Alyson no colo. Novamente foi acometida de mais lembranças...

 

O corpo inerte do maldito homem estava deitado no sofá, com um furo no meio da testa. A mulher aproximou-se dele e cuspiu em sua cara:

- Maldito!

Seguiu em direção ao quarto. Arrumou suas malas e as colocou debaixo da cama. Ela as usaria depois. Agora era hora de livrar-se da culpa. Começou a rasgar as próprias roupas e arranhar a própria pele. Bagunçou ainda mais os cabelos e decidiu que era hora de ligar para a polícia:

- Alô? Eu... Eu... Meu marido... Ele estava descontrolado, ele me bateu, ele... Ele tentou me estuprar. Eu não tive alternativa... Eu... O matei.

 

D. segurava o corpo inerte de Alyson. Então era ela mesma a mulher dos devaneios... Ao olhar para suas mãos viu que elas estavam sangrando. Sangue de Alyson. Tentou, em vão, se limpar daquilo. Começou a gritar. Gritou até perder a voz. Só nesse momento percebeu que a criatura estava levantando. Mexendo uma das mãos. Era hora de sair dali. Olhou pela última vez para o corpo daquela, que, D. acreditava ser seu anjo da guarda.


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