Resident Evil: A Cidade Maldita escrita por Lerd


Capítulo 11
Capítulo X – Hunters VS Mocinhos




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  Após a primeira das criaturas arrombar a porta, entrou. Veio seguida de mais três.

- São Hunters. – Nadia falou para Ky, que pareceu entender quem eram aquelas criaturas. Já Leona estava realmente confusa. Resolveu prestar atenção nas criaturas... E se assustou. Elas pareciam répteis, mas grandes, muito grandes. Tinham o corpo coberto de escamas verdes e os olhos vermelhos, sedentos por sangue. Em suas mãos possuíam garras afiadíssimas e enormes. Um golpe daquelas criaturas poderia ser fatal.

A primeira delas abriu a boca, deixando á mostra seus enormes e afiados dentes. O pavor daquela situação foi tamanho, que Leona desmaiou. Ky gritou:

- Era só o que me faltava...

Os tais Hunters pareciam ser rápidos, mas mesmo assim se aproximavam lentamente. Nadia então pegou um rifle que estava escondido atrás de uma das macas. Ky olhou surpreso para aquilo, enquanto pegava Leona no colo:

- Você tinha uma arma escondida?!

Nadia nada respondeu. Mirou sua arma na primeira das criaturas e atirou. Pareceu não surtir efeito algum. Deu mais três tiros. A criatura fraquejou, mas continuou a andar na direção da garota. A pediatra deu mais dois tiros e foi suficiente. O Hunter deu um berro estranho, um barulho indecifrável, agonizante, e caiu. Os outros três continuavam a seguir até Nadia. Gritou:

- Ky, me passa essa caixa de munição, em cima do armário! Rápido!

O garoto praticamente jogou Leona na cama. Pegou a caixa e jogou para Nadia. Ela ainda tinha que colocar as balas. Não daria tempo, ele era muito rápido, era...

- Se abaixa!

A mulher obedeceu prontamente o pedido de Ky. O garoto pegou começou a disparar vários tiros em cima das criaturas. Nadia olhou para ele e percebeu que seu irmão estava com uma submetralhadora em mãos. Alguns segundos de tiros e um dos Hunters caiu. Nadia não bobeou: começou a recarregar sua arma agachada mesmo. Só não contava que seria impedida pelo ataque de um daqueles Hunters...

- Nadiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! – Ky começou a disparar tiros feito um louco. O Hunter que atingira sua irmã caiu ao lado dela, morto. A última das criaturas continuava a se aproximar mesmo com o garoto disparando nela. De repente... Plac, plac. A munição acabara. O garoto murmurou para si mesmo: - De novo não...

O Hunter estava a ponto de acertar Ky com suas garras quando... POW! Um tiro de espingarda o atingiu em cheio. Leona continuou a atirar até a criatura cair, morta.

 

- Nadia! Nadia! Acorda Nadia! – Ky gritava com a irmã no colo, tentando reanimá-la. Mas em vão. A garota já estava morta.

Leona fechou a porta e se sentou ao lado do garoto, que chorava:

- Irmãzinha... Acorda, por favor. Não me deixe... Por favor... – Lágrimas e mais lágrimas caiam dos olhos do garoto. Leona nunca havia visto um homem chorar. Era estranho aquilo. Estranho e triste. Não conseguiu segurar as lágrimas. Aproximou-se de Ky e o abraçou. O garoto permaneceu imóvel, indiferente ao caloroso abraço da garota. Começou a passar a mão pelos cabelos lisos da irmã, chorando.

Leona não fazia idéia de quanto tempo permaneceram daquele jeito. Ky chorando com o corpo inerte de Nadia no colo. Ela encolhida em um canto, chorando também, pensando em sua família... Em sua mãe, seu pai... Dean...

 

O garoto cansou de chorar. Por mais que tentasse não conseguia. Lágrimas não caiam mais de seus olhos. Agora restavam os soluços.

- A gente tem... – Ky interrompeu sua frase por um dos soluços. – Que sair daqui... Temos que levar a Nadia para a Umbrella... Lá eles podem salvar ela... Eles podem...

Leona não agüentou aquilo. Levantou-se, seguiu em direção a Ky e meteu-lhe um tapa na cara. O garoto nem ao menos reagiu. Continuou parado. A garota segurou-lhe o queixo, obrigando-o a olhar para ela:

- Ky, eu sei pelo que você está passando. Há algumas horas eu também perdi meu irmão. Minha família inteira, na verdade. Mas eu vi que... Não adianta fingirmos... Isso só nos machuca mais e mais... A Nadia morreu Ky... – Lágrimas começaram a sair dos olhos de Leona. – Não há nada que possamos fazer...

O garoto olhou para Leona com ternura. Depois olhou para o corpo da irmã... Pegou-a no colo e a colocou em uma das macas.

- Pegue esse rifle. Parece que você já aprendeu a atirar.

Leona olhou surpresa para Ky. Ele estava decidido. O sofrimento fazia as pessoas amadurecerem... Rápido demais. Aquele era o mesmo Ky de cinco minutos atrás?

- Aliás, de onde você tirou essa arma? – A garota perguntou relutante, se referindo a submetralhadora. Será que não estava sendo fria demais?

O garoto estava procurando munição para a arma. Respondeu:

- Ela estava dentro dessa gaveta. – O garoto abriu uma das gavetas do armário. – Não me pergunte como ela veio parar aí...

Leona tinha que contentar-se com aquela resposta. Carregou seu rifle e guardou mais duas caixas de munição na mochila. De alguma coisa valera aquelas aulas de caça que teve com o pai. A garota começou a observar Ky recarregando sua arma. Ele fazia aquilo com tanto ódio, tanto rancor... Aquele definitivamente não era o Ky que ela conhecera.

 

-

 

Ficou combinado que Alyson e D. vasculhariam a área leste da R.P.D. em busca de munição enquanto Roy e Bastion ficariam com a área oeste. Os rapazes ajudariam as garotas em sua fuga, mas não as acompanhariam. Eles iriam ficar no local, na esperança de alguém vir buscá-los. Aquela não era uma decisão acertada. Ficar esperando a morte chegar sem fazer nada? Aquilo era covardia demais para D. Ela lutaria por sua sobrevivência... Por sua vida... Por seu passado.

 

-

 

- Boa noite, Dra. Vantia! – A voz mecânica irritava a cientista. Mirou a arma para o aparelhou e atirou. Em alguns segundos ele já não existia mais.

A mulher estava preocupada. Há várias horas atrás havia falado com os filhos. Depois não mais. Onde eles poderiam estar agora? Mortos, talvez. Não, eles estavam vivos e Vantia estava disposta a encontrá-los.

- Maldito sistema de segurança! – A mulher berrou batendo na porta metálica. – Eu preciso encontrar meus filhos! Preciso sair daqui!

Em vão. Um computador não a entenderia. Há algumas horas atrás, quando o sistema de segurança do laboratório diagnosticou a presença do T-Vírus dentro do complexo, todo o laboratório foi lacrado. E a pobre Doutora ficou presa lá dentro. Sua sorte era que não havia ficado presa com alguma das B.O.W’s como alguns outros cientistas. Vantia apenas ouvia os gritos, os gemidos, de medo, de dor.

Naquele laboratório toda espécie de teste era feito. Desde experiências com aranhas até experiências com seres humanos, de fato.

- O pobre Kedar foi uma dessas cobaias... – Vantia completou seu pensamento em voz alta.

Ela havia tentado salvar seu marido. Aceitara a proposta que lhe fizeram em relação à Ky. Mas eles não haviam cumprido com sua parte. Como não havia nenhum humano infectado com O T-Vírus em posse da Umbrella, não havia como testar se o sangue de Ky realmente “funcionava”.

A mulher passou a olhar algumas planilhas que estavam na mesa. Uma delas tratava de Kedar, seu marido. Na verdade, Titanium. Era assim que o pessoal da Umbrella se referia a ele. Infectado com o poderosíssimo G-Vírus, Titanium não podia ser curado de sua mutação com o sangue de Ky. Restava a ele ficar preso em um tubo enorme, cheio de água.


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