Resident Evil: A Cidade Maldita escrita por Lerd


Capítulo 10
Capítulo IX – “Meu nome não é D.”




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- Bom, a gente podia começar procurando pelo endereço do local onde você acordou, senhorita D. – Bastion fez uma pausa para pensar. – Você se lembra do nome da rua?

Roy e Alyson estavam ao lado dos dois, em frente ao computador da R.P.D. D. esforçava-se para lembrar do nome da rua, mas... Era difícil. Quando tentava pensar nisso, acaba se lembrando do apartamento em chamas, dos arranhões pelo corpo, da jaqueta de couro...

- Pense D. Não deve ser tão difícil. Você tem pelo menos alguma referência para nos dar?

A garota confirmou com a cabeça e disse:

- Bom, eu me lembro que eu acordei em um lugar que parecia ser uma pensão. Era um prédio muito velho, estava praticamente em ruínas...

- A pensão da Dona Fiolina! – Bastion disse isso fazendo com certa satisfação. – Eu fiquei hospedado lá por alguns meses enquanto meu apartamento estava em reforma. A Dona Fio é uma ótima mulher, mas o prédio está realmente acabado.

D. sorriu. Sim, devia ser mesmo essa pensão. Alyson olhava atentamente para a tela do computador. Bastion se levantou, oferecendo o lugar para ela sentar-se. Era a repórter quem digitaria as senhas e faria a busca.

- Então a pensão da Dona Fio fica na Rua Rhodes?

Bastion confirmou com a cabeça. Roy sentou-se no chão, apoiando-se no balcão. Ele ainda estava muito cansado.

Alyson digitou na tela:

 

Pensão Fiolina Germi. Rua Rhodes, 180.”

 

Veio o seguinte aviso:

 

Informação restrita. Por favor, insira a senha de segurança. Apenas três tentativas.”

 

A repórter sorriu. A senha óbvia. Digitou:

 

Brian Irons.”

 

O típico chefe egocêntrico. D. continuava quieta, esperando seu passado ser revelado. Era horrível não saber de nada. Angustiante pra ser mais exato. Como não havia o que fazer, prestou atenção na informação que apareceu na tela.

 

Pensão Fiolina Germi.

Endereço: Rua Rhodes, nº. 180.

Para mais informações insira novamente a senha correta. Três tentativas.”

 

Que chatice! Poxa, a primeira vez então havia sido de sacanagem? Tudo aquilo que aparecera na tela ela já sabia. Digitou novamente. Aparecer na tela do computador a seguinte mensagem:

 

1. Proprietários, 2. Histórico, 3. Lista de Hóspedes, 4. Preços”

 

A repórter clicou no número três. O computador pediu uma nova senha. Alyson digitou o nome do desprezível chefe de polícia. Apareceu:

Senha incorreta. Apenas duas tentativas.”

Alyson suspirou. Bom, agora era digitar a nova senha.

 

Bárbara Irons.”

 

D. riu. Aquele tal Brian era realmente um sujeito narcisista. Burro, na verdade. As senhas da R.P.D. estavam todas relacionadas com a sua família. Só não as conhecia que não tivera contato com a família Irons. Todos prestaram atenção para a valiosa informação que apareceu na tela: o nome dos hóspedes.

- Você sabe mais ou menos o apartamento em que estava? O andar ou algo assim?

- Sim. Terceiro Andar. Eu me lembro bem, por que... – D, mostrou os arranhões em seu braço.

Roy sorriu para D. Bastion olhou com uma cara feia para ele. A garota fingiu não ter visto nada. Ela estava mais interessada em descobrir quem é. Olhou para a tela, procurando o número do apartamento.

 

Terceiro Andar, Apartamento 301. Inquilino: Vantia Yoo.”

 

D. levou um susto. Então esse era seu nome?

- Não pode ser. – Roy disse, levantando. – Esse é o nome da minha chefe. Ela é uma das cientistas da Umbrella.

Alyson espantou-se. D. disse, sem graça:

- Então o que eu estava fazendo no apartamento dela?

Roy moveu a cabeça negativamente. Não sabia. Na verdade, pouca gente conhecia a Vantia. Ela era muito reservada e não conversava com quase ninguém. O rapaz era uma maravilhosa exceção.

- Eu sei pouca coisa sobre essa tal cientista...

Alyson respondeu:

- Mas conte. Qualquer informação pode ajudar.

Roy sorriu. Começou:

- Tudo bem, eu conto. Essa tal Vantia trabalha lá na Umbrella já há anos. Seu marido, o famoso cientista Kedar Yoo, foi uma das cobaias para testes com o Tyrant-Vírus. Isso tudo aconteceu há muito tempo atrás. Mesmo antes de eu começar a trabalhar lá. Só sei tudo isso por que ela me contou. Parece que ela realmente confiava em mim...

Como qualquer pessoa em sã consciência”, D. pensou. Foi tirada de seus devaneios por Roy, que continuou:

- Ela também me contou que quando estava grávida, a Umbrella lhe fez uma proposta. Se ela permitisse que os médicos injetassem a cura para o T-Vírus no corpo do feto que se desenvolvia em seu ventre, eles trariam seu marido de volta. A pobre Vantia concordou no mesmo instante... O que ela mais queria era curar Kedar do maldito T-Vírus.

Alyson fez uma cara de espantada. Então era mesmo a Umbrella que estava por trás de tudo?

- Então foi a Umbrella que transformou todo mundo em zumbi?

- Afinal, o que diabos é Tyrant-Vírus? – D. perguntou, firme. Todos se surpreenderam com a firmeza com a qual a garota dissera aquilo.

Roy resolveu sentar-se novamente. A conversa havia mudado de rumo. Agora tudo começava a entrar em uma área restrita. Ele não tinha certeza se podia ou não contar...

- Não há nada que eles possam fazer contra mim... – O rapaz concluiu seu pensamento em voz alta. Continuou: - Vou tentar fazer um breve resumo de tudo para vocês. Eu não poderia estar contando nenhuma dessas coisas há em situações normais, mas como estamos em situações extremas... Bom, há algum tempo atrás a Umbrella Corporation começou a desenvolver um vírus, o tal T-Vírus. Eu não sei quase nada sobre o vírus, por que, como vocês sabem, eu faço parte da equipe de fachada da empresa, que serve para manter as aparências. Todas essas atividades ilegais ocorrem no subsolo, e é lá onde a Dra. Vantia trabalha... Também não sei muita sobre como o vírus se espalhou. Só sei que ele e Umbrella são sim, os responsáveis por tudo isso.

D. estava perplexa. Ela não era Vantia Yoo, mas estava de alguma forma, ligada a Umbrella. Roy voltou a se sentar. Bastion sentou-se ao seu lado e encostou a cabeça em seu ombro. Os dois permaneceram assim enquanto ouviam a conversa das duas:

- E então D.? O que a gente faz agora? – Alyson perguntou.

A garota pensou. Não podia desistir agora. Ela devia ir para a Umbrella.

- Eu vou atrás dessa tal Dra. Vantia.

Alyson surpreendeu-se:

- Pense bem D.... Ela pode estar morta. Você pode não encontrá-la. Quem garante que ela está na Umbrella?

A resposta foi imediata:

- Ninguém. Na verdade eu não tenho certeza de nada. Mas se há uma possibilidade de saber quem sou realmente... Eu quero tentar.

Alyson sorriu. Aquela garota era realmente corajosa. Mal sabia a repórter que D. pensava exatamente isso dela...

- Mas D.... Nós estamos vivendo um pesadelo... Não acha que sua vida vem em primeiro lugar? Nós devíamos estar tentando buscar um jeito de sair dessa cidade... Um jeito de sair vivos desse inferno... Um jeito de...

- Eu te entendo, Alyson. – A garota interrompeu a repórter. - Por isso mesmo vou sozinha para a sede da Umbrella. Não posso pedir a vocês que arrisquem suas vidas por mim. E quanto a minha vida... – D. fez uma pausa para respirar. – Eu estou exatamente em busca dela.

Alyson fez uma cara de satisfação. Abraçou D. e disse:

- Eu não vou te deixar sozinha, minha amiga... – E para Roy e Bastion: - Vocês vêm com a gente?

Os dois entreolharam-se.

- Sim!

- Não!

A resposta de ambos saiu ao mesmo tempo. Bastion disse para Roy:

- Roy... O que você está pensando? Nós temos que pensar na nossa vida, no nosso futuro...

O outro abaixou a cabeça. Ele queria muito ajudar D., mas não podia decepcionar seu companheiro. D. disse:

- Bastion está certo, Roy. Essa é uma batalha que eu devo enfrentar por mim mesma. Vocês têm uma vida juntos, uma história... Não posso pedir que abandonem tudo isso por minha causa. – E para Alyson: - Já você, é meu anjo da guarda.

Alyson sorriu diante daquele elogio. De agora em diante elas estavam novamente sozinhas. Na verdade, sozinhas não. Elas tinham uma à outra.


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