Don't trust me escrita por LilyMartin, Allie Maddox


Capítulo 13
Capítulo 15 – Eu Me Lembro


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, como estão? Espero que estejam bem.
Aqui mais um capítulo, que saiu um pouco dos meus planos por isso demorei para postar.
Spoiler: Scott vai começar a fazer parte da fic no próximo capítulo.

Não tive tempo de ler e nem responder os comentários ainda, desculpa pessoal. Vou ler agora. ^^

Boa leitura ♥



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Quarta Feira, 31 de outubro

 

 Allison acompanhada de Isaac veio nos buscar no meio da estrada, após eu ter mandado a nossa localização para ela através do celular. Enquanto esperávamos, eu e Lydia saímos do meio da estrada e permanecemos sentados no meio-fio. Ela apoiava a cabeça sobre o meu ombro lutando consigo mesma para não cair no sono. A madrugada estava com uma leve brisa gelada, então coloquei meu jaleco sobre ela e também a abraça para protege-la do frio.

 Cerca de meia hora depois um carro para em nossa frente. Allison sentava no banco do passageiro e Isaac dirigia, já que ele não bebeu durante a festa. Logo, eu e Lydia entramos no banco de trás.

 Durante o caminho a ruiva ficou com a cabeça deitada sobre as minhas pernas e não demorou muito para dormir. Como o dia estava perto de amanhecer, Allison sugeriu que fossemos para casa. Isaac me deixou no apartamento da Lydia, e os dois, Alli e Isaac, foram para seu destino o qual eu não me atrevi perguntar qual seria.

 Carreguei Lydia em meu colo, levei-a até o seu apartamento, depois até seu quarto e então deitei-a na cama. Diferente da primeira vez, bastou apenas que o porteiro me visse para autorizar a minha entrada, ele já estava familiarizado comigo.   

 — Lydia — chamo com uma voz baixa e suave. — Quer tirar a fantasia para dormir?

 Ela abre seus olhos com calma, pisca algumas vezes de forma lenta e cansada e finalmente olha em minha direção. Balança a cabeça preguiçosamente dizendo que sim. Tira as mechas de cabelos que ousavam em cair sobre seu rosto. Senta-se na cama e com dificuldade abre o zíper do vestido. Ajudo-a a tirar o meu jaleco que ela vestia e o seu vestido.

 Quando já estava apenas com a lingerie vermelha, volta a se deitar. Se cobre com os cobertores brancos que já estavam em sua cama, deixando apenas metade da cabeça para fora.

 — Você vai dormir aqui comigo, né? — pergunta com uma voz calma e manhosa, como uma criança.

 — Você quer que eu durma com você?

 Vejo que ela balança a cabeça em afirmação.

 Tiro meus sapatos e a calça da minha fantasia para me deitar ao seu lado. Quando me coloco debaixo das cobertas junto à ela, Lydia se remexe e procura pela minha mão. Ao achar, puxa meu braço e coloca-o em volta dela, fazendo com que eu a abraçasse. Entrelaça seus dedos com os meus. Sorrio feliz com as ações dela. Afundo meu rosto em seu pescoço.   

 

 — Stiles — ouço a voz de Lydia me chamar.

 Abro os olhos lentamente me encontrando na cama da Lydia, porém sozinho. Olho para outro canto do quarto e avisto a ruiva na frente do espelho olhando para mim. Ela penteava seu cabelo, vestia uma calça escura, uma camisa social de manga comprida e um salto alto.

 — Que horas são? — murmuro, mas meus olhos ainda teimavam em permanecerem fechados.

 — Quase dez horas.

 Desisto de lutar contra os meus olhos e deixo eles permanecerem fechados.

 — Por que está de pé tão cedo? Você precisa dormir.

 — Eu preciso ir trabalhar.

 — Eu te levo.

 Abro os olhos, ela tinha voltado a se olhar no espelho, prendia seu cabelo em um rabo de cavalo perfeito.

 — Não se preocupe, não precisa. Só te chamei para dizer que se quiser pode ficar aqui... quer dizer, não sei se vai trabalhar, mas... fica à vontade. — Me olha novamente e sorri.

 — Que horas você volta?

 — Não sei exatamente, ainda tenho duas reuniões hoje. Provavelmente depois das seis. — Ela pega seu celular e sua bolsa. — Tchau, Stiles — fala ao caminhar até a porta.

 — Ei, e o meu beijo de despedida? — questiono.

 Ela olha para trás e dá risada.

 — Poupe-me, Stiles — diz divertida e sai do quarto. Sorrio.

 Depois que Lydia saiu para trabalhar eu voltei a dormir, só acordei novamente quando o fim da tarde chegava. Levantei, tomei banho e tirei toda aquela maquiagem e sangue falso que ainda restavam em meu corpo.

 Também notei que toda esta maquiagem de Halloween que Lydia e eu usamos para a festa havia sujado o cobertor e os travesseiros originalmente brancos, então tirei-os e troquei por novos. Um dos dias que dormir aqui vi Lydia pegando novas cobertas, então sabia exatamente onde ficavam.

 Além disso, preparei algo para Lydia comer quando chegasse do trabalho. Não era um bom cozinheiro, mas só precisava ser algo aceitável. 

 Esperava sentado no sofá assistindo a um canal qualquer na televisão.  

Lydia chega.

 — Oba! Sanduíches e suco de laranja. — Ela se senta no chão em frente à mesa de centro da sala, onde eu havia colocado o lanche que eu preparei para ela. Me aproximo dela e me sento no chão ao seu lado, a abraço e lhe dou um beijo rápido. Ela retribui o beijo e se afasta para continuar a comer, parecia estar faminta. — Você nem colocou uma roupa ainda? — ela repara na minha roupa e ri, estava só de cueca desde que eu acordei.

 Lydia termina de comer e também de tomar o seu suco.

 Deitamos juntos no sofá-cama da sala para assistir um filme qualquer que passava, porém nos distraímos a maior parte do tempo.  

 — Você se lembra de ontem? — Olho para Lydia que agora também olhava para mim.

 — Não muito, você sabe que eu sou fraca para bebida. Só me lembro que eu disse para você se divertir, então eu fiquei com o ruivinho, depois eu bebi demais e não me recordo de mais nada. Alli me contou que estávamos em uma estrada — ela ri —, queria saber como fui parar lá. Quer me contar?

 — Faço questão. — Sorrio. — Resumindo: você me arrastou para fora do salão, caminhamos em uma floresta e você não parava para de me beijar, eram beijos de um em um minuto.

 — Eu quem te beijava a cada um minuto, é? — ela ri.

Faço que sim com a cabeça.

 — Depois de pararmos em uma floresta, acabamos em uma estrada e você continuou me beijando. Deitou no meio da estrada e insistiu para que eu deitasse também, então... adivinha!

 — Eu te beijei!

 — Isto! — Rimos juntos.

 — Estava muito louca pelo jeito.

 — Então — continuo —, quase fomos atropelados. Mais beijos. E a minha parte preferida — ela ouvia com atenção, enquanto me admirava com aqueles intensos e hipnotizantes olhos verdes — quando você admite é apaixonada por mim. Quer saber o que disse?

 — O que a Lydia bêbada disse para você? — Ela ergue uma sobrancelha e sorri.

 — Você disse exatamente assim: “Eu acho que gosto mesmo de você. Eu gosto do seu jeito e...” — recitava mas ela me interrompe e fala junto.

 — E de como cuida de mim, eu gosto de ver seu sorriso e dos seus olhos castanhos olhando para mim, eu gosto de ficar do seu lado. — ela completa. Olho-a confuso, sem entender.

 — Espera um pouco... — Tento raciocinar e ela sorri olhando para mim.

 — Sim, eu me lembro do que eu disse, porque é verdade. — Ela coloca sua mão macia em minha bochecha e a acaricia. — Eu gosto mesmo de você, Stiles, de tudo de você, sua voz, seu sorriso — passa o dedo de forma suava em minha boca —, seus olhos, seu cheiro, sua personalidade, tudo. — Sorrio. — Mas não é para ficar se achando. — Dá um tapa em meu ombro.

 — Olha quem fala. — Rimos.

 — O que? — diz inocente. — Só porque até para ficar com outra pessoa, você busca a mim? Porque de todas as opções na festa, você quis ficar com uma garota com as características que lembram as minhas? Ah é, e também ficou chateado pois eu fiquei com o ruivinho.

 — Ei, eu não sei sobre essas coisas que está dizendo. A Elena foi coincidência e eu não fiquei chateado.

 — Está bom, então se eu ficar com ele de novo não tem nenhum problema?

 — Se não tiver nenhum problema eu ficar com a Elena.

 — O problema vai ser você ficar com ela pensando em mim. — Ela gargalha.

 O pior de tudo é que ela tinha razão, eu sou mais um trouxa apaixonado e não conseguia disfarçar isto. Porém, não quero admitir isto em palavras, então preferi distraí-la para tentar fazer com que ela esquecesse este assunto. Busco pelos seus lábios. Me posiciono em cima dela para que pudesse beijá-la com mais intensidade.     

 — Estava com saudade — sussurro com nossos lábios ainda encostados e ela sorri.

 

Quinta-feira, 1 de novembro

 Acordo com o barulho do meu celular me alertando de uma nova mensagem que havia chegado. O aparelho estava em cima do criado-mudo do lado da cama. Olho para o lado, Lydia dormia serenamente sob os lençóis brancos que cobria o seu corpo. Me estico para alcançar o celular e abro a mensagem que dizia: “Sr. Stilinski, é a Erica sua secretária, estou entrando em contato para lembrar da reunião que teremos na Hisieg às onze horas, estamos à sua espera, bom dia.”

 Franzo o cenho confuso. Mas, que reunião? Olho para o relógio no celular. Eram dez horas. Qualquer que seja esta reunião é melhor eu me levantar e me arrumar.

 Com cuidado levanto e vou até a sala, procuro pelas minhas roupas que deixei aqui desde o dia que fomos para a festa do Jackson. Não era a roupa ideal para ir para uma reunião, porém não tenho tempo de ir até o meu apartamento e vestir um terno descente. Desço, pego meu carro que estava no estacionamento e dirijo até a empresa.

 Subo com pressa até a minha sala. A agente Erica estava me aguardando. Fecho a porta.

 — Que reunião é esta? — pergunto.

 — Não tem nenhuma reunião, Stiles. Pelo menos não relacionado com a empresa, mas com sim nós dois.

 — Você me fez correr até aqui para tentar não me atrasar. — resmungo e sento na cadeira cansado.

 — Começando: qual o seu problema? Não raciocina direito? — Olho-a confuso e um tanto assustado com sua agressividade. — Como é que você quer que ela acredite que você é um empresário, se você nem ao menos vem para a Hisieg “trabalhar”? — faz aspas com os dedos ao pronunciar a palavra trabalhar. — Não pode ficar o dia inteiro sem fazer nada, ou pelo menos, não pode ficar o dia inteiro demonstrando para ela que não faz nada na empresa. Aja como um empresário e um empresário sempre está trabalhando nos negócios, assinando contratos, fazendo ligações, eles não ficam deitado em uma cama e assistindo filmes, se continuar assim não acha que ela irá desconfiar?

 — Sim, desculpa, tomarei mais cuidado — cedo. Não queria debater com a agente Erica, pois sabia que perderia.

 — Segundo: o chefe falou que não quer usar mais o anel, que está usando o celular. — Ela se levanta e começa andar de um lado para o outro. — Não sei porque ele concordou, porém já que eu não posso fazer nada em relação a isso, quero te alertar que tem que ficar ainda mais atento para não perder nenhuma conversa comprometedora que tiver com ela, precisamos de provas e como você foi o escolhido, você tem a responsabilidade de conseguir. Não perca nada. — Balanço a cabeça fazendo que sim. Erica falava sem ao menos respirar. — Como estão as coisas com a Lydia?

 — Muito boas. — Sorrio ao lembrar da ruiva.

 — Pelo visto estão muito boas mesmo — ela gesticula para o próprio pescoço. Então, pego meu celular e me vejo pelo reflexo. Meu pescoço estava com uma grande parte vermelha e levemente roxa causados pelos lábios e dentes da Lydia. Passo a mão na parte vermelha. — Mas enfim, em relação as acusações, já conseguiu alguma confissão?

 — Ainda não.

 — Stiles, não se esqueça do porquê está aqui e também não se esqueça que temos um prazo.

 — Está tudo sobre controle, agente.

Na verdade não estava, mas eu precisava fazer eles acreditar que estava.

 


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