Don't trust me escrita por LilyMartin, Allie Maddox


Capítulo 12
Capítulo 14 – Confissões na Estrada


Notas iniciais do capítulo

Estou demorando muito para postar, não é mesmo? Desculpa, gente.
O notebook que uso e escrevo, eu não sei o que aconteceu com ele, o teclado não estão funcionando. Mas, estou usando outro notebook agora para poder escrever, até mandar consertar.

Próximo capítulo acredito que sai terça-feira.

E respondo os comentários amanhã, desculpa não ter respondido antes. :)



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Quarta Feira, 31 de outubro

 Nós cinco bebemos, dançamos, conversamos por um longo tempo até Jackson ir para um canto com uma mulher e Allison ir para outro canto com o Isaac, ficando apenas eu e Lydia juntos, mas só como bons amigos, ela não me beijou, nem ao menos ousou em encostar em mim.

 — Não vai ficar com outras garotas? — Lydia dá um gole em sua bebida e logo volta a apoiar a taça no balcão.

 — Como assim? — franzo o cenho com sua pergunta.

 — Nós não namoramos, sabe? E... — olhava para a taça que segurava com as mãos, seus dedos estavam inquietos, parecia buscar palavras para se expressar. — Podemos ficar com outras pessoas, não quero que fique preso por minha causa. — Volta a olhar para mim.

 — Eu sei — murmuro —, também não quero que deixe de ficar com alguém por minha causa. — É o que consigo dizer, porém não era a verdade.

 — Ah, que bom que pensa assim também. — A ruiva dá outro gole em sua bebida e desvia seu olhar para outros cantos da festa. — Então, se divirta, Stiles! — Lydia sorri calmamente antes de se afastar de mim e ir para a pista de dança sozinha.

 Bebia e dançava conforme a batida da música eletrônica que tocava em meio à toda as outras pessoas presentes na pista de dança.

 Entendia que ela não queria que eu ficasse preso à ela, contudo eu não sentia vontade de ficar com mais ninguém além dela. Porém, também não queria sufoca-la, afinal ela havia deixado claro que não queria nenhum compromisso, pelo menos não por agora e eu devo respeitar a decisão dela, mesmo que o meu desejo fosse ficar colado a noite inteira com ela.

 Então, escolhi ficar aqui sentado no bar bebendo e, de vez e outra, observando-a de longe. Ás vezes via que ela também me observava de longe enquanto dançava com a Allison na pista de dança.  

 Eu não a entendo, eu sei que ela me quer o tanto que eu a quero, porque complicar as coisas simples da vida? Eu realmente não sei o porquê disto, o que me restava era aceitar, afinal eu não posso entrar em sua mente e descobrir o que ela pensava.

 Fico todo este tempo sentado. Por um momento me distraio e perco a ruiva de visão, ela não estava mais na pista de dança. Procuro-a em cada canto do escuro salão. Acho um cabelo ruivo em um canto mais afastado, o escuro e a fumaça contribuíam ainda mais em atrapalhar minha visão. Forço um pouco a vista e analiso. Sim, era ela. Porém, não estava sozinha. Um homem de cabelos ruivos iguais ao dela a acompanhava, ele vestia uma fantasia que eu não conseguia decifrar qual era, só conseguia ver que ele usava um sobretudo preto. Não sabia quem ele era, talvez fosse um modelo, ou talvez um ator, eu não sei. Os dois conversavam e riam a cada minuto, parecia que acontecia uma conversa divertida ali. Eles se aproximam e... se beijam. Não conseguia esboçar nenhuma reação, apenas encarava-os.

 Sinto uma mão bagunçando o meu cabelo. Olho para trás para identificar a pessoa. Allison.

 — Pensava que vocês estavam juntos. — ela senta em uma banqueta ao meu lado.

 — Eu também — murmuro. Ela semicerra os olhos e faz expressão de confusa.

 — Brigaram? — pergunta. Faço que não com a cabeça. — Então, o que houve? — Bebe sua bebida e me encara aguardando a resposta.

 — Eu não sei, não entendo sua amiga. — Suspiro frustrado.

 — O que foi que ela te disse?

 — Ela me perguntou se eu não ia ficar com outra garota e que nós não namorávamos então podíamos ficar com outras pessoas... para eu me divertir.

 — Ah sim. Quer saber o que eu acho? Vá se divertir, cara. Você e eu sabemos que ela não quer compromisso. E conhecendo a Lydia como eu conheço, acho que ela está vendo que este relacionamento de vocês está ficando muito sério, vocês trabalham juntos, saem juntos, ficam juntos, dormem juntos, só os dois, grudados, quase todos os dias, para ser chamado de namoro só falta oficializar. E acredito que ela está fazendo isso, não porque ela não quer você, mas sim para se afastar um pouco de você, Stiles, está tudo acontecendo rápido, muito rápido, isto pode estar a assustando, não fica chateado com ela. Eu não sei o que você quer. Mas ela está afim de você e isto é obvio. Por enquanto não adianta ficar sentando aqui, divirta-se, respirem um pouco um longe do outro, até vocês se resolverem e decidirem se vão ficar juntos para valer ou não.

 Olho para o outro lado e vejo Lydia ainda trocando beijos com o cara. Respiro fundo. Volto a olhar para a Allison.

 — Confia em mim. — Allison pisca. Se levanta e volta para a pista de dança.

 Olho novamente para a Lydia por cima do ombro. Ela não beijava mais o ruivo, porém os dois ainda conversavam e trocavam sorrisos. Talvez Allison esteja certa. Não sei se conseguiria ficar com outra pessoa, mas não custava nada tentar.

 Olho ao redor. Acho uma mulher muito linda e atraente sentada a poucas banquetas distantes à mim. Começo a encará-la, ela também me olha e trocamos sorrisos. Levanto e me aproximo dela sentando ao seu lado.

 Seu nome era Elena, trabalhava como modelo, tinha vinte anos de idade, vivia na Califórnia, colecionava CDs e tinha lindos lábios e olhos. Sua fantasia era de vampira.

 Em poucos minutos de conversa, nos beijamos. Quando cessamos o beijo, sorrio para ela, então minha visão se desvia por cima do ombro de Elena e vejo Lydia em meio à multidão na pista de dança. Ela olhava para nós, mas não parecia enciumada, parecia estar... se divertindo? A ruiva bebe sua bebida e dá uma risadinha. Franzo o cenho confuso.

 — O que foi? — Elena olha para trás seguindo o meu olhar. Lydia rapidamente se para o outro lado ainda sorrindo, bebendo seu drink e dançando conforme a música, se tornando simplesmente só mais uma das pessoas que se divertia na pista.   

 Elena volta a olhar para mim.

 — Nada. — Olho para ela e balanço a cabeça. — Quer dançar?

 — Claro! — ela sorri.

 Pego a mão dela e a levo para a pista. Dançamos juntos um de frente para o outro e nos beijamos algumas vezes.

 Novamente, mesmo com a fumaça e a pouca iluminação que davam o clima de Halloween, vejo Lydia. Sentava sozinha no bar no local onde eu estava até alguns minutos atrás. Virava cinco shots seguidos e sorria.

 A ruiva se levanta com dificuldade, já havia bebido demais, já não se encontrava sóbria. Andava em zig zag, andar em linha reta parecia ser difícil para ela, mesmo que agora estivesse descalça. Sigo seu caminho com o olhar até o escuro bloquear a minha visão.  

 — Já volto — digo no ouvido de Elena para ela pudesse escutar. Ela faz que sim com a cabeça e continua a dançar.

 Ando em passos largos em direção onde eu tinha visto a Lydia pela última vez. Olho para os lados procurando-a. Encontro-a, ela continuava a andar. Um homem vestido de drácula a assusta e ela ri.

 — Lydia! — chamo. Ela olha para mim, sorri e para de andar. Me aproximo dela. — Você está bem?

 — Estou bem, ótima — ela faz sinal de positivo com a mão. — E sério, Stiles? — ela pergunta com entusiasmo e ri.

 — O que?   

 — Você está mesmo apaixonado por mim, hein? — continua a rir.

 — Só queria saber se está bem.

 — Não isso. Estou dizendo da mocinha que beijou.

 — Do que está falando? — Franzo o cenho.

 — De todas as garotas que tem nesta festa, você beijou logo uma ruiva natural de cabelos compridos, com olhos verdes, lábios grossos, hm, com uma altura parecida com — pensa sarcasticamente — a minha. Coincidência, talvez?

 Olho para trás e vejo Elena novamente. Merda. Sua semelhança com a Lydia era enorme. O que está acontecendo aqui?

 — Coincidência — digo e dou os ombros. Ela gargalha.

 — Está bom — diz simplesmente ainda rindo. — Vai voltar para a falsa Lydia, opa — irônica —, qual o nome dela mesmo?

 — Elena — sou firme, não quero admitir que Lydia estava certa e que estou apaixonado por ela.

 — Isto, Elena. Pode voltar para ela, prometo que não ficarei chateada, mas se quiser pode me acompanhar. — Caminha para onde estava indo anteriormente sem olhar para trás.

 — Droga, Stiles — murmuro para mim mesmo.  Corro atrás dela antes que a perdesse de vista novamente. — Lydia, me espera!

 Ela olha para trás e sorri vitoriosa. Me dá um beijo rápido. Logo, segura minha mão e me puxa para fora do salão, saímos pela porta dos fundos. Havia pouca luz e só conseguíamos ver árvores. Este salão ficava distante da cidade grande que estávamos acostumados, era um salão que, apesar de luxuoso, ficava praticamente no meio do nada. Não víamos outras casas ou outros salões, apenas árvores. A única movimentação, pessoas e carros eram em função dos convidados da festa.

 Estava tudo escuro, mas Lydia continuou a andar para dentro da floresta.

 — Não é perigoso? — pergunto.

 — Somos zumbis hoje, nós somos o perigo.  

 Rio da sua resposta.

 Lydia não para de andar, ficamos cada vez mais longe do salão. Ás vezes parávamos e nos beijávamos.

 Encosto-a no tronco de uma árvore e começo beija-la. Passava as mãos em suas curvas e ela passava as unhas sobre minhas costas por dentro do jaleco da minha fantasia. Morde meus lábios e para de me beijar depois de nossos lábios estarem colados por um longo tempo.

 — Lydia, aonde a gente está indo?

 — Eu não sei. — Ela me olha divertida. Volta a correr para frente em um caminho desconhecido, eu a acompanho. Passávamos por árvores, mato, insetos e todas essas coisas que encontramos em uma floresta. 

 — Você sabe voltar? — pergunto.

 — Não — Lydia dá risada.

 Para de andar ao ver que a floresta havia terminado. Paro ao lado dela, a olho e balanço a cabeça em negação com um sorriso no rosto. Ela é louca e eu gosto disso.

 Estávamos em meio a uma grande estrada vazia. Nenhum carro passava ali. Não era mais possível ver o salão de festa, nem ao menos escutar sequer um sinal da música alta que tocara lá. Olhávamos para os lados e só víamos árvores, alguns postes de luz, e se forçássemos bem a visão era possível ver uma luz vinda de alguma moradia próxima.

 Lydia se aproxima de mim e me dá um beijo. Coloca seus braços em volta do meu pescoço e com uma das mãos acaricia meu cabelo. Seguro no quadril dela e ela pula em meu colo, cruzando as pernas em minha cintura sem parar de me beijar por um segundo.

 Ouço um barulho. Um carro havia surgido do nada, fazendo com que eu e Lydia parássemos de nos beijar neste segundo e olhar para ele. A pessoa que dirigia o carro desvia da gente e buzina, provavelmente irritada que estávamos no caminho, a ruiva então volta a me beijar, mas desta vez levanta as mãos e mostra o dedo do meio para o motorista. Sorrio entre o beijo.

 Abaixa as mãos e me dá um último beijo. Desce do meu colo e se deita no chão da estrada. Olho para ela confuso, mas a ruiva parecia não se importar com mais nada, apenas admirava o céu estrelado daquela noite com um lindo sorriso no rosto. 

 — Você não vem? — diz sorridente. Não resisto ao seu sorriso perfeito e deito ao seu lado. Olhávamos para cima, o céu estava lindo, as estrelas pareciam estar a poucos metros de distância.

 — Quer saber? — Lydia murmura. Eu olho para ela, a moça continuava a olhar para o céu estrelado enquanto falava. — Eu acho que gosto mesmo de você... — Sorrio com suas palavras. — Eu gosto do seu jeito e de como cuida de mim, eu gosto de ver seu sorriso e dos seus olhos castanhos olhando para mim, eu gosto de ficar do seu lado...

 Meu sorriso agora ia de orelha a orelha. Então, ela também estava gostando de mim. E mesmo que ela esteja bêbada e amanhã provavelmente já não se lembre que falou isso, eu me sentia feliz. Sei que um dia vou ouvir as mesmas coisas, porém com ela sóbria.

 Acaricio sua bochecha.

 — Eu te amo — digo.

 — Cala a Boca, Sr. Stilinski. — Ela me olha rindo e empurra meu ombro. Rio também. Lydia havia levado meu “eu te amo” na brincadeira, mas era verdade, portanto não me importo se ela não acreditar agora. E afinal, eu tenho consciência que é muito cedo para dizer isto, mas não consegui segurar, simplesmente saiu. Ainda bem que ela está bêbada e esquecerá tudo.

 Lydia pula em cima de mim e volta a me beijar.

 — Você sabe que podemos ser atropelados aqui, né? — digo com os lábios delas ainda encostado aos meus. Ela não diz nada, apenas balança a cabeça para cima e para baixo respondendo que sim. Apesar de estarmos com os olhos fechados, sinto que seus lábios formam um sorriso. Volta a me beijar. Passa a mão sobre o meu cabelo, enquanto eu caminho as minhas em suas coxas até sua cintura. Nossas línguas dançavam juntas em harmonia.

 Lydia para de beijar minha boca e começa a descer distribuindo diversos beijos em meu pescoço. Afasta os lábios do meu corpo e levanta o tronco do seu corpo, ficando sentada sobre mim, abre ainda mais meu jaleco e com a minha ajuda ela consegue tirá-lo por completo, joga-o para o outro lado da estrada, minhas costas nuas agora se arranhavam no asfalto. Sorri ao passar a mão sobre meu abdômen e morde seus lindos lábios, faço o mesmo a admirando. Ela joga todo seu cabelo ruivo para o lado direito, em um movimento sexy e se abaixa novamente, desta vez é meu abdômen que recebe seus beijos. Inclino a cabeça para trás e fecho os olhos sentindo seu toque. Lydia vai subindo até chegar novamente em minha boca. Um beijo quente e intenso.

 Paramos quando ouvimos que um novo carro surge na estrada buzinando. A ruiva sai de cima de mim e cai ao meu lado.

 — Preci.... — para de falar. Olho para ela, pude perceber que sua respiração estava tão ofegante quanto a minha, nossos pulmões buscavam desesperadamente por ar. — Pre-precisamos...  voltar — sua fala estava falha.

 Ela olha para mim. Faço que sim com a cabeça. Com muita dificuldade, ela consegue se colocar de pé. Fico de pé ao lado dela, olhávamos para os lados e só víamos árvores todas iguais, não fazíamos a mínima ideia da direção que deveríamos ir. Ela pisca os olhos com força por duas vezes e coloca a mão na cabeça.

 — Estou vendo dois de você, Stiles... ou talvez três, não sei direito — Ela ri dela mesma divertida. — Como... como vamos... voltar?

 — Eu não sei.

 — Você está com o celular? — Lydia pergunta. Faço que sim com a cabeça. — O mapa — diz. E tropeça em seu próprio pé ao se aproximar de mim. — Opa! — Ela ri, rio com ela e seguro pela cintura para lhe dar segurança. Pego o celular no bolso da minha calça e desbloqueio.

 — Você sabe o endereço? — Ela faz que não com a cabeça, então pega o celular da minha mão e vai até o telefone. Lentamente e com a vista forçada ela disca alguns números, coloca no viva-voz.

 Após alguns segundos, a pessoa atende.

 — Preciso da sua ajuda — a ruiva começa.

 — Lydia? — diz Allison. Podíamos ouvir o barulho da música ao fundo.

 — É, preciso que me fale o endereço daí.

 — Espera, onde você está, Lydia? — Allison parecia preocupada.

 Lydia olha para os lados antes de responder.

 — Em uma estrada.

 — Que estrada, Lydia?!

 — Eu não sei — diz de forma inocente.

 — Você está sozinha?

 — Não — olha para mim —, estou com o Stiles. — Ela sorri para mim e eu sorrio para ela.

 — Meu Deus, vocês são dois bêbados loucos! Vou te buscar, me mandem a localização em que vocês estão.

 


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