Safe and Sound escrita por piinkfox


Capítulo 30
Sectumsempra


Notas iniciais do capítulo

Olar!
Como eu não vou conseguir postar até o fim da semana que vem, estou postando hoje para não deixar vocês abandonados sem capítulo!
Boa leitura ♥



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Harry e Sarah tiveram um fim de semana maravilhoso. Puderam passear juntos pelo castelo, fizeram seus deveres juntos na biblioteca e ainda aproveitaram a cortesia de Dobby e conseguiram algumas guloseimas da cozinha para fazerem um pequeno piquenique na beira do lago.

Aparentemente estava tudo bem, mas Harry não conseguia tirar Draco de sua cabeça. Sabia que o loiro estava escondendo alguma coisa, mas não poderia contar suas teorias a Sarah sem magoá-la.  Harry sabia que Draco sempre passava muito tempo na Sala Precisa, mas não sabia o que fazia lá, algo de bom certamente não deveria ser.

Ele ainda consultava o Mapa do Maroto e, como muitas vezes não conseguia localizar o garoto, deduzia que ele ainda passasse um bom tempo na Sala. E, embora estivesse perdendo a esperança de conseguir um dia entrar ali, sempre que estava nas vizinhanças fazia nova tentativa; mas, por mais que refraseasse o seu pedido, a parede permanecia sólida.

Poucos dias antes da partida com a Corvinal, Harry viu-se descendo sozinho da sala comunal para jantar. Mais por hábito do que por outro motivo, Harry fez o desvio habitual pelo sétimo andar, verificando o Mapa do Maroto enquanto andava. Por um momento, não conseguiu localizar Malfoy em parte alguma, e presumiu que ele estivesse na Sala Precisa. Então, viu o pontinho do garoto em um banheiro masculino no andar abaixo, acompanhado, não de Crabbe ou Goyle, mas da Murta-Que-Geme.

Harry só parou de olhar fixamente para esta improvável parceria quando colidiu em cheio com uma armadura. O estrondo o despertou do seu devaneio; fugindo da cena antes que Filch aparecesse, ele desceu correndo a escadaria de mármore e entrou pelo corredor abaixo. Do lado de fora do banheiro, colou o ouvido à porta. Não conseguiu ouvir nada. Então, empurrou-a silenciosamente.

Draco Malfoy estava parado de costas, com as mãos apoiadas dos lados da pia e a cabeça loura curvada.

— Não — murmurou a Murta-Que-Geme, de um dos boxes. — Não... me conte qual é o problema... posso ajudar você...

— Ninguém pode me ajudar — respondeu Malfoy. Todo o seu corpo tremia. — Não posso fazer isso... não posso... não vai dar certo... e se eu não fizer logo... ele diz que vai me matar...

E Harry percebeu, com um choque tão colossal que pareceu pregá-lo no chão, que o garoto estava chorando, realmente chorando, as lágrimas escorriam do seu rosto pálido para a pia encardida. Malfoy ofegou e engoliu em seco e, então, com um estremecimento, olhou para o espelho rachado e viu Harry encarando-o por cima do seu ombro.

— Esta satisfeito agora, Potter? Ou quer me atormentar ainda mais? – perguntou Malfoy em tom de fúria. – Usando Sarah para me atingir, isso é golpe baixo até para você!

— Sarah não tem nada a ver com isso, Malfoy! – gritou Harry.

— Então me explique o motivo de que entre tantas garotas nessa escola você resolveu ficar com minha prima! – gritou Malfoy com uma voz rouca e desesperada.

— Eu a amo! – gritou Harry para Draco.

— Você com esse seu namorinho ainda vai prejudicá-la!

— Não, Malfoy! Você e sua família que estão a prejudicando! Até parece que eu não sei que é você que esta por trás do hidromel envenenado e do colar que quase matou a Bell! Eu sei que você está tramando algo na Sala Precisa, Malfoy e eu vou descobrir o que! – disse Harry furioso, já com a voz rouca.

— CALA A BOCA! CALA A BOCA! – gritou Malfoy desesperado.

Malfoy girou nos calcanhares puxando a varinha. Instintivamente, Harry sacou a dele. O feitiço de Malfoy passou a centímetros dele e quebrou um lampião na parede ao seu lado; Harry se atirou para um lado, mentalizou Levicorpus! e acenou com a varinha, mas Malfoy bloqueou o feitiço e ergueu a varinha para revidar...

— Não! Não! Parem com isso! — guinchou a Murta-Que-Geme, sua voz ecoando nos azulejos do banheiro. — Parem! PAREM!

Houve um forte estampido, e a lata de lixo atrás de Harry explodiu; Harry experimentou um Feitiço das Pernas Presas, que ricocheteou na parede do lado da orelha de Malfoy e partiu a cisterna embaixo da Murta, fazendo-a berrar; a água vazou para todo lado, e Harry escorregou na hora em que Malfoy, de rosto contorcido, exclamou:

— Cruci...

— SECTUMSEMPRA! — urrou Harry do chão, agitando a varinha freneticamente.

O sangue espirrou do rosto e do peito de Malfoy como se ele tivesse sido cortado por uma espada invisível. Ele recuou, vacilante, e caiu no chão inundado, espalhando água e deixando cair a varinha da mão direita frouxa.

— Não... — exclamou Harry.

Ele se levantou, escorregando e cambaleando, e se precipitou para Malfoy, cujo rosto agora brilhava escarlate, suas mãos pálidas apalpavam o peito encharcado de sangue.

— Não... eu não...

Harry não sabia o que estava dizendo; caiu de joelhos ao lado de Malfoy, que tremia, descontrolado, em uma poça do próprio sangue. A Murta-Que-Geme soltou um urro ensurdecedor.

— CRIME! CRIME! CRIME NO BANHEIRO! CRIME!

A porta se escancarou e Harry ergueu a cabeça, aterrorizado: Snape invadira o banheiro com o rosto lívido. Empurrando Harry com violência, ajoelhou-se ao lado de Malfoy, tirou a varinha e passou-a por cima dos profundos cortes que o feitiço de Harry produzira, murmurando um encantamento que parecia quase uma canção. O fluxo de sangue pareceu diminuir; Snape limpou o coágulo do rosto do garoto e repetiu o encantamento. Agora os cortes pareciam estar fechando.

Harry continuava a olhar horrorizado o que fizera, sem se dar conta de que ele também estava empapado de água e sangue. A Murta-Que-Geme soluçava e gemia. Depois de executar o contra-feitiço pela terceira vez, Snape ajudou Malfoy a se levantar.

—__________________

Sarah estava na aula de Aritmancia com Hermione, resolvendo uma lista de exercícios com a amiga quando o professor Snape abriu a porta da sala de aula fazendo com que todos tomassem um susto.

— Em que posso ajudar, professor Snape? – perguntou a professora Vector de sua mesa.

— Preciso levar a aluna Black, professora. – respondeu Snape secamente, mas ainda com o rosto pálido de preocupação.

— Senhorita Black, acompanhe o professor Snape por favor. – pediu a professora Vector.

Sarah, preocupada guardou suas coisas e saiu da sala acompanhada por Snape. A garota não fazia ideia do que estava acontecendo e já tendo andado um bocado Snape não havia lhe explicado nada.

— Professor, o que está acontecendo? Para onde estamos indo?– guaguejou Sarah.

— Quando chegarmos saberá, Srta. Black. – respondeu Snape entre dentes.

Sarah continuava andando sem saber para onde ia. A garota estava praticamente correndo para conseguir acompanhar os passos largos de Snape, que era bem mais alto que ela. Quando deu conta que estava indo para a Ala Hospitalar, seu coração batia mais forte. Foi então que viu dentro da Ala Hospitalar uma cabeleira loira muito conhecida em um dos leitos, fazendo com que Sarah corresse em direção a Draco.

— Draco... o que aconteceu com você? – perguntou Sarah chorosa  ao lado do leito de Draco acariciando seus cabelos.

— O senhor Malfoy se envolveu numa briga hoje, minha querida. – respondeu Madame Pomfrey delicadamente para Sarah.

— O que? Quem fez isso com ele? – soluçava Sarah debruçada no leito onde Draco dormia. – ele vai ficar bem?

— Quem fez isso com ele? – disse Sarah empunhando a varinha com lágrimas nos olhos.

— Calma, querida! Calma! Eu não sei como te contar isso, mas você sabe que eles nunca se deram bem... oh Merlin! Como posso falar isso? – falava Madame Pomfrey preocupada.

— Foi Harry Potter. – respondeu Snape secamente.

— O que? – perguntou Sarah boqueaberta com lágrimas escorrendo em seu rosto.

— Vou conversar com o Sr. Potter agora, com licença. – disse Snape antes de deixar a sala.

Sarah puxou uma cadeira próxima para mais perto do leito de Draco e sentou-se, segurando a mão de Draco.

— Eu vou ficar aqui. Quero cuidar dele. – disse Sarah decidida.

— Tudo bem , minha querida. – disse Madame Pomfrey acariciando o ombro de Sarah. – darei um jeito de trazer seu almoço aqui.

— Obrigada, madame Pomfrey. Ele é meu melhor amigo, não posso deixá-lo. – disse Sarah olhando para Draco.

Sarah passou o dia inteiro ao lado de Draco ajudando Madame Pomfrey com as poções para curá-lo. Draco ainda estava adormecido e Sarah havia pegado no sono em sua cadeira, com a cabeça apoiada no leito de Draco ainda segurando sua mão.

— Querida? – disse Madame Pomfrey acordando Sarah. – me desculpe, mas preciso pedir que vá para seu dormitório agora.

— Não, deixe-me passar a noite aqui por favor. Não posso deixá-lo, quero estar aqui quando ele acordar. – pediu Sarah chorosa.

— Prometo que assim que ele acordar direi que você esteve aqui o tempo todo e mandarem alguém chamar você. – disse Madame Pomfrey compreensiva. – agora vá dormir. Você mal comeu o dia inteiro, precisa descansar.

— Tudo bem, não quero lhe trazer problemas ficando aqui. – disse Sarah levantando-se. – amanhã eu volto, D. – disse Sarah beijando a mão de Draco. – Obrigada Papoula. – agradeceu Sarah abraçando a medibruxa e deixando a Ala Hospitalar.

Sarah estava caminhando em direção às Masmorras quando sentiu algo a puxar para dentro de uma sala vazia. Ainda sem entender o que estava acontecendo, viu Harry tirar a capa da Invisibilidade. Viu que o garoto estava com lágrimas em seus olhos, visivelmente abatido.

— Sarah, por favor me escute. Sei que esta brava, mas quero que me escute por favor! – pediu Harry chorando.

— O QUE ESTAVA PENSANDO? ELE PODIA TER MORRIDO! SE NÃO FOSSE SNAPE CHEGAR NEM QUERO PENSAR EM COMO DRACO ESTARIA AGORA! – gritou Sarah com lágrimas nos olhos.

— Sarah, por favor... – pediu Harry com a voz fraca, ajoelhando-se em frente de Sarah e abraçando suas pernas. – eu não queria, eu não sabia que aquele feitiço faria isso! Eu não queria...

Sarah sentiu que Harry estava falando a verdade, viu que ele não estava agindo com a razão naquela hora e que não queria ter deixado Draco naquele estado. A garota então ajoelhou-se ficando no mesmo nível de Harry e abraçados, os dois choravam.

—Ele vai ficar bem, nós vamos conseguir passar por isso. – disse Sarah abraçada em Harry.

— Eu te amo, Sarah. Nunca faria algo para ferir quem você ama. – disse Harry com lágrimas nos olhos abraçando Sarah.

— Eu sei, tudo vai ficar bem. – disse Sarah secando as lágrimas de Harry. – Eu também amo você.


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Notas finais do capítulo

Treta malígna, né HAHAHAHA
Vamos ver o que vai ser quando Draco acordar!
Esse capítulo foi muito difícil de escrever, então acho que eu mereço recadinhos :3
Beijos e até o próximo capítulo!



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