Contos de Natal escrita por CLAUDIA SOUZA MIRANDA


Capítulo 8
CAPITULO 08 - OS TRÊS FANTASMAS


Notas iniciais do capítulo

Baseado em Dickens, sem ordem cronologica e várias cenas da serie misturadas.
Espero que gostem. POV Oliver.
xoxo



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Faltavam dois dias para o Natal quando eu capturei a Cupido. Naquela noite Felicity jantava com Palmer quando pedi que Dig a chamasse para nos ajudar a localizá-la, a minha intenção era atrapalhar aquele jantar, estava com ciúmes de Felicity.

Eu estava tão cego que acabei falando coisas que não devia. Falei com a Cupido que não poderia ficar com ninguém, que eu tinha que ficar sozinho, ela respondeu que era mentira, eu neguei, mas no fundo sabia que o que Carrie, esse era o seu nome verdadeiro, havia falado era verdade, eu estava mentindo.

Ao voltar para a cave, Felicity já tinha ido embora e Dig me passou um sermão falando que ela ouvira tudo, que eu tinha que consertar isso, procurando-a para falar que eu a amava. Fiquei pensando um pouco até que por fim decidir procurá-la. Ao chegar a Palmer Tecnologies, os encontrei aos beijos, então voltei a cave olhei para a samambaia que ela havia me dado e joguei tudo que estava em cima de uma das mesas no chão. Roy que ainda estava por lá me perguntou se eu estava bem e respondi que não, depois o chamei para jantar na casa do Dig, que antes me convidara.

Ao ir para casa pensava seriamente em voltar a ser o velho Ollie, descuidado, mulherengo e inconseqüente, mas mais uma vez estava enganado.

Não sei era sonho ou pesadelo, naquela mesma noite, Tommy apareceu no meu quarto com seu jeito alegre de ser e me avisou que eu receberia a visita de três fantasmas, eu ri e discordei dele, se ele era um fantasma então não seria três a me visitar e sim quatro, porque Tommy estava morto. O primeiro deles foi Shado.

O primeiro fantasma

Shado pegou minha mão e me levou para a ilha, onde fiquei por cinco anos, Lian Yu.

Ela mostrou novamente todo o inferno que havia passado naquele lugar, depois voltamos no tempo dias antes da ilha, quando Laurel me pediu para moramos juntos, e como um covarde, eu menti para ela respondendo que sim. Para me livrar desse compromisso, convidei Sara, irmã de Laurel para ir junto comigo no barco, o que nos levou a Lian Yu. Shado no final falou que aquela decisão havia me levado a aquele lugar. Ação e reação, e elas não foram nada boas.

O segundo fantasma

Horas depois, bem pra mim parecia que o tempo havia passado rapidamente, desde que eu vi e conversei com Shado, ainda sonolento ouvi uma voz me chamar. No começo não reconheci quem era, até que acordei daquele torpor e foi quando eu a vi.

Sara se aproximou de mim me dando um demorado abraço. Eu fiquei muito surpreso por ela ser o segundo fantasma, então a abracei também e falei que estava feliz por vê-la novamente.

Eu perguntei a Sara para onde ela ia me levar, para qual passado obscuro, ela me respondeu que não seria o passado e sim o presente. Então, como se fosse um filme na televisão, Sara me mostrou tudo que havia acontecido comigo desde que voltei da ilha, as mulheres que fiquei, Helena; Mckena; Isabel; Laurel e ela, por fim eu e Felicity no corredor do hospital quando Lyla tinha dado a luz a pequena Sara. Neste momento a cena passou em câmera lenta me fazendo recordar cada palavra que falei para Felicity. Que eu não poderia ser o arqueiro e Oliver Queen, no final eu disse a ela que não era para me disser que eu não a amava.

Depois fomos transportados para o momento em que ela, Sara, me dizia que nós precisávamos de alguém que não usasse máscara.

E como ela veio, ela se foi.

Resolvi ligar para Dig, ele atendeu no primeiro toque. Contei tudo que estava acontecendo comigo, da visita de Tommy, Shado e Sara, perguntei se eu estava enlouquecendo. John me respondeu que não mais que nós. Depois me falou que quando ele voltara do Afeganistão também tinha visto um fantasma, que quando ele descobriu do porque, o fantasma havia desaparecido.

Então eu o perguntei como ele havia feito isso.

– Isso é coisa minha, Oliver. Você tem que descobrir o que os seus tentam lhe dizer.

Eu o agradeci pelo conselho e fui dormir novamente, para ver se o terceiro e último fantasma tinha para me mostrar.

Quando acordei novamente, não vi nada no meu quarto, então pensei que talvez este terceiro fantasma não aparecesse mais.

Levantei da cama, troquei de roupa e sai para tomar café, no meio do corredor vi alguém de costas para mim. A sua fisionomia ainda turva não me deixava ver claramente de quem se tratava.

Aos poucos aquela nevoa começou a se dispersar e o homem pode então virar de frente a mim para que eu pudesse vê-lo.

Meu pai estava vestido com um terno preto, grava e blusa preta, preto da cabeça aos pés. Senti um calafrio percorrer meu corpo todo, mas quando ele sorriu pra mim pensei que talvez não fosse tão ruim assim.

Robert Queen era o fantasma do futuro. Viajamos no tempo, para uns três anos. Ele me mostrou uma linda casa com um jardim na frente, nos fundos uma linda garotinha em seu balanço abraçada a uma boneca com vestidinho rosa. Uma porta foi aberta e dela saiu Felicity.

– Olivia venha logo, estamos atrasadas, seu pai já está no carro.

– Já vou mamãe.

Quando ouvi o nome da filha de Felicity sorri ao saber que ela havia dado o meu nome a nossa filha, porque com certeza aquela menininha era nossa. Olivia tinha os cabelos castanhos e olhos azuis como os de Felicity. Olhei embasbacado para o meu pai e ele simplesmente fez um sinal para que eu o seguisse.

Fomos então para frente da casa, o carro estava com os motores ligados, seu motorista tamborilavam os dedos impacientemente no volante. Felicity ajeitou Olivia no banco de trás, cobriu-a com uma manta rosa por causa do frio, depois foi sentar-se no banco ao lado do motorista.

Por um momento meu coração parou quando eu vi que não era eu ao seu lado, e sim Ray Palmer. Olhei para o meu pai e ele balançou a cabeça em sinal de reprovação.

– O que aconteceu? Por que Felicity casou com o Ray? – perguntei.

– Porque você meu filho, decidiu que não poderia ficar com alguém que se importasse por causa da vida que levava. E Felicity queria mais da vida Oliver.

– Mas eu a amo e ela me ama!

– Você disse isso a ela? Que a amava?

– Não.

– Então...

Continuamos com Felicity e Ray, eu e meu pai nos sentamos no banco de trás com Olivia para ouvirmos o que eles conversavam. Senti-me um intruso, mas naquele momento não me importava, eu queria saber como e quando eles haviam se casado.

– Ray, antes de irmos à casa de John, eu tenho que ir na casa de Oliver.

– Mas Felicity, hoje é Natal.

– Por isso mesmo, hoje é Natal, e eu quero cumprimentá-lo antes que ele faça sua ronda e fique com sua namorada.

– Qual delas, ele tem tantas!

– Ray! Não fale assim, Olivia está ouvindo.

– Tudo bem, tudo bem, não está aqui quem falou.

Logo depois chegamos à mansão. Ray estacionou o carro em frente e Felicity desceu com um presente nas mãos. Ela tocou a campainha e uma mulher com um robe de seda vermelha abriu a porta.

– Bom dia, o Oliver está?

– Quem é você?

– Oh, eu não sou ninguém, quero disser, eu sou alguém e.. quem é você? Não importa, você pode entregar isso para o Oliver, por favor?

– Claro. – a mulher respondeu pegando o embrulho nas mãos de Felicity e em seguida fechando a porta. Felicity voltou para o carro cabisbaixa e pediu para Ray sai logo dali.

Abaixei minha cabeça confuso e envergonhado. A minha Felicity já não era mais minha.

Subimos para o meu quarto e me vi deitado na cama bêbado.

– Podemos ir agora papai? Não quero ver mais nada.

Como um flash, estávamos de volta de onde eu nunca deveria ter saído. Senti minha cabeça pesada, minha visão turva e meu pai desaparecendo lentamente até que eu desmaiei.

Tempos depois acordei com a cabeça ainda pesada, olhei em volta do meu quarto e não vi nada que indicasse que realmente aquilo havia acontecido. Desci para tomar café e encontrei com Thea descendo as escadas.

– Que dia é hoje?

– Véspera de Natal.

– Véspera de Natal então, eu não perdi o Natal? Ainda dá tempo. – rir como um bobo.

– Ollie, dá tempo de que?

– Obrigada Thea. – dei um beijo em sua bochecha. – De consertar tudo. FELIZ NATAL!

Corri para a garagem, montei na minha Ducatti e fui à casa de Felicity. Chegando lá eu apertei a campainha e quando ela atendeu e vi que estava sozinha, não perdi tempo e a beijei. Confessei que a amava e a pedi em casamento, ela aceitou.

Mais tarde na casa de John, eu o puxei para um canto e disse que sabia o que os fantasmas queriam me disser.

– O que eles queriam te mostrar Oliver. – perguntou Dig.

– Eles queriam me mostrar que sem Felicity eu não sou nada. Ela é a luz que me ilumina, a mulher que eu amo. – John balançou a cabeça em concordância e meu deu um abraço.

– Estou feliz por você Oliver.

– Eu também John, eu também.

Fui em direção a Felicity, abracei-a e dei um beijo no alto de sua cabeça.

– Felicity?

– Sim Oliver.

– Se tivermos uma filha, qual seria o nome que você daria.

– Filha? Você disse filha? Nós acabamos de ficar noivos Oliver, e você já está pensando em filhos?

– Sim, qual o problema?

– Nenhum.

– E então, qual seria o nome?

– Olivia, ela se chamaria Olivia.

Eu sorri com a lembrança de Olivia, com seus cabelos castanhos e olhos azuis.


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Notas finais do capítulo

Me contem o que acharam e não escondam nada....rs
Ainda bem que Oliver se redimiu, se não, Ray e Felicity teriam a Olivia.
FELIZ NATAL para todos, tudo de bom, que Deus os ilumine e guardem.
xoxo



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