Pokémon - Through a New Look escrita por Allen Isolet, Consigliere


Capítulo 14
Scarlonnie's date


Notas iniciais do capítulo

Em pouco tempo já estou com capítulo novo! o/

Aqui está do começo ao fim o resultado do encontro do Scare e Lonnie para os ansiosos de plantão. Leiam e saibam no que terminou ~

Sim, eu fiquei sem criatividade de novo para nome de capítulo... vai esse mesmo >.>'



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— Ei, o que foi, rapaz? — Aren pergunta para o Cacturne estranhamente ansioso.

Scare diz seu pedido esperando ser traduzido por Ori, ambos conversavam antes do espantalho aparecer. Até o jeito de rosnar está diferente, está mais animado.

Ele quer permissão para sair com Lonnie. — Ori traduz, depois voltando-se para Scare um pouco surpreso. — Convidou ela para sair?

Scare confirma.

— Own, nem acredito que vai mesmo correr atrás. É claro que deixo.

— Tenho certeza que vai dar tudo certo, vocês dois já se entendem muito bem.

Ori está certo na maioria de suas afirmações por sua sensibilidade com todo tipo de aura, então, sabendo disso Scare se sente mais confiante. O trio sai da loja de conveniência e volta para encontrar com os outros no Pokémon Center. Marjorie ainda está no quarto terminando de arrumar suas coisas e pentear os cabelos.

Do lado de fora, Lopunny anda de um lado para o outro no corredor reunido coragem para pedir permissão de sair a humana, não tem ideia do que ela acha de um de seus Pokémon relacionar-se assim com outros. Se vê problemas até em namorarem, não que tenha essa intenção, mas tem aqueles que proíbem seus monstros de viver a vida deles. Dá um último suspiro e decide perguntar, se aproxima receosa até alcançar a garota em frente a um pequeno espelho.

— Quer alguma coisa, Lonnie? Você não é de se aproximar de mim desse jeito. — Lonnie mexe a cabeça em negativa. — Hm... certeza?

“Er, eu... bem... eu queria sair um pouco.”

— E vai sair sozinha? — Abre um sorriso ansiosa com a possível resposta.

“Não exatamente. Scare me convidou para sair com ele.”

— Aanw! Que fofinho!  Os dois vão sair juntos, nem acredito! — Lonnie pasma um pouco com a reação súbita da garota, como se já esperasse por aquilo. — Ah, desculpa, er... claro que pode!

Olha um pouco desconfiada com a permissão tão fácil.

— Ei, ei... antes de sair será que posso ao menos arrumar os seus pelos? — Ergue a escova de cabelo que usava. — Deixa eu te arrumar para o encontro.

“Não é exatamente um encontro, só vamos sair um pouco e conversar.” Cora um pouco, mas seus pelos escondem a face.

— Não importa, ainda quero arruma-la assim mesmo.

A coelha cede para o pedido e deixa que a escove, negar só faria Marjorie insistir mais ou deixa-la bem triste. Lonnie já se sentia um pouco mal pelos vários foras que deu nela, mesmo ainda desconfiando de sua gentileza. Nenhum humano é tão bom assim, não é? Ela está confusa com o que pensar a respeito e deixa para conversar sobre isso com o Cacturne.

— Seus pelos são tão macios e fofinhos. — Repara nos laços que fez nas orelhas da coelha. — Oh, os suas fitas estão desamarrando, vou amarra-los de novo, e... se quiser te ensino a fazer laço, que tal? Assim você mesma pode coloca-los de novo sempre que isso acontecer.

Passam um agradável tempo fazendo coisas de menina.

[...]

Com todos já sabendo do encontro, Aren impõe uma pequena barreira para ele, não podem sair totalmente sozinhos. Sair, sair até pode, mas ainda é sob os olhares vigilantes de seus treinadores, andarem desacompanhados por aí é perigoso. Vão todos para uma praça comum no fim da tarde. Tem a comum calçada de concreto contornando ela toda, bancos de madeira do mesmo jeito, árvores diferentes e algumas lojinhas e barracas de lanche.

Scare e Lonnie se afastam apenas o suficiente para ficarem mais à vontade. Caminham pelo lugar até se aproximarem de um lago e sentam na margem dele. Marjorie acena de longe para os dois, até parece algum tipo de passeio em família onde um dos filhos mais velho convida a pessoa que gosta para participar da atividade.

Os dois ficam constrangidos com Marjorie dando uma de tia e não respondem. Lonnie tenta puxar algum assunto sabendo que Scare é mais retraído.

“Acho que por aqui já está bom. Então, o que fazemos agora?”

“Não sei muito bem, esse é o meu primeiro encontro...”

“É, o meu também...” Para não deixar o assunto morrer ali pensa em brincar com ele. “Ei, você queria conversar sobre a garota, não é? Antes eu gostaria de ouvir você dizendo o motivo de querer tanto que eu fique no grupo, aí eu penso sobre ela. Que tal?”

Ela ri com a reação de espanto dele e aguarda resposta. Passa várias coisas pela cabeça dele e uma delas é: ela já sabe que gosto dela! Mas nada de responder direto, ainda não tem certeza.

“Er... o-ok. É um bom acordo na verdade.”

“Pode começar.”

“... desde que te vi pela primeira vez te achei interessante e queria te conhecer melhor, estando com a gente tenho essa chance. Er... só atrapalho por não falar muito.”

“Agora que finalmente disse o motivo darei uma chance melhor para ela, talvez ela seja mesmo confiável.”

“Que bom! E ela é sim, tenho certeza.”

“Vamos andar mais um pouco, quero conhecer a praça toda antes de voltarmos.”

“Certo.”

Pokémon andando normalmente entre humanos sempre chamam atenção. Algumas pessoas curiosas observam eles e acham interessante ou até fofo deduzindo que são um casal. Um ou dois tiraram uma foto deles.

Lonnie detesta ser observada por tantos humanos e o tempo todo como se fosse um bichinho de pelúcia. Por ser Lopunny só a veem como fofa, adorável e que podem abraçar sempre que querem. Mas andando com Scare os olhares se direcionam mais para ele, e não são para admira-lo.

Os mais jovens o acham legal e os que têm Pokédex usam para saber mais sobre esses Pokémon diferentes. Alguns dos mais velhos perdem mais tempo olhando feio para ele que notado a existência da coelha. Ela consegue o que quer dividindo a atenção com ele, mas prefere continuar sendo paparicada se em troca o preço é seu amigo ser tratado como um criminoso.

Uma senhora que passa por eles se assusta ao encarar Scare diretamente e se afasta de imediato, como se ele tivesse alguma doença contagiosa. O Cacturne está acostumado a esse tipo de tratamento e já não se importa mais, ou apenas não demonstra mesmo.

“Por que sempre que você está longe de seu treinador tem pessoas te tratando desse jeito?” Ela pergunta avaliando dos pés ao chapéu o que pode ter de errado em sua companhia.

“Normal, eu sou... ” Interrompe para repensar suas palavras. “... visto como algo perigoso.”

“Você não tem nada de perigoso, é apenas diferente.”

Fica calado por um tempo.

“Só me veem assim, por mais que eu seja tranquilo sempre vai ter gente me achando terrível.”

“Mas você é uma gracinha.” Diz confiante.

Scare para de andar instantaneamente e Lonnie um pouco mais a frente.

“De que você me chamou?”

“De gracinha.”

Um forte arrepio cobre o Cacturne terminando o trabalho num Scare mais vermelho que Tomato Berry. Encara sua companhia ainda incrédulo e até analítico, como se para ter certeza que ela é real.

Ela ri.

“Você fica vermelho tão fácil...”

“N-não é nada, acontece.” Evita encara-la por causa do rubor.

“O seu problema são as pessoas não te achar bonito, né? Então...” Desfaz o laço de sua orelha direita e o exibe para ele. “Os humanos usam enfeites quando querem ficar ou deixar algo mais bonito. Se você usar algo assim talvez fique bonito para eles também.”

“Ou mais estranho.” Tenta brincar.

“Vai não, deixa só eu amarrar em você.” Passa a fita pelo pescoço dele e tenta fazer um laço como a Marjorie ensinou. “Pronto. Ah, não ficou como o dela...”

Lonnie faz menção de tirar o laço para tentar fazer outro, mas é impedida.

“Está perfeito assim mesmo!” Reponde enternecido.

[...]

De um dos bancos de praça, Marjorie está quase se transformando em Noctowl de tanto que vira a cabeça para trás para tentar espionar.

— Aah... eu quero saber o que estão conversando! Será que ele já disse que gosta dela ou sei lá? E ela correspondeu? Tenho certeza que ela gosta dele também!

— Calma, Marjo. Pokémon tem jeitos diferentes de demonstrar afeição. Pássaros cantam ou constroem ninhos, outros entregam presentes ou exibem sua força. Varia muito, com Cacturne não tenho ideia de como seja, mas parece que eles são sem pressa. — Aren se levanta um pouco pensativo. — Alguém quer alguma coisa? Vou comprar algo para comer.

Eu vou com você, assim voltamos rapidinho com o meu poder! — Ralts sai do colo da Marjorie e pula para o lado do garoto.

— Quero alguma vitamina e bolo, e se tiver pipoca traz também. — Marjorie responde ainda olhando para trás.

— Para mim pode ser qualquer coisa. — Kaito coloca-se na mesma posição de Marjorie e ambos viram corujas.

— Vou vigiar esses dois. — Ori comenta com um suspiro.

Aren dá uns passos de costas e em silêncio.

Os outros Pokémon estão brincando na grama perto de seus humanos. Até queriam se afastar um pouco mais também, mas aí fica ruim para os treinadores estarem atentos a todos e por lugares diferentes. Darão uma volta pela praça com eles depois.

—Vamos, Ralts, quero dar uma olhada nos dois antes.

Quê?! Então você quer espiar também?! Que feeeio seu egoísta, Marjo também queria. — Ralts fica boquiaberto encarando o Aren.

— Claro que não, mas eles rodeando a praça ficam meio fora de vista. Só quero saber da localização mesmo, não vou me aproximar deles.

Sei, tá bom então, e o que vai pegar para comer?

— Hm... me faz um favor? Quando comprarmos as coisas você vai na frente com seu Teleport. Vou ver se faço algo antes.

Ok.

[...]

“Você tem uma boca só ou várias pequenas?” Lonnie pergunta enquanto examina o rosto do Cacturne.

“Uma só. Meu rosto é assim mesmo, não sei explicar...”

“Nem nariz tem... não sente cheiros?”

“Não.”

Mais à frente um homem estranho numa barraquinha de crepe chama a atenção dos dois.

— Ooi! Vocês dois aí, Pokémon! — Ambos se entreolham estranhando a situação. — Sim, são vocês mesmos, o Cacturne e a Lopunny. O treinador de vocês passou por e aqui me pediu para preparar o lanche dos dois. Estão com fome, não? Vamos, não sejam tão tímidos e se aproximem para esperar enquanto eu preparo.

Scare e Lonnie ponderam ele estar falando a verdade e aceitam o convite do senhor, vão para o banco da praça que está de frente para a barraca.

— Estão num tipo de encontro, né? Que bonitinho. — O senhor fala sem desviar muito os olhos de seu trabalho. — Reparei que estão combinando os laços, são um casal?

Scare nega com a cabeça sem pensar duas vezes. Lonnie até responde mesmo sabendo que não pode ser entendida, essa é a intenção.

“Bom, depende um pouquinho dele.”

O Cacturne reage como se tivesse recebido um golpe crítico e só a encara com “o quê?” estampado em sua cara. Na distração ela esqueceu do Scare e disse sem pensar.

“S-saiu sem querer, não foi o que eu quis dizer!” Puxa uma das orelhas para cobrir o rosto. Bem baixo se ouve um grito abafado.

— Hm? O que houve? — Ainda preparando os crepes.

Voltam a ficar quietos esperando o senhor terminar o trabalho dele, Aren comprou para eles crepes doces recheados com creme e frutas. Feito, eles continuam contornando a praça toda até voltarem ao ponto de partida.

“Legal isso do seu treinador.”

“Sim. Eu até já me acostumei com isso, mas ainda gosto da minha independência.” Tem dificuldade em segurar o palito do doce. “Oh, droga...”

“Onde está a sua independência agora?” Disfarça uma risada. “Deixa que seguro para você.”

“Deve ser legal ter mãos.”

“Acho que sim.”

Prosseguem em silêncio enquanto comem. Aproximando-se do fim do passeio diminuem os passos para demorarem um pouco mais até reencontrarem seus humanos. A praça não é tão grande e infelizmente passam por ela rápido... seus treinadores já estão visíveis brincando com os demais Pokémon.

Scare para de andar.

“Oh, não...”

“Parece abatido, o que foi?”

"É que eu queria te dizer algo antes de voltar..."

"Ainda tem tempo de conversamos mais um pouco. O que é?"

Ele respira fundo e se acalma, tenta não pensar muito para não nublar-se de ansiedade e perder sua melhor oportunidade de ser franco consigo mesmo e desabafar o que sente.

“Acho que nem é mais segredo para você...” Um pouco sem jeito para de frente para ela, corado como de costume.

Desconfiando do que vem pela frente ela tenta responder a situação, mas começa a gaguejar e logo desiste. Então ele continua.

“Posso prosseguir?" Ela maneia sim com a cabeça e ele volta decidido em expor tudo. "Eu... gosto de você. Gostei desde que a vi e fui gostando mais com o passar do tempo. Te acho muito fofa e não estou falando só da aparência. Não gosta de mostrar, acho, mas é muito terna e gentil também.”

Lonnie levanta os punhos até cobrir grande parte de seu rosto corado. E sem conseguir deixar sua face receosa de lado, interrompe a declaração.

“Gosta até de meus defeitos por acaso?” Soa como desafio.

“Claro, sem eles você não é uma Lonnie completa! Eu... quero ser seu namorado.”

Ela entorpece com o turbilhão de sensações estranhas, novas na maioria, que chegam de uma só vez. Muda e com a mente embaralhada por conta do choque. Pela primeira vez deseja mais do que nunca que um dos humanos surja do nada para busca-los, mas ninguém aparece. Nervosa, responde a primeira coisa que lhe vem em mente para não deixa-lo no vácuo.

“A-aceito!” Volta a si dando um grito e cobre o rosto por inteiro.

“Quer mesmo?” Se aproxima um pouco mais dela.

Ainda com o rosto coberto apenas concorda movendo a cabeça e subitamente é puxada para um abraço. Scare não consegue dizer mais nada, só a prende e é correspondido com o mesmo.

“Sempre me abraça de surpresa.” Ela ri.

"N-não resisti." A encara por um momento. "Somos mesmo um casal agora?"

“Uhum.”

Apertam o abraço e ficam por ali mais um tempinho.

Finalizam o passeio voltando normalmente para o resto da turma, ninguém os enche fazendo perguntas indiscretas ou forçando a dizer como foi o encontro. Contam o que aconteceu só se quiserem. Mas não escondem de ninguém que foi algo bom, ele ainda está com uma das fitas dela enlaçado no pescoço e permanecem um tempo de mãos dadas depois que voltam.

Marjorie não tira os olhos de cima deles, fica totalmente extasiada em ver os dois juntos como um casal. Prefere Pokémon a humanos enamorados por esses serem mais simples e sinceros.

[...]

Depois de passarem a última noite em Geosenge, voltam para a rota 22 e a exploram para conhecerem mais da área e seus Pokémon. Lendo sobre o local veem que por ali tem bastante espécies raras e algumas das cavernas ao redor escondem segredos e histórias interessantes.

Tem um certo clima encantado e as muitas árvores proporcionam um frescor relaxante.


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Notas finais do capítulo

SCARLONNIE É REAL! ♥

Dá até uma felicidade ver que o nosso querido Cacturne ganhou coragem e ainda é correspondido! Já tinha um tempinho que a afinidade era mútua mesmo ÚwU

O próximo capítulo talvez demore mais para ser postado, enquanto isso podem visitar a página para ver os desenhos que farei dos últimos capítulos postados ~

Até.



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