Pokémon - Through a New Look escrita por Allen Isolet, Consigliere


Capítulo 13
Humano para entrar só se for como Pokémon


Notas iniciais do capítulo

Capítulo cheio de referências desta vez, e vai do título até o final da história principal.

Agora, agradecimentos as pessoinhas que tanto me ajudam a escrever. Seja me dando ordens para ir escrever algo ou oferecendo ajuda na hora do bloqueio.

Ban, Lonnie notou Scare, então também posso fazer o mesmo com você. Minha assistente favorita que eu tanto dou foras. Brigad's por toda sua ajuda e apoio moral, e vê se melhora nas suas cantadas de pedreiro senão serei o senpai ruim para sempre u.u

Lawliette, minha beta sumida que adora enrolar. Vê se apareça mais vezes, pô! E brigad's por toda sua ajuda, sem você minha fic não andaria nada bem! ♥

Pronto, cabou agradecimentos. Vamos voltar ao normal por aqui e boa leitura!



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— Todos acordados? — Aren olha a procura de Marjorie, Ralts e Scare que são sempre os últimos a acordarem. Estão todos presentes. — Que bom, pois tenho algo bem legal para todos nós participarmos!

Marjorie sorri ansiosa, ela mesma queria contar, mas não tem tanto jeito com as palavras. Ela observa as expressões dos monstros esperando alguma grande surpresa ou empolgação vindo deles para se soltar junto.

Estão na área recreativa do Pokémon Center, ainda é de manhã e tem pouca gente por ali. O ambiente é bem amplo e cheio de plantas de vários tipos, estão envasadas próximas aos muros baixos que fecham o lugar. Ainda na descrição do lugar, tem bancos solitários feitos de concreto entre cada planta.

Os treinadores estão de pé um do lado do outro para explicar o jogo para seus companheiros. Alguns deles estão sentados no chão e o restante de pé mesmo. Aren é quem dá todos os detalhes principais e Marjorie fica com a parte de tirar dúvidas, ela fez até mesmo alguns de seus desenhos fofos para que entendessem bem. Só darão início ao jogo se todos concordarem, senão será “arquivado” para alguma oportunidade futura.

O estilo da brincadeira que Aren escolheu é inspirada em jogos de RPG, mas especificamente, um que ele mesmo já jogou uma vez. A explicação não é muito longa para que eles não ficassem confusos e depois de toda a conversa e retirada de dúvidas, partem para distribuir as “funções” existentes na brincadeira para cada um dos Pokémon escolher. A dos treinadores já está pré-estabelecida.

— Para caracteriza-los de um jeito divertido eu pedi alguns lenços e laços para uma das enfermeiras! — Marjorie mostra os lenços coloridos que tem e chama os monstros para cada um escolher o seu. — Quem quer ser o primeiro?

Marjorie começa a amarrar os lenços em cada um deles, e nos que não foram até ela, ela foi atrás. A maioria dos lenços estão nos pescoços. Ralts está usando um lenço azul claro, a Ivy amarelo e Slime um broche de flor em sua crista. Alex escolheu o cinza. Ori e Botton ficam com lenços vermelhos e Scare preferiu o preto. Lonnie ganhou um laço de fita rosa em cada uma das orelhas.

Enquanto uma cuida dos Pokémon e outro arruma as mochilas, Aren se afasta para conversar com outra enfermeira, ele pede para deixar os Pokémon por ali enquanto eles mesmos arrumam tudo. O menor da turma é o mais preocupado em se separar, desde que entrou em jornada nunca tinha deixado eles sozinhos por tanto tempo.

—Acha mesmo uma boa ideia deixá-los sozinhos? — comenta o Kaito.

— Vão estar bem, principalmente se tem a “babá” Ori no meio. — Aren brinca. — Sério, vão estar de boa até nós voltarmos.

Os três saem.

Ainda na praça do Pokémon Center, os Pokémon comentam sobre a novidade. Todos eles foram separados em duplas e cada dupla ganhou um nome escolhido por eles mesmos ou, no caso dos que tiveram dificuldades, por seus treinadores.

Espero que não demorem, estou muito animado com a ideia! — Ralts puxa assunto com Ivy e Slime.

“Eu também. Bom, um pouco insegura em fazer algo sozinha.” Ivy para um pouco para pensar. “Será que ainda posso trocar com alguém e ficar com um papel menor?”

“Mas eu vou estar com você, lembra?” comenta Slime.

“Ah, eu me referia de estar sem treinador... não sei lutar muito bem sozinha.”

Vai ser divertido mesmo sem eles, e ninguém garante luta de verdade.

Alex se aproxima dos três para tentar atrapalhar a conversa. Quanto mais cedo começar o jogo, mais cedo termina e ele volta a ser preguiçoso. Só concordou em participar do jogo por não ter que mudar muito o que já faz.

“E eu vou ter que ser sua dupla, pior escolha.” Olha frustrado para Ralts.

Eu sou uma ótima escolha de dupla! Cara chato.

Do outro lado do pátio, Ori conversa com Button e tentam ensaiar alguma frase de efeito para o que vão representar.

“E que tal se dissermos: Você foi justiçado!”

— Não, isso ficou estranho.

“Então: Pereçam sob nossas asas, bandidos!”

Ori suspira.

— Que tal deixar isso de lado? Na hora vemos qualquer coisa.

Scare está meio desolado observando a todos, quieto e sem falar muito desde que organizaram as duplas. Seu par é Lonnie e a função deles é a menor de todas dentro da brincadeira, mas não menos importante. Ela está sentada em um dos bancos, esperando pelo retorno dos humanos e iniciarem logo com o evento. Depois de tanto tempo, o Cacturne resolve fazer companhia a moça.

“Oi. Er... posso ficar aqui com você?”

“Claro, fique à vontade.”

Ele respira fundo para apaziguar sua ansiedade e continuar a conversa. Não está acostumado a prolongar nenhum tipo de conversação, mas se esforça para mudar isso.

“Acho legal que tenha aceitado participar do jogo.”

“É, eu... se eu quiser andar com vocês por algum tempo tenho que participar um pouco do que fazem. Sei lá.”

“Você... pretende ir embora?” Sua expressão imutável esconde o espanto.

Ela não responde e ambos esperam quietos e sem trocar mais palavras.

[...]

Começo de tarde com um clima ótimo para atividades externas. Ivy e Slime estão sozinhas andando em direção a um bosque, já de sua entrada se ouve até o canto de alguns pássaros.

“É aqui mesmo?” pergunta a Slime.

“Sim.” Ivy responde enquanto analisa o mapa que receberam. “No mapa tem o desenho de várias arvorezinhas e sobre ela o desenho de uma laranja.”

As duas olham para o portal do bosque e pregado numa plaquinha tem o desenho de uma laranja feito por Marjorie.

“Tenho certeza.” Finaliza Ivy e assim guarda o mapa dentro de sua bolsa de pano.

A dupla Midori recebeu uma missão de Marjorie — usando acessório de orelhas de Wigglytuff —, que se intitula Guildmaster, para resgatar um Pokémon que fora sequestrado por um par de malfeitores. O cliente é o Kaito vestido de Azumarill e pagará com balas de goma em forma de Pancham, seu amigo é alguém importante e por isso visado por muitos maus elementos. Esse é Aren vestido de Skitty. Por falta de Pokémon para se encaixar no enredo básico do jogo os próprios treinadores entram e pegam as vagas.

A missão consiste apenas em encontra-lo e salva-lo, mas para isso vão ter que andar muito porque o esconderijo é altamente secreto, bem ao fundo do bosque.

Seguem pelo caminho de terra riscado no mapa, nele tem os caminhos seguros para explorar até a localização do ponto de descanso mais para o centro numa clareira, e o objetivo da missão no final.

“Se usarmos o mapa com cuidado, acho que podemos passar pelo bosque inteiro sem encontrar com muitos desconhecidos.” A Bulbasaur fala determinada fitando sua frente.

“Espero que sim, já quero encontrar nosso ponto de descanso e saber que comida terá nele.”

Riem um pouco e prosseguem com a caminhada. Estão fascinadas com a pequena aventura, conversam sobre as possibilidades de virem outras assim e se o desafio aumentará de acordo com suas façanhas nas missões. Sobre a dupla, elas pretendem manter durante esse jogo sempre que tiver.

São observadas por alguém dentro da vegetação, um Pokémon as segue com cautela desde que as viu e espera pelo melhor momento de avançar.

Ivy para de andar para prestar atenção pelos arredores, teve a impressão de ouvir passos.

“Que foi?” Slime pergunta.

“Ouvi algo, acho que tem alguém nos seguindo.”

“Como é?!”

“Shh! Fique quieta senão podemos ser atacadas.”

As duas continuam, mas agora um pouco apreensivas.

“Não quero esse medo estragando nossa aventura” queixa-se a Slime.

O estranho observa com atenção e curiosidade, nunca tinha visto antes tais criaturas por aquele bosque. Ambas totalmente verdes, e se não estivessem se mexendo nem seriam notadas, até mesmo por olfato, Ivy tem cheiro de folhas e Slime de algo venenoso e por isso perigoso.

Do alto das árvores, mais Pokémon estão presentes observando a situação.

“Essa é a hora da gente entrar?” comenta uma voz aguda.

Não, vamos apenas ver como as duas se saem.

Com as duas assustadas, o estranho se vê na oportunidade de avançar. Anda com cuidado e avança até ficar à frente delas dentro das sombras. Elas passam por uns arbustos e a avançando um deles sacode bastante até que uma sombra pula de dentro dela rosnando ferozmente para intimida-las.

Elas só tem tempo de ver uma boca cheia de dentes antes de gritarem e sair correndo para o lado oposto.

Slime é a primeira a protestar depois de se esconderem numa árvore. Uma grande árvore com enormes raízes ótimas para isso.

“O que era aquilo?!”

“Um doido varrido e que quer nos comer!”

“Eu nem sabia que éramos comestíveis!”

“E não somos! Viu? É um doido!”

Pouca coisa maior que elas e de cor predominante escura, o que tinha saído das sombras foi um Houndour. O cão negro de barriga laranja e adereços de ossos corre incansável atrás delas quando as perde de vista no meio da grama alta.

“Onde vocês estão? Apareçam!”

Elas não respondem. Conversam baixinho decidindo se lutam ou se tentam engana-lo e fugir novamente. Escolhem lutar, essa parece a melhor maneira de se livrar do grude.

“Estamos aqui!”

Ivy grita da parte mais alta da raiz que consegue alcançar, e com seus cipós puxa a Slime para cima e atravessam para o lado que o Houndour está.

“Finalmente se mostraram! Porque procurar pelo cheiro é uma missão impossível.”

“Falando em missão, estamos em uma e você está nos atrasando!” brada a Slime.

“Que missão?”

“Isso não é da sua conta.” Agora é Ivy, responde calma apesar de estar irritada.

Houndour se aborrece com a resposta e ameaça projetar algo de sua boca. Abre ela o máximo que pode e algo brilhante surge dentre suas presas superiores e inferiores.

Cospe uma volumosa bola e fogo sobre elas, mas tão fraca que cai como fagulhas e nada de mal provoca. Um pouco sem jeito tenta de novo e desta vez é mais forte, mas nada tão extraordinário.

Slime cospe nas chamas uma bomba de veneno que já tinha pronto assim que o cão falhara no primeiro ataque e a desfaz. Resíduos viscosos caem para cima do Houndour que dá vários passos para trás e nisso ainda recebe um ataque carregado de folhas laminadas da Ivy.

É atingindo com força e se machuca.

“Tudo bem! Eu desisto, eu desisto!” Houndour emite um ganido.

As duas se entreolham por alguns segundos e depois voltam a encara-lo.

“Eu... só queria brincar na verdade, não brigar. Desculpa, tenho o sangue quente e sempre me mostro feroz...” Lambe um dos arranhões que ganhou da Ivy, entristecido.

“Aah... ok então, tudo bem. E se você não nos perturbar mais vamos continuar com a nossa missão.” Ivy se afasta devagar e leva Slime consigo que ainda estava a observa-lo.

“Ei, posso ir com vocês?”

“Não.”

“Por favor, eu ajudo! Conheço muito bem esse bosque e posso servir de guia! Prometo não ataca-las de novo.”

Elas param e resolvem ouvi-lo, se ele não tentar mais nada talvez seja um bom membro para o time. Ivy dá um longo suspiro e pensa um pouco, no fim concorda com a entrada dele.

O cão negro corre feliz para perto das duas.

“Valeu mesmo! A tempos que ando atrás de algo interessante para se fazer aqui e vocês aparecem me tirando da rotina!”

Relatório da missão até o momento:

A dupla Midori encontra e adentra o bosque cítrico. No meio do caminho, ou melhor, ainda no começo, elas tem seu caminho cruzado por um Pokémon selvagem que as ataca. Elas o vencem e ganham um novo membro para o time.

 [...]

Do outro lado do bosque, bem ao fundo dele numa clareira espaçosa, está a equipe vilã que sequestrou uma infortunada criatura. O mal de ter muitos bens e andar desprotegido, depois dessa com certeza não repetiria mais o erro. O sequestrado está amarrado fracamente a uma árvore pequena. Na verdade nem está amarrado de verdade, apenas passaram a corda pelo seu corpo ao redor de uma árvore e o deixaram assim mesmo.

Vamos, diga onde você guarda seu tesouro que não temos o dia todo!

Grita o cabeça do grupo, está tão entediado por esperar as duas que desconta em sua vítima.

Não fique se achando muito só porque um de seus amigos pediu resgate! Até que seja salvo será tarde demais.

— Não está levando isso a sério demais? — pergunta o Aren, ele está usando orelhas de Skitty e uma camisa rosa de mangas longas. E acha que Ralts pirou de vez na batatinha.

Eu estou um pouco entediado apenas.

— Pode ir explorar um pouquinho se quiser, eu deixo.

Mesmo?

Alex se apressa em contestar, resmunga algo para Aren e é traduzido por Ralts.

O quê?! Alex disse que está tentando me enganar! Skitty esperto, não ache que sou ingênuo a esse ponto.

— Hã? Ah, deixa pra lá... como será que os outros estão indo? — fala consigo mesmo.

No acampamento e ponto de encontro fora o bosque, os dois restantes passam o tempo conversando. Ambos caracterizados chamam um pouco de atenção e até mesmo uma pessoa fã de Pokémon pede uma foto com eles. Marjorie de Wigglytuff e Kaito de Azumarill. Apenas um acessório das orelhas e uma camisa das mesmas cores foram o suficiente para o cosplay pobre.

[...]

“Então, isso tudo que vocês estão fazendo é um tipo de jogo criado por seus humanos?” pergunta o Houndour.

“Sim, é tudo uma brincadeira no fim das contas.” Slime responde animada.

Ivy está lendo o mapa mais uma vez e tentando comparar o desenho com o caminho onde estão. A cartografia não é tão fiel a geografia local, mas os desenhos feitos nele para identificar cada parte do caminho ajuda muito para se guiarem. Agora mesmo o trio passa por uma árvore com um desenho de Poké Puff indicando que estão perto da área de descanso.

“Pena não ter umas escadas por aqui” comenta Slime, que para ao se deparar com um morrinho alto demais para ela pular. Dar a volta atrasaria um pouco, principalmente por ser a única que precisa fazer isso.

“Não precisa de escadas, a gente te ajuda a subir o andar.” Ivy guarda o mapa e sobe na frente com ajuda de seus cipós. “Quer ajuda também, Houndour?”

“Consigo saltar muito bem, veja só.”

Houndour salta para perto de Ivy com muita facilidade enquanto Slime é puxada para cima como prometido. Descem e sobem algumas árvores derrubadas, morros e até pedras. Encontraram outros Pokémon encrenqueiros que defendem seus territórios atacando-os e assim por diante.

O local de descanso será bem merecido depois disso tudo, mas lá o clima não é dos melhores.

Um típico visual de piquenique, toalha colorida sobre o gramado e uma cesta grande cheia de lanche. Como acréscimo tem algumas almofadas para que não ficassem desconfortáveis esperando demais sem terem o que fazer. — Maior parte das coisas que estão sendo usadas foram pegas emprestadas do Pokémon Center. — Os dois encarregados de cuidar do restante da turma estão sem se falar direito desde mais cedo.

Para tentar quebrar o silêncio desconfortável, Lonnie puxa assunto.

“Você quer dizer algo, não? Está inquieto.”

Como pode notar inquietação? Scare pensa um pouco antes de responder.

“Não quero que vá embora.” Responde triste demais para encara-la, apenas continua de cabeça baixa.

“Ah, mas... ok. Vamos conversar direito.” Pega a almofada que está usando e a leva mais para perto do Scare. Volta a se sentar e continua. “Eu tenho um pouco de medo daquela garota.”

“Hã?”

“Não vou repetir.”

“Hm... Marjo é muito legal, não sei como consegue ter medo dela.”

“Longa e desagradável história...” Suspira e resolve contar um pouco, a contragosto, mas já se sente mal demais em não dividir isso com ninguém e ele é quem ela mais confia. “Lembra daquele meu treinador terrível? Ele era exatamente como essa garota, me tratava muito bem e me mimava sempre... aí do nada deve ter se cansado de mim e começou a me tratar mal. E se ela também se cansar? Pode me achar fofa agora, mas depois inútil e descartável... não quero passar por isso de novo.”

Ela disfarça uma lágrima que tenta escapar.

O peito de Scare que já estava pesado antes, cai e despedaça de vez com essa cena. Por impulso puxa ela para abraça-la e depois de feito se toca do que fez. Se arrepia até as pontas de seu chapéu, totalmente roborizado. Seu verde todo perde lugar para o vermelho e quase se parece com a raríssima coloração marrom avermelhado de sua espécie.

Gagueja várias vezes até conseguir dizer a frase completa.

“Desculpa, agi sem pensar!”

“Pede desculpa, mas nem sequer me solta.”

“É que... eu paralisei.”

Realmente não move mais nenhum músculo além dos que está usando para falar, nem a encara também.

“Tudo bem.” Compartilha do abraço e o aperta. Nem precisa de sua audição aguçada para ouvir perfeitamente as palpitações alteradas. “Ei, seu coração é acelerado assim mesmo?”

Se aproximando do local é ouvido passos corridos e vozes, o time Midori enfim chega ao local tão desejado. Entram na clareira e Ivy provoca ao ver os dois se entendendo tão bem comparado ao comum que é o dois mal se falando.

“Interrompemos algum momento de ternura? Podemos voltar mais tarde.”

“Nããooo! Mas eu já estou com fome!” Slime choraminga.

“Quem são esses?” Houndour pergunta a Ivy.

“São a dupla Sorvete de Casquinha e eles cuidam de fornecer itens de cura e suporte.” Brinca. “São Scare e Lonnie, Scare é o verde.”

“Peguem o que quiserem na cesta.” Lonnie aponta o objeto no canto, um pouco corada.

[...]

— Marjorie, você não pode entrar no bosque atrás deles, vai atrapalhar e ainda por cima estamos sozinhos. — implora o Kaito, ele segura um dos braços da garota que apesar de não parecer é bem forte.

— Aah! Mas não posso ficar aqui sem saber o que está acontecendo lá dentro! E se estiverem em perigo?

— Esqueceu da dupla de heróis Asas da Justiça? Eles estão vigiando de longe e se acontecer algo Button virá voando nos avisar.

— É mesmo, tinha me esquecido deles... mas não tem como chamar o Button só para passar umas informações?

— Não que eu saiba.

— Tudo bem, então vamos comer alguma coisa... — Ela dá meia volta e puxa Kaito consigo.

Mudando de humor mais rápido que Extreme Speed, voltam para o acampamento e comem o que ainda tem por ali.

Sabem que não podem andar afastados demais das estradas, rotas e etc por causa dos possíveis ataques de Pokémon selvagens, mas investigar um pouco não pode fazer mal algum. Deixam um pouco de lado o acampamento apelidado de guilda e usam um dos objetos com mapa que Kaito tem para se guiarem pelo restante da rota. Nada de estranho ou ruim acontece com eles durante a caminhada e de bônus ainda tem uma das melhores coisas que veem pelo caminho, várias Vivillon alçando voo.

— Ainda sinto falta de todos, na próxima vez não vou escolher ser mestra de nada.

[...]

Status da missão: estão na metade do caminho para finaliza-la, e da parada para o descanso Ivy leva em sua bolsa algumas pequenas berries e uma pequena garrafa de água. Nunca se sabe quando serão úteis agora que não têm mais paradas para repouso e adentrando mais o bosque talvez os Pokémon sejam mais durões. É garantido que Ori e Button intervenham em qualquer emergência, mas isso não impede deles sentirem algum medo.

Houndour conhece bem maior parte do bosque, senão ele todo, e está sendo muito útil reconhecendo os desenhos do mapa e as levando até os pontos certos. Presente o perigo melhor que elas e seu faro acentuado é melhor que a visão das duas juntas. Cães são sem dúvida os melhores companheiros.

“Falta muito para o objetivo da missão?” pergunta o Houndour.

“Pouco, só precisamos passar por mais alguns desses desenhos aqui.” Ivy aponta no mapa para o cão.

“Acho que conheço, vamos lá.”

Passam por um portal feito de uma árvore que caiu sobre outra, está presa com firmeza e não será qualquer coisa que vai desfazer essa passagem. Do outro lado tem um discreto lago e entre ele e o singelo pomar há um caminho de pedrinhas.

“Gostei daqui.” Slime diz olhando mais para o pomarzinho que seguindo caminho.

Houndour olha para o novo lugar um pouco perdido e confirma no mapa da Ivy se estão no caminho certo.

“Só avisando que não ando muito por aqui, então não conheço bem.”

“Estamos perdidos?” Slime pergunta e é respondida com maneio de cabeça do Houndour, ele confirma que estão no lugar certo. “Ah, que bom.”

Apesar de envolver sequestro, a primeira missão normalmente é a mais fácil e por isso quase não se tem dificuldades em resolve-la. Cruzam o caminho de pedrinhas até o fim do bosque. QG dos bandidos.

Passar despercebidos pela dupla vilã não é uma escolha, o chefe deles é bom em perceber presenças seja de quem o que for.

Enfim chegaram, eu já estava bem entediado. — Observa o membro extra no time adversário. — Vocês até conseguiram um novo amigo.

“Na próxima vocês podem ser os mocinhos e fazer amigos no caminho.” Slime comenta, contente.

“Sim, mas agora... soltem a vítima e ninguém se machuca!” fala a Ivy.

Nunca! Vocês novatos não tem como me vencer facilmente! O que aquela Guildmaster tem na cabeça para mandar novatas para a missão?

— Podem não demorar muito para me salvarem? — Grita ao longe, Aren, o gatinho indefeso.

Ivy e Slime assentem com a cabeça e puxam Ralts e Alex para lutarem.

Será assim? Então... — Ouvindo a fada, Alex exclama um “ah, não” bastante frustrado. — Venham para o nosso embalo e caiam feito um gato! O clã Balada Sombria vai ensinar uns passos para vocês nunca mais esquecerem quem é que manda!

Ralts tinha ensaiado uma pose de vilão para eles, mas Alex recusou participar da mesma. Então sem dancinha.

Houndour se sente perdido e não sabe o que fazer, se luta mesmo, se brinca junto na interpretação ou apenas observa.

“Sabe muito bem que não vou atacar minha parceira, nem a outra menorzinha.” Alex retruca para Ralts que concorda.

— Ei, os três aí, meu parceiro acaba de implorar para que eu não acabe com vocês num piscar de olhos. Ele até se desculpou pela insolência do pedido, mas como estou de bom humor hoje vou deixar passar... ai!

Alex chicoteia Ralts com a ponta de sua calda.

“Não conseguimos nada com sua vítima e vocês estão em cinca contra apenas nós dois.” A raposa fita uma das árvores atrás do trio.

Ori e Button chegam no local e param por perto, vendo que estão finalizando tudo entram em cena também. Seguem calmamente até alcança-los.

“Nós nem participamos direito, estou bem frustrado.” Button fala voando de um lado para o outro ao redor de Ori.

Teremos outras oportunidades com certeza.

“Sério? Ainda vai ter mais disso? E você ainda será meu parceiro? Sabe, te acho bem legal e quero ser mais descolado como você.”

Er... obrigado, eu acho. — Anda até ficar de frente para Ralts. — Acabou a brincadeira, vocês estão presos por sequestro e ficarão sem sobremesa.

O quê? Nãoo, não pode! Prometo que não seremos mais os caras maus! — Choraminga agarrando-se ao Ori.

O Lucario o puxa de si e aceita a condição. Aren se levando, derrubando a corda que se desfez fácil.

— Ok, pessoal, vamos voltar agora. Já devem estar preocupados com a gente. — Pega a corda e se aproxima de Ori. — Depois me dê o relatório da missão, ok? Quero muito saber se gostaram e se concordam numa próxima assim.

— Ok.

Cruzam o bosque pelo caminho de terra fora do mapa desenhado, vão pelo o que normalmente é usado pelos visitantes e turistas ao local. Na saída Houndour se despede das novas amigas e volta para sua casa.

Devolvem o que pegaram no Pokémon Center de Geosenge Town e ficam para pernoitar, estão cansados e famintos demais para continuarem até alguma outra cidade. Deixarão também para talvez conhece-la melhor no dia seguinte.

[...]

A caminho do quarto Marjorie conversa com Ralts.

— Como foi lá dentro?

— Legal até, mas fiquei um pouco entediado em alguns momentos. Alex não curte muito brincar.

— Bom, na próxima vez aposto que faremos algo bem melhor! E que ninguém fique de escanteio. — A garota fica radiante imaginando algo maior, mas para bruscamente quando chegam na porta do quarto — Para um pouquinho.

— O que foi?

— Silêncio, não quero atrapalhar.

Todas as coisas dos treinadores e dos Pokémon já estão no quarto apenas a espera de seus hóspedes, com exceção de Lonnie que é a única ali dentro. Está próxima a uma das janelas conversando com alguém.

“Vai mesmo ficar a noite toda acordado andando por aí?”

“Sim.” Poucas palavras como sempre, mas reúne coragem para pedir algo. “Lonnie, você quer sair comigo?”

Ela cora surpresa.

“Quê? Tipo... um encontro?”

“É, acho que sim.” Cora também. “Quero continuar aquela conversa e ficar mais tempo com você.”

Lonnie pensa um pouco sobre o assunto de temer que Marjorie, que agora se mostra gentil, talvez fique má depois. Sua primeira experiência com humanos não foi das melhores e confiar de novo é muito difícil.

“Tudo bem, aceito. Mas... eles vão deixar a gente andando por aí desacompanhados?”

“Que bom! E... não tinha pensado nessa parte, mas não deve ter problema nenhum se não nos afastarmos muito.”

Ainda espionando, Marjorie se contem para não fazer nenhum barulho que revele sua presença. Fica ansiosa em entrar dizendo que deixa os dois saírem, mas vai esperar pelo dia seguinte quando a procurarem e fingir que não sabe de nada.


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Notas finais do capítulo

Gente, não consegui fazer os maninhos lutarem no fim da missão, simplesmente não saiu mesmo ;--;

Se bem que... já teve um capítulo atrás do outro de treinos e batalhas, então deixar esse com todos de boas e sendo amiguinhos está ótimo. E prometo que na próxima referência que eu fizer a Mystery Dungeon será melhor, quero todos se divertindo u.u

Bom, acho que é só isso. Visitem a página da fanfic para ver os desenhos desse capítulo entre outras coisinhas. Até a próxima, galera! /o/

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