Vizinhos escrita por gh0st


Capítulo 4
Caçada aos Cullen.


Notas iniciais do capítulo

Por enquanto, esse é o capítulo mais comprido que eu escrevi, e vou postar. Mas eu espero realmente que tenha pelo menos um review. poxa, tem 58 leitores e nada? Não vai cair seu dedo se escrever qualquer coisinha ali embaixo. nem que seja pra falar: oi, tô gostando. nunca subestime o poder de um review. 
Ok, aproveitem o capítulo, foi muito engraçado escrevê-lo, espero que gostem.



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Decidi esperar um pouco até me vingar dos Cullen, porque ia dar muito na cara que tinha sido eu. Tomei um banho rápido e pulei numa roupa qualquer. Peguei minha mochila e corri até a cozinha, queria ver a reação de Charlie quando visse a travessura dos Cullen. Eu? Não sei de nada. Eu hein, não quero nada pra cima de mim não. Cheguei à cozinha e não tinha ninguém lá. Isso é novo. Sempre que acordo e vou tomar café pelo menos Charlie está sentado a mesa. E hoje... Nada? O que será que eles estão fazendo? 

# UM SURTO DE LUCIDEZ DEPOIS... #

Isabella Marie Swan, você é muito lerda! É claro que Charlie e Renée estão lá fora, vendo a bagunça que a tribo Cullen fez. Imediatamente corri para fora de casa, dei a volta pelo jardim lateral e fui até o quintal. E lá estavam eles, parados feito estátua olhando o que o QI30 aprontou.
- Isabella, sabe o porquê disso? – Charlie arqueou uma sobrancelha enquanto perguntava. Ele estava desconfiando de mim? Sério?
- Porque saberia? – eu disse, com minha melhor cara de desentendida. 
- Não sei, Bells.. Pensei que você pudesse ter alguma coisa a ver. Já que é nova na escola. As pessoas gostam de aprontar, Bella. – Funcionou. Como eu sei? Ele não está mais me chamando de Isabella. Ele só me chama assim quando o assunto é sério. 
- Pode até ser, Charlie. Mas eu não sei de nada, - coloquei uma mão para trás e fiz uma figa – Eu juro. 
- Como limparemos isso, Charlie? – Renée se perguntava e perguntava ao meu pai. 
- Espera cinco minutos, a chuva leva embora. Em Forks sempre chove mesmo. – eu disse, assoprando as unhas. 
- Isabella! – minha mãe me repreendeu – Pare com isso. Vou dar um jeito. Vá para a escola antes que se atrase. Depois nos falamos.
- Ok. Tchau. Boa sorte. – eu disse, jogando um beijo e correndo para meu carro. Abri a porta, sentei-me e coloquei o cinto de segurança. Liguei o rádio e arranquei. A capota do carro estava abaixada, não estava chovendo mesmo. Na sala, havia apenas uma vaga ao lado do...

O ESTRANHO! Eu não podia me sentar ali, não queria. Quer saber? Que se dane. 
Andei até a carteira e deixei a mochila no chão, me sentando em seguida. Olhei para a direção oposta do estranho. Senti um olhar arder em minha nuca então olhei para ele. 
- Bella, né? 
- Sim. – afirmei, sentindo as maçãs do rosto queimar. 
- Melhorou a cabeça? – perguntou, dando um sorriso torto que podia tirar um satélite de órbita, se quisesse.
- Sim. 
- Bom saber. Não me apresentei ainda, certo? 
- Sim.
- Cara, você só tem uma palavra no estoque? – ele me olhou, com um meio sorriso no rosto.
- Não! 
- Ok, então você tem duas. 
- Para com isso, por favor. Antes que eu mostre um estoque de palavras muito feias. Quem é você? 
- Tudo bem. Meu nome é Edward Cullen. – AH NÃO, ELE É UM CULLEN? NÃO ACREDITO!
- Então você ajudou seu irmão a fazer um trote na minha casa, ontem a noite? – eu disse, olhando para o quadro negro. 
- Aquela casa é sua? – ele disse assustado. Meus olhos ainda fitavam o quadro negro. 
- Sim.
- Eu não sabia. 
- Agora já sabe.
- Bom dia alunos. – Um homem de cabelos grisalhos e aeroporto de mosquitos entrou na sala, usando uma calça social marrom, uma blusa social branca e um suéter caramelo. 
- Bom dia, Senhor Masen. – a sala disse em coro.

Hoje assistiremos a um filme chamado Romeu e Julieta. – ele empurrou a televisão até a frente da sala e colocou um CD no DVD. O filme começou a passar, e minhas pálpebras estavam ficando pesadas. Reprimi uma vontade de abrir a boca de sono e tentei prestar atenção no filme. Tive de reprimir outra vontade de abrir a boca de sono. Ok, prestar atenção no filme não era uma boa idéia. Virei o pescoço para analisar o restante dos alunos. As meninas estavam chorando, alguns meninos mantinham o rosto apoiado nas mãos, as pálpebras fechando. Outros apoiavam a cabeça na mesa e dava pra ver o corpo deles tremendo. Ou estavam chorando ou estavam rindo. Virei para a direção oposta, ver como o estra.. Edward estava. Sentado imóvel, rabiscando algo em uma folha de papel. Vi o olhar para mim e voltar a rabiscar. Ignorei. Algum tempo depois, um papel foi empurrado até a mim. Nele tinha um desenho meu e algumas palavras:
“Depois me lembre de espancar Emmett.”
Apenas isso. Olhei para ele, incrédula. Em resposta, deu um sorriso torto. Escrevi uma frase na parte de trás da folha e passei a ele.
“Posso fazer isso eu mesma.” 
Ele respondeu: 
“Acredite. Você não é a única a querer arrebentar o Emmett.”
Respondi e empurrei o papel até ele novamente: 
“Nem desconfio o por que.”
Em resposta, ele riu. Isso mesmo. Apenas riu. Com aqueles dentes brancos incríveis. Depois dessa minha resposta, nos calamos. Só voltei a falar quando Sr. Masen disse que estávamos liberados. Andei vagarosamente até meu armário e troquei os livros. No resto da manhã não ouve nada de especial.

Quando o ultimo sinal tocou, praticamente corri para o meu carro, mas Jessica e Ângela entraram na minha frente, me obrigando a parar.
- Ah, oi gente. – eu disse. 
- Oi Bella. – elas disseram juntas.
- E ai, qual é a novidade que provocou essa estranha forma de me parar? – eu disse. 
- Eu e Jessica vamos a Port Angeles e queremos saber se você quer ir junto. 
- Claro! Quando? 
- Tipo pelas oito horas. A gente passa na sua casa, pode ser? – Jess falou. 
- Claro. Vejo vocês às oito. - dei a volta pelas meninas e avancei para meu carro. Eu estava a poucos metros de meu pequeno New Beetle quando vi o halterofilista entrar no enorme Jipe. 
- Ora, ora, ora. Vejam quem está aqui. É o halterofilista QI30! – zombei, (N/A: em minha fic, a Bella é uma menina encrenqueira e atrevida) enquanto pulava a porta do meu carro, que estava com a capota baixada.

- Ora, ora, ora. – ele repetiu no mesmo tom – Vejam quem está aqui. A estraga-festas! 
- Qual é, Emmett. Foi só uma guerrinha d’água entre.. – olhei-o de cima a baixo – Amigos.
- Eu digo o mesmo.. Estraga-festas.
- Meu nome é Bella. 
- Eu digo o mesmo.. Bella. – ele corrigiu. 
- Espere pelo troco. Se você pensa que vai ficar assim, está enganado. – coloquei os óculos de sol, liguei o rádio e arranquei. Mandando um beijo para o imbecil.

Cheguei em casa e não houve interrogatório. Também não tinha mais papel higiênico em cima de casa. Não me pergunte como. Tomei um banho, troquei de roupa e fui almoçar. 
- Renée, vou a Port Angeles com Jess e Ângela hoje. Ta? 
- Mas você não ia ontem, filha? – perguntou. 
- Sim, mas acabou não acontecendo. Vou hoje. 
- Tudo bem. Bella, vou lhe contar algo que era para ser surpresa, então quando acontecer, finja que não sabia. 
- Renée.. – meu pai reprovou
- Quieto Charlie, eu sei o que estou fazendo. – meu pai a fuzilou pelos olhos e voltou a comer.
- Qual é a surpresa não tão surpresa? – perguntei. Depois levei o copo a boca e comecei a tomar o suco. 
- Seu amigo Jacob vai vir passar uns dias aqui! Billy e Charlie vão fazer uma viagem de pescaria. – com o susto, cuspi todo o suco que tinha na boca na cara de Charlie. Que ficou em choque. Bem cena de filme. 
- O QUÊ? – minha pergunta saiu mais como um grito. 
- É isso mesmo! Não gostou? – minha mãe me olhou estranho. 
- Claro que gostei, amei! Jake é como um irmão pra mim, Renée. Quando eles chegam? 
- Hoje é terça? No domingo. 
- Que legal! – Eu não podia acreditar que o maluco do Jacob iria passar uns dias aqui. Ele vai poder me ajudar a planejar contra os Cullen. Ia ser uma bela semana. 
Depois do almoço, fiz algo que não fazia a alguns dias. Sentei-me na escrivaninha e abri o pequeno note-book branco. Liguei-o. Tamborilei os dedos na mesa enquanto esperava carregar. Assim que abri o MSN vi que Jacob estava online. Cliquei nele e fui conversar.

Bella diz:
Oi Jake! 
Jacob diz:
Oi Bells, e ai? 

Bella diz: 
Aqui ta tudo na boa. To me adaptando a nova vida estilo Forks. E ai? 
Jacob diz:
Aqui também ta tudo bem. Sabe como é, né? Muitos pulos de penhasco, futebol, essas coisas. A reserva (N/A: Jacob mora em uma reserva que não é La Push.) também tem seu lado bom. Como a praia. 
Bella diz:
Qual é a tua, Jacob Black? Quer me deixar com saudades? >:( 
Jacob diz:
Nada a ver, Bella! Eu só to falando dos privilégios que existem em morar aqui.

Bella diz:
Acho bom mesmo! Brincadeirinha Jake :D
Jacob diz:
Nem ri. 
Bella diz:
Alguém ta de mau-humor, cof. Você devia ta feliz, já que vai vir passar uma semana comigo. 
Depois apertar a tecla enter me dei conta do que eu tinha feito. Era uma surpresa! 
- Droga, droga, droga! – sussurrei enquanto esperava a resposta de Jacob. Eu não podia dizer que tinha errado de janela, pois o texto se encaixava perfeitamente com o Jacob. Não podia fazer nada, o que me restava era esperar. De repente ele não viu. Duvido muito.
Jacob diz:
Como ficou sabendo? 
Como responder? A) chutei. B) sou paranormal C) jogar a culpa na Renée. 
Bella diz: 
Conhece Renée, Jake. Ela não cabe com a língua nos dentes. 
Jacob diz: 
Conheço sim. Mas era pra ser surpresa, poxa. ); 
Bella diz:
E se eu fingir surpresa quando vocês chegarem? Hehe. 
Jacob diz: 
Ok, mas tem que ser algo convincente.
Bella diz:
Pode deixar, vou ser bem dramática. Estou pensando e algo do tipo: AAAH, JAKE *corre e pula em você*. E ai? O que acha? 
Jacob diz:
Exagerado. Só pula em mim ^^ 
Bella diz:
Tonto! Mas pode deixar que eu te esmago ;D

Fiquei o resto da tarde conversando com Jacob. Olhei no relógio eram umas 17h30. Eu precisava me arrumar para ir a Port Angeles com Ângela e Jess. Despedi-me de Jake e fui me arrumar. Peguei uma camiseta, uma calça jeans, uma bota e um casaco. Estava frio e, de acordo com a previsão do tempo, iria chover. Quando eram 18h10 ouvi uma buzina. Peguei um papel e uma caneta para deixar um recado para meus pais. Assim que terminei de escrever grudei na geladeira, com a ajuda de um imã. Depois corri para o carro das meninas. Abri a porta e me sentei no banco de trás. 
- Oi! – elas disseram juntas
- Olá – eu disse, em seguida, sorri. – Vamos fazer o que em Port Angeles? – perguntei. 
- Dã, compras de natal! – Jess disse. Depois de um tempo dentro do carro, tive uma idéia.
- Sabem o que eu estava pensando? – disse. 
- O que? – disseram as duas juntas. 
- Festinha do pijama. Na minha casa. Hoje. Querem? 
- LÓGICO! – gritaram juntas. Elas realmente pareciam gostar de falar juntas. 
- Podemos fazer chapinha, maquiagem, comer pipoca, chocolate, fazer as unhas... – Jessica disse.
- Estudar... – Ângela completou. Sua frase tirou de mim e de Jessica uma careta.
- Sabem o que eu estava pensando em fazer? – eu disse, pela segunda vez hoje. 
- O que? – novamente elas falaram juntas. 
- Umas brincadeirinhas com meus vizinhos. 
- Como assim? – Jessica disse enquanto dava seta e dobrava uma esquina. 
- Bom, eu tenho uma pequena rixa contra meus vizinhos. 
- Primeiro. Quem são eles? – Ângela perguntou. 
- Os Cullen. – minha frase provocou um susto nas duas. Jessica pisou no freio e eu fui para frente com o movimento brusco. Jess respirou fundo e se virou para trás.
- Você é vizinha dos Cullen? 
- Sim, é preciso provocar um acidente por causa disso? - eu disse, descabelada.
- Claro que é! Porque você tem uma rixa com os Cullen? 
- Hum, longa história. – eu disse, arrumando o cabelo. 
- Temos o fim da tarde toda. E, se necessário, a noite toda. – Ang disse, enquanto um sorriso maquiavélico aparecia em seu rosto.
- Ang, você me assusta. – Jess afirmou e voltou a dirigir.

 

# Festa do Pijama #

- Ok, meninas. Como vamos irritar o Emmett? – eu disse, enquanto me jogava na cama.
- Hm, que tal se nós desmanchássemos o motor do Jipe dele? – Ang disse. 
- Você sabe fazer isso? – eu disse, com os olhos arregalados.
- Mais ou menos. É só ir tirando tudo de baixo do capô!
- Boa idéia! O que mais? Jess, tem algo em mente? – eu disse, enchendo a boca de pipoca. 
- Sim. Que tal.. colocar umas formigas saúvas e vermelhas no banco do Jipe?
- A-DO-REI! Vamos por o plano em prática hoje? 
- Sim! – responderam em coro. 
- Ok, vamos esperá-los dormir e depois agimos. 
- Ok. – disseram novamente juntas. 
Enquanto esperávamos os Cullen dormir, assistimos Crepúsculo e Jessica fez o favor de encher meu cabelo de pipoca. Quando eram umas 2h00 da manhã, resolvemos que estava na hora de por o plano em prática. Não sei onde Jessica conseguiu arranjar formigas as 2h00 da manhã, mas ela é a Jessica, e pode se esperar tudo dela. Com tudo que iríamos precisar usar (ferramentas e as formigas) fomos agir. Eu saí pela porta da frente, carregando a caixa de ferramentas de Charlie. Esperei no jardim da frente aproximadamente 20 minutos, quando vi as duas loucas correndo na minha direção.

- Porque demoraram tanto? – sussurrei. 
- Saímos pela varanda e descemos por aquela coisinha que parece uma escada que tem grudada na parede. – Jessica disse, ofegante.
- Porque? – perguntei.
- É a primeira vez que fazemos algo do tipo, queria a experiência completa. – Ângela falou. Ignorei e fui até a casa ao lado. Os carros ficavam no jardim da frente, e como as casas daquela esquina não tinham grade no jardim, foi fácil chegar de mansinho até o Jipe de Emmett. – Eu e Ângela ferramos o motor, Jessica, você coloca as formigas no banco. – Jessica afirmou com a cabeça e começou a abrir o vidro de formigas.
Enquanto ela colocava as formigas no carro, eu e Ângela mexíamos no motor. Nem sei no que estava mexendo, só fui tirando tudo. Ang fazia o mesmo. Quando decidi que já estava bom, corremos pra dentro de casa. Dessa vez obriguei-as a entrar pela porta da frente. No resto da noite ficamos lá, rindo feito doidas do que tínhamos acabado de fazer. 
No dia seguinte, acordamos mais cedo para conseguir assistir de camarote o que tínhamos aprontado.

 

EMMETT PDV

Acordei com o magrelo do Jasper tacando um sapato na minha cara. Levantei, me vesti, escovei os dentes, tomei café e fui para meu Jipe. Abri a porta e me sentei no banco do motorista. Coloquei a chave na ignição e virei. Nada. Tentei de novo. Nada outra vez. Suspirei, saí do carro e fui ver o capô, dentro dele havia apenas algumas peças, e um bilhete:
”Divirta-se. Estarei assistindo.” 
Sim, apenas isso. Mais nada. Imediatamente me virei e chequei todo meu quintal, depois a casa da vizinha, ninguém estava me assistindo. Foi ai que comecei a me coçar. No início, eram apenas alguns formigamentos pelo corpo, mas quando dei por mim, estava correndo pela casa, coçando as costas na parede, e me coçando por inteiro. Então notei alguns pontinhos vermelhos se mexendo em mim. E depois vi uns pontos enormes! Eram formigas vermelhas e formigas com a bunda do tamanho da lua! Como um rojão, explodi.
- BELLAAAAAAA! – Gritei. Não acredito que aquela estraga-festas tenha feito isso comigo. Agora, todos de minha casa riam de mim. Como se fosse engraçado! 

 

 


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Notas finais do capítulo

Gostou? Review. Não gostou? Também aceito críticas, desde que sejam construtivas.
 
beijos, Natha.



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