Vizinhos escrita por gh0st


Capítulo 5
Meu Novo Amigo e meu Velho Amigo.


Notas iniciais do capítulo

Vejam as notas finais e aproveitem o capítulo.



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Eu ria tanto que minha barriga chegava a doer. Rolei pelo quarto, enquanto gargalhava. Jess e Ang também estavam rindo. Quando consegui recuperar o fôlego, disse: 
- Vamos pra escola antes que fiquemos atrasadas. 
- Tarde demais, já são 8h00. – Jessica disse.
- Agora já foi. Vamos! – levantei do chão e arrastei as duas até fora do quarto, fomos no meu carro. 
No estacionamento só tinha uma vaga, como sempre. Do lado do Volvo C30 prateado. Provavelmente eu teria ficado do lado do jipe, mas ele ‘não funcionou’. Fomos até o prédio da administração. Chegando lá, a mesma senhora que me atendeu no meu primeiro dia de aula estava sentada atrás do balcão, e quando nos viu, soltou um sorriso radiante.
- Olá senhora Gilbert, nós chegamos atrasadas, precisamos da autorização pra entrar na sala. – Jessica disse.
- Claro meninas, - ela revirou uma pilha de papéis, rabiscou algo nele e nos entregou. – aqui está.
- Obrigada – falamos juntas, e depois rimos. Dirigimo-nos até a próxima sala (é incrível como tínhamos muitas aulas juntas). 
Quando o ultimo sinal tocou, corri pra fora da sala, eu não queria encontrar com o est.. Edward. Fui até meu carro e me atrapalhei com as chaves.

- Entra, droga de chaves! – murmurei enquanto tentava enfiar a chave na ignição e depois de alguns minutos, finalmente foi. Arranquei o carro rapidamente e fui para casa. Abri a porta e entrei.
- Cheguei! – gritei enquanto jogava as chaves e a bolsa em cima do sofá. Andei pela casa toda – Renée? Charlie? – e nem sinal. Então fui para o meu quarto e ao entrar, me deparei com uma caixa verde-limão cheia de furinhos com um laço Pink em cima. Do lado havia um bilhete:

“Esperamos que aproveite seu novo amigo. Um beijo e de nada!
Charlie e Renée.”

Novo amigo? Avancei para a caixa e tirei a tampa, com cuidado. Então algo pulou em cima de mim, lambuzando meu rosto de baba. Um filhote de labrador cor de caramelo. Eu não podia acreditar!
- Oi coisa fofa, está nessa caixa a muito tempo? – peguei o papel e olhei o verso.
“P.S.: Ele não tem nome, escolha um que combine bastante, Bells.”
- Qual será o seu nome, pequenininho? – Em resposta, ele latiu. Ri. – Que tal.. Caramelo? Não, isso é podre. E.. Marley? Bella, cadê a sua criatividade? Bob! Isso! Vai ser Bob. Não sei por que, mas acho que combina com você. – peguei Bob no colo e desci as escadas indo em direção a cozinha. É claro que minha mãe teria deixado ração, coleira, pratinhos, essas coisas de cão. Peguei a coleira e coloquei em Bob. Depois sai com ele para passear. Dei algumas voltas pelo bairro, sentindo o vento no rosto, e parando algumas vezes para que Bob marcasse território. Na volta, ele correu e a coleira soltou da minha mão, ele corria muito mais rápido do que eu, então tive que correr a todo vapor. Depois de uns 10 minutos correndo atrás dele, vi que ele virou e entrou em uma casa que estava com a porta aberta. Depois de chegar à casa, ofegante que notei QUAL casa era.

A casa dos Cullen. Meu recém cachorro mal chegou e já ta fazendo cagada. Parei em frente a casa e comecei a berrar, em plenos pulmões.
- BOOOOOOB! BOOOOOOOOOB! BOB SWAN, SE VOCÊ NÃO VIER ATÉ AQUI EM TRÊS SEGUNDOS EU VOU MANDAR TE CASTRAR! BOOOOOOB! – É claro que eu não ia castrar o Bob, ele é um filhote, não sabe o que faz, mas era um jeito de fazê-lo vir até a mim. Voltei a gritar – BOOOOB! – Quando estava no meio de um Bob, Edward sai com ele no colo e um sorriso no rosto. 
- É seu? – ele disse, apontando com a cabeça para o cachorro.
- Sim. – eu disse, enquanto ainda tentava recuperar o fôlego. 
- Como ele entrou aqui? – interrogou, passando a mão pelo cabelo.
- Eu estava passeando com ele, ele correu, a coleira escapou da minha mão, a porta estava aberta e ele entrou. Você tem que aprender a deixar a porta fechada. – eu disse, dando de ombros. Ele riu.
- Bella, você parece cansada, quer entrar e tomar alguma coisa? 
- Eu moro ali – apontei – Se eu quiser beber algo eu bebo em casa.
- Tudo bem. Qual o nome dele? 
- De quem? – perguntei, confusa.
- Do cachorro. 
- Ah. É Bob. Não é nada muito original, mas eu achei que combinava perfeitamente. – disse. Senti o sangue subir ao rosto. 
- Eu adorei. – ele disse, simplesmente. – Tome, acho que é seu. – ele disse me estendendo o pequenino. Quando fui pegá-lo, minhas mãos tocaram as suas, o calor de suas mãos provocaram um arrepio em todo meu corpo.
- Obrigada. – eu disse, sorrindo.
- De nada. – ele sorriu também. 
- Eu já vou indo. Tchau Edward e obrigada de novo. – acenei e me afastei. Ele sorriu acenou também.
Cara, como um homem podia ser tão.. Tão.. Perfeito? Entrei em casa e fui tomar um banho. Corri tanto atrás de Bob que estava suada e descabelada.

Já haviam se passado dias desde o incidente com Bob. Estava chovendo, e eram umas 19h quando o telefone tocou:
- Alo? – atendi
- Bells? – reconheci a voz de Jacob, e me joguei no sofá.
- Hey Jake, e ai? 
- Ta tudo bem, e ai? – ele respondeu
- Aqui também ta tudo calmo. – eu falei – Quando você vem, Bíceps? – eu adoro chamar o Jacob de bíceps desde que ele ficou bombado. Ainda me pergunto se ele toma anabolizante. Jacob odiava o apelido, mas eu sou a Bella, o chamo do que quiser.
- Não sei, porque não abre a porta? – larguei o telefone no chão e corri pra porta. E lá estava ele, um Jacob molhado e sorridente. Com malas nas mãos e um capacete de moto na outra. Ele largou as coisas no chão e eu pulei nele. Seus braços me envolveram num abraço de urso. Eu mal podia acreditar. Meu melhor amigo passaria uma semana aqui, comigo.

- Eu senti sua falta, Jake! – eu disse, ainda em seus braços

- Hei, nem se passou tanto tempo, foi no máximo, um mês.

- Pra mim foi um tempo comprido o suficiente pra me deixar com saudades.

- Pra mim também, Bells. – me toquei e o convidei pra entrar. Subimos e deixei que ele se instalasse no quarto de hóspedes enquanto eu pedia uma pizza. Algum tempo depois, Jacob desceu e se sentou ao meu lado no sofá.

- Onde está Billy, Jake? – eu disse, enquanto pulava de canal em canal.

- Vem mais tarde, o velho me disse pra vir primeiro. Ele ainda tinha que comer e se despedir do povo da reserva. – ele disse, depois completou, revirando os olhos – Velhos. Mas e os seus pais? Billy me disse que eles estariam aqui quando eu chegasse.
- Trabalhando. Alguém tem que trabalhar nessa casa. Aliás, todos aqui trabalham demais.

- Menos você.

- Tá me tirando? Claro que não. A escola não conta não?

- Não precisa morder.

- Quem morde aqui é você. – eu disse enquanto lembrava de uma brincadeira que fiz com ele a uns anos. O chamei de lobo, ele não achou nenhuma graça. – Afinal, você não é o lobo solitário?
- Bella, você tinha que se lembrar disso? – gargalhei e ele riu também.

- Claro, é pra isso que servem as Bella’s. – num ataque de lucidez, lembrei-me de Bob, que devia estar no quintal morrendo de frio dentro de sua casinha. Meu coração mole não pensou duas vezes, e mesmo Renée dizendo que Bob não deveria entrar em casa, levantei-me correndo do sofá e disparei porta a fora. Quando cheguei no quintal, Bob estava encolhido no canto da casinha. Tive que chamá-lo algumas vezes até ele decidir sair. Quando virei-me para voltar pra casa, encontro um Jacob confuso e molhado.

- O que está fazendo aqui, Bella? – ele perguntou.
- Vim salvar Bob, ele devia estar morrendo de frio.

- Quem é Bob?
- Meu cachorro. Ganhei há alguns dias. Vamos entrar, antes que ele pegue um resfriado?
- Ah claro, o cachorro não pode se resfriar, mas seu melhor amigo que vem de longe para te ver pode passar quanto tempo quiser na chuva. – ele disse, cruzando os braços

- Ah Jake, não é uma boa hora para ciúmes. Vamos entrar logo, se não eu vou ter que te bater. – eu disse, brincando

- Você e que exército? – ele disse. Parecia sério, mas eu sabia que era brincadeira.

- Ops, esqueci. Não posso brigar com alguém que toma esteróides anabolizantes. – ri e tentei passar, mas ele entrou na minha frente. Tentei de novo, e ele se moveu para ficar na minha frente novamente. Pensei um pouco e decidi enganá-lo. Fui pra direita rapidinho e depois pra esquerda, e, por fim, passei em baixo de suas pernas e corri pra dentro de casa.

- Não valeu, Bella! – ele disse, correndo atrás de mim enquanto ria.

- Claro que valeu, eu é que não sou burra como você. – ri e entrei na casa. Jacob veio logo atrás, e nós subimos para dar um banho quente em Bob e também tomar banho. Fomos para meu banheiro e eu coloquei meu cachorro na banheira, enquanto ligava o chuveiro para encher a banheira. Ele tentou fugir algumas vezes, fazendo voar água para todos os lados, mas quando ele notou que não era ruim, ficou quietinho, enquanto eu e Jake o lavávamos. Depois, deixei Bob com Jacob e fui tomar banho. Deixei bem claro que se ele ousasse chegar perto do banheiro, iria embora andando. Ele até tentou, mas eu tranquei a porta. Depois foi minha vez de segurar Bob enquanto Jacob tomava banho.

A pizza chegou e comemos, e quando era umas 22h, Charlie, Renée e Billy chegaram. Jake cumprimentou-os e eu cumprimentei Billy. Conversamos até tarde e depois fomos nos deitar.

 

 # NO DIA SEGUINTE #

Meu nariz estava coçando, disso eu tinha certeza. Tentei ignorar e deu certo. Um tempo depois, algo fez com que meu nariz coçasse novamente e percebi que parecia que uma coisa que faz muita cosquinha havia sido passada no meu nariz, várias vezes. Não sabia o que era, eu só sabia que estava coçando. Na quinta vez que meu nariz coçou, não resisti e passei a mão por ele. O cheiro me atingiu e só depois percebi o que estava acontecendo: alguém tinha colocado espuma de barbear na minha mão e coçado meu nariz com uma pena, até que eu fosse coçar o nariz e ficasse com a cara cheia de espuma. E eu, anta, caí que nem um patinho. Meu sangue ferveu e eu abri os olhos, pronta pra encarnar a Samara.

- JACOOOOOOOOOOOOOOOOOB! EU VOU TE MATAR! – ele saiu correndo e eu atrás dele. Ele não iria se safar dessa tão fácil.

- BELLA, É SÓ ESPUMA! – gargalhou – NÃO PRECISA VIRAR A MENINA DO EXORCISTA! – não parei de correr, e ele também não. Descemos as escadas e ele parou bruscamente, fazendo com que eu desse de cara com as costas musculosas e grandes dele.

- PORQUE VOCÊ PAROU, ANIMAL? - gritei, enquanto me levantava do chão. Então dei de cara com meus pais e com Billy, que nos olhavam assustados. Comecei a voltar de ré, bem devagar, e quando cheguei perto da escada, virei-me rapidamente e corri pro meu quarto. Sim, fui uma covarde, mas eu ainda tinha que me arrumar. Tomei um banho, e tirei todos os vestígios de espuma que ainda estavam em meu rosto e em minha mão. Coloquei uma calça jeans, uma camiseta, uma blusa de frio e um tênis. Arrumei meu cabelo, escovei os dentes e desci. Sentei-me na mesa e comecei a tomar café, enquanto chutava propositalmente o pé de Jacob, que gemia de dor a cada 15 segundos. Os adultos nos olhavam como se fossemos ETS pinks de bolinhas verde limão. Então decidi parar. O silêncio reinava até que Charlie resolveu dizer alguma coisa.

- Bella, notou algo diferente no tempo?

- Na verdade, não? O que tem demais, Charlie?

- Porque não vai olhar? – reboquei Jake até a janela e vi. Estava nevando! Tudo era de uma imensidão branca, as árvores estavam coberta pela neve, as ruas, os bancos, as caixas de correio, as casas e os carros estavam encobertos. Olhei para Jake com um sorriso no rosto e corremos pra mesa novamente. A semana seria boa.

 

 


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Notas finais do capítulo

Primeiramente, desculpe o tempo sem postar. Eu tava sem internet, e quando consegui usar, o word bugou.

Agora eu vou postar dia sim, dia não. Porque eu não tenho muitos capítulos prontos, e tenho que escrever, além do que, agora vou entrar em semana de prova, e provavelmente não terei tempo de postar, mas de fins de semana eu posto.
Geralmente posto de noite, porque de tarde eu saio, e posto mais de domingo.

Bom, é isso. Bom restinho de sexta - feira santa e feliz páscoa!

Beijos,
Natha.