O resto da aula foi realmente um tédio. Juro que ouvi o coro de aleluia quando o ultimo sinal tocou. Na volta da escola, o tempo estava mais do que agradável. Estava muito melhor. O sol brilhava em Forks, o que (segundo alguns moradores daqui) não acontecia há dias. Será que é sorte ou eu levo o sol comigo mesmo? 
Quando cheguei em casa fui, praticamente, atacada pelos meus pais. Eles fizeram o interrogatório completo. Podiam até ser policiais. Sabe, naqueles filmes onde tem o do bem e o do mal? ESPERA! Charlie É policial! Nossa, meus neorônios estavam mesmo em fusão. Enfim, nos filmes onde tem um policial bem e um mau. Meu pai seria o mau, porque quase foi reclamar na escola por causa dos pontos falsos. Quando fui liberada do interrogatório subi para o meu quarto, larguei a mochila na cama e fui tomar um banho. Despi-me e entrei na banheira, dessa vez, usei o chuveiro. Abri a torneira e deixei a água escorrer pelo meu corpo. Algum tempo depois eu já estava sentada na mesa da cozinha almoçando com meus pais. Charlie estava em horário de almoço, depois voltaria para a delegacia. Renée tinha planos para ela e para mim.

- Vamos ao Shopping, Bella! Estamos precisando de uma tarde de compras. – ela disse com os olhos brilhando. 
- Renée, eu não estou muito afim de ir ao shopping, prefiro ficar aqui em casa.
- É, pode ficar. Não quer se bronzear um pouco? Você está precisando de um solzinho. Sua pele está quase transparente.
- Mãe, estamos em Forks, não em Phoenix. Olha, não pretendo ficar em casa, vou a Port Angeles com Jessica e Ângela. Vou ligar para elas. – É claro que era mentira, eu só queria uma desculpa pra não ir ao shopping com Renée.
- Fez amizades? Fico feliz em saber que você está se adaptando a Forks, Bella. – Pra quê? Pra mudar de novo? Pensei comigo – Pode ir para o seu quarto, deve estar cansada desse dia cheio. 
- Sim, obrigada. – Subi a escada e fui até meu quarto, assim que abri a porta praticamente me joguei na cama, esperando que o sono me levasse.

Acordei com um barulho infernal de alguém ouvindo música no último volume. Levantei e fui até a varanda, demorei um tempo para entender quem era o responsável pela pequena e barulhenta festa. Só quando notei um cara forte que mais parecia um halterofilista do que um cara normal estava sendo levantado pelos convidados. Espera! Halterofilista? Forte? Emmett Cullen! Então eu era vizinha dos Cullen. Que interessante.
- AÍ! – gritei, em busca de que alguém me escutasse. Mas, por causa da musica alta, ninguém escutou. – HEY! – tentei de novo, dessa vez mais alto. Sem sucesso. Adentrei meu quarto, peguei meu megafone, aumentei o volume e gritei – Ô CAMBADA! VAMO PARÁ COM ESSA BARULHERA? TEM GENTE TENTANDO DORMIR! – só então todos perderam a ação e Emmett que estava no ar, foi parar no chão.

- AE! E TEM GENTE TENTANDO DAR UMA FESTA, SE VOCÊ NÃO PARAR DE GRITAR A GENTE NÃO VAI CONSEGUIR! – Emmett retrucou.
- IDIOTA! – (N/A: na minha fic, a Bella adora um barraco) gritei de volta. Adoro um barraco, pelo menos dá uma animada nessa maldita Forks.
- ER, ahn... IDIOTA É VOCÊ! – Emmett gritou. Quem descobrir de quanto é o QI dele ganha um abraço! 
- Não vou discutir com você, halterofilista. Vê se abaixa o volume e não se fala mais nisso. – virei e voltei pro quarto. Alguns segundos em silêncio se passaram... Depois a música voltou mais alta do que antes. Levantei da cama correndo e desci as escadas, fui até a porta e depois em direção a casa do vizinho. Ele quer guerra? Então agora é guerra. Espera. Eu não posso chegar lá de mãos atadas. Voltei pra dentro de casa e fui procurar o saco de bexigas que sobraram do aniversário de Charlie; revirei a casa inteira mas encontrei. Com o saco na mão e com a cabeça decidida, fui até a pia da cozinha e enchi todas as bexigas. Uma por uma. Depois que as enchi, subi com ela até meu quarto, na varanda que tinha a melhor vista pra casa dos Cullen. Peguei a primeira bexiga que me veio a mão, mirei e arremessei.

Como o esperado, ela atingiu bem na cabeça do imbecil mor do Emmett. Que com o choque ficou com cara de palerma, apenas me olhando com a boca escancarada. Acenei para ele, sorri e peguei mais uma bexiga e me preparei para fazer chover. Fui arremessando uma de cada vez, em todos que tentavam fugir. Quando minha munição estava quase acabando, a ‘festa’ de Emmett já tinha virado um pandemônio. Minha missão estava completa.

POV – EMMETT.

Se ela pensa que isso vai ficar assim, ela está enganada. Eu nunca perdi uma guerra, e não vou perder pra essa.. essa.. depois eu penso em um xingamento. Agora vou precisar de um plano. E pra pensar nesse plano eu vou precisar do Edward e do Jasper. Se bobear até da Rose. A Alice não vai querer participar, ela é.. é.. ela é estraga prazer! Boa Emmett, é isso que você vai fazer, vai chamar a galera pra pensa num jeito de acabar com essa mina ae. Corri até o quarto de meu irmão Jasper.
- JASPER, JASPER! ME AJUDA A ACABAR COM A.. A.. COM A NOSSA VIZINHA! – eu gritei, enquanto subia na cama e pulava, pra dar ênfase.
- Porque? O que ela fez? – Jasper interrogou. 
- Ela vaqueou minha festa! 
- Vaqueou? – ele disse, arqueando uma sobrancelha. Cara, como o Jasper é burro!
- Sim, seu jegue! É quando estragam uma coisa de propósito! 
- Você não quer dizer “boicotou”?
- Vaqueou, boicotou, são todos suínos! Agora me diz, quer me ajudar ou não? 
- Tudo bem, mas só porque ela molhou o nosso gramado e deixou pedaços de bexiga espalhadas por tudo quanto é canto. Agora Esme vai ter que contratar uma faxineira! 
- Ô, o que você acha da gente vestir o Edward de faxineira? A gente põe salto, meia furada, vestidinho e uma redinha no cabe...
- Emmett...
- Quê? 
- Cala a boca! Vamos lá pedir ajuda do Edward. – ele se levantou e me arrastou até o quarto do magrelo, que estava sentado em frente ao piano com cara de quem acabou de descobrir da onde vêm os bebês. É claro que Edward aceitou. Ele pode ser extremamente estraga-prazeres quando quer, mas ele é meio estranho, as vezes é legal, outras não. Quando a “estraga-festas” acordar amanhã, terá uma surpresa.

POV - BELLA

Acordei de manhã, um leve solzinho entrava pela minha janela. Levantei-me e fui até a varandinha, ver o estrago que provoquei ontem. Emmett com certeza jamais fará outra festa “de arromba” daquelas. Deslizei a porta de vidro, saí de meu quarto e analisei o gramado dos Cullen. Cheio de bexigas e.. Rolos de papel higiênico vazios? Apoiei-me na muretinha de concreto que não deixava as pessoas cair pela minha varanda e olhei em volta. A casa estava coberta de papel higiênico, estava até parecendo que era Halloween e que eu não quis entregar doce para as crianças. Eu não precisava de nenhum bilhete para saber quem foi o babaca que fez isso com a minha casa, mas Emmett é burro o suficiente pra jogar um saco com bolinhas de gude e um papel dobrado na minha sacada. 

“Eu não fiz isso sozinho, estraga-festas. Eu fiz isso porque você vaqueou boicotou minha festa. Eu posso fazer pior.
Com amor, Emmett.””

E o babaca ainda tem a burrice de escrever “Com amor, Emmett”! Percebi como a palavra “vaqueou” foi riscada. Provavelmente Emmett escreveu e alguém corrigiu para o bebezinho. Como eu já havia dito antes.. Então é guerra. Ele não tinha feito aquilo sozinho, então os Cullen devem ter ajudado. Pronto, está aberta a caçada aos Cullen!