Imperador Negro escrita por Mrs Fox


Capítulo 16
Capítulo XV


Notas iniciais do capítulo

Hellou people!

Primeiramente queria agradecer a recomendação da UchihaKimie. OBRIGADA SUA LINDA! E desculpa não ter agradecido antes, eu sou meio retardada e não tinha visto.

Sumi por motivos de enem, culpem o MEC.

AGORA UM AVISO PRA VOCÊS:

Já faz uns capítulos que eu venho notando uma coisa nos comentários de Imperador Negro: vocês tão pedindo romance. É momento SasuSaku, é cena SasuSaku, é beijo, já recebi mensagem sobre o assunto, e eu sempre digo para não se apegarem ao romance, que tudo tem o seu tempo, porém eu prefiro ser mais direta dessa vez. Imperador Negro não é um romance, não é uma história de amor do Sasuke e da Sakura, é uma história de guerra.

Eu sei que vocês são SasuSaku e querem algo entre os dois, eu sou SasuSaku fazem anos, e vim parar nesse mundo de fics em busca de histórias sobre os dois, mas eu também sou autora e eu não atropelo minhas histórias. Toda e qualquer interação romântica, sobre qualquer casal ou personagem, será na hora e no tamanho que ajude a contar essa história. Podem me pedir mais romance, momentos, cenas, ou qualquer coisa, mas não vou colocar por motivos de:
— Essa história está pronta na minha cabeça, são algumas coisas que deixei em aberto, e o final dos personagens principais já estão certos, não vou mudar nada.
— Eu quero fazer uma boa história, e eu tenho confiança no que faço, não cedo pra depois estregar um trabalho meia boca pra vocês lerem.

Bom, é isso que eu queria falar. Fico realmente feliz com a empolgação de vocês, e por isso peço que deem atenção a história que tô querendo passar, escrevo de coração, e dessa vez o coração não tem romance.

PARA MELHOR ENTENDIMENTO DA LEITURA!
Homens de Susanoo: Aqui não seria Susanoo por conta da técnica dos Uchihas do mangá, mas porque Susanoo é o deus xintoista do mar
musuko-san: seu filho
imouto-san: sua irmã mais nova
oji: tio

Boa leitura!



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Japão Imperial, Período Heian, Palácio Imperial.

 

De frente para o espelho as servas ajustavam a última camada de seu kimono, o tecido vermelho escuro adornavam as vestes pretas, dando um brilho cruel as linhas de cansaço duas noites mal dormidas da última semana. O golpe havia sido dado, mas agora devia se manter atento para conseguir instaurar o seu poder. Se fosse até a janela do quarto seria capaz de ver uma fumaça subindo em direção ao céu cinza, sinal de que mais um habitante do vilarejo que circulava aqueles muros tinha desobedecido as ordens enviadas pelos seus homens, e agora assistia sua casa se desfazer ajoelhado ao lado da família antes de serem executados.

 

Sabia que aquele sistema fundamentado no medo não poderia durar caso realmente quisesse que o povo aceitasse como Imperador, mas com Madara sentando-se no trono tudo ficava mais difícil. A verdade é que Itachi planejava matar o tio assim que seu pai caísse, mais especificamente, deixara um homem de confiança dentro do grande salão para que fizesse o serviço por ele, afastado de onde sabia que haveria a grande confusão, mas a rebeldia contra a sua ordem fez com que seu assassino entrasse nas lutas diretas e fosse morto pelo seu implacável irmão quando este saía do salão. Agora, por causa de Sasuke, seu tio estava vivo, ocupando o lugar que sempre quis, e tomando decisões que só o aborreciam.

 

Respirou fundo antes de sair de seus aposentos, iria ao Salão do Trono conversar com o tio sobre as próximos passos que deveriam dar para consolidarem-se no poder. Uchiha Madara era difícil de lidar, impulsivo e arrogante, fazia o que bem entendia da maneira que lhe desse vontade, sem medir consequências. O encontrara anos atrás, em uma viagem diplomática que fazia em nome de seu pai ao Clã Hyuga. As terras do norte eram desconhecidas para Itachi, como membro da Família Real e herdeiro do trono pouco podia de sair da segurança do Palácio, aproveitando-se sempre que viajava para explorar tudo que podia. Naqueles dias junto da família com o segundo maior poder de guerra, visitou a Marinha que há uns anos tinha passado para o comando de Uchiha Izuna. Passou alguns dias nos barcos e dormiu no porto, aprendendo o máximo que podia enquanto seu tio lhe explicava sobre o funcionamento da organização.

 

No último dia de estadia na companhia dos Homens de Susanoo, pôde pegar um pequeno barco para praticar o pouco que havia aprendido sobre navegação. No meio do trajeto, cansado de remar, parou em uma parte da costa umas horas afastada do porto e certamente ainda mais longe do domínio Hyuga, sabendo que provavelmente já tinha homens tentando achar o seu paradeiro; prometeu para si que seria uma parada breve, mas tudo mudou ao dar de cara com Uchiha Madara, o traidor exilado.

 

Nos seus treze anos, qualquer jovem teria se sentido amedrontado com o homem na sua frente, de vestes gastas e sujas, junto de um olhar ameaçador. Porém Itachi era muito mais maduro que poderia ser esperado de um jovem adulto, e fazia questão de mostrar sempre que podia ao seu pai, provando sua preparação em assumir o trono. Bastou alguns minutos de conversa para Madara perceber que não poderia manipular o garoto, mas melhor ainda, viu a ânsia no olhar pelo trono.

 

— Nunca na história do nosso clã a liderança tinha ido para as mãos de alguém que não fosse o primogênito, isso garantia nossa ordem e força como uma família poderosa e temida. Isso até seu otou-san ser escolhido, enquanto eu, o mais velho, que tinha sido preparado desde jovem foi deixado de lado.

— Por que está me contando isso, e não usado sua adaga para degolar meu pescoço como uma vingança ao meu chichi? - Itachi questionou, o olhos fincados na lâmina escondida nas vestes.

— Porque vejo o mesmo olhar em você que eu tinha há mais de vinte anos, e sei que como seu chichi, Fugaku não hesitará em passar não só a liderança do Clã como o trono para Sasuke. - o rosto de Itachi contorceu, e o pequeno gesto trouxe satisfação para o homem - Sim, eu vejo, você já pensou nisso. Quando tiver certeza de suas suspeitas, venha até mim, Uchiha Itachi.

 

Ao andar até onde seu tio o aguardava, pôde ver algumas manchas de sangue sobre os tapetes, muitas servas tinham morrido durante a invasão, dificultando a limpeza do palácio e aquilo o irritava. Fora anunciado e os guardas empurraram as pesadas portas. Seus passos sempre tão suaves quase não ecoavam pelo salão, mas não fez com que passasse despercebido para o homem sentado no grande trono, adornado de tecidos luxuosos, jóias e o prendedor de ouro nos longos cabelos no alto da cabeça não o notasse, nem Orochimaru, um dos homens de confiança de Madara que conseguira fugir no ataque ocorrido quando Minato ainda era Imperador e idealizador do último plano de invasão.

 

— Mandou me chamar?

— Já faz três dias, e seus homens não foram capazes de encontrar Sasuke. Aquele moleque é um perigo, e deve ser morto, Itachi.

— Sei disso, Madara.

— Itachi-kun, é Imperador Madara, saiba que sua falta de modos não será perdoada por ser quem é. - Orochimaru praguejou com um sorriso que Itachi só sabia classificar como nojento.

— Sasuke foi treinado para ser General do exército, - continuou ignorando o comentário - ele tem grande conhecimento em como se esconder nessas terras, será um problema achá-lo dessa forma.

— Ou isso é proposital, talvez seja difícil matar seu otoutou-san, não é mesmo?

— Se em algum momento fosse a minha vontade proteger a vida de Sasuke eu nunca teria me juntado neste plano.

— Claro, até mesmo porque seu único desejo é o Trono.

— Orochimaru, pare com suas provocações! - Madara gritou.

— Imperador, só estou sendo fiel a ti, enquanto Itachi-kun desobedeceu a ordem de enviar mensagens a todos Clãs sobre a sua posse, excluindo os Sabaku.

 

O olhar frio virou fogo, uma fenda surgiu em sua testa quando todo seu rosto se contorcia na mais pura raiva.

 

— Explique-se, Itachi.

— Há uns meses, os Nara e os Sabaku fecharam em acordo de matrimônio, Nara Shikamaru, musuko-san de Nara Shikaku, iria se casar com Sabaku no Temari, imouto-san de Sabaku no Gaara. A cerimônia iria ocorrer dentro de três semanas, e considerando que a viagem das Terras do Sul até o palácio duram cerca de um mês, a comitiva deve estar a caminho, se enviássemos uma mensagem daríamos tempo do retorno, porém esperando mais um pouco podemos anexar a mensagem de que Uchiha Madara é o novo Imperador com a de que Sabaku no Temari está passando uma temporada agradável no Palácio Real.

 

Bastou poucos segundos para que o sorriso que nascia no rosto do Traidor se romper em uma gargalhada auditiva, Itachi não deixava de encarar Orochimaru e o descontentamento mal disfarçado em seu rosto, sabia que estava de frente a uma cobra ainda mais ardilosa que seu tio, e precisava ter cuidado com o que falava.

 

— Uma refém que pode nos garantir a fidelidade dos Sabaku, e talvez dos Nara, por consequência, de toda a Tríade. Foi esse o talento que vi naquela floresta, no entanto ainda não vejo uma resposta para o problema do principezinho.

— Daremos espaço a Sasuke. Conhecendo bem meu otouto, ele só precisa ver o terreno um pouco mais vazio para ganhar confiança e sair de seu esconderijo, quando isso acontecer, o pegamos.

— Tentaremos de seu jeito, - disse Madara passando os dedos pelos queixo coberto por uma fina barba. - e cuide de reforçar a segurança dos muros, está dispensado.

 

Uma curta reverência e o tecido vermelho sangue se afastava para a entrada sob o olhar atento dos dois homens, assim que sumiu pelas portas, Orochimaru encarou seu senhor, pedindo uma permissão silenciosa com o olhar para falar.

 

— Deve ter cuidado com Uchiha Itachi; o desejo dele com essa aliança sempre foi o trono, e ele não irá esperar que os Deuses o levem para assumir como herdeiro.

— Não sou tolo, Orochimaru, mas por enquanto mantê-lo sob minhas vistas é o melhor, aquela apatia esconde muitos conhecimentos por trás.

 

No corredor, Itachi caminhava com Nagato, um de seus homens de confiança. Infiltrado no Palácio há mais de sete anos, era seus olhos e ouvidos nos lugares que não podia alcançar, os guardas os cumprimentavam, e eles prontamente ignoravam, procurando um lugar mais tranquilo possível para conversar.

 

— Orochimaru foi falar sobre os Sabaku como previ.

— Você deve ter cuidado, Itachi, Orochimaru é uma cobra traiçoeira e o braço direito de Madara. - Nagato sussurrou enquanto saíam para os grandes jardins que circulavam a construção.

— Madara é esperto, mas acaba sempre pisando nos próprios pés, Orochimaru é a chave, ele é quem controla a impulsividade do meu oji, derrubando ele fica fácil tomar o trono.

— Não será tão simples, jogar um contra o outro pode ser sua morte. - eles pararam na pequena ponte sobre o riacho que atravessava o jardim.

— De toda forma que tenho uma tachi apontada para o meu pescoço, a única forma de sobreviver é tomando o trono.

— E depois terá de matar Sasuke.

— Talvez isso possa vir antes, - um sorriso perverso se formou no rosto de Itachi - diga os homens para saírem das florestas e voltarem ao Palácio, veremos se o coelhinho sai da toca.

— Sim, Itachi-sama.

 

Nagato respondeu, reverenciando seu senhor enquanto seguia outro caminho.



Japão Imperial, Período Heian, Clã Yamanaka.

 

— Como Chouji está?

— Ainda abalado pela morte de Chouza, mas já tem tomado suas tarefas como o novo líder do Clã, mandei Shikamaru o auxiliar. - devagar, lesionado por conta de um ferimento enquanto lutava com os invasores, Shikaku sentou-se devagar de frente para Inoichi. - Já tomou sua decisão?

 

Os olhos azuis levantaram-se pensativos. No dia anterior um soldado o aguardava ansioso nos portões de sua casa com um pergaminho em mãos. Ele acabava de chegar da cerimônia fúnebre de Chouza e outros membros da Tríade que tinham morrido durante do golpe de Madara ao Palácio. Achou que se tratava de Madara e alguma mensagem sobre sua posse ao trono, porém foi surpreendido quando o homem mostrou a ausência do Selo Real ou de qualquer outra família na cera branca. O papel simples daria a impressão de que seria algum problema que um fazendeiro mandava, mas estes tipo de mensagem era entregue pessoalmente por um mensageiro, e não um gavião como o que estava no braço do soldado.

 

Assim que abriu, vendo a criptografia, tratou de mandar chamarem Shikaku, com uma forte suspeita se apossando de sua mente. Logo seu amigo mais fiel entrava em seu gabinete, sem dizer nada estendeu o papel, logo uma sombra tomou a face de Shikaku ao traduzir com calma a mensagem, memorizando cada palavra antes de queimar o papel no fogo de uma vela posta sobre a mesa. Sem informações de como ou onde estava, o príncipe os chamava para a Guerra, num acordo que não poderia ganhar outro nome além de vantajoso, se no final Sasuke subisse ao poder.

 

— O Jovem Príncipe lhe fez uma oferta irrecusável, e ele sabe disso.

— Ainda assim estamos falando em Guerra, Shikaku, por mais que minha vontade seja decapitar o traidor do Itachi, devemos ter certeza que entraremos para ganhar, e não podemos deixar de pensar que essa seria a perfeita oportunidade de irmos ao trono.

— Não seja tolo, Inochi. Nossas forças de combate são insignificantes para as de Madara, talvez nem os Hyuga conseguiriam liderar tal feito, somente um Uchiha pode vencê-lo.

— E Uchiha Sasuke é este homem para você? Ele sabe ser um samurai, um General, entretanto é de um Imperador que iremos precisar quando tudo isso acabar.

— Quanto a isso não tenha preocupações, muitos homens de nome e posição naquele Palácio sussurravam pelos corredores como Sasuke-sama sabia comandar seus homens com a imponência de um Imperador, muitas vezes peguei os novos recrutas conversando em como seu senhor era digno do trono. Sem nem ao menos ter tomado posse do título de General, nosso príncipe é mais louvado que seus antepassados foram em vida.

— Espero estar apostando no samurai certo. - Inochi sussurrou, encarando uma pintura de sua esposa e filha pendurada no outro lado do cômodo - Escreva uma mensagem para Sasuke-sama e depois peça para alguém mandar junto do gavião. Pedirei para chamar Chouji e Shikamaru, precisamos nos preparar para uma guerra.


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Notas finais do capítulo

Se alguém ainda tinha esperanças sobre um Itachi bom, acho que agora acabou.

Até o próximo capítulo.



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