Friendzone escrita por moonrian


Capítulo 9
Libertino de Cabelos Ruivos


Notas iniciais do capítulo

Yoo, pessoas que ainda estão aqui! o/
Cá estou eu, mais cedo que o previsto, para postar um novíssimo capítulo recém-saído do forninho!
Como é de praxe, quero agradecer a essas pessoinhas gatosas que deixaram um reviewzinho lindo para mim: Automne, Haleth, Lilith, Mayu e LunaBiju, que é a leitora nova dessa fic!
O capítulo de hoje será sobre o que vai rolar entre Afrodite e Camus hehehe Afirmo que não vai ser lemon, ok? É mais voltado para explicar como essas relações do Camus funcionam e como é para ele tudo isso.
Eu e minha BFF nos divertimos bastante pensando nas cenas pra essa fic, e não por causa de piadas, mais por ficar imaginando Camus fazendo coisas como sorrir e quase matar as pessoas ao redor de arritmia :3
Espero mesmo que gostem, galerinha!
*Boa Leitura*



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Camus de Lenfent ficou em silêncio o caminho inteiro em direção à casa de Afrodite, o pisciano dirigindo calmamente enquanto cantarolava uma música pop poética e melodicamente pobre que tocava em seu rádio, e apenas um vinco entre as sobrancelhas de Camus evidenciava seu descontentamento quanto à trilha sonora escolhida.

Dirigiram-se para o bairro classe média alta da cidade, onde mansões luxuosas de diferentes tamanhos com jardins bem-cuidados se concentravam e mesmo que não morassem em uma cidade tão numerosa e/ou famosa quanto Hollywood ou Los Angeles, algumas das casas pertenciam a atores e cantores famosos.

O Porsche vermelho de Afrodite para em frente aos portões de ferro de uma enorme propriedade rodeada por uma cerca-viva de belas e vivazes rosas rubras, onde fala no interfone com alguém para que abra o portão imediatamente.

Seguem por um caminho ladeado pelo jardim gramado e com algumas roseiras de diversas variedades dispostas a metros umas das outras, e Camus não deixa de pensar que cuidar de tudo aquilo deve ser trabalhoso para o responsável, que tem certeza que não é o loiro sentado ao seu lado.

A estradinha se bifurca mais a frente, circulando uma ostentosa fonte de pedra com a escultura realista de uma mulher vestindo um manto e segurando sobre sua cabeça um jarro inclinado, por onde caía a água.

Estacionaram em frente à escadaria de mármore branco da enorme construção.

Camus sai do carro, e acompanhado por um falante Afrodite que comenta sobre seus pais estarem trabalhando e que seu “irmão mais velho idiota” provavelmente já deve ter ido a biblioteca estudar com seu “grupo de nerds”, se dirige a grande porta de madeira maciça em tons de marrom e creme detalhadamente lapidada.

Eles entram com Afrodite liderando o caminho, atravessando o hall com chão de mármore branco em direção à escadaria, onde um belíssimo rapaz de longos cabelos lisos e azuis claros descia.

— Você ainda está aqui, Albafica? – pergunta retoricamente o pisciano loiro, a voz desgostosa.

Albafica, que Camus conjectura ser o irmão mais velho de Afrodite, veste uma camisa azul, realçando tanto seus olhos quanto seu cabelo, com seus três botões da gola aberto, calça jeans lisa de tom escuro e uma bota de cano médio marrom – sim, Camus o estava analisando de cima a baixo com certo (muito) interesse.

Afrodite é muito bonito com sua beleza andrógina, porém seu irmão consegue ser ainda mais belo sem aqueles traços femininos que o loiro tanto possuía. O rosto de Albafica é composto por harmoniosos traços suaves que contrastam com o poder de seus grandes orbes azuis cerúleos como suas madeixas e são delineados por uma grossa franja de cílios loiros dois tons mais escuros que o de seu irmão caçula. Nariz aristocrático, lábios rosados em forma de tulipa e levemente rechonchudos, e uma charmosa pinta abaixo do seu olho esquerdo completava sua aparência impecável.

O pisciano olha para seu irmão com o cenho franzido em dissabor por seu tom nada educado e então olha Camus mais atrás, que ergue uma sobrancelha ruiva para Albafica em um explícito sinal de interesse que Afrodite não vê por estar de costas para o mesmo, os olhos castanhos avermelhados com um leve brilho de malícia. Embora as maçãs do rosto de Albafica tenham corado levemente com aquele olhar, este esboça um pequeno sorriso humorado com a situação inusitada de ter o amigo de seu irmão lhe lançando olhares desse nível.

Afrodite nota o sorriso de seu irmão mais velho, acreditando que ele está admirando o belo ruivo ao seu lado, e abre um sorriso arrogante crendo estar deixando o pisciano de cabelos azuis cheio de inveja, afinal Albafica não é tolo, sabe muito bem para que tipo de trabalho o seu querido amigo está ali.

— Já estou de saída – informa Albafica, ainda descendo, sua atenção em seu irmão.

O pisciano mais velho passa primeiro por Afrodite, e ao se aproximar de Camus, o aquariano lança uma piscadela despudorada para ele, que cora profusamente e gargalha ao perceber a ironia da situação em que se encontra, pois seu irmão está cheio de si por levar aquele ruivo para o seu quarto para um “trabalho escolar”, e este flerta furtivamente com ele sem que Afrodite, cego por seu próprio ego, perceba.

Chegando ao mesmo degrau em que aquele ruivo sem-vergonha está, percebe que o descarado está se voltando para ele, e ainda ruborizado, para com uma sobrancelha erguida em desafio e curiosidade para saber qual será o próximo passo dele.

— Albafica, não é? – pergunta, e o som da voz profunda com um leve e charmoso sotaque francês de Camus faz Afrodite se virar para eles tão rápido que o cabelo loiro chicoteia no ar – Sou Camus de Lenfent – estende a mão direita, que é a boa.

Albafica, agora já levemente corado – este rubor se esvaindo lentamente – por causa da piscadela anterior, aceita o aperto de mão de Camus sem se deixar abalar por suas bochechas quentes, e sente o olhar atento e afiado de seu amado irmão caçula sobre eles. O mais velho sente o polegar levemente frio do francês acariciando as costas de sua mão de maneira leve e furtiva, um movimento tão pequeno que tem certeza que seu irmão não viu; o que faz outra risada divertida borbulhar por aquele rapaz ser tão descarado, mas ao invés disso se atenta a outro detalhe.

— Lenfent? – Inquere curiosamente, recolhendo a mão. – É por acaso parente de um rapaz chamado Dégel de Lenfent?

Os olhos castanhos avermelhados de Camus brilham com interesse e a sombra de um sorriso paira sobre os lábios vermelhos perfeitamente talhados, que inevitavelmente atraem a atenção de Albafica, e nem mesmo o irritado Afrodite resiste a uma olhadela.

— Sim, é meu irmão mais velho. São amigos?

— Sim. Temos algumas aulas juntos e fazemos parte do mesmo grupo de pesquisa, então acabamos nos tornando amigos. Costumo visita-lo com alguma frequência em seu trabalho e na fraternidade, e nunca o vi.

“Acho que devo visitar meu irmão com mais frequência”, pensa Camus maliciosamente.

— Não o visito muito – confessa com um dar de ombros.

— Ah, sim – olha seu relógio de pulso brevemente. – Bem, estou atrasado para me encontrar com ele e os outros – volta sua atenção para o seu irmão com um olhar firme. – Tente terminar sua libertinagem antes que nossos pais cheguem, Dite. Seria péssimo se descobrissem que o príncipe deles não é tão perfeito quanto você os faz acreditar.

Afrodite estreita os olhos em despeito.

— Cale a boca e vá embora de uma vez, Albafica.

O pisciano de cabelos azuis revira os olhos com impaciência e apenas segue seu caminho para fora da residência em um andar gracioso e autoconfiante. Essa é uma das diferenças notáveis entre Albafica e Afrodite, enquanto o caçula é cheio de si e adora falar sobre futilidades, o mais velho parece ser apenas bem consigo mesmo sem se tornar altivo com a própria aparência – apesar de ser muito mais bonito que o loiro, na opinião de Camus – e ter por hábito iniciar conversas que exigem mais o uso dos neurônios.

Mas isso não importa para o aquariano naquele momento, tentaria ganhar Albafica em outro dia, por hora irá acabar com seu celibato com o irmão menos sábio.

Volta-se para Afrodite, que está carrancudo, mas ainda assim balança a cabeça em direção ao alto da escada em um convite silencioso para que continuassem a subir até o corredor.

Passaram por tantas portas antes de chegar a que guardava o quarto do loiro que o francês perdeu as contas, fingindo não notar o humor de Afrodite por causa da conversa que teve com o irmão do mesmo na escada – se ele visse seus flertes para cima do mais velho, tem certeza que ele teria sido expulso da casa.

Quando Afrodite abre a porta para o grande quarto que o pertence, Camus simplesmente o puxa pelo pulso para vira-lo de frente para ele, e segurando o queixo delicado do pisciano, o francês cola seus lábios nos dele, beijando-o com volúpia.

A raiva do pisciano evapora rápido demais, os olhos revirando instintivamente nas cavidades enquanto a língua daquele ruivo explora sua boca, mandando sua mente para o inferno pelo resto do dia.

Afrodite não é de se surpreender facilmente, provavelmente porque tem uma lista de amantes quase tão numerosa quanto à de Camus, mas tamanho talento realmente o pega desprevenido.

O pisciano se questiona como pôde viver até então sem nunca ter experimentado algo tão bom assim, porque por Zeus! Aquele beijo é com certeza a melhor coisa que já experimentou em toda a sua vida, e olha que aquele loiro já experimentou de tudo. É um beijo capaz de mudar vidas, de transformar uma alma, de trazer pessoas do coma, de dar um sentido para a existência de alguém.

Camus morde a bochecha macia do rapaz e se afasta apenas para apreciar o seu olhar desnorteado, e Afrodite sequer consegue mover um músculo enquanto aqueles orbes castanhos avermelhados perscrutam seu rosto como se fosse a sua presa. Os cantos dos lábios rubros e perfeitamente talhados do aquariano, agora inchados pelo beijo recente, se erguem lentamente em um sorriso malicioso que somado ao olhar predatório naqueles orbes castanhos avermelhados faz com que um arrepio atravesse pela coluna de Afrodite, conjunto de um comichão de calor subir por seu ventre.

O ruivo anda de maneira vagarosa e graciosa até a outra extremidade do quarto, cada um de seus movimentos sendo acompanhados atentamente pelos olhos azuis cobertos de expectativa do pisciano.

Camus não deseja que o cheiro de Afrodite grude em suas roupas, não porque acha o perfume adocicado dele ruim (embora realmente não goste de perfumes doces), mas é um costume seu não deixar que seus casinhos não infectem suas vestimentas com seus cheiros, prefere sair de uma sessão de sexo cheirando mais como a ele mesmo. Como sabe que irá magoa-lo se disser tal coisa em voz alta, apenas para próximo a uma escrivaninha cor de creme onde planeja deixa-las.

Camus deixa a mochila sobre uma cadeira, se voltando para o pisciano que ainda se encontra atordoado próximo à porta e hipnotizado a cada movimento seu, e com os olhos atentos aos dele começa a baixar o zíper de sua camisa preta de moletom sem mangas que veste como se estivesse fazendo um showzinho para o garoto antes de toma-lo naquela cama; uma sobrancelha ruiva levemente arqueada em desafio a Afrodite conseguir desviar os olhos de si.

Camus dobra a peça para que não amasse e põe sobre a escrivaninha, então passa a desabotoar calça jeans azul marinho, baixando o zíper e retirando-a.

O pisciano lambe os lábios gulosamente, seus olhos registrando aquela visão dos deuses do francês apenas usando uma cueca boxer branca, a respiração de Afrodite presa na garganta. Camus é a mais pura beleza em pele bronzeada, os músculos esguios e precisamente definidos, e mais aqueles cabelos de cor tão exótica faz do aquariano um tipo único.

De forma vagarosa e provocante, Camus retira a última peça de seu corpo, ficando completamente desnudo sob os raios do pôr-do-sol, que pareceram acender as chamas em seu cabelo vermelho. O francês está confortável com o próprio corpo, pois está consciente de que é bonito, e chega até a apreciar a forma lasciva com que Afrodite o analisa de cima a baixo.

O aquariano ergue uma mão e chama o pisciano com o indicador, que vai retirando a própria roupa pelo caminho até o ruivo.

...

Afrodite desaba nos lençóis lilases de sua cama desfeita com a respiração ofegante, o suor de suas atividades libidinosas fazendo com que alguns fios loiros grudassem em sua testa. A cabeça do pisciano está leve com o orgasmo recente e um sorriso mais do que satisfeito faz o canto de seus lábios se curvarem para cima.

“Além de terrivelmente bonito, esse ruivo tem que ser tão bom de cama?”, pensa o loiro em despeito a como os deuses foram generosos com esse francês.

O corpo sem fôlego de Camus ainda está sobre o seu, o rosto de traços elegantes que Afrodite descobriu ser muito expressivo durante o sexo se encontra escondido em seu pescoço, a sensação da respiração dele fazendo cosquinha em sua pele. O rapazola aproveita o momento para afagar aqueles cabelos tão intensamente rubros, seus dedos se perdendo em sua extensão, descobrindo a incrível maciez daqueles fios lisos.

Então Camus joga seu corpo para o lado, ficando de barriga para cima e fitando o teto branco com estrelas de plástico que fazem uma representação da constelação de Peixes, esperando sua mente desanuviar.

Afrodite recosta a cabeça na barriga definida do ruivo, enlaçando-a com seus braços e planejando dormir usando-o como travesseiro.

O aquariano lança um olhar alarmado para o rapaz agarrado a si como um macaco-aranha, afinal ele não é uma pessoa muito carinhosa e sequer gosta de ficar trocando afagos desnecessários depois do sexo, afinal é só sexo.

Camus puxa seu corpo do agarre do loiro da maneira mais delicada que consegue, mesmo com sua ânsia de simplesmente empurra-lo de cima si por sua aversão a esse tipo de coisa “melosa”.

Ele caminha até as suas roupas, que jazem dobradas sobre a escrivaninha, e começa a vesti-las, ciente dos olhos azuis atentos sobre si.

— Você já vai? – Inquere Afrodite de maneira manhosa. – Pensei que passaria a noite aqui.

— Não tenho motivos para algo assim – responde de maneira impassível, ainda se concentrando em se vestir.

Afrodite franze a testa para a maneira fria com que Camus está falando consigo, não compreendendo como ele pode ser tão quente e voraz em um instante e tão frígido no outro. Sequer o está olhando!

— Poderíamos passar a noite vendo um filme na minha TV e transar mais algumas vezes, que tal?

Quando termina de abotoar a calça, Camus finalmente volta a sua atenção para o loiro jogado na luxuosa cama de casal, sua inexpressividade costumeira de volta a seu rosto.

— Não estamos em um encontro, Afrodite – coloca a alça da mochila nas costas –, foi só sexo.

Afrodite o encara, embasbacado com as palavras que Camus lhe dissera, mas o ruivo parece não se importar nem um pouco com o fato de poder ter magoado o loiro, apenas acena a cabeça em despedida e se dirige a porta.

Ele terá que pegar um transporte público para conseguir chegar em casa.


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Notas finais do capítulo

Camus, um agente Bond cama!
Entendeu? Bond cama! 'Bom de' cama hahahahaha cof cof Parei u.u
Bem, só acho que Albafica se divertiu pakas vendo esse safadão dando umas cantadas furtivas nele kkk Meu Raziel, como esse Camus pode ser descarado u.u
E o poder desse beijo de Camus? Será que os médicos e cientistas estão cientes que não estão usando esse poder para salvar vidas?
E nem vamos falar desses sorrisos que ele soltou pelo capítulo, que quase fez Afrodite entrar em combustão kkkk
Mas esse finalzinho... fiquei até com pena do Dite. Ele não tá acostumado com gente dispensando ele, só correndo atrás e implorando seu amor. Isso foi uma quebra no ego dele :v
Espero que tenham gostado do capítulo, amorecos, e que deixem reviews *-*
Até a próxima o/