A filha de Gaia escrita por Goth-Lady


Capítulo 16
Irmãs


Notas iniciais do capítulo

Esse ano será meu inferno acadêmico, então postei esse capítulo hoje para o caso de não conseguir postar no decorrer da semana. Por mais que possa ter alguns prontos, as informações são escritas na hora e isso demanda algum tempo.
Boa leitura.



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De uma coisa é certa: fofoca espalha mais que doença. Era óbvio que a passagem de Arke não deixaria de ser comentada e, embora muitos não soubessem quem ela realmente era, os deuses ficaram sabendo por Hermes, que estava de passagem, ouviu a fofoca e ficou para saber mais. A primeira a saber foi Afrodite, os demais souberam depois e interrogaram Iris sobre sua ida, que jurava que não fora ela.

Enquanto os deuses quebravam a cabeça para resolver o mistério que algumas pessoas no Acampamento já tinham resolvido, Iris foi investigar por conta própria, começando por interrogar Quíron, que não escondeu nada da deusa.

— Tem certeza disso?! Arke?

— Absoluta, embora não tenha resolvido esse mistério sozinho.

— Onde ela está?!

— Iris, você não vai...

— Onde ela está?!

— Isso eu não sei, tudo que sei é que está trabalhando para Morrigan.

— Morrigan...

— Iris?

— Tenho que ir agora.

Terminada a mensagem que ela mesma tinha criado, Iris abriu suas asas douradas e partiu para o submundo celta. O lugar era assustador e ao mesmo tempo místico, como um cemitério wicca. A atmosfera sombria mandava-a voltar, mas sua ansiedade a mandava continuar. Em meio ao conflito interno, ela se viu aos porões do castelo da Grande Rainha.

Hesitante e ao mesmo tempo estranhamente confiante, abriu os portões e entrou. Estava frio, o grande salão de pedra estaria completamente vazio se não fosse pela presença dos corvos e pelo enorme trono recostado à parede da sala. Nele estava Morrigan, dando de comer a um corvo.

— Estava me perguntando quando viria.

— Estava me esperando?

— Com as notícias circulando, posso esperar por tudo. Sei o que a traz aqui.

— Ótimo.

— E não vou permitir.

A deusa do arco-íris piscou algumas vezes procurando entender.

— Isto não é assunto seu, Morrigan.

— Está em meu castelo, tudo que reside aqui é assunto meu.

Os corvos se agitaram enquanto o tom de voz da Grande Rainha continuava impassível. O ar parecia ter ficado pesado e a presença de algo terrível surgira. Iris percebeu que todas as histórias sobre Morrigan não deviam ser apenas boatos. Teria que ser cuidadosa.

— Desculpe-me, oh Grande Rainha. Eu só quero ver a minha irmã! Você tem irmãs também, deve compreender!

— É verdade, eu tenho irmãs, mas não deixaria que ninguém as atirasse ao tártaro.

Uma mulher de pele muito pálida, cabelos negros totalmente puxados para trás e presos de tal forma que o resto caísse até o quadril, usando uma máscara de ferro, garras de ferro e asas negras, que vestia um top negro com ombreiras de batalha prateadas com tecido caindo por elas formando mangas, uma tanga negra presa em um cinto de prata incrustado de ônix e obsidiana, calça cinza clara e botas negras com detalhes em prata, luvas negras e proteção prateada nos braços, entrou voando no salão carregando uma alma torturada.

— BADB! – A irmã surgiu das sombras. – MESPERYIAN! – A mulher alada parou de voar e desceu.

— Sim, senhora?

— O que significa isso?! Eu te ordenei para que tomasse conta dessa criatura, não ordenei, Badb?

— Sim, senhora.

— Então, pode me explicar isso?!

— Eu acho que me empolguei em meu treinamento e deixei de cumprir com meu dever.

— Jura? E Mesperyian, como quer sair daqui se continua retroagindo em sua reabilitação? Solte já esta alma.

— Me desculpe, oh Grande Rainha. – Disse soltando a alma, que correu portão a fora. – Garanto que não ocorrerá de novo.

— Palavras são vento, se quiser garantir algo a mim, prove. Sumam da minha frente antes que eu as atire nas profundezas da Terra. Não quero mais aturar nenhuma de vocês.

As duas mulheres se retiraram após uma reverência e Badb deu um belo murro na cabeça da outra.

— Você me critica, mas acabou de dizer que atiraria suas irmãs às profundezas da Terra.

— Eu disse que não deixaria que ninguém as atirasse, eu mesma posso fazer isso. Isto é família, algo que poucos de vocês entendem, principalmente o elo fraternal. Entenda: somente eu posso falar mal de minhas irmãs e ameaçar a jogá-las nas profundezas da terra, ninguém mais.

— Entendo seu ponto de vista. Onde está a minha irmã?

— Se quiser vê-la, aguarde-a retornar. Emprestei para outra deusa.

— Me diga quem é e eu irei até lá.

— Aguarde.

Sem alternativa e vendo que qualquer outra linha de diálogo era impossível, Iris decidiu esperar.

Arke tinha voltado para a companhia de Macha e suas rivais amigáveis. A primeira era uma mulher de cabelo castanho claro com duas tranças partindo da parte da frente para se encontrarem atrás e formar uma única trança, o resto estava solto e caía até o meio das costas, possuía também belos olhos castanhos. Ela vestia um simples vestido azul safira sobrepondo outro que era branco e botas marrons. Esta era Rhiannon, a galesa que protegia os cavalos e as aves.

Já a segunda era ruiva como um tom de cabelo tão bonito que lembrava cobre misturado com ferrugem, possuía as mesmas tranças que a primeira, porém na parte detrás ela optou por simplesmente prender em um cilindro de ouro e a parte solta formava cachos nas pontas, seus olhos eram de um verde vivo. Seu vestido verde também sobrepunha outro branco, porém era mais justo e tinha bordados de ouro na barra. Ela também usava um cinto trabalhado em ouro e tecido verde e um colar de ouro de nós celtas em um círculo, além de botas marrons com detalhes em ouro. Seu nome era Epona, a gaulesa que protegia não só os cavalos como outros equinos.

— Arke, já voltou! – Exclamou Macha.

— Acabei de ligar para o meu menino. Ele recebeu tudo. Muito obrigada, Arke.

— É o meu trabalho, senhora Epona. Não há o que agradecer.

— Pare de me chamar de senhora, pois não sou senhora de nada além dos equinos.

— Quer dizer, uma das senhoras dos equinos. – Disse Rhiannon. – Eu também sou.

— Mas você tem as aves, Rihanna, e Macha tem a guerra. Só me restam os equinos. E vocês são só patronas dos cavalos, não dos equinos em geral.

— Pare de me chamar desse jeito! Só porque meu nome é parecido com o da Rihanna, agora vocês duas me chamam pelo nome dela!

— É porque gostamos da Rihanna.

— O sol vai começar a se pôr em instantes. Vamos começar a nossa corrida? Meu cinzento está cansado de esperar.

— Meu castanho está precisando esticar as patas.

— E eu quero testar a minha zebra contra os cavalos de vocês.

— Uma zebra, Epona?!

— Definitivamente é a rainha dos equinos. – Riu Macha. – Ah, eu já ia me esquecendo. Arke, está vendo aquele círculo de cogumelos ali, onde a grama é mais verde dentro do que fora? Pois bem, antes de entrar, dê a volta em sentido horário 9 vezes enquanto diz estas palavras três vezes: “Oh Mór Áine, cuir in iúl dom dul isteach ina ríocht, treoir a thabhairt dom ar an mbealach sin ní ba mhaith liom a chailleann dom agus lig dom ar ais go sábháilte sa bhaile.”

— Poderia repetir novamente? Acho que não entendi.

Macha repetiu novamente, porém a tarefa de repetir até a sexta vez coube a Epona. As três deusas saíram com suas montarias enquanto Arke fazia o estranho ritual. Ao completar o ritual, entrou no círculo. Uma luz muito forte a forço fechar os olhos, quando os abriu, viu que estava em uma cidade feita de flores e cogumelos, casinhas também eram esculpidas em cascas de árvore e tudo que ela conhecia tinha se tornado grande demais. Os habitantes da cidade tinham lindas asas coloridas e vestiam roupas feitas de folhas, flores e cascas de árvore.

Sem perder tempo, Arke voou até o castelo, deixando um fraco rastro iridescente ao passar. O castelo era feito de pedra branca e telhados cor de rosa, os vitrais eram feitos de pedras preciosas e as tapeçarias de pétalas de flores, todo o metal era ouro e prata e no trono estava uma bela mulher.

A mulher à sua frente era a mais bela que já tinha visto, mais até que a própria Afrodite, se bem que depois de conhecer Morrigan, Macha e Epona achasse que esse título estaria muito ultrapassado e de nada serviria. A fada a sua frente possuía pele alva, cabelos longos com a franja para o lado formando dois caracóis, sua cor oscilava entre o ruivo, o loiro e o rosa, o que a tornava muito mais bela, e seus olhos eram de um profundo violeta. Estava maquiada com uma sombra lilás e um batom rosa.

Suas roupas consistiam em uma blusa rosa que deixava sua barriga e ombros à mostra e com um tecido transparente lavanda caído das mangas, saia rosa com bordados de fios de ouro branco, sapatos lilases, uma faixa transparente lilás com estrelas de ouro bordadas, seu cinto era de ouro branco incrustado com ametistas e diamantes rosa, assim como colar de asas egípcias, adornos de ouro branco e uma coroa de ouro branco que mais parecia um diadema. Suas asas eram asas de borboleta com vários tons de azul e violeta.

— A deusa do verão, da terra, da magia, da cura, da soberania, do amor, da beleza, da fertilidade, do sol e da lua, a Rainha das Fadas, Senhora Áine.

— Não precisava ter dito todos os meus títulos.

— Desculpe. Eu me empolguei em meus estudos sobre os deuses celtas.

— Percebi. – Riu agradavelmente. – Preciso que entregue isto a Morrigan. Este vestido não parece, mas foi confeccionado com pétalas de camélias e crisântemos vermelhos e rosas negras também.

— Um vestido? Para a Senhora Morrigan?

— O pagamento de uma aposta, você quer dizer. Morgue me venceu em uma aposta que fizemos e devo a ela um vestido.

— Oh.

— Me visite mais vezes, vou adorar conversar com alguém além de Cernunnos e Sucellus.

— Está bem.

Com o vestido em mãos, a mensageira saiu do Mundo das Fadas. Não esperou Macha retornar, pois sabia que a corrida poderia durar o dia inteiro. Era noite quando chegou ao castelo de Morrigan trazendo a caixa com o vestido. Lá encontrou Badb, que treinava a mascarada.

— Onde está Macha?!

— Ela apostou corrida com a Senhora Epona e a Senhora Rhiannon.

— Esta caixa, o que é?

— É o vestido que a Senhora Áine deu para a Morrigan como pagamento de uma aposta.

— Morrigan me contou. É melhor deixar no quarto dela. Há visita para você.

— Visita? – Perguntou temerosa e em segundos, seu corpo inteiro começou a tremer.

— Você está bem? – Perguntou a mascarada.

— Arke?

— O que deu nela?

— Coloque isso no quarto de Morrigan, se algo acontecer a esse vestido, juro que a esfolarei viva enquanto Macha come seu fígado. – Disse entregando o vestido à outra. – Venha, Arke.

No instante que a celta agarrou o pulso da outra, Arke puxou o braço de volta e se soltou, além de recurar alguns passos.

— Não!

— O que há com você?!

— Por favor, Senhora Badb, não deixe que me levem! Eu não quero ir, eu não quero!

A grega começou a chorar descontroladamente enquanto suplicava a celta para não ir. Badb odiava aquele tipo de situação. Não era Morrigan ou Macha para saber como consolar alguém em lágrimas, então agiu como ela mesma, desferindo um tapa na face da outra e a segurando pelos ombros.

— Controle-se mulher! Está fora de si! – Tudo o que recebeu foi o olhar de pavor da outra. – Você acha que se fosse para te levarem, Morrigan aguardaria até seu retorno?! Ela os expulsaria no mesmo instante! Mas já que está tão acovardada, eu irei com você para te mostrar que não há o que temer!

Badb mal terminou de falar e agarrou novamente o braço da outra e correu para o grande salão. Ao chegar lá encontrou Morrigan ainda no trono e Iris, cansada de esperar. Foi a primeira vez que as gêmeas se viram em séculos, uma era o espelho idêntico da outra e suas vestes eram as mesmas, só se diferenciavam na cor, pois onde era cinza nas roupas de Arke, nas de Iris era branco, o roxo era azul e o lenço amarelo era rosa na outra e a prata dava lugar ao ouro.

— O que houve com o seu rosto?! – Exigiu saber a Grande Rainha.

— Isto é responsabilidade minha, minha irmã. Foi o único jeito de acalmá-la.

— Sinceramente espero que nunca vire babá, Badb. Você irá matar as crianças no primeiro choro.

— Arke... Então é verdade! Você realmente saiu do tártaro!

— Saí, mas não graças a você! Você me trancou naquele lugar horrível!

— Não fui eu que te joguei lá!

— Não, mas não fez nada para impedir!

— E o que eu poderia fazer?! Você entregou mensagens aos titãs!

— Eu só fiz isso porque a nossa mãe pediu! Cada uma de nós ficou de um lado na guerra, lembra-se?!

— Se fosse o contrário, você teria feito o mesmo.

— Não, se fosse o contrário, eu não deixaria isso acontecer! Você era minha irmã, Iris, minha amada irmã.

— Eu ainda sou.

— Não, não é! Irmãs cuidam umas das outras! Mesmo com suas desavenças!

— Arke, eu não vim aqui para brigar. Queria te ver, minha irmã e saber se você está bem.

— Bem?! Eu tive minhas asas arrancadas, sofri com o frio, a umidade e a solidão, apanhei e fui abandonada pela minha própria irmã! Como posso estar bem?!

— Arke, eu sinto muito...

— Desculpas não vão trazer minhas asas de volta! Não vão suprir esses anos todos que passei! Não irão acabar com meu sofrimento e tampouco aplacar minha mágoa!

Após estas palavras, Arke correu para o interior do castelo. Iris tentou segui-la, mas parou assim que a lâmina de Badb impediu sua passagem.

— Deixe-a ir. – Disse Morrigan aparecendo ao lado da grega, sendo que um segundo antes estava no enorme trono. – Ela precisa de tempo para se recuperar da besteira que você fez.

— Mas eu...!

— Uma omissão é tão grave quanto uma ação, pois quando você se omite de algo, você deixa de agir e tentar mudar o resultado. Cada escolha é uma consequência, mesmo quando nos omitimos, nós escolhemos e haverá consequências tanto por nossa omissão quanto por nossa ação.

— Talvez tenha razão, mas será que Arke vai me perdoar?

— O sangue fala mais alto.

— Sangue para o panteão grego não significa nada. – Disse Badb. – Nada além de guerra e morte.

— Torço para que esteja enganada dessa vez, Badb.

Os portões se abriram e por ele passaram dois cavalos e uma zebra. Neles estavam as três protetoras dos cavalos, que adentraram no salão ainda montadas.

— EXPLIQUE-SE MACHA! – Berrou Morrigan na mais intensa fúria, fazendo Iris se assustar e recuar de temor e os corvos voarem.

— Eu vim assim que seu corvo chegou.

— Macha... Eu não enviei corvo algum.

— Sabe como são os corvos.

— Epona, Rhiannon, não as esperava.

— Viemos assim que soubemos que Iris e Arke iriam se encontrar. – Disse a ruiva. – Queria garantir que ia ocorrer tudo bem.

— Não podia deixá-las resolver as coisas sozinhas. Sabe como elas são.

— Chegaram atrasadas. – Disse Badb. – Arke acabou de sair.

— E como ela estava? – Perguntou a terceira Morrigan. – Esquece, eu vou vê-la.

— Antes de ir, saia desse cavalo e retire-o do meu salão ou teremos carne de cavalo para o jantar.

— Você é má, Morgue.

Macha ordenou ao cavalo que saísse, assim também fez Rhiannon. Epona levou mais tempo, já que ninguém tinha falado de zebras, mas mesmo assim retirou o animal do recinto ou viraria ingrediente de feitiçaria. Mesmo as outras duas querendo entrar, Morrigan as proibiu.

— Deixem com que Macha fale com ela. É melhor assim.

— E o que faremos até lá? – Perguntou a galesa.

— Está tarde, então estão todas convidadas a partilhar nossa comida. Você também, Iris.

— Obrigada.

— Se é assim, eu cozinho! – Disse Epona. – Posso usar sua cozinha?

— À vontade.

Enquanto Epona ia para a cozinha e as outras aguardavam a refeição, Macha ouvia Arke sobre seu encontro com Iris.

— Acho que devia perdoar a sua irmã.

— Depois de tudo que ela fez?!

— Eu sei que é difícil, mas algum dia vocês vão ter que resolver isso e ficar magoada para sempre não irá te ajudar. Um dia você terá que decidir se quer continuar aprisionada a esta mágoa ou se irá se libertar.

— Você acha que ela se arrepende?

— No fundo acho que sim.

— Então por que ela não me disse?!

— Badb ama a mim e a Morrigan e não diz, fora que sua gentileza é o cabo da espada. No entanto, eu confio a minha vida a ela, assim como ela confia a dela a mim e a Morrigan, afinal somos irmãs. Mesmo que cometamos erros, sempre acabamos perdoando umas as outras.

— Senhora Macha, acha que um dia vou ser capaz de perdoar a minha irmã?

— O sangue fala mais alto e você e Iris são irmãs, apesar de tudo. Dê uma chance ao tempo e deixe que o sangue de vocês fale.

— Mas se o sangue falhar?

— O sangue não falha. Ele corre pelas veias e é bombeado pelo coração, nos faz sentir bem, mal, doloridos, felizes, tristes são vários sentimentos, fora que ele pode dizer tudo a respeito de nós. O sangue tem poder. Mais valioso que ele só a alma.

A celta se dirigiu à porta e a abriu.

— Irei até a cozinha pegar algo para comermos. O cheiro da torta de Epona está vindo aqui e é bom. Enquanto isso pense no que falei.

E com isso, a deusa saiu do quarto deixando a outra sozinha.


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Notas finais do capítulo

A única informação que posso dar sobre Mesperyian é que ela é a deusa da tortura e da punição. Não falarei mais dela neste capítulo porque é um grande spoiler, mas fiquem calmos. Irei falar dela mais para frente, até lá, fiquem na expectativa (ou quebrem a cabeça com sites em inglês).
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"Palavras são vento" é a frase preferida dos personagens de As Crônicas de Gelo e Fogo (Game of Thrones, para quem vê a série e ainda não leu os livros).
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Relação fraterna é complicado. Irmãos podem se matar bem como se dar bem, depende do momento e da relação. Alguns maltratam os mais novos, mas só eles podem e mais ninguém.
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Rhiannon é a deusa celta galesa dos cavalos e das aves, qualquer tipo de ave.
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Epona é a deusa celta gaulesa (novamente, não confundam Gália com Gales) dos cavalos, burros e mulas. Como é específica dos equinos e só deles, ela acabou abrangendo os híbridos e as zebras (zebras podem ter filhotes com cavalos e burros).
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Apesar de serem equinos, zebras não são uma boa opção de montaria, pois além de selvagens, seu comportamento é imprevisível em situações de estresse e entram em pânico facilmente, fora que o ajuste da cela é diferente, assim como a própria cela, mas não é impossível montar uma zebra. Pode tentar montar ao natural (não recomendável) ou uma domesticada com sela própria e regulada (mas não vai encontrar por aqui).
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Para quem não conhece, Rihanna é uma cantora de Barbados e famosa pelo mundo à fora.
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Reza a lenda que os círculos de cogumelos são portais para o mundo das fadas. Há várias teorias de como ser transportado como dar nove voltas ao redor em sentido horário, em noites com uma lua específica, mas nunca deve-se entrar nele antes de completar as voltas. Quem gosta desse tipo de coisa, sugiro procurar por sites específicos sobre isso antes de tentar qualquer coisa. Nunca tentei, estou procurando um círculo desses até hoje.
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A frase em língua estranha fui eu que inventei. Ela está em irlandês e quer dizer: "Oh Grande Àine, por favor, deixe-me entrar no seu reino, me oriente para que eu não me perca e deixe-me voltar para casa com segurança.". Eu escrevi isso, joguei no Google tradutor em irlandês e pronto.
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O irlandês é originário do celta, bem como o galês e até mesmo o escocês, o que os diferencia é a influência celta, latina e germânica.
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Àine é a deusa do verão, da terra, da magia, da cura, da soberania, do amor, da beleza, da fertilidade, do sol e da lua e ainda é tida como rainha das fadas. Ela é uma divindade tanto solar quanto lunar. Como divindade solar, ela é deusa do amor e da beleza, e como lunar, ela é associada à fertilidade e até maternidade.
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Deuses celtas são complexos, pois eles nunca são uma coisa só. Àine, assim como Morrigan, possui tantos títulos que é complicado encontrar e colocar todos, por isso, tento por os principais.
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A maioria dos deuses celtas está associada com a fertilidade, assim como a maioria dos egípcios está associada com a morte. É mais fácil listar quem não é associado.
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Apesar de Badb ter sido casada com Neit, o deus da guerra (que ora era casado com Badb e ora com Nemain), nunca a deixaram cuidar de uma criança, pois a personagem, na fic, tem a paciência de um pedaço de urânio (se vazar, todo mundo se ferra).
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Não confundam Neit com Neith, pois apesar da grafia quase idêntica, são deuses diferentes de mitologias diferentes.
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É isso, espero que tenham gostado, no próximo... Vou deixar que descubram semana que vem.



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