This is A War escrita por kebecaRogers


Capítulo 9
Capitulo 9 - Identidade


Notas iniciais do capítulo

oi gente! eu sei, sumi do Nyah!
bom, isso se deve a minha viagem de ano novo, e quando eu voltei, no dia 2, pensando em como eu iria postar durante a semana. veio a bomba. eu estava sem internet. é. foi tenso, teve choro. ataque de raiva. mas eu to aqui!
e vou contar um segredinho para vocês: não confiem em debito automatico.
e comprei meu primeiro livro do ano!! EEE
haha, "guerras secretas" o romance editado pela editora novo seculo, só falta o do homem aranha entre trovões para completar a minha coleção.
sem mais delongas meus pudins de maracujá, vamos a leitura!



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*** leiam as notas inicias***

Capitulo 9 – identidade

– calma, Parker – Aly disse ao vê-lo beber dois copos de agua com açúcar.

– não dá, Alison.

– olha, pra tentar te fazer se sentir melhor, meu pai está sendo procurado, quase no topo da lista da interpol, por não querer o registro, só... que eu quero sair daqui e ir pra bem longe. – ela disse.

– mas esse é o capitão. – por um segundo ela fez uma careta confusa. Então percebeu.

– é que o Steve vinha sempre aqui, por causa das missões, ele chegou a morar aqui por um tempo. Às vezes eu chamo ele de pai... ele foi mais presente que o Tony. – explicou. Peter assentiu.

– já contei pra tia May... mas agora... – ele olhou para cima como se esperasse uma reposta de Deus. Um relâmpago iluminou a noite e um trovão forte arrebentou a calada daquela noite. O Acordo de Sokovia se tornaria lei a partir de meia noite, e já eram onze. Peter estava na torre, esperando Tony, e Aly não conseguia dormir sem notícias do pai.

**

– capitão – Sam chamou, o lugar era estranho parecia abandonado. No centro, Bucky estava de cabeça baixa.

– Buck... você lembra de mim? – o loiro perguntou, hesitante, sua voz quase falhando.

– o nome da sua mãe era Sarah... você colocava jornal nos seus... sapatos... – disse, enquanto olhava direto nos olhos de Steve. O loiro deu um sorriso rápido e olhou para falcão;

– Buck... eles acham que você foi o culpado...

– eu não faço mais isso. – ele olhou de relance para um jornal que tinha como matéria principal uma explosão no congresso da ONU durante a discussão sobre o Acordo. Sam puxou Steve para a parede

– isso seria melhor uma semana atrás.

– se ligarmos pro Tony...

– ele não vai acreditar.

– caso ele acredite...

– quem garante que o Acordo vai deixar ele ajudar?

– estamos sozinhos nessa... – Steve disse.

– talvez não... eu conheço um cara. – disse e pegou o celular. Steve sorriu e foi até Bucky.

– eu... não explodi aquilo... Steven... - Bucky disse.

– eu sei... mas as pessoas que acham que você fez virão te buscar... e eles não estão planejando te levar vivo. – disse, e olhou o relógio. Onze horas. – vem comigo, tenho um lugar que podemos ficar.

Steve quebrou a corrente e levantou Bucky, o abraçou, e o moreno logo retribuiu o abraço.

– vamos, chega de bromance – Sam disse e jogou a chave do carro para Steve.

O loiro estacionou em frente a torre.

– tem certeza? A casa do titã? – Sam perguntou.

– tenho que salvar a minha filha. Espere no carro – disse e saiu. Sam foi para o banco do motorista.

– Ele tem uma filha? – Bucky perguntou, um pouco confuso.

– por consideração, ela é filha do Tony na verdade... adotada, acho. – disse.

**

Steve olhou a sala, Peter estava dormindo no sofá, a máscara do homem aranha na mesinha de centro. Ele ouviu um barulho na cozinha e foi até lá, Alison virou pensando que era Parker.

– pai... – ela correu e o abraçou.

– filha... eu tô de carro... vem comigo, eu não posso te deixar com Tony, Alison. – ela o olhou, foi até o quarto e voltou com uma mala.

– eu planejava fugir – explicou, Steve pegou a mala e carregou como se fosse uma pluma, entraram no elevador e depois correram até o carro.

– arranca daqui! – Steve disse assim que Aly fechou a porta.

– TIO SAM – ela disse a o abraçou.

– e ai pequena? – ela sorriu, e então olhou para o lado.

– Aly, esse é o Bucky, ele já recuperou a maior parte da memória. Sem perigo – Steve explicou e ela deu um sorriso doce para ele, que retribuiu. Alison sentiu o coração acelerar e as bochechas esquentarem quando ele sorriu para ela.

Que porra foi essa?

Pensou consigo mesma.

– pequena, dorme um pouco, a base tá longe – Sam avisou, ela concordou e descansou a cabeça no vidro.

– eu vou parar aqui na estrada, de manhã a gente continua – Sam avisou e ajeitou o banco para dormir, Steve fez o mesmo.

Cães de caça enormes farejavam campos, a noite era escura, um deles voltou e cheirou uma calça, a calça de Aly. Latiu, e correu.

Alison levantou a cabeça rapidamente, o pescoço dela estalou e doeu.

– merda... – ela disse ao tentar mexer o pescoço.

– se quiser pode deitar aqui – Bucky sussurrou. Ela levou um susto. – desculpe.

– tudo bem – ela sussurrou de volta e deitou a cabeça na coxa dele. – não consegue dormir? – ela perguntou.

– não. Tenho pesadelos. São memorias que eu não quero lembrar, eu fiz muita coisa ruim. – ele disse.

– você matou pessoas, e tem uma lista mais alta que o Thor... eu sei, não tenho oito anos, tenho treze.

– parece que você tem sete – ele riu baixo.

– cala a boca – ela sorriu, Bucky soltou um sorriso lindo, que a fez derreter.

Que porra é essa?

Se perguntou de novo. Quando ela ia abrir a boca para falar, Bucky colocou o dedo indicador nos lábios dela. Ela sentiu um choque.

–shh

Ela assentiu e fechou os olhos, Bucky deu dois tapinhas no Sam.

– hm? – ele abriu os olhos e olhou para trás.

– policia com cães farejadores, sai daqui –Bucky sussurrou e Aly lembrou do sonho. Sam assentiu e arrancou dali, durante a curva deu para ver a silhueta do cão correndo, e dez carros de polícia logo atrás.

– santo cristo.

– não era para eu estar aqui – Aly e Bucky falaram.

– eu tenho um plano – Steve disse, pegou o celular e discou. Falou alguns códigos e cinco minutos depois, correndo em alta velocidade para conseguir ficar longe da polícia, uma luz forte apareceu, um avião pousava lá na frente. Sam pisou fundo e entrou com tudo, no mesmo momento em que o avião levantava e o cachorro começava latir.

– Capitão – Coulson apareceu – desculpe pela Maria, mas aquilo não foi teatro. – avisou. Steve franziu os lábios.

– eu preciso de um favor – disse. Coulson se debruçou na janela do carro.

– diga

– um refúgio, eu já tenho a base mas deixar Alison e Bucky lá seria arriscado, eu quero deixa-la longe, e junto com ele, - disse. Coulson olhou para o lado.

– okay, eu deixo eles lá – sorriu e olhou para o banco traseiro, onde viu Bucky e Alison deitada na coxa dele.

– obrigado – Steve disse.

**

– como? – Tony perguntou.

– um avião apareceu, o carro entrou nele, não conseguimos rastrear.

Tony sentiu um tique. Uma vontade absurdamente grande de eletrocutar o delegado de polícia.

– certo. – disse, e voltou para a torre.

– Tony... eu soube da Aly, desculpe. – Tony franziu a testa.

– não foi sua culpa. – ele disse, os mecanismos tirando a armadura

– Mas eu estava aqui, poderia ter evitado.

– Tem remédio para você dormir na agua que você tomou. – Tony disse. – cortesia de Natasha, ela deu uma maleta com algumas coisas para Aly. De aniversário. – explicou. – tinha soníferos. Você só bebeu demais – ele disse e ajeitou a gravata.

– Tony... sobre amanhã...

– quer desistir? – Tony perguntou, Parker ficou calado – Peter, se você se revelar, pode fazer com que alguns mais super seres se mostrem e aceitem o registro, você pode fazer esse conflito acabar mais cedo. – explicou, Peter sorriu.

– eu só queria saber o que falar – Tony deu um sorriso de canto.

– um discurso na hora, sempre conseguimos.

Dito isso, ele levantou e parou em frente a porta de Aly, sentiu uma pontada no coração.

– ela fugiu.

Sussurrou ao perceber que Peter não estava mais por ali.

– ela me deixou...

Deu um soco na parede, que fez o gesso afundar e sua mão sangrar. Não esboçou reação perante a dor. Era como se estivesse bêbado. Mas ele não estava. Olhou para as múltiplas bebidas em exposição perto o suficiente de sua mão.

Deu meia volta e foi para a oficina.

**

Aly abriu os olhos, e olhou ao redor, era um QuinJet.

– pai? – ela perguntou baixo. – Coulson? – perguntou ao olhar ao redor.

– oi, pequena – ele apareceu e ela o abraçou.

– para onde estamos indo? – ela perguntou brevemente.

– confidencial... mas a Hill tem conhecimento do lugar, se ela mandar um jato nós vamos buscar vocês – disse.

Então ele olhou para Bucky. Aly tinha acabado de o ver ali.

– oi, Buck.

– oi, Alison.

– Aly... – Steve apareceu na porta. Eles ainda não estavam no ar. Alison levantou e correu até ele, o abraçando. – shh... calma... você vai ficar bem.

– não morra, pai. – sussurrou. Steve estremeceu.

– não vou. Agora vá lá. – deu um beijo na testa dela e sussurrou algo no ouvido de Bucky. – cuida da minha filha, quando isso acabar, eu te busco.

Bucky assentiu e Steve desceu, olhando o QuinJet levantar voo. Ele olhou em volta e foi falar com Natasha.

– Nat. – chamou. A ruiva virou, ela estava no quarto e trajava apenas uma toalha – você tá no meu quarto – ele disse. Ela sorriu.

– sei disso capitão. E não, ninguém me viu entrando aqui. – ela sorriu.

– Natasha... quero te pedir um favor. – ela se sentou na cama, o cabelo pingando um pouco no colchão.

– troque de lado. – ela arregalou os olhos. – Natasha... se me prenderem... e acharem a Aly e o Bucky, preciso saber que tem alguém do meu time ali, que tem alguém em que eu confie minha vida, que tem alguém que eu ame, e alguém que minha filha também confie. Por favor, meu amor... – ele acariciou a bochecha dela, analisando a expressão da ruiva.

– Ste, eu faria de tudo para cuidar da Aly, e eu farei isso. – ela segurou o rosto dele com ambas as mãos e lhe deu um selinho longo. – mas fica longe da Sharon. Nem a Aly gosta dela. – Nat disse rindo.

– é. Eu sei. – ele olhou em volta do quarto enquanto ria.

Ele estava deitado e Aly tinha sete anos nessa época, ele e Tony ainda estavam juntos, ela entrou no quarto com tudo.

– Pai! – chamou. Ele virou para ela e sorriu.

– hm?

– a loira de farmácia que você chama de vizinha tá ali. – ela apontou e Steve a repreendeu com o olhar pelo apelido. Logo Stark entra e fecha a porta.

– ROGERS! – gritou.

– STARK! – ele gritou de volta.

– EEEEEEEI!

Os dois olharam para Aly.

– papai, eu não quero aquela loira de farmácia mexendo com você. – ela disse e abraçou Steve pelo pescoço.

– loira o que? – Tony perguntou.

– de farmácia... – Aly disse – a Sharon. – explicou e colocou o dedo na garganta fingindo vomitar, Tony fingiu uma tosse e soltou um “loira azeda” durante. Que fez Aly soltar aquelas gargalhadas de criança que contagia até morto. Steve revirou os olhos.

– vocês são infantis. – disse e vestiu uma calça, colocando a camisa, amarrou o tênis, passou perfume e deu uma penteada no cabelo, então pegou Aly no colo.

– o que você está fazendo? – Tony perguntou.

– minha filha é minha passagem de saída daqui sem que a Sharon vá junto. – explicou.

Tony franziu as sobrancelhas e abriu a porta.

– não esquece que ela tem que estar dormindo no máximo as nove. Nada de doce no jantar. E se tiver sobremesa...

– só uma porção – os três falaram juntos.

– eu sei, Tony. – Steve disse e ajeitou a mochila de Aly na costa. – olá, Sharon.

– oi, capitão. Vai levar essa fofura para passear? – ela perguntou com um sorriso.

– é... ela vai dormir lá me casa, né pequena? Tony tem missão. – o homem de ferro sorriu brevemente antes de dar um beijo na testa da filha.

– Rogers, ela teve febre alta essas noites, não mate milha filha! – ele disse antes de dar um tchau e ir para a sala de reunião.

– quer ir com a gente? – Steve se surpreendeu já que fora Aly quem havia perguntado.

– ah.. se não for incomodo... – ela disse.

– claro que não. – Steve disse.

– ok então. Vamos? – ela perguntou e Steve concordou, ajeitando a mochila na costa e fingindo que era um avião enquanto Alison ria sem parar.

– Steve? – Natasha perguntou. Ele a olhou e estranhou o cabelo completamente seco e ela estar vestida.

– nat...

– você foi para o mundo da lua, meu amor. – ela deu um rápido beijo nele antes de terminar de pentear o cabelo ruivo, que agora ficava perto da bunda.

– faça as malas, você pode fugir. – ele a abraçou por trás e sentiu o cheiro de cereja. Natasha sorriu e olhou para cima.

– certo... – ela pegou algumas coisas. Já estava de madrugada, o céu escuro não tinha estrelas, parece que sabiam que uma guerra estava por vir. Antes de Natasha subir na moto Steve a puxou pela cintura e começou um beijo.

– se cuida... – ele disse.

– você também.

Então ela arrancou dali, a moto era tão silenciosa como um átomo caindo no assoalho durante uma tempestade.

– fique viva... – ele sussurrou contra o vento antes de entrar na base.

**

No QuinJet, ainda durante a tarde, Alison olhava o metal, ela estava sentada onde Bruce costumava ficar... Coulson se sentou do lado dela.

– seu pai está na televisão. – ele disse, ela ficou confusa ao olhar, e ver Tony ali, mas sorriu e percebeu que era sobre o registro.

– aumenta o volume – pediu.

**

NO momento em que Tony Stark subiu na tribuna, sentiu um frio na barriga. Olhou em volta, confuso. Já havia participado de dezenas de coletivas ali, na sala de imprensa principal da Stark Enterprises. Suas paredes brancas e sua enorme janela eram quase tão familiares para ele quanto sua casa ou laboratório. Hoje, a sala estava lotada, com cadeiras dobráveis extras nas laterais, repórteres correndo de um lado para o outro e cochichando baixinho.

De repente, ele se deu conta: É isso. A última vez que a sala de imprensa ficou tão cheia assim foi há dezesseis anos, quando – impulsivamente e sem planejar – revelou ao mundo o segredo da sua vida: que ele era o Homem de Ferro.

Tony limpou a garganta e se aproximou do microfone.

– Já estivemos aqui antes?

Uma onda de risos encheu a sala. Tony olhou para trás, onde estava Pepper Pots, em pé totalmente ereta logo atrás dele, a expressão profissional insondável. Happy Hogan estava ao lado dela, com o Secretário de Segurança Nacional do outro.

Pepper franziu a testa para Tony, dando -lhe uma cotovelada discreta.

Então, Tony percebeu mais uma similaridade com a outra coletiva de imprensa. Na primeira fila, com suas adoráveis pernas cruzadas, estava Christine Everhart da Vanity Fair.

Quando os seus olhos pousaram nela, ela levantou a cabeça e lançou-lhe um olhar desafiador.

Ele abriu um sorriso rápido e abaixou o olhar. Consultou rapidamente seus cartões de anotações, depois os jogou na tribuna.

– Geralmente, quando estou de pé na frente de um grupo de pessoas, começo com estas palavras: Meu nome é Tony. E eu sou alcoólatra.

A multidão riu novamente, um pouco nervosa. Pelo menos, não são hostis.

– Isso aqui é diferente, claro. Mas estranhamente similar. – Ele fez uma pausa de efeito, tomando um gole de sua água com gás. – Uma das primeiras coisas que se aprende durante a recuperação é que você tem de jogar limpo com as pessoas, em todos os níveis. Comecei esse processo dois anos atrás. A minha identidade como Homem de Ferro é de conhecimento público, assim como meus impostos, minha história familiar e o histórico detalhado de meus dolorosos fracassos pessoais. A minha vida não é apenas um livro aberto; é praticamente um texto eletrônico com código aberto com licença da Creative Commons – mais risos.

– Mas existe uma coisa que as pessoas que não têm o meu...problema… costumam não entender. Um alcoólatra não busca ajuda quando as coisas estão indo bem para ele. Alguns de nós precisam chegar ao fundo do poço. Outros chegam a um ponto em que o estilo de vida, os efeitos cumulativos sobre si mesmos e sobre outras pessoas ficam pesados demais para suportar. Ainda assim, alguns experimentam um momento de clareza. Um breve e vívido lampejo de seu futuro, do destino terrível que espera por ele se não mudar.

– Senhoras e senhores, o ataque na cidade, a explosão no congresso, e o Acordo foram o meu momento de clareza. Tem muita coisa na minha vida das quais me envergonho, mas tenho muito orgulho da minha carreira como super-herói. Salvei milhares de vidas, coloquei centenas de criminosos perigosos atrás das grades e impedi dezenas de catástrofes antes que elas sequer pudessem acontecer. Fundei os Vingadores, a primeira equipe de super-heróis do mundo, cuja longa história de bons trabalhos fala por si. – a multidão começou a aplaudir.

– Não, não, não aplaudam. Não quero o aplauso de vocês hoje; não é por isso que estou aqui. Porque outra lição que aprendi é que decidir não tomar o primeiro gole não é o fim da jornada de um alcoólatra em direção à luz. É apenas o primeiro passo. E para mim, para a comunidade super-humana, da qual me orgulho fazer parte, a minha decisão de ir a público, de revelar os detalhes da minha vida para vocês, foi o Primeiro Passo.

Hoje é o próximo passo.

Ele fez uma pausa, a garganta seca. Seu olhar correu pela sala, analisando o mar de repórteres, escrevendo e digitando furiosamente em seus dispositivos eletrônicos.

– Super-humanos, meta -humanos, heróis, vilões. Como quer que vocês os chame, eles se proliferaram enormemente na última década. Alguns nasceram com habilidades físicas e mentais superiores; outros recebem seus poderes por meio de acidentes. Outros, como eu, desenvolveram meios tecnológicos de melhorar seus dons naturais. Outros, sem nenhum poder de verdade, fazem justiça com as próprias mãos, vestindo fantasias e saindo nas ruas. E outros ainda, são seres alienígenas, total ou parcialmente humanos. Vivemos em um mundo assustador e incerto. Guerras estouram no Oriente Médio e em outros lugares; o medo do terrorismo ainda não acabou. Em todo o país, famílias enfrentam a ameaça de ruína financeira, de não realizar o Sonho Americano que sempre foi a promessa desta nação. O Sonho que tem sido tão bom pra mim, pessoalmente. – Então, estou aqui hoje, um homem, para prometer a vocês: eu farei o que puder para tornar o mundo um pouco menos assustador. Não posso resolver a economia mundial, e não posso fazer muito a respeito de ataques nucleares ou biológicos. Mas eu posso, e vou, resolver o problema das armas super-humanas de destruição em massa.

– De hoje em diante, qualquer homem, mulher ou alienígena que for para as ruas ou para os céus tentar usar seus dons naturais ou artificiais em um cenário público, deve seguir os seguintes passos. Primeiro, deve se registrar on-line no Departamento de Segurança Nacional, um processo rápido e simples. Entre as informações requeridas estão: o verdadeiro nome e endereço do solicitante, informações para contato 24 horas, nível de experiência extensão das habilidades super-humanas, se tiver. Esse formulário será rapidamente avaliado por mim e pelo Secretário de Defesa – o secretário assentiu. – Dependendo da nossa avaliação, várias coisas podem acontecer depois. A pessoa pode ser aprovada para atividade meta -humana sob os termos da Lei de Registro de Super-humanos. Ela receberá um contrato severo, informando sobre as diretrizes de comportamento apropriado, e um distintivo emitido pela S.H.I.E.L.D. Essa pessoa também receberá um salário de acordo com sua experiência e habilidade, além de plano de saúde, tudo isso supervisionado pelo governo federal e pela S.H.I.E.L.D.

Tony fez uma pausa para respirar. – Se o solicitante não tiver muita experiência, ele receberá uma licença condicional, que o permitirá que exercer suas habilidades depois, e só depois, de ter concluído um curso intensivo de oito semanas em um dos vários centros de treinamento que serão estabelecidos pela S.H.I.E.L.D. Esses centros são ultrassecretos e ficam longe de qualquer grande centro urbano, assim não haverá nenhum perigo para a população civil durante o processo de treinamento. Uma vez que o solicitante tiver concluído o curso, ele será avaliado por um conselho formado por super-heróis experientes. Se for considerado responsável e competente no uso de seus poderes, uma licença total será emitida. Caso contrário, ele terá a opção de retomar o curso de treinamento ou se aposentar. Acreditamos que isso seja justo. Um homem pode possuir o conhecimento de como construir uma bomba atômica, mas isso não lhe dá o direito de montar uma no meio da Times Square – Tony fez uma pausa.

– Acreditem em mim, descobri isso aos nove anos.

O grupo riu. Está dando certo, pensou Tony. Eles estão realmente me apoiando.

– Vou responder a algumas perguntas agora, depois tenho uma surpresa para vocês. Mas antes que façam qualquer pergunta, quero lembrar -lhes que nada disso é decisão minha. É a lei; foi apropriadamente votada pelo Congresso e assinada pelo presidente. Ele me pediu, pessoalmente, para supervisionar a implementação da Lei de Registro de Super-humanos, e eu aceitei. É meu privilégio e dever em vários aspectos. Sim, Gerry.

Um homem corpulento se levantou.

– Como está a situação com os supervilões, Sr. Stark?

– Bem, se eles resolverem tentar o registro, obviamente irão cair na terceira categoria, e lhes será negada a licença para operar.

– Mesmo se eles forem procurados por outros crimes?

– Existem… alguns casos… que receberão tratamento especial. Mas isso, quero ressaltar, é uma situação muito rara. Realmente esperamos que a maioria dos supervilões não consiga o registro, o que automaticamente os colocará como violadores da lei. Não posso entrar em detalhes sobre nossos planos sem dar dicas para esses mesmos criminosos. Mas posso dizer isto: estamos desenvolvendo métodos surpreendentemente eficazes e radicalmente novos de capturar vilões que se recusarem a se registrar, e de mantê-los presos. Melissa?

– E os super-heróis, não os vilões, mas aqueles que são conhecidos pelo público por terem detido criminosos perigosos, por terem salvado vidas no passado. O que acontece se eles não se registrarem? Parece que eles vão ser tratados da mesma forma que os vilões que você acabou de descrever. Isso é verdade?

Tony olhou para o nada, apenas por um momento.

– Sim, é verdade.

A sala explodiu em perguntas. Repórteres inclinados para frente, mãos levantadas, um tentando falar mais alto do que o outro.

Então, uma voz se sobressaiu. Christine Everhart se levantou, os olhos escuros fixos nos de Tony. Ele engoliu seco, novamente ficando nervoso.

– Sr. Stark – disse ela devagar. – Acho que o público vai querer saber de uma coisa. Por que um pretenso super -herói deve receber um salário e benefícios do governo federal enquanto tantos americanos comuns estão sem trabalho?

Tony assentiu; ele havia se preparado para essa pergunta.

– Ótima pergunta, Chris… Srta. Everhart. Primeiramente, apenas os super -heróis que forem aprovados e concordarem com a supervisão pública receberão tais benefícios. Segundo, a senhorita deve saber que o Senado debateu exaustivamente essa questão e decidiu que a “oferta” de salário e de benefícios era a ferramenta mais eficaz para recrutar o maior número de super -heróis para o programa rapidamente.

– Mas, levando em consideração um aspecto mais amplo: eu não acho que o melhor para nós, americanos, seja perguntar ‘por que meu vizinho recebe isso?’ Acho que estaríamos muito mais bem servidos se perguntássemos ‘como mais americanos podem prosperar da mesma forma que o meu vizinho?’ É assim que se constrói uma sociedade melhor. Esse é o meu objetivo aqui hoje, e todos os dias quando piso na Stark Enterprises.

Aplausos. Mas Everhart permaneceu imóvel, o rosto franzido.

– Continue – ela apontou para o cartaz da STARK na parede dos fundos. – Já que você mencionou a Stark Enterprises: A nova lei não trará uma nova safra de contratos com o governo para essa empresa? Uma empresa cujo dono é você, uma empresa que já se beneficiou enormemente com o boom pós -onze -de -setembro nos gastos do departamento de defesa?

Tony podia sentir os olhos do Secretário de Defesa Nacional nas suas costas. Pepper se mexeu de leve, os saltos altos estalando no palco.

– Srta. Everhart – começou Tony. – Como sabe, a Stark Enterprises não fabrica mais munição. Essa é outra promessa que fiz para o mundo e que pretendo continuar cumprindo.

– Entretanto, sim, é claro que somos parceiros do governo dos Estados Unidos na guerra contra o terror, super -humano ou não. E eu seria ingênuo em negar que essa conexão, essa parceria, foi o principal motivo para o presidente ter me pedido para supervisionar esse programa. A segurança do povo americano, essa é a prioridade mais alta do governo atual, da Stark Enterprises e do próprio Anthony Stark. Não vejo nenhum conflito de interesses aqui.

O secretário deu um passo à frente e aplaudiu com suas mãos gordas. Os repórteres se juntaram às palmas, desta vez mais alto do que antes.

Everhart se sentou, os olhos faiscando. Acho que nunca mais vou dormir com ela de novo, pensou Tony.

Mas nunca se sabe.

– Mais uma… sim, Dan.

Um homem simpático usando um terno amassado se levantou.

– Quanto custa esse terno, Tony?

Risos. Tony sorriu, apontando para seu paletó Armani.

– Caro – ele fez um gesto para Pepper, que lhe entregou uma maleta. – Mas não tanto quanto este traje aqui.

Ele abriu a trava e colocou a maleta em cima da tribuna. O cintilante capacete vermelho e amarelo do Homem de Ferro apareceu, cercado pelo traje de metal organizadamente guardado. Luvas e botas impecáveis nas laterais.

– Esse é o meu trabalho – afirmou Tony. – É o que eu faço, quem eu sou. Eu construí esse traje com as minhas próprias mãos, no decorrer dos anos. É por isto que estou aqui diante de vocês hoje, por isso que concordei em administrar essa lei: para que todas as pessoas deste país tenham a mesma oportunidade, a mesma liberdade, a mesma segurança pra trabalhar duro e construir um futuro brilhante, que eu tive o privilégio de usufruir.

Um ruído no teto. Tony olhou para cima e rapidamente posicionou a Sra. Sharpe ao seu lado.

– E, da mesma forma… – Tony apontou para o teto – … tenho certeza de que O Espetacular Homem -Aranha dispensa apresentações.

Homem -Aranha desceu graciosamente, deixando uma teia para trás, em uma aterrissagem perfeita. Estava usando seu traje antigo, aquele de tecido vermelho e azul. Tony discutira esse assunto com ele, e ambos concordaram que isso seria um fator de maior reconhecimento do público.

Tony se afastou e o Aranha pulou para frente, sendo aplaudido. No entanto, assim que ele se posicionou na tribuna, sua postura mudou. Parecia hesitante, quase tímido.

– Humm, valeu. Mesmo – Aranha coçou o pescoço, nervoso. – Foi realmente… inspirador ouvir o Tony falar tudo aquilo e ver como foi forte a reação de vocês a tudo o que ele disse. Isso facilita muito as coisas. Bem, um pouquinho.

Risos nervosos.

– Vejam – continuou Homem -Aranha –, a Lei de Registro nos dá uma escolha. Podemos seguir o caminho defendido pelo Capitão América e deixar que as pessoas com poderes permaneçam sem nenhum controle. Ou podemos nos tornar legítimos e reconquistar a confiança do povo.

Vamos lá, Peter, pensou Tony. Faça logo.

– Tenho orgulho do que faço. De quem eu sou. E estou aqui para provar isso.

Homem -Aranha levantou a mão e arrancou a máscara do rosto. A multidão prendeu a respiração; câmeras dispararam seus flashes, cadeiras dobráveis caíram conforme repórteres ficavam de pé apressadamente. O homem com o traje do Homem -Aranha parecia levemente em pânico, depois sorriu timidamente.

– Meu nome é Peter Parker – apresentou-se ele. – E eu sou o Homem-Aranha desde os quinze anos.

Tony Stark deu um passo à frente. Colocou o braço em volta dos ombros de Peter e trocou um olhar longo e agradecido com o jovem.

Então, Tony virou para os repórteres.

– Alguma pergunta?

**

Alison levou a mão a boca, surpresa.

– não... – sussurrou.

– Aly... por acaso você e o Peter tem um caso? – Coulson perguntou.

– oque? – ela perguntou.

– bem, Tony me disse que ele estava no apartamento quando você sumiu, e ele não sabe que você está com Steve. Ah, e que você deu sonífero pra ele.

– ah.. é. Ele estava esperando o papai... – teve que fazer forças para não falar “Tony”. – e ficamos conversando... ele parecia relutante sobre querer tirar a máscara, mas agora...

– não tem volta. – Bucky disse. Alison olhou para ele e sentiu que se daria bem com Bucky.

– Bucky... Alison... chegamos.


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Notas finais do capítulo

é. ela não está tendo um caso com o Parker, pelo amor de deus. ele é da MJ.
e sim, esse capitulo foi enoooorme! os que falam centralmente sobre a guerra vão ser grandes. então, eu queria perguntar para vocês.
um capitulo grande tipo dia sim dia não ou metade de um capitulo todos os dias??
claro, vocês vão ficar de cabelos em pé e loucas para o proximo em qualquer ocasião.
e eu vou usar muitas mas muitas mesmo, paginas do livro, e vou usar referencia aos quadrinhos.


agora, uma má noticia.

minhas aulas começam dia 18 desse mês. dá um aperto no coração. e como é ensino médio o negocio é puxado. e eu estou economizando (tentando ao maximo não comprar quadrinhos) para poder ir na CCXP 2016!
é. bem cedo, e não sei se vou fazer cosplay. estou em duvida. haha. entre tipo: Miss Marvel (kamala khan) ravena (jovens titãs) e alguma outra personagem que tenha cabelo e pele morena. (tipo morena jambu, sla como é isso).

então, pudinzinhos (bem arlequina eu) até a proxima. e não esqueçam de comentar as repostas!