This is A War escrita por kebecaRogers


Capítulo 8
Capitulo 8 - Solenidades


Notas iniciais do capítulo

hey! já é sabado a alguns minutinhos, então, é dia de This is a War! e eu vou já já postar um novo de Fix You.
até lá embaixo!



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Capitulo 8 –

– Primeiramente, gostaria de agradecer a presença de todos. Significa muito… para mim, e acima de tudo, para seus amigos, vizinhos e familiares que perderam entes queridos na tragédia de ontem, que poderia ter sido completamente evitada. Em momentos como este, é crucial que a comunidade se una. Não podemos permitir que nos rebaixemos ao ódio e à amargura. A Deus cabe julgar, não a nós. Dito isso… – o reverendo abaixou o olhar e tirou os óculos. – … em nossa dor, não podemos nos esquecer das causas dessa tragédia, nem perdoar seus perpetradores. O perdão também é reservado ao Senhor.

Tony estremeceu.

A igreja era enorme, com centenas de bancos; mas todos estavam ocupados naquele dia. Jovens e velhos, homens e mulheres, todos de luto, vestindo preto.

Tony estava sentado na quinta fila, sua mente a mil por hora. Não dormira na noite passada. Desde o incidente, entrara em um ritmo insano de trabalho, como sempre fazia quando confrontado por algum problema complexo de engenharia. Seu subconsciente girava e girava, analisando a situação de mil ângulos diferentes.

– … e, então, vos suplicamos, Senhor, a sua misericórdia.

Tantos heróis. Centenas deles, e sabe -se lá quantos vilões. Tony já mantinha dossiês sobre a maioria deles, mas agora se via compulsivamente atualizando as informações.

Tem muito poder aqui, pensou ele.

– Misericórdia. Não apenas para as almas das crianças que faleceram… – o reverendo fez uma pausa e olhou para os fiéis –, … mas também para as chamadas super pessoas, cuja negligência nos trouxe a este momento triste.

Um ícone de alerta de notícia piscou no canto da tela do telefone de Tony. Ele colocou os fones de ouvido, olhando rapidamente à sua volta, com uma expressão de culpa. Um homem careca apareceu na tela do celular na frente do logotipo de um canal de televisão a cabo, sua voz soava pequena nos ouvidos de Tony.

pelo pouco que sabemos sobre Ossos Cruzados, o causador da explosão na cidade perto da costa da sucata, África. É que ele fazia parte da corporação Nazista conhecida como HYDRA. Será que nunca vamos nos livrar desses caras? Bom, ninguém gosta de falar mal dos mortos.

Tony franziu a testa, clicou em outro canal. A tela do telefone se encheu com um close do rosto ensanguentado e inconsciente de Johnny Storm, enquanto ele era levado para uma ambulância. Luzes fortes brilhavam na noite de Manhattan.

… detalhes do violento ataque a Johnny Storm, o Tocha Humana, ontem à noite. Este é o último de uma série de ataques à supercomunidade de Nova York. Daqui a pouco mais informações, e também mais a respeito da crescente pressão sobre o presidente enquanto o povo pergunta: Quais são suas propostas para a reforma dos super -heróis?

Banir os super -heróis? – Mulher -Hulk se inclinou para frente e tirou os óculos, conversando com o apresentador do programa de entrevistas. – Bem, em um mundo cheio de super vilões, isso é obviamente impossível, Piers. Mas treiná -los e dar -lhes distintivos? Isso sim, acho que essa é a resposta mais razoável.

Tony sentiu um arrepio no pescoço e levantou o olhar de repente. Duas mulheres sentadas próximas a ele estavam encarando -o sob os véus. Ele abriu um sorriso tímido.

E então, notou mais um par de olhos sobre ele, do final do banco. Capitão América.

Tony arrancou os fones de ouvido, enfiou o telefone no bolso.

Quando a cerimônia terminou, Tony entrou na fila para a saída. As pessoas já estavam se reunindo, chorando e confortando umas às outras. Não tinha a menor vontade de se intrometer no sofrimento delas. Vários outros Vingadores também quiseram vir, incluindo

Tigresa e Miss Marvel, mas todos tinham concordado que era melhor manter o contingente super -humano o menor possível. Ninguém queria transformar a tristeza do povo em um circo da mídia.

Tony saiu rapidamente da igreja. Também não estava com a menor vontade de discutir com o Capitão naquele momento.

Assim que saiu, Tony sentiu a mão de alguém em seu ombro. Virou -se e encontrou Peter Parker, sorrindo timidamente.

– Chefe – Peter disse.

– Peter. Achei que tínhamos combinado que eu e o Capitão representaríamos os Vingadores.

Peter deu de ombros.

– Quem é Vingador aqui? Você está olhando para um humilde fotojornalista do Clarim Diário.

Tony teve de sorrir e olhou Peter de cima a baixo. O smoking alugado caíra bem nele, mas os sapatos estavam gastos. E eram marrons.

Pequenos passos, pensou Tony. Este é um projeto.

– Além disso – continuou Peter. – Eu queria estar aqui.

O caminho que levava à igreja era estreito e curvo, à margem de um campo aberto. Carros se enfileiravam por toda sua extensão, parando um de cada vez para pegar os fiéis mais velhos. Na fila, Tony localizou Happy Hogan encostado na limusine.

– Venha comigo, Peter.

Peter se colocou ao lado de Tony. Passaram pelo ministro, que estava confortando duas viúvas inconsoláveis. Uma senhora muito velha estava com eles, chorando incontrolavelmente em seu lenço de renda.

O ministro levantou a cabeça e fixou rapidamente os olhos em Tony, que desviou o olhar.

– Acho que eu devia estar tirando fotos – disse Peter.

– Essa parte da sua vida ficou pra trás – respondeu Tony. – Nada mais de labuta pra conseguir o dinheiro do aluguel.

– Quer dizer que agora faço parte do um por cento?

Tony parou e colocou a mão no ombro do rapaz.

– As coisas estão acontecendo rápido, Peter. Que bom que está comigo.

– Coisas. O chamado “acordo de Sokovia”?

Tony levantou a sobrancelha.

– Poucas pessoas ouviram falar disso.

– Mas é por isso que você vai para Washington semana que vem, não é?

– Hoje à noite, na verdade. O Comitê antecipou o meu horário por causa… – ele fez um gesto mostrando tudo à sua volta, incluindo a igreja e os parentes dos mortos. – O presidente pediu pra se encontrar comigo hoje à noite, e as audiências serão amanhã.

– O que significaria? Esse acordo.

– só poderemos agir como super heróis quando a ONU achar estritamente necessário. Como uma possível catástrofe global ou uma guerra nuclear. Mas vai ter suas possíveis exceções para alguns super vilões.

– mas para isso não teríamos que ser cachorrinhos presos no poste? – Peter perguntou.

– bom, eu cuidarei para isso não aconteça, mas tem uma coisa... temos que revelar nossa identidade secreta. Falar nosso verdadeiro nome, dar um número de telefone.

– E você apoia isso?

– É uma lei delicada – Tony franziu a testa. – Se for aprovada, teria de ser administrada com muita sabedoria. Muito cuidado.

– Tony Stark?

Tony virou -se a tempo de ser atingido no rosto por uma cusparada.

– Seu canalha asqueroso!

A mulher estava chorando abertamente, lágrimas escorrendo pelo rosto. Peter já ia segura-la, mas Tony levantou a mão.

Happy Hogan já estava atrás da mulher.

– Senhora, vou pedir que se retire – e colocou a mão gorda no ombro dela.

– De onde? Do funeral do meu filho? – ela sacudiu furiosamente o ombro para que ele tirasse a mão. – Ele é quem deveria ser expulso daqui.

Tony fez uma careta e enxugou o rosto.

– Senhora, entendo que esteja chateada. Mas as… trágicas ações não têm nada a ver comigo.

– Ah, é? E quem financia os Vingadores? Quem há anos vem dizendo para a garotada que eles podem viver fora da lei, contanto que usem trajes?

Peter Parker limpou a garganta.

– Eu, hã, não acho que o Sr. Stark tenha dito isso.

– Policiais precisam treinar e carregar distintivos – continuou a mulher –, mas isso é chato demais para Tony Stark. Você só precisa de alguns poderes, pose de machão e pronto!

Conquistou um lugar na supergangue particular do Sr. Bilionário.

Tony abriu a boca para falar e então, aconteceu algo que só havia acontecido uma vez com ele. Ficou completamente sem palavras.

Ela está certa, ele percebeu.

Happy tentou pegar a mulher de novo, mas ela recuou, dobrando o corpo e chorando

compulsivamente. Uma multidão já havia se formado, assistindo com olhos hostis.

– Jerome me deixou – contou a mulher entre soluços. – Quando cortaram a pensão dele… ele não suportou a pressão. Só me restava o meu pequeno Damien. E agora… e agora…

– Hap – disse Tony. – Vamos embora.

– Você, Stark – a mulher se endireitou e apontou o dedo para Tony que já se afastava. – Você patrocina essa insanidade. Com seus bilhões. O sangue do meu Damien está em suas mãos. Agora e para sempre.

Tony caminhou a passos largos para a limusine, cercado por Hap e Peter. Mil pares de olhos julgadores os seguiram.

– Bem, isso foi divertido – Peter fez uma careta. – E um pouco assustador.

– Eles é que estão assustados – constatou Tony. – Todos eles. Cresceram achando que teriam um emprego, depois se aposentariam e teriam uns trocados para gastar na velhice. Agora, estão em pânico. Quem pode culpá -los?

– Talvez você possa dar a eles “uns trocados”.

– Talvez eu possa fazer mais do que isso – Hap abriu a porta da limusine e Tony entrou.

Parou por um momento e fitou os olhos questionadores de Peter. – Posso garantir a segurança deles.

Peter assentiu, devagar.

Ele sabe, pensou Tony. Ele compreende.

A porta fechou e, de repente, Tony estava sozinho. Sozinho na tranquila escuridão da limusine, protegido por metal e vidro do mar de tristeza que inundava o lado de fora. Apenas um bilionário e seus pensamentos íntimos, sombrios e intensos.

Happy deu a volta pela frente e sentou atrás do volante.

– Para casa, chefe?

– Direto para o aeroporto, Hap – Tony olhou através das janelas escuras os parentes que choravam pela perda dos entes queridos. – Eu sei o que tenho de fazer.

~*~

Alison estava preparando o café da manhã, estava de volta á torre, a pedido do pai Stark. Para que ficasse mais segura.

– Jarvis! – chamou.

– bom dia, Aly, o que deseja? – o mordomo robô de interface perguntou.

– me avise se alguém entrar na torre e estiver vindo para cá. E diga quem – pediu.

– claro, Aly – ela sorriu e pegou o prato com as panquecas e o suco de laranja, indo em direção á oficina do pai.

– tralala. Tralala. Tralala – murmurava enquanto comia e desenhava uma armadura, só que essa era para ela, um dos maiores sonhos da Stark era ter uma armadura, ou um uniforme igual ao de Steve.

– Aly, o capitão Rogers está a caminho. – ela levantou num pulo e correu com a bandeja até a sala, ligou a TV e esperou menos de cinco segundos até Steve aparecer no elevador.

– filha!

– pai! – ela correu e o abraçou, ainda estava de pijama, Steve a abraçou forte, ele sentia que demoraria para ver a filha novamente.

– eu passei rapidinho aqui, porquê a Hill me chamou para uma conferência de emergência no aero-porta-aviões. – explicou.

– pai, se você estivesse tendo um caso com a Maria você me falaria? – ela perguntou.

– claro. E não, eu não estou tendo um caso com ela. E sabe mais? – ele perguntou.

sou sempre honesto. – falaram juntos.

O celular de Steve vibrou com outra mensagem, ele suspirou.

– deixa eu ir – deu um beijo na testa de Alison e a abraçou. Foi até o quarto onde trocou de roupa para o uniforme do capitão américa, esse era praticamente igual ao que ele usou na batalha contra Ultron, mas a diferença é que tinha umas “escamas”.

Ele correu quando um QuinJet da SHIELD poucou na cobertura da torre, acenou para Aly e moveu os lábios como se falasse eu te amo. E ela respondeu: eu também.

~*~

O mundo já fora mais simples. Países faziam guerras por causa das linhas de um mapa, ocupando territórios com tanques, exércitos, frotas. Homens guerreavam em terra, no mar ou em aviões de guerra. Lutavam, caíam e morriam.

Menos o Capitão América. Em 1945, perto do final da Segunda Guerra Mundial, ele caiu em batalha… mas não morreu. Por um acaso da natureza, ele foi preservado em estado de suspensão, destinado a acordar décadas depois em um mundo muito diferente. Um mundo de comunicações globais, rastreamento via satélite, de câmeras e computadores menores do que uma partícula de poeira. Um mundo onde guerras são disputadas de uma forma bem diferente, por motivos diferentes, com novas e surpreendentes tecnologias.

Tecnologias como o aero-porta-aviões da S.H.I.E.L.D.

Construído durante a Guerra Fria, o aero-porta-aviões servia como posto de comando e plataforma para todas as grandes operações da Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão. Com uns oitocentos metros de largura e o tamanho e volume de uma pequena cidade, ele pairava sobre a Terra, sustentado por avançadas tecnologias desenvolvidas pela Stark Enterprises. Localização atual: dez quilômetros acima da Cidade de Nova York.

No deque do aero-porta-aviões, Capitão América assistia a um F -22 Raptor planar para aterrissar. As rodas do elegante avião – que voava em modo furtivo para ser confundido com um pequeno animal caso fosse detectado pelos radares – ejetaram no último minuto, derrapando de leve ao pousar. Ele taxiou até o final do comprido deque, passou por um museu virtual de aeronaves militares do passado e do presente, e desacelerou até sua completa e graciosa parada.

Eles pararam de fabricar F -22, pensou o Capitão. Esperava que os novos modelos tivessem a mesma performance. Nunca se sabe. Ele se virou para olhar para baixo pela beirada do balcão de metal; o vento batendo em seu rosto. Em algum lugar, bem lá embaixo, os super -heróis da Terra estavam reunidos. Mas ele não conseguia ver a cidade. Havia muitas nuvens encobrindo-a.

– Capitão? A diretora irá recebê-lo agora.

Agentes armados da S.H.I.E.L.D. o acompanharam para dentro, pelos corredores altos de metal cinza pontuados por escotilhas. Os deveres do Capitão América o levaram ao aero-porta -aviões muitas vezes. Mas desta vez, algo estava diferente.

O lugar parecia frio. Quase Alienígena.

O corredor se abria para uma sala ampla, com teto baixo, cortada por passarelas. Nada de janelas. Uma mulher imponente usando o uniforme completo da S.H.I.E.L.D. o encarava, seu cabelo era curto e os traços admiráveis. Dois agentes do sexo masculino a flanqueavam, as mãos soltas perto de suas armas de alta tecnologia. Um deles tinha olhos cruéis; o outro usava bigode e óculos escuros.

– Capitão – disse a mulher.

– Comandante Hill.

Ela abriu um sorriso frio e reptiliano.

– Agora é Diretora Hill. Bem, Diretora em exercício.

– claro...

– Fiquei sabendo que vinte e três de seus amigos estão reunidos neste momento no Edifício Baxter para discutir a reação da supercomunidade ao acordode Sokovia. O que você acha que eles devem fazer?

– Eu… – Capitão fez uma pausa, surpreso pela pergunta direta de Hill. – Acho que não cabe a mim dizer.

– Deixa de papo furado, Capitão. Sei que você era amigo de Fury, mas agora eu sou a chefe da S.H.I.E.L.D. Pelo menos, respeite o meu distintivo.

Capitão América franziu a testa e respirou fundo. Virou-se brevemente pra colocar os pensamentos em ordem.

– Acho que esse plano vai nos dividir ao meio. Acho que vamos acabar em guerra uns contra os outros.

– Qual é o problema com esses caras? – o agente com expressão cruel apontou para o Capitão. – Como alguém pode ser contra a possibilidade dos super-heróis serem mais bem treinados e receberem um salário por seus serviços?

Capitão encarou Hill: Coloque seus homens na linha. Mas ela apenas olhou para o outro agente, o que usava bigode.

– Quantos rebeldes você estima aqui, Capitão? – perguntou o Bigode.

– Se a lei for aprovada? Muitos.

– Algum peso -pesado? – questionou Hill.

Ele franziu a testa de novo.

– Principalmente os heróis que trabalham nas ruas. Demolidor, Punho de Ferro talvez. Não tenho certeza.

– Então, ninguém que você não possa encarar.

– O quê?

– Você me escutou.

Involuntariamente, Capitão fechou o punho. Escondeu -o atrás das costas.

– A proposta acaba de passar pelo Senado – continuou Hill. – Acabou, Capitão. A lei estará em vigor daqui a duas semanas, o que significa que já estamos atrasados. – Ela apontou para o aero-porta -aviões, com suas frias paredes cinza. – Estamos desenvolvendo uma unidade de resposta antissuper-humana aqui. Mas temos de garantir que os Vingadores estarão conosco e que você irá liderá-los.

– Você está me pedindo para prender pessoas que arriscam suas vidas por este país sete dias por semana?

– Não, Capitão. Estou pedindo para obedecer a vontade do povo americano.

O Capitão percebeu que mais agentes da S.H.I.E.L.D. tinham se aproximado. Homens e mulheres fortemente armados, usando coletes à prova de balas e capacetes com viseiras grossas. Eles se reuniram em volta de Hill e atrás do Capitão. Cercando -o.

– Não venha com politicagem, Hill. Os super -heróis precisam estar acima dessas coisas. Ou daqui a pouco Washington vai querer nos dizer quem são os supervilões.

– Eu acho que supervilões são caras mascarados que se recusam a obedecer à lei.

O movimento do dedo dela foi quase imperceptível, mas Capitão o notou. Na mesma hora, uma dúzia de agentes da S.H.I.E.L.D. preparou seus rifles, lasers e dardos tranquilizantes. Um a um, eles engatilharam suas armas: Clic -Clac, Clic -Clac, Clic -Clac.

Todos apontaram para um único homem. O homem com uma bandeira no peito.

O Capitão não se retraiu, não moveu um músculo.

– Esse é o esquadrão que você treinou para derrotar os heróis?

– Ninguém quer uma guerra, Capitão – Hill gesticulou e tentou sorrir. – O povo só está cansado de viver no Velho Oeste.

– Heróis mascarados fazem parte da história deste país.

– A varíola também – disse o agente com feições cruéis. – Agora cresça, ok? Ninguém está dizendo que não vão poder fazer o trabalho de vocês – alertou Hill. – Só estamos querendo expandir os parâmetros, só isso.

– Já estava mais do que na hora de vocês se tornarem legítimos como o resto de nós – Bigode segurava o seu rifle apontado, o laser vermelho dançando pela estrela no peito do Capitão. – Soldado.

Capitão América deu um único passo na direção de Hill. Uma dúzia de agentes reagiu dando um passo à frente.

– Conheci seu avô, Hill. Sabia disso?

Ela não disse nada.

– A unidade dele teve baixa de oitenta por cento na Batalha do Bulge. Eles recuaram pelo Canal da Mancha, isolados, sem suprimentos. O clima era cruel: tempestades violentas, nevascas em que não se conseguia ver nada à frente, temperaturas abaixo de zero. Um homem sangrou até a morte; outro morreu impedindo que uma Divisão Panzer atravessasse o rio. O Cabo Francis Hill conseguiu manter seu último companheiro vivo. Quando os encontramos, estavam famintos e sofrendo por causa da severa exposição às intempéries. Mas ele se manteve firme contra os alemães e salvou a vida de pelo menos um homem.

Hill apenas o encarava.

– Alguma vez, ele lhe contou essa história, Diretora Hill?

– Um monte de vezes.

– Ele foi um dos muitos heróis verdadeiros que conheci naquela guerra – lentamente, o

Capitão se virou e se dirigiu ao círculo de agentes da S.H.I.E.L.D. – Abaixem as armas, rapazes.

– O Capitão América – avisou Hill devagar –, não está no comando aqui.

– Fury não iria...

– não mencione o nome do Nick, você sabe o que ele faria.

– eu sei que vocês tinham uma história. – por um segundo ele pôde ver tristeza nos olhos de Hill. – mas não faça isso pensando que seria o que ele faria.

Ela deu um passo à frente, dentes trincados de raiva.

– A guerra era deles – sussurrou ela. – Não minha.

– Abaixem. As. Armas – repetiu Capitão. – Ou eu não me responsabilizo pelo que vai acontecer aqui.

– Tranquilizantes a postos. Preparem -se.

– Isso é loucura, Hill.

– Existe uma solução mais fácil.

– Maldita seja você por isso.

– Maldito seja você por me obrigar a fazer is…

Capitão levantou e estendeu o braço, batendo com o escudo no rifle do agente no momento em que ele puxava o gatilho. Saltou, deu uma cambalhota no ar e agarrou o pescoço do segundo homem, torcendo o suficiente para que ele apenas desmaiasse. O homem soltou um grito abafado.

– Tranquilizantes! – gritou Hill. – AGORA!

Capitão agarrou o terceiro agente pelo colete à prova de balas e o levantou no ar. O bombardeio de cápsulas tranquilizantes atingiu em cheio o agente, protegendo o Capitão num momento crucial. Em seguida, ele jogou o agente em cima de seus agressores e saiu correndo.

– Vão atrás dele! Vão!

Por mais que tentassem, não conseguiram, ele subiu a borde de um P-40, uma relíquia, assim como ele. E sumiu.

~*~

– Hella...

– querido Tio! – disse – pensei que iria para outro lugar... ah, é mesmo, foi morto por seu pai – ela falou e levantou do trono de ossos podres.

– eu tenho que voltar, Hella.

– todos tem que voltar – ela disse descendo as escadas, metade de seu corpo era lindo, o outro era carne putrefata e malcheirosa. – família, amores, amigos, missões, dinheiro... – listou.

– eu tenho que voltar por honra. – disse.

– hmm, essa é novidade, não seria por seus amigos, nem a humana Jane Foster, ou a humana que protege... Alison... não é mesmo? – perguntou.

– Hella... eu faço um trato. O que você quiser, mas deixe-me voltar.

– um trato... agora está ficando interessante – ela disse e a metade bela dela deu um sorriso.

– você escolhe o trato, mas uma vez cumprido, eu poderei sair daqui.

– hmm... tem certeza disso, Filho de Odin?

– sim. Pela minha honra.

– então... você polirá o seu caixão de ouro puro, e preparará o seu banquete. Chamará todo o exército dos mortos para vir e dominará meu dragão de estimação.

– seu dragão...

– sim, Thor. E apenas depois de fazer tudo isso, e se tiver êxito, poderá sair de Hel.... mas, se as almas dos vivos junto com as almas dos mortos suplicarem por sua morte, e sua alma cair... ela pertencerá a mim, por toda a eternidade.

– sim...

– pode começar...


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Notas finais do capítulo

hehe! to falando... ;-;
então.
COMENTEM!



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