Era Uma Vez... #paralisada escrita por Luhluzinha


Capítulo 2
Capitulo 1 - Em uma terra tão, tão distante.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Para não perder a empolgação, aqui estamos nós! Espero que gostem, os capítulos serão curtos e mais frequentes. Assim espero eu! hahaha! Enjoy!



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Capitulo 1

Isabella se sobressaltou com o trovão. Não era possível que estivesse ocorrendo uma tempestade. Ela tinha acabado de ver um céu estrelado. Se levantou e saiu ainda com o livro em mãos e encarou incrédula porta afora.

Parecia que uma tempestade forte havia chegado em um piscar de olhos e pegado todos de surpresa. Ela mal podia enxergar dois palmos a sua frente. Saiu em direção a festa; talvez precisassem de ajuda, alguém estivesse ferido ou então os animais estivessem agitados demais e pudessem se machucar.

Seus pés afundaram na grama encharcada. Xingou por estragar seus sapatos novos, mas mesmo assim continuou. Depois de um tempo percebeu que estava completamente perdida. Aquele lugar não se parecia com o Aras em absolutamente nada. Encontrou uma estrada de terra que não existia em nenhuma área do local onde vivia.

A chuva não dava trégua alguma. Isabella estava ensopada e com muito frio. Seu corpo chacoalhava incontrolavelmente assim como seus dentes se chocavam uns contra os outros sem alguma permissão.

Abraçada ao livro teve vontade de gritar de ódio. Como ela poderia ter se perdido em um local que conhecia como a palma de sua mão?

A chuva foi cedendo lentamente e Isabella pode começar a enxergar a sua volta quando ela se tornou um leve chuvisco.

Que lugar era esse?

Definitivamente não estava no Haras. E em nenhuma fazenda das redondezas; porque conhecia todas. E não poderia ter andado tanto em menos de cinco minutos.

Ao longe da estrada de terra pode ver uma coisa negra se aproximando. Logo o ponto começou a tomar forma e dois cavalos apontaram puxando uma caixa preta imensa com rodas. Uma carruagem?

Isabella piscou várias vezes para ter certeza do que via era real ou estava embaçado pela chuva. Sem sombras de duvidas era uma carruagem.

Fez sinal com uma mão, e o cocheiro encharcado como ela, parecia ter as mesmas dúvidas se o que via era real.

– Boa tarde senhorita. O que aconteceu?

Boa tarde? Senhorita? Isabella franziu o cenho, era noite e ninguém mais falava senhorita. Será que teria andando muito mais tempo do que havia calculado? Impossível!

– Eu estou perdida! Poderia me informar onde estou?

Ele continuava com aquele olhar assustado.

– A senhorita foi assaltada? Tentaram algo? – o espanto aumentou em sua expressão – Céus! – bradou agora de certo apavorado com todas as letras, se virou para a carruagem e abriu uma janelinha que tinha atrás de sua cabeça – Lady Cullen, temos uma jovem ferida e assaltada na estrada!

Isabella semicerrou os olhos tentando entender. Olhou a sua volta e não encontrou nenhuma jovem ferida e assaltada; a não ser é claro que se ele referisse a ela, ai ele estaria falando de uma jovem que bebeu mais do que devia e se perdeu em meio a tempestade.

Pode escutar uma voz fina e assustada dentro da carruagem e prontamente o cocheiro desceu.

– A senhorita está na propriedade do Duque. Estará segura agora, Lady Cullen pede para que entre na carruagem que a levaremos para um médico e te ajudaremos a voltar para a casa.

Isabella sorriu cética. Desde quando ela tinha cara de idiota? Patética com certeza, mas burra jamais.

– Me desculpe. Eu não vou entrar nessa carruagem. Pedi apenas uma informação e já tenho o que preciso. Como faço para encontrar o Duque?

– Lady Cullen é irmã do Duque, podemos levar-te até ele se desejar, mas senhorita, não pode ficar aqui sozinha ao relento e com suas vestes rasgadas.

Isabella olhou para a sua roupa em choque. Ela teria se enroscado em algum arame farpado? Olhou todos os detalhes. Sua roupa permanecia intacta, apenas estava molhada como todo o resto.

Ia protestar que não havia nada de errado com ela quando a porta da carruagem se abriu. A jovem moça que apareceu figurava aquelas mocinhas dos livros que Isabella havia lido em toda a sua adolescência e que ainda lia escondido vez ou outra. Os romances épicos que herdou de sua tia Nora. Os cabelos presos em um coque o vestido de época com todos os adereços necessários, a maquiagem de uma dama da alta sociedade que a deixava doce e angelical como uma pintura de Da Vinci.

– Santo Cristo! – disse assustada agora notando também a roupa do cocheiro.

– Senhorita – disse a jovenzinha da carruagem que poderia não passar de 17 anos – está sob minha proteção agora, meu irmão, Duque de Devonshire, jamais permitiria que algo terrível e humilhante te acontecesse novamente. Vamos comigo, eu insisto. Sou Lady Alice Cullen.

Observou o cocheiro e a moça na carruagem. Impossível. Eles deveriam estar indo a alguma festa a fantasia.

– Me desculpe, é que seu nome, vocês não me fazem sentido algum! Apenas preciso saber como voltar pra casa. – se é que existia essa possibilidade. Pela expressão que apareceu no rosto das duas figuras a sua frente, começou a desconfiar que estava era muito, muito, muito longe de casa, ou então em algum coma alcoólico.

– Senhorita, você esta longe por demasia do vilarejo. O lugar mais próximo que poderá se abrigar por hora será a minha casa. Não pretendemos te fazer algum mal, apenas queremos ajudar. – ela estendeu a mão que estava coberta por uma luva. Uma luva! – Venha!

Isabella a olhou por um tempo indeterminado para aquela mão estendida; algo naquela menina a fazia confiar em suas palavras. Não que não acreditasse que entrar naquela carruagem era seu atestado de loucura, mas ficar ali no meio do nada também a fazia digna de um hospício. Cedeu relutante. Estava com frio, com medo e principalmente com uma imensa vontade de ir para casa. E não estava realmente levando a serio a história do vilarejo.

Dentro da carruagem, sentada o mais encolhida que pode, ela pôs o livro sob suas pernas. Lady Alice, como havia se identificado, estava curiosa e ao mesmo tempo envergonhada pelo excesso de pele que Isabella exibia.

– Qual o seu nome?

Isabella a encarou.

– Isabella Swan.

– O que aconteceu com a senhorita?

Isabella suspirou.

– Eu me perdi. Não consigo me localizar de forma alguma. Pode me dizer onde realmente estamos?

– Estamos no Ducado de Devonshire.

– Isso seria...? – incentivou Isabella.

– Seria Inglaterra, 1792, um sábado chuvoso do quarto dia de Agosto. Chuvas de verão são terríveis nessa época. – Alice respondeu sorrindo.

Isabella continuou a fitando esperando que ela desmentisse aquelas palavras. Ela permaneceu muda. Ducado de Devonshire, Inglaterra, 1792. Onde estava o sentido dessa frase?

– Okay. – disse Isabella.

– O que seria okay? – perguntou Alice intrigada.

– Tudo bem, obrigada. – respondeu rapidamente querendo cortar os pulsos.

Olhou o livro novamente, ele estava um pouco húmido. Abriu.

As páginas além do prefacio estavam todas em branco. Um desespero foi atingindo Isabella em cheio. Como assim o livro estava em branco? Porque a única coisa escrita era aquele prefácio maluco?

– Isso é uma espécie de diário, senhorita Swan? – Alice ignorou o fato de que Isabella passava as folhas compulsivamente como uma insana.

Parou em frente ao prefacio.

Era uma vez, só está começando

Que sua razão entenda que não está alucinando.

Olhou para Alice.

– Digamos que seja mais um teste de sanidade. – disse tentando se convencer. – Tem certeza que estamos em 1792?

– Absoluta!

– Okay! – repetiu voltando a encarar o livro em branco.

– Okay! – imitou Alice que havia gostado do novo vocabulário.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Deixem seus comentários para eu saber! Vamos lá XUXUS! XOXO :*