Era Uma Vez... #paralisada escrita por Luhluzinha


Capítulo 14
Capitulo 13 – O Duque, O Capitão e a Donzela


Notas iniciais do capítulo

HOHOHO! FELIZ NATAL!
Eu consegui fazer um capitulo para voces! Yay! Esse é o meu presente e natal! Espero que esteja ao agrado! Quem comentou no capitulo anterior, recebeu alguns spoilers referentes a esse capitulo e ao proximo que graças ao bom Deus, já esta na metade!
Obrigada pela atenção, carinho e consideração de voces!
Aproveitem o capitulo! Nos falamos no final! :)



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Capitulo 13 – O Duque, O Capitão e a Donzela

O chacoalhar da carruagem não a incomodava realmente, o que gerava seu desconforto eram que as coisas tinham saído rapidamente do controle com sua ausência. Temporada de caça era algo simples e rustico, não tinha tantos imprevistos a se contar.

Dobrou novamente a carta e abriu pequena cortina de veludo avistando a Mansão de Devonshire.

Margot não era uma pessoa amarga, apesar de ter decidido adotar o luto para sempre, o preto não era apenas uma cor, era a cor. Se sentia bem vestindo negro e de alguma forma aquela postura a trazia mais propriedade e segurança. Ninguém ousava a bater de frente com ela. Fosse o Duque ou qualquer um, sua palavra era respeitada.

Desceu. Tinha um corredor de empregados a esperando. Ela era a governanta daquele lugar antes mesmo que o Duque Carlisle se casar. Fazia 30 anos que a Mansão de Devonshire era sua casa e seu dever.

– Fico feliz por ter voltado.

Encarou Albert e sorriu.

– Eu já não. Pensei que poderia ter umas férias.

– Alguns imprevistos ocorreram. – ele sorriu de volta e abriu a porta o escritório privado, seu gabinete – Podemos conversar?

Os outros funcionários já tinham recolhido a sua bagagem e se movimentavam rapidamente querendo mostrar serviço. A cozinheira Nancy soltava ordens afobadas pela cozinha.

– É por isso que voltei antes do previsto não é mesmo?

Entraram no escritório da ala dos funcionários. Ele se sentou atrás de sua pequena escrivaninha e ela a sua frente.

– Me sinto um menino com esse olhar desaprovador. – resmungou.

– Eu sou a governanta, e Albert Hanz o administrador e mordomo de alto escalão. Como é que poderia precisar de ajuda?

Albert riu prevendo qual seria a expressão na face de Margot quando soubesse.

– Temos mais convidados que estavam nos planos. Deveria eu dizer convidadas. O Conde trouxe a nova esposa que pensa que pode mandar nesta mansão como se fosse sua própria casa. O senhor James trouxe a irmã que aparentemente tem planos para o Duque. – essas informações deixou Margot um tanto perplexa – mas talvez eu deva ainda concluir a lista. – sorriu vendo que sua companheira de trabalho tentava se recompor.

– Ainda tem mais desastres? – perguntou assustada.

– Não colocaria como um desastre, mas Lady Alice resgatou uma jovem perdida em meio a tempestade. A senhorita Swan não deveria ser um problema, entretanto seu comportamento peculiar e rustico tem causado desconforto emocional ao Duque.

– O que quer dizer com desconforto emocional? – Margot questionou confusa e Albert gargalhou.

– Ela tem sido capaz de conquistar a afeição de todos os convidados, em especial o Capitão, e isso tem causado ao Duque certo incomodo.

– Oh! – soltou Margot assustada – Ele esta interessado romanticamente na jovem?

– Ele nega. Mas é o que suas atitudes dizem. O mau humor tem predominado a maior parte do tempo.

Margot assumiu um tom serio. Refletiu por uns instantes diante daqueles fatos.

– Mas essa jovem não é uma caça dotes, ou é? – perguntou rapidamente antes que o desespero aparecesse em sua expressão.

– Por isso que pedi que voltasse. Não penso que ela esteja atrás da fortuna do Duque, mas penso que seria bom sua presença para ela não se perca tão frequentemente. Senhorita Popy esta enlouquecendo.

Margot estreitou os olhos e Albert riu.

– Irá entender o que digo no exato momento em que conhece-la.

*^*

Isabella acordou. Abriu os olhos e encarou o teto que tinha algumas flores delicadas desenhadas como se fossem vitorias régias em um lago. Suspirou. Seu cabelo se espalhava sob o travesseiro e seu corpo estava um pouco dolorido. Então logo deduziu o porque: Aquelas danças eram realmente um exercício físico.

O baile.

Voltou a fechar os olhos ao se recordar dos acontecimentos trágicos daquela noite. Agora que estava mais lucida, podia perceber como o Capitão desfilou com ela por aquele salão a tratando como um troféu. Podia sentir a irritação crescer ao se lembrar daquele episódio da sacada com o Duque e por fim, uma indiferença amarga pelo o que viu na biblioteca.

O que qualquer um fazia ou deixava de fazer por ali, não era da sua conta.

Voltou encarar suas flores no teto.

A não ser quando aquilo a envolvia de alguma maneira.

Se sentou na cama. Se sentiu um pouco ridícula por ter sido obrigada a fugir do Duque durante todo o baile. Ele não conseguiu disfarçar o desespero em tentar encurrala-la em alguma sala vazia e comprar o seu silencio. Ele realmente deveria estar desesperado, e com motivo, já que não sabia nada sobre Isabella e não tinha ideia do que ela era capaz de fazer. E ao contrário do que Isabella pensou, a Condessa passou o resto do baile evitando-a.

Sorriu, ela tinha encontrado uma maneira de se livrar do seu pesadelo a luz do dia. E refletindo melhor agora, Aurora queria que ela tivesse visto o que viu na biblioteca. A boneca de porcelana tinha a enviado diretamente para um flagrante.

Por um instante sentiu pena de Aurora. Não deveria ser fácil ver algo do tipo para uma garota que nasceu e cresceu numa sociedade opressora e superficial, convenhamos que não tinha sido fácil nem para ela ver o que viu, então ver o Duque e a Condessa deve ter rendido a Aurora alguns sonhos partidos e encantos quebrados. A garota realmente idolatrava o Duque.

Popy entrou no quarto um pouco apressada.

– Bom dia Bella, estamos atrasadas. – a jovem amiga se moveu rapidamente pelo quarto pegando um vestido rosa claro no grande armário e deixando sob a poltrona – A governanta Margot chegou esta manhã. Ela é um tanto rígida sobre pontualidade – foi para o quarto de banho – Precisamos nos apressar para o café da manhã!

Isabella gemeu contrariada. Ela tinha planos de evitar qualquer contato social especificamente naquela manhã.

– Tem certeza que eu preciso fazer parte disso?

Popy retornou com um sorriso que poderia dizer muitas coisas.

– Oh, eu tenho certeza que gostaria de fazer parte disso.

Então Isabella desceu, um tanto contrariada e desconfiada. Tudo o que ela não queria era encontrar o Duque sozinha em um corredor.

Parte dela não tinha estomago para lidar com ele. Se havia algo que Isabella prezava eram os valores. Jamais em sua vida acharia adultério algo normal. Já a outra parte dela estava tão furiosa que era perigoso que dissesse algo indevido e fosse enxotada da mansão. E para seu desespero, ela ainda não tinha encontrado um jeito de voltar para a casa, por isso não podia dizer para o Duque o quão enjoada ele a deixava e principalmente o quão hipócrita ele era.

Ao entrar na sala do café da manhã encontrou todos ali. Alguns como Aurora e Willien tinham expressões desgostosas afirmando que preferiam ter ficado na cama. Já Alice era como um raio de sol da manha, estava iluminada. Evitou olhar para a Condessa, o Duque e o Capitão. Se sentou entre Robert e o Conde já que era o único lugar vago.

– Bom dia! – saudou um tanto desconcertada.

– Bom dia – se pronunciou Alice – Temos ótimas novidades, Margot esta de volta. Se lembra dela não é? Eu cheguei a comentar?

– Sim – se adiantou antes que Alice desenvolvesse um monologo – me falou.

– Excelente! Não vejo a hora de conhece-la. Eu adoraria saber a opinião dela ao seu respeito. Margot tem um senso de caráter inacreditável e tenho certeza que concordará comigo.

Isabella se remexeu inquieta. O que Alice queria dizer com aquilo? Ela estava duvidando de repente de suas intenções naquela casa? Por um intente se sentiu claustrofóbica. Queria ir embora imediatamente! De onde tinha vindo aquilo? Ela não viu chegar aquela sensação de desconforto que a invadia até o ultimo fio de cabelo. Era como se tivesse seus onze anos de novo, naquela sala do juizado de menores e ouvia aquelas pessoas decidindo que fazer com a sua vida. Ela não tinha para onde ir, ninguém a queria ali e não tinha ideia do que fazer. Seus músculos contraíram. Se sentia pequena e frágil que uma leve brisa poderia a transformar em cacos.

– Senhorita Swan, está tudo bem? Senhorita Swan! – a voz insistiu e ela levantou a cabeça – Está pálida. Céus, parece que está passando mal!

Olhou o Conde nos olhos. Nada saiu de sua boca. Ela queria vomitar, gritar e chorar. Será que ele acreditaria nela se contasse que era sobrinha de Nora Davis? A ajudaria? Como morria de ódio em depender das pessoas.

– Eu estou bem. – disse num sussurro percebendo que todos na mesa ainda estavam conversando distraídos. Exceto o Duque que a analisava. Respirou fundo – Não se preocupe.

– Não me parece bem. – olhou para as mãos dela que seguravam fortemente a faca de mesa. Soltou imediatamente o objeto um tanto constrangida.

Foi então em que sua visão periférica apareceu Ben Bennett. Ele estava do lado de fora e fazia sinais com a mão. Ela não podia ver muito bem com a janela entre aberta e a cortina balançando, mas sabia que todo aquele alvoroço era para ela. Tentou se inclinar para traz em busca de uma visão melhor. Não conseguia entender o que ele queria dizer. Franziu o cenho se esforçando naquele louco jogo de mimica; deveria ter participado de uma das dinâmicas de Alice, talvez ela entenderia agora o que Bennett tentava dizer. Foi se afastando mais e mais até o Conde segurou a sua cadeira de supetão.

– Senhorita Swan pretendia cair de costas no chão? – seus batimentos cardíacos aumentaram, ela quase tinha passado uma imensa vergonha. Iria ser uma cena linda e memorável ela caindo de pernas pra cima e mostrando muito mais que as penas. O Duque teria uma sincope de falso moralismo.

Agora todo mundo finalmente prestava atenção no que ocorria naquele canto distante da mesa.

– Eu acho que – olhou de novo para o Bennett – eu acho que não estou me sentindo mesmo bem. Vou tomar um ar. – se levantou.

– Então não deveria ir sozinha! – rebateu o Conde.

– Eu a acompanho! – O Capitão e o Duque disseram juntos ficando de pé ao mesmo instante. Ambos se encararam friamente.

As pessoas sentados a mesa observaram os cavalheiros e então Isabella. O olhar de Alice foi o que mais preocupou a veterinária.

– Okay – interrompeu o silencio constrangedor – Eu não sou boa com mentiras então vamos lá. Ben Bennett esta balançando os braços como um louco do lado de fora, acho que ele quer falar alguma coisa comigo, não estou passando mal de verdade, não preciso de companhia.

O Conde que ainda tinha as sobrancelhas arqueadas se virou para a janela a tempo de ver Bennett assinalar mais uma vez.

Quem esta parindo? – ele perguntou confuso. Isabella teve a certeza finalmente que deveria ter participado das dinâmicas.

Dália Negra. – dessa vez foi Isabella e o Duque que disseram juntos.

Isabella disse porque sabia que o feto estava para nascer e o Duque porque nada acontecia em seu ducado que ele não viesse a saber.

– Faz tempo? – ela questionou o Duque violando sua decisão de evita-lo.

– Começou essa madrugada, já era para ter nascido.

Foi então que Isabella entendeu.

– Se tivesse nascido, Ben Bennett não estaria fazendo mimica do lado de fora.

E então saiu as pressas do café da manha deixando todos sem entender absolutamente nada. O Duque fez menção de seguir.

– Edward – a voz de Emmett o fez parar – Acho que precisamos conversar.

O Conde limpou a garganta tentando se focar no prato a sua frente, Robert e Willien tomaram um gole de seu café trocando olhares, Tânia ainda assustada pela possibilidade de voltar a sarjeta entrelaçou seus dedos no do marido, Kate e Aurora fingiram ignorar o ar ficar rarefeito e apenas Alice encarava os dois amigos. Ela engoliu seco ao mesmo tempo que as palavras de Aurora que foram muito bem guardadas voltavam borbulhantes em sua mente.

– Seu comportamento é cativante, nada que já tenha visto antes. Mas sinto que há algo errado. É como se as peças não se encaixassem. Como ela poderia perder a memória e ainda saber tantas coisas? Não tem ferimento algum na cabeça. Não tem modos algum. Como não ouviu falar de nenhuma família tradicional? É inteligente demais para ser tão alienada.

– ...talvez encontra-la na estrada não foi uma mera coincidência. Ela planejou isso porque tem alguma intenção.

– O que sabe realmente sobre a senhorita Swan? O que sabe sobre ela que te garanta que é apenas uma jovem indefesa? Alice, a senhorita Swan não é uma flor, ela é um espinho.

– Qualquer um pode ser excelente Alice. Ou não acha estranho que tenha tantas qualidades? Principalmente, de repente, Edward que não a queria por aqui, está agora neste momento fazendo um passeio a cavalo com ela.

...Ou então agora dois melhores amigos que nunca brigaram, estão se olhando como inimigos mortais. Concluiu em pensamentos.

Sentiu uma pequena vertigem. Ela teria colocando dentro de sua casa uma pessoa capaz de destruir seu irmão? Não, ela não poderia ter sido tão tola. Mas esse fosse o caso; Margot estava de volta e qualquer erro cometido seria concertado.

– Talvez depois. – assinalou o seu irmão se retirando pelo mesmo lugar que Isabella havia ido. O capitão respirou fundo, declarou um “Com licença” e seguiu o Duque.

Alice voltou a respirar, nem mesmo tinha percebido que tinha parado.

– Bem, essas amoras estão adoráveis! – exclamou Willien.

Alice sorriu fracamente.

– Bem, pelo menos alguma coisa esta adorável neste café da manha.

*^*

– O que há de errado com você? – exigiu o Capitão seguindo o Duque pela propriedade.

– Pelo o nosso bem, não me venha com crises de autoconfiança! Eu não estou interessado em sua conquista.

– Não é o que me parece. Ontem, perseguiu a senhorita Swan pelo baile. Se esquivou de todos nós. Tem agido estranho faz um tempo, mas depois de sua atitude esta manhã estou convencido de que há algo errado.

O Duque parou e encarou o amigo.

– Não é nada de errado comigo. O problema, é que a senhorita Swan viu o que não deveria ver.

– O que quer dizer? – Emmett ficou confuso, estava tão certo e pronto para brigar por sua donzela, mas foi desarmado.

Edward enroscou os dedos nos cabelos, dando a eles um ar bagunçado e sexy. Engoliu seco e com os olhos amedrontado encarou novamente o amigo.

– Ontem eu cometi um erro. Permiti que Tânia se aproximasse muito mais do que deveria. – respirou fundo e um tanto torturado – Nos beijamos e a Senhorita Swan nos flagrou como se estivesse esperando por isso. – Emmett arregalou os olhos – Ela simplesmente sabe meu maior segredo. Se resolver abrir a boca ou dar qualquer indireta sobre o assunto, Alice logo entenderá o que aconteceu naquele ano em que eu abandonei a Oxford.

Emmett suspirou.

– A senhorita Swan não me parece alguém que...

– É esse o problema! – rosnou furioso – Não há uma certeza! Não a conhecemos, não sabemos absolutamente nada sobre ela. Não sei até que ponto posso confiar. Estou disposto a pagar o quanto ela quiser para manter essa informação trancada a sete chaves.

– Woa! Calma ai! – interviu Emmett agora vendo realmente o desespero do amigo – Não vá correr o risco de ofende-la! Pode ser pior, uma conversa amigável talvez seria melhor. Vamos fazer assim – disse se adiantando antes de Edward o interromper – eu converso com ela.

Edward negou contrariado.

– Ela..

– Ela irá me ouvir. Quando eu te desapontei?

Edward se calou.

– Tudo bem – se rendeu a lucidez do amigo – Mas eu também tenho direito a trocar algumas palavras com ela sobre o assunto.

– Então planeje muito bem essas palavras, que és tão áspero as vezes que poderá dar um tiro no pé e ficar parceiro do Conde.

Edward se obrigou a sorrir se sentindo um pouco mais aliviado com aquele peso diminuído.

– Já sou, compartilhamos a mesma mulher.

Emmett rolou os olhos.

– Cale esta maldita boca. Esse tipo de piada sou eu quem faz.

Os dois riram e então se viraram para o estabulo.

– Que diabos será que ela está fazendo? – Emmett tornou a falar

– Provavelmente alguma coisa chocante. – Edward respondeu com um sorriso, de repente confortado com aquela familiaridade sobre Isabella Swan. Como se fosse um fio de esperança sobre ela, que ele a conhecesse de alguma maneira.

*^*

Isabella entrou no estabulo como um furacão.

– Graças ao bom Deus que entendeu o meu recado!

– Não poderia ter mandado um bilhete? Ou a Popy? Sabe quão idiota eu tive que me fazer para entender o que queria dizer? – se aproximou da égua que estava deitada e ofegante – Sinceramente, depois desse desastroso café da manhã eu nem sei mais se não serei expulsa dessa casa.- se agachou em frente ao animal. – Quantas horas ela esta assim?

– Umas oito horas. Ela já pariu outras vezes, não demorou nem 4 horas. Eu sinto que esta muito fraca, ela está exausta Senhorita Swan!

Isabella fez uma análise superficial do animal. Dalia Negra estava provavelmente em pré-eclâmpsia. Precisava atuar rapidamente. Contornou o animal e respirando fundo fez um toque vaginal. Os olhos de Bennett praticamente quase saltaram de orbita.

– Retenha seu nojinho. – disse com um sorriso – Isso que estou fazendo é uma evolução na medicina. – retirou o braço de dentro da égua – Pega agua para eu me lavar. O potro esta virado ao contrario. Preciso pensar.

Bennett se recuperou rapidamente de seu choque e trouxe um balde de agua. Enquanto ela se lavava o Duque e o Capitão entraram no estábulo.

– Ben – ela disse – vou precisar de ajuda.

– Com o que? – questionou o Duque.

– O potro esta ao contrário, Dália está tento um maior gasto cardíaco do que deveria. Ela não vai suportar por muito tempo. Precisamos virar o filhote e induzir o parto o mais rapito possível. – pegou algumas cordas ao seu alcance – Voces podem ajudar.

– Tem ideia do que esta fazendo? – O capitão perguntou preocupado.

– Talvez isso que a única coisa que eu saiba fazer. – sorriu – Nada de bordar, pintar, debates, dinâmicas – deu uma olhada nos dois que pareciam um pouco desconfortáveis com a sua insinuação – Eu não sou uma mulher do tipo que estão acostumados.

Ela tentou imobilizar a égua o máximo que pode. Não queria levar um coice gratuito, mesmo que o animal fizesse sem a intenção de feri-la.

Isabella entrou no modo negócios. Aquele jeito mandão que só ela sabia ter. E dando uma ordem atrás da outra, as quais nenhum homem soube como recusar, logo o potrinho nascia e Isabella se sentia mais viva como nunca, como se estivesse de volta depois de tanto tempo presa e assustada com tudo ao seu redor. Sobre aquilo ela tinha controle, naquilo ela era boa.

O pequeno animal tentou ficar de pé sobre as próprias pernas, mas então caiu. Fez um ruído em busca da segurança que a mãe poderia dar. Isabella o ajudou a se levantar novamente e ele caiu. Isabella fez o mesmo processo e ele tornou a cair. Insistiu mais uma vez e ele finalmente ficou de pé, mesmo com as pequenas pernas tremulas. Sorriu. Ela estava suada e suja. Tinha sangue e feno por sua roupa. Soltou as cordas da égua que encostou a cabeça na sua como se dissesse obrigada. Isabella se emocionou. O milagre da vida acontecia mais uma vez.

O Duque a observava um tanto abismado. Além de caráter, Isabella tinha um coração doce e generoso. Isso o deixou atordoado e perturbado. Ainda mais quando viu que Emmett se sentou ao lado dela e passou um de seus braços em torno de seus ombros e cochichou algo em seu ouvido. Ele tinha retirado o terno e levantado as mangas da camisa, assim como o Duque, para ajudar. Eles pareciam um casal quando ela sorriu e deu uma resposta que não pode ouvir. O potro parou a sua frente e caiu novamente. Edward esticou a mão para tocar o animal e ajudar que ele ficasse de pé assim como ela tinha feito.

– E eu pensando que viria apartar uma briga! – seus olhos se levantaram encontrando os de Willien que era um tanto debochado – E então encontro o duque, o capitão e a donzela fazendo o parto de uma égua.

– Tem um erro na sua lógica – disse Isabella fazendo que Edward voltasse seus olhos para ela – Não existe nenhuma donzela por aqui. – sorriu se afastando do cocho em que estavam.

Definitivamente não tem. Pensou Edward ainda inquieto enquanto Willien ria e Emmett ficava de pé. E isso não era algo ruim, percebeu. Ela não era uma donzela e ainda assim não deixava de ser respeitável. Voltou a fitar o potro. O que estava acontecendo com o Duque de Devonshire? Porque ele se sentia como se estivesse preso em uma sala vazia quando Isabella desaparecia de sua frente?

– Vejo que além de um baile andaram fazendo também algum intensivo de mal comportamento. – aquela voz Edward reconheceria por mil anos se ele pudesse viver tudo isso. Ficou de pé encarando Margot na porta de estabulo, Emmett com um sorriso sapeca e Isabella pálida como cera. – Creio que a Senhorita deve ser Isabella Swan. Estou encantada.

Edward poderia apostar que não estava encantada. Por isso sorriu.

– Querida Margot, não faça a Senhorita Swan chorar, não creio que temos lenços disponíveis por aqui. – ela então sorriu com a resposta de seu quase filho. Edward caminhou até ela.

– O que pensam que estão fazendo? Arruinaram a senhorita Swan, veja o estado de seu vestido!

– Está mais para a Senhorita Swan arruinou estes cavalheiros. Ela está mais limpa do que eles! – acusou Willien se divertindo com a situação e sabendo que sua resposta tinha uma doce e suave ambiguidade.

Edward se obrigou a sorrir.

– Não provoque Willien. Ainda podemos te jogar no lago.

– Cavalheiros! – Margot ralhou – Ben Bennett, ainda precisa dos serviços da Senhorita Swan? – o jovem se apressou a negar devido ao tom sarcástico da governata – Otimo! Senhorita Swan, poderia me acompanhar?

Isabella trocou um olhar aflito com o Duque, mas foi o capitão quem a confortou.

– Esta tudo bem. Margot não irá te devorar viva.

Isabella assentiu e saiu.

E então sobrou os três homens já que Ben Bennett havia ido para o cocho.

– Eu irei recolher minha insignificância. – murmurou Willien.

– Não precisa. – interpelou o Duque – Eu e Emmett já concluímos nossas divergências.

– Definitivamente sim! – o amigo confirmou sorridente.

Mas Edward não estava tão seguro disso. Tinha algo dentro dele que dizia que seu problema com Emmett estava apenas começando. Pegou seu terno e saiu. Seu humor estava oscilando muito frequentemente. Tinha momentos que decidia deixar todos esses sentimentos confusos de lado, que ela não iria delata-lo e se Emmett decidisse realmente se casar com aquela jovem, seria um problema restrito de seu amigo. Mas então, tinha algo que o incomodava mais do que o fato dela delata-lo. Era o fato dela saber. Justamente ele que tinha sido um bastardo moralista com ela. Não era por ele ter sido pego, mas ter sido pego por ela naquela situação. Logico se fosse Alice as coisas seriam piores, mas ainda o incomodava muito que a Senhorita Swan tivesse visto o que viu. E além, a ideia de que ela se casasse com Emmett, não apenas incomodava porque nunca mais se livraria dela, e sim porque teria que aceitar que o amigo teria livre acesso a ela. A tocaria. Faria filhos nela. Poderia...

Edward brecou o pensamento assustado com o curso que estava tomando. Ele realmente estava aceitando aquele desafio proposto na sacada em que ela era iluminada pela lua? Ele estaria tratando de assumir o papel estupido de desejar que o coração que lhe foi negado; o pertencesse?

Subiu as escadas indo para seu quarto. Desde quando ele tinha lapso de inteligência? A senhorita Swan não era tão bela assim. Existiam jovens muito mais femininas e bonitas. Tinha a sua espera casamentos lucrativos quando a temporada de Londres começasse e as mães casamenteiras o colocasse em sua mira.

Mas nenhuma seria como ela. Pensou aturdido. Nenhuma faria meu sangue ferver como ela faz.

Fitou se reflexo no espelho, quem era aquele homem de verdade? Retirando todas as máscaras e o personagem quem havia interpretando; quem sobrava? E porque ele se perguntava essas coisas logo depois da chegada dela?

Havia algo ali que ele ainda não tinha encontrado. Talvez fosse isso que o atraísse tanto.

Se limpou e se trocou. E quando desceu para a biblioteca ainda não estava realmente recomposto. Era como se tivesse tido uma indigestão de seu café da manhã e que aparentemente estaria para piorar quando Alice entrou.

– Eu posso parecer inocente e ingênua, mas na verdade eu sei muito mais o que aparento. É melhor começar a se explicar.

*^*

Isabella quando saiu do café da manhã, pensou que seus problemas teriam ficado para traz. E quando por um instante sentiu dona de si mesmo, viu seu alivio desaparecer da mesma forma que veio.

Margot. A mulher que segundo a conversa que havia espionado com o Duque e o Mordomo Albert, era a indicada de lidar com ela. Ainda não tinha ideia do que isso significava, mas sabia que estava prestes a descobrir.

Ela trancou a porta do quarto e Isabella tentou ficar fora do caminho enquanto ela se movimentava entre o quarto e a sala de banho. Não disse uma palavra depois que se apresentou como a governanta responsável de manter 160 funcionários trabalhando, todas as lareiras limpas e acesas, a prataria polida, os lustres brilhando, os candelabros sempre prontos, as escadarias e tapeçarias limpas, cozinha e adega abastecida, e todos os incontáveis quartos vazios daquela mansão.

Quando aparentemente finalmente ela havia terminado o que quer que seja que fazia, Isabella ainda calada e muito mais curiosa do que antes, fitou Margot parar a sua frente. A mulher não parecia estar intimidada, ou não saber o que fazer como a maioria se portava perto dela.

– Bem – disse – seu banho está pronto.

– Obrigada. – agradeceu – Mas não precisava se incomodar, eu ou Popy faríamos isso.

Margot sorriu diante da coragem de Isabella. Normalmente qualquer outro estaria em ataque de pânico. Ela gostava de causar essa reação nas pessoas, mas gostava mais ainda daquelas que enfrentava o sentimento e não abaixavam a cabeça.

– Senhorita Swan, preciso esclarecer que estou de certa forma irritada por seu comportamento, mas não tão surpresa como pensei que ficaria.

Isabella franziu o cenho.

– O que quer dizer?

– Qual é sua relação com Nora Davis?

Seu o queixo de Isabella pudesse despencar, ele estaria no chão. Era como se o tempo tivesse parado por alguns instantes e tudo ficasse suspenso no ar.

Arfou tentando respirar.

Você... você... conheceu Nora Davis? Como... Como ? – balbuciou atônita.

– Eu estou nessa casa tempo demais, senhorita Swan. Agora, já que conhece Nora Davis, poderia explicar que diabos faz aqui e o que aconteceu com ela?

– Eu esperei por uns instantes que você pudesse me contar! – disse desesperada. Depois de todo aquele tempo alguém parecia falar a sua língua e então se voltava para ela com mais perguntas?

Margot franziu o cenho.

– Eu pensei que.. – suspirou – Bem, depois de tantos anos alguém do mesmo lugar que Nora reaparecer, pensei que já teria alguma resposta.

– Nora Davis era minha tia. – Explicou – Ela faleceu há dois anos. Eu sei muito pouco ou quase nada de como vim parar aqui. Só sei que minha tia tem alguma coisa a ver com isso. – ponderou o quanto poderia falar para a governanta, mas pelo visto ela era a única pessoa com quem poderia falar sobre o assunto e não a trataria como uma louca – Existe esse livro – se levantou e foi até a penteadeira e retirou seu único guia de como não ficar realmente maluca, da gaveta – A princípio estava em branco e então; aparece cartas de minha tia absolutamente do nada.

Margot fitou o objeto estendido para ela e então pegou. Abriu e se surpreendeu com o que leu.

17 de Agosto de 1792

Querida Margot.

Sei não podemos chamar o que tivemos de amizade. Seguramente me odiava. Mas sei que foi para mim a única pessoa que me disse verdades.

Aprendi com todos esses anos, que a verdade é a única coisa capaz de libertar as pessoas. Você me libertou. Me ensinou coisas que eu só fui capaz de aprender com você.

Depois de tanto tempo lidando com a minha escolha de felizes para sempre, eu conheci o real motivo para que tanto meu coração desejasse voltar: Isabella. Ela precisava de mim, muito mais do que qualquer outra pessoa. Eu tinha que estar lá por ela.

Parti muitos corações quando de repente encontrei o caminho de volta e carregarei comigo esta culpa; mas tudo isso era sobre o tempo. O tempo que gastamos sendo infelizes, fazendo coisas desnecessárias, odiando pessoas. O meu conto de fadas era sobre o tempo. Talvez não entenda o que quero dizer, mas eu tive que esperar muito para viver o meu grande amor.

Agora, se me permite, te faço um pedido: cuide desta jovem a sua frente. Ela tem muito o que aprender sobre o perdão.

De sua quase amiga que moveria o mundo por você;

Nora Davis.

P.S: Se posso compartilhar um aprendizado; nunca é tarde para amar.

Isabella observou a governanta tatear em busca de uma poltrona e se sentar. Ela parecia um tanto doente.

– Senhora Margot? – a mulher desviou os olhos do livro para ela.

– Então tudo aquilo era verdade?

– O que era tudo aquilo? – Perguntou ainda confusa.

A mulher riu atordoada e então disse.

– Eu e sua tia nos tolerávamos. Eu porque era meu serviço e ela porque não tinha outra saída. Quando o filho do Duque, Carlisle, a trouxe para Chatsworth...

– Chatsworth? – interrompeu.

– Sim, esse é o nome da mansão de Devonshire. – Isabella se obrigou a se sentar na cama, até a casa tinha um nome – Bem, quando ela foi trazida por Carlisle, o Duque não ficou feliz, mas também não contrariou o filho. Nora era... não tão diferente de você. – sorriu – Também tinha uma capacidade imensa de deixar o duque sem palavras.

– Eu não deixo Edw.. – se corrigiu – o duque sem palavras. Acredite se quiser, ele é quem tem me surpreendido.

– Se é o que diz. Mas eu conheci Nora e sei como a mente de ambas funciona. A única coisa que pensa é uma maneira de ir embora. De voltar para casa. – suspirou – Como disse, não éramos melhores amigas, ela fazia dos meus dias miseráveis. Nunca escutava meus conselhos e a culpa caia sobre mim. – Isabella se lembrou da reclamação de Popy e se sentiu culpada – Mas eu gostava dela. Então, por respeito a Nora, sejamos sinceras uma com a outra! Quer dizer que vieram do futuro?

Isabella sentiu seu coração palpitar muito mais rápido do que o normal. Seria possível? Seria possível que finalmente alguém que a ajudaria de verdade?

– Sim. Eu estava em um casamento quando uma tempestade começou e de repente quando eu saí para ajudar, eu estava aqui! Onde pessoas começaram a dizer que eu perdi a memoria, outros me chamaram de cortesã e outros de ladra. Onde tudo o que faço é recriminado e tudo o que encontro é problema. – suspirou cansada – Senhora Margot, se sabe um jeito que eu possa voltar para a casa, por favor me diga. Sabe como minha tia conseguiu voltar?

Margot fitou o livro em suas mãos.

– A parte da tempestade me é familiar. Nora também disse que de repente estava voltando para a universidade quando uma tempestade a pegou de surpresa e ela foi parar em Oxford. Mas como ela fez para voltar, penso que seja mais um grande mistério. – a governanta voltou a ler a carta mágica – A não ser..

...Parti muitos corações quando de repente encontrei o caminho de volta, e carregarei comigo esta culpa; mas tudo isso era sobre o tempo...

– A não ser... – Isabella se inclinou para frente.

– Que ela cumpriu a missão que teria. Penso que isso é como uma...

– Maldição. – Isabella completou em um sussurro. – Pode ser não é? – voltou a perguntar assustada – Não é magia, é maldição. As mulheres da família Davis são amaldiçoadas!

– Não era isso que tinha em mente. – falou Margot de maneira gentil percebendo o medo nos olhos da jovem – Penso que isso é como uma segunda chance.

– Quer dizer que minha tia me deu uma segunda chance? – perguntou cética.

– E porque não? Ela teve uma. Ela poderia ter ficado por aqui, mas ela escolheu suas responsabilidades. Escolheu voltar. Sabe, não é todos os dias que se tem a chance de ser uma duquesa.

Isabella permaneceu muda encarando a governanta esperando uma explicação.

– Apesar de ter sido uma imensa confusão por aqui, ela conquistou o coração do futuro duque e principalmente a benção do pai dele. Mas ela dizia tanto que precisava voltar, que não estava pronta para abrir mão de sua casa. E foi o que fez um dia; deixou apenas um bilhete para Carlisle e desapareceu. Penso eu que encontrou o que ela procurava por aqui.

– E o que eu tenho que procurar por aqui para conseguir ir embora?

– As vezes nós só sabemos o que procuramos quando o encontramos. – estendeu o livro para Isabella que o pegou um tanto aborrecida – acredito que não leu a carta que ela deixou para mim, leu?

Isabella franziu o cenho e abriu o livro se deparando com a carta escrita para Margot com a letra de sua tia.

– Ela voltou por mim? – disse com lagrimas nos olhos – E porque eu tenho que aprender sobre perdão?

Margot sorriu.

– Seu banho está esfriando – ficou de pé – Talvez, a senhorita não perdoou alguém.

Isabella engoliu seco. Ela sabia quem não havia perdoado e sabia também que seria impossível perdoar.

– Eu não posso fazer isso. – sussurrou fechando o livro.

– Eu a ajudarei. A única coisa que posso fazer é ajuda-la. Venha tomar um banho, precisamos te colocar no eixo.

E assim Margot passou a comandar cada movimento de Isabella, porque ela estava em choque demais para fazer qualquer coisa por si mesma.

*^*

– Vamos Edward. – Alice insistiu.

Edward jurava que era um pesadelo. Como ela havia percebido algo? Repassou todos os instantes do dia da chegada da Condessa até aquele momento. Nada. Absolutamente nada suspeito.

A não ser que a senhorita Swan houvesse dito algo.

– Eu não entendo o que quer eu diga.

– Então vamos esclarecer. – ela disse colocando a mão na cintura – O que está acontecendo entre você e a senhorita Swan?

Edward piscou um tanto confuso.

– Eu e a senhorita Swan? – perguntou retorico tentando ter a certeza que havia escutado corretamente.

– Não se faça de tolo. Por Deus! Me diga que eu não estava errada em traze-la para casa. Me diga que não fui uma ingênua! – se aproximou do irmão um tanto desesperada – Eu sei que sou impulsiva, mas me diga que a Bella ainda é uma boa pessoa!

Edward não se controlou mais e caiu em uma imensa crise de riso.

O alivio chegava ser palpável. A preocupação de Alice era que a senhorita Swan estivesse o seduzindo? Bem, ela poderia estar fazendo isso, mas não com a intenção. Tentou parar de rir, entretanto não conseguia. A irmã começou a se sentir incomodada.

– Agora me sinto a tola da história. Pare de rir de mim e me responda. – cruzou um braços e fez careta – Agora Edward.

Devido ao tom mal humorado da irmã, ele resolveu que já tinha rido o suficiente.

– De onde retira essas ideias Alice? Eu e a senhorita Swan?

– Do mesmo lugar em que nunca o vi trocar farpas e olhares perigosos com o Capitão. Vamos ser honestos meu irmão. Homens começam guerras, se tornam inimigos, destroem impérios por causa do amor de uma mulher. Então não esta interessado amorosamente pela Senhorita Swan, certo?

Edward respirou fundo e sorriu falsamente.

– Porque pensa que eu estaria? – porque ele se sentia tão nervoso?

– Porque ela é uma linda mulher e a única que não é capaz de controlar. – sorriu convencida.

– Emmett tem interesse nela Alice, não sou tolo ao ponto de magoar um amigo por uma mulher.

Ele se sentia uma fraude nesse instante porque era exatamente isso que o preocupava. Ele seria capaz de magoar Emmett?

– Ainda não me respondeu.

– Não Alice – mentiu – não estou interessado na senhorita Swan.

Ele sabia que iria pagar amargamente por essa mentira.

– E o que houve no café da manhã entre você e o Capitão?

Se sentindo tremulo, caminhou até a bandeja de bebidas.

– Outro assunto. E já foi resolvido.

– Sério? – ela parecia um pouco cética.

– Sim. Agora – ele se voltou para ela – Não tem que fazer sala para suas visitas?

Alice suspirou.

– Sim – se virou para sair, mas então se voltou para o irmão – Edward, deixe-me saber se algo mudar.

Ele assentiu. Tomou todo o conteúdo do cálice como se fosse um tônico de coragem. Não sabia porque estava decidido a fazer aquilo já que tinha concordado com Emmett que permitiria que ele falasse com a Senhorita Swan.

Quando Alice desapareceu, ele se esgueirou por sua própria casa. Aguardou no corredor da ala leste e quando Margot passou finalmente indo para a ala dos funcionários, ele teve a certeza de que ela estaria sozinha.

Quase desistiu, mas a vontade de confronta-la, esclarecer e ter a segurança que guardariam o segredo juntos, era muito maior. Por isso bateu na porta.

Isabella abriu.

– Duque? – perguntou desconfiada.

– Senhorita Swan. – ele saudou.

Ela fechou um pouco a porta; já sabia exatamente o que estava por vir e não queria enfrentar esse dialogo naquele momento, ainda estava um pouco abalada por sua conversa com Margot.

– Precisa de alguma coisa?

– Sim; precisamos conversar. Eu poderia entrar?

E todos os ávidos avisos de Popy vieram em sua mente, mas nenhum deles realmente fez efeito. Era como se diante daquele olhar ela não pudesse dizer não. Era a casa dele afinal, negar isso seria absurdo. Então um pouco relutante abriu a porta e ele entrou. Foi quando o quarto imenso ficou pequeninho tamanha era a presença dele naquele cômodo. Isabella se encolheu diante do seu olhar verde e perigoso. Era como se ele fosse feito de sol. Iluminava tudo e aquecia cada molécula de seu corpo.

A imagem dele beijando a Condessa invadiu a sua mente em fúria. Mas então ela olhou aquelas mãos e se perguntou como seria a sensação de estar sob o controle dele. Seu coração acelerou.

Céus, não era raiva que sentia, era inveja, desejo... paixão.

Era ciúmes.

Engoliu seco enquanto ele passava os olhos pelo ambiente. Isabella se encontrava em um momento frágil e indefeso, qualquer coisa que ele dissesse poderia parti-la em mil pedaços.

Ela tinha escorregado em uma armadilha.

Que Deus a ajudasse.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?
Acredito que as coisas estao para ficar melhores! :)

Obrigada DanielleMG pela recomendaçao, voce é uma fofa! *-*

Espero que estejam gostando.
A fanfic tem varias partes. Essa é a TEMPORADA DE CAÇA entao teremos a TEMPORADA DE LONDRES em que deixamos Devonshire e vamos para a capital. Na capital podemos esperar mais romance, muito mais romance! *-* e entao estou decidindo a proxima temporada, mas isso é segredo! hahaha

Comentem e romendem por favor, e se sentirem saudades de mim, podem ir no meu perfil e dar uma lida nas outras fanfics! :)
Bjo, bjo! Xoxo Xuxu's! :**