Era Uma Vez... #paralisada escrita por Luhluzinha


Capítulo 13
Capitulo 12 – Desmascarados


Notas iniciais do capítulo

Oi gatinhas! Queria agradecer os comentários; e dizer que não me odeiem neste final de capitulo! kkkkkk..
Aproveitem o máximo que puderem! :P



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Capitulo 12 – Desmascarados

Tentou fugir de Alice mais uma vez, entretanto depois dos conselhos de Popy, percebeu que teria que enfrentar.

– Se não tivesse desaparecido por tanto tempo poderíamos ter treinado mais cedo. – disse Alice fechando a porta da biblioteca e o som da música ficou mais abafado.

– Alice, qual parte da que te disse que não sei dançar não entendeu? – questionou frustrada.

– Impossível! Toda mulher que se preza tem que ao menos fingir que sabe. Vamos.

Alice se posicionou no meio da biblioteca, Isabella não se moveu.

– Vamos Bella! – insistiu impaciente – É capaz de montar uma égua como um cavaleiro, mas não é capaz de dançar? – debochou e então a Swan que já estava razoavelmente irritada e saturada de zombarias por aquela noite, se posicionou onde Alice indicava – Pois bem, seguimos o ritmo. O máximo que poderá tocar em seu parceiro são as mãos. – Alice suspirou – Essa é a empolgação dos bailes, os rapazes podem nos tocar as mãos! – deu uma risada divertida e ficou um pouco corada.

Isabella se permitiu relaxar e rir junto. Aquela aproximação era supostamente o máximo que uma moça de família chegaria supostamente de um rapaz antes do casamento.

– Agora vamos a contradança – disse voltando para seu modo professora – são oito passos principais que se repetem, e dependendo da música se invertem.

Alice começou a demonstrar e Isabella dificultosamente começou a repetir até que não demorou muito para pegar o jeito. Era fácil e de certo modo divertido.

– Isso! Isso! – Alice bateu palmas completamente empolgada – Agora vamos juntas!

E Isabella percebeu que esse tipo de dança era agradável de dançar. Não tinha tanto mistério como havia imaginado.

A porta da biblioteca se abriu e o Capitão McCartney e o Duque se depararam com as suas morrendo de rir sem um motivo aparente.

– Ora o que temos por aqui? – questionou o Capitão.

Isabella evitou olhar o duque e imediatamente ficou séria.

– A senhorita Swan aprendeu a dançar. – entregou Alice.

– Eu não..

– Então eu gostaria de ter a honra da próxima dança! – Emmett a cortou, e estendeu uma mão para ela.

– Esta noite o perdoarei por ser galante com minha convidada! – assinalou Alice sorrindo – Bella nasceu para este vestido, esta linda.

– Sou obrigado a concordar Lady Alice! – disse Emmett sem tirar os olhos de Isabella – Senhorita Swan?

Ele ainda tinha a mão estendida.

– Não sei se saberei dançar na frente de todos. – falou sincera.

– Poderíamos ensaiar! – Alice correu até o irmão e o puxou pela mão – Vamos.

Isabella aceitou a mão do Capitão e se posicionou ao lado de Alice que estava de frente para o Duque. Edward fitou Isabella, mas por nenhum momento ela desviou os olhos do Capitão e o encarou de volta. Teria ele cometido uma bobagem maior ao tentar desfazer a situação que havia criado?

Quando a dança começou, Isabella queria morrer de vergonha, mas logo em seguida controlava uma crise de risos.

– Qual é a graça Senhorita Swan? – O capitão perguntou divertido.

– É que nunca me imaginei fazendo algo assim na minha vida, se me dissessem há duas semanas que eu estaria frequentando bailes, provavelmente eu mandaria essa pessoa plantar batatas.

Eles se aproximaram devido aos passos e o sorriso que o capitão exibiu suas covinhas.

– Nunca se imaginou dançando? Penso que de onde vem é um tanto sem graça.

Isabella gargalhou.

– De onde eu venho é tudo, exceto sem graça. – suspirou – Por lá cada um tem direito de fazer o que quer da vida – rodopiou – não existem reais cobranças. Mulheres podem ir além de vilarejos sozinhas, casamentos não são arranjados, existe algo chamado cartão de crédito, - suas mãos tocaram a de Emmett – os transportes são mais rápidos e velas apenas para jantares românticos.

– Santo Deus! – exclamou Alice divertida – Isso é um conto de fadas, me leve para lá!

Isabella riu e pela primeira vez olhou o duque.

– Acredito que toda realidade seria um conto de fadas, exceto para quem a vive. – voltou seus olhos para o Capitão.

– Velas apenas para jantares românticos. O resto do tempo estão em completa escuridão? – inquiriu Emmett salientando suas covinhas.

– Não, de onde eu venho, os homens aprenderam a fazer mágica! – expandiu seu sorriso e Emmett gargalhou.

Era algo que apenas os dois entenderiam devido a conversa anterior que tiveram. Alice trocou um olhar suspeito com o irmão que nada disse. Ele de repente estava desgostoso por ver como Isabella fluía facilmente diante do amigo e dançava já sem temor algum quando guiada por ele.

A musica terminou. Alice adiantou todos para a próxima dança no salão.

Emmett continuou sendo seu par e Alice continuou com o irmão. A música era animada e Isabella se viu realmente se divertindo. Com o capitão, ela não tinha reservas e não tinha aquele pequeno problema de dedicar a ele a sua antipatia natural. Dançaram várias músicas. Ele a apresentou para o General Bitencourt, Brendon Carter o Major da marinha e Lady Seventon a viúva mais rica e cobiçada do condado.

Até que Alice a roubou para ela e apresentou as irmãs Pottercasts, Camile a mais velha, Leonora a do meio e Jane a mais nova.

Isabella sabia que no dia seguinte não se lembraria metade dos nomes, mas quem se importava mesmo? Provavelmente nunca mais iria vê-los.

O capitão voltou a roda de amigos, o Major e o General o cumprimentaram.

– Sinto que planeja algo, que jovem adorável. – assinalou o General.

– A senhorita Swan é dotada de imensa beleza. – Concordou o Major.

– Posso assegurar que não é feita apenas de beleza. – disse orgulhoso – A senhorita Swan é uma espécime peculiar.

Emmett a admirou do outro lado do salão. Ria de alguma coisa que Alice dizia.

Robert se aproximou da roda.

– Cavalheiros! – saudou – sinto que fazia séculos que não frequentava um baile tão repleto de belas jovens flores a desabrochar.

– Em Devonshire a primavera chegou mais cedo! – exclamou Major Brandon em concordância.

– Ora, não pode mais escolher Major, esta noivo da Senhorita Webber! – acusou o Capitão.

– Escutei algo sobre noivado? – disse Willien surgindo com um tom conspiratório – Fiquei sabendo que existe um certo capitão que esta a procura de casamento.

– Rá! – exclamou o General – Sabia que estava tramando algo. Já não era sem tempo, e não poderia escolher melhor.

– Nada foi escolhido. – resmungou Emmett – santo Deus, reclamamos das mulheres e seus mexericos, mas em esta roda elas perdem vergonhosamente.

Edward contornou o conjunto de cavalheiros. Tinha escutado o suficiente para não querer se aproximar, Emmett estaria ficando louco ou ele era quem havia enlouquecido por se incomodar com aquilo que provavelmente não terminaria em nada.

Precisava se afastar do salão. Abafar a música que passou a ser irritante. Aquelas pessoas não iriam embora nunca? Por onde quer que fosse havia comentários sobre a convidada de Alice. Por isso voltou a biblioteca e se serviu de uma bebida, sorveu sentindo se acalmar. De olhos fechados sua mente divagou até a imagem de Isabella iluminada pela lua.

O que seria impossível para um duque?

Riu sem humor; talvez ele não tinha pensado naquela possibilidade até o momento, mas se sentia incomodado que algo supostamente tão simples pudesse lhe ser negado.

– O meu coração!

O sorriso que ela exibiu antes de responder era capaz de iluminar o céu de estrelas. Soava como um desafio; desafio o qual ele não queria aceitar, entretanto estava inclinado a se sujeitar a aquele jogo que havia prometido fugir.

Porque se torturava com aquela ideia tola e sem motivo? Ele jamais conquistaria o coração de uma mulher novamente, ele não poderia fazer isso se não era capaz de ama-la ou assumi-la diante da sociedade.

A porta se abriu e por ela passou a Condessa.

– Estava me perguntado – disse ela em tom sereno tornando fechar a porta – quando este momento voltaria acontecer.

Ele suspirou e engoliu seco.

– Não sei a que se refere.

Ela sorriu; Tânia era linda, e tinha se tornado mais linda ainda depois que se casou já que não precisava mais se embriagar para enfrentar qualquer tipo de cliente que aparecesse.

– Nós dois em uma sala a sós. – disse com um sorriso doce.

Ele estava tentando evitar, sim, tinha tentado a todo custo, mas ali estavam eles, a sós.

– Se lembra quando nos conhecemos? – ela perguntou caminhando em direção as bebidas – Eu estava no cais comprando quilharias sem valor quando o navio atracou.

Edward de repente foi sugado por aquela memória. Era a primeira vez que tinha embarcado em uma viagem de verdade. Tom Flitz, o grande homem do mar, tinha dado aquela oportunidade. Havia rompido relações com seu pai por decidir abandonar a universidade e fugir para o oceano. Aquele pequeno navio tinha ficado meses distante da terra seca, tinha sido a experiência mais extraordinária de sua vida. Sem regras de etiqueta ou títulos de nobreza, sem obrigações ou ordens. Era apenas seguir o fluxo do vento, flutuar sobre as aguas, poderia ter ou não um destino; não faria diferença.

Quando atracou, ali ninguém o reconhecia. Não com aquelas roupas velhas e com barba por fazer. A primeira coisa que avistou, foi Tânia distraída escolhendo lenços. Ela era linda e doce. Então sem saber que ele era filho de um duque, Tânia o recebeu e por longos meses se tornou seu aprisco, até que a realidade bateu na porta com o falecimento de seu pai. Edward se viu obrigado sair de seu conto de fadas particular e se tornar Lorde Edward Cullen, Duque de Devonshire. Carregando nas costas o fato de que seu pai havia morrido e ele sequer tinha pedido perdão pela desfeita que havia feito.

Aliás, depois de viver mais de um ano exatamente tudo o que queria, como seria capaz de condenar a sua irmã a uma vida infernal? Ele já teria provado do seria, ela precisava descobrir o que gostaria de ser.

– Como eu poderia me esquecer? – disse – Sinto muito se não fui o que esperou de mim.

– Não o culpo. – ela disse provando de sua bebida – E também não te odeio por isso. Alice não poderia ficar sozinha, e eu sabia como me virar.

Edward suspirou e ficou de costas para ela. Não era bem assim, mulher alguma merecia ser abandonada a própria sorte, mas o fato era que ele não poderia ter ligação alguma com Tânia Dawson, caso isso ocorresse e alguém descobrisse, Alice estaria à mercê de falatórios e saberia quem ele realmente era.

Um homem completamente oposto que ela julgava conhecer, que preferia o mar a qualquer outra coisa neste mundo e que tinha como mulher uma cortesã do cais.

Uma mão se espalmou por suas costas.

Sinto saudades Edward.

Fechou seus olhos, ele não poderia deixar ser seduzido. A história tinha se findado há um bom tempo.

– E eu sinto muito. – se afastou caminhando para longe dela.

Tânia o fitou. O que restava de seu coração se partiu. Ainda o amava. O seu Edward marinheiro de riso fácil e alegre. Continuou esperando que ele desistisse e voltasse para os seus braços, mas ele apenas se virou com um olhar frio.

Não é mais o mesmo. Pensou aturdida. Mataram Edward Cullen.

Suspirou. Ela também não era mais a mesma, ambos tiveram que se moldar ao que a vida e a sociedade exigiram. Ele preso a um ducado e ela resgatada por um conde. Mesmo que a vida como Condessa fosse mortalmente tediosa, ela sabia que era também adoravelmente luxuosa e confortável.

Sorriu ao ver um traço de conflito interno atravessar o olhar do Duque. Ele havia acabado de destruir o que havia sobrado de um coração, então agora restava apenas um antigo jogo perigoso, de uma única partida e que ela sairia vencedora.

Isabella se perdeu pelo salão, até que se encontrou com Aurora no corredor. A garota tinha um olhar azul pálido, quase vítreo. Parecia em choque e um tanto sem vida.

– Aurora? – Isabella chamou e demorou um pouco para que a figura que poderia ser confundida com um fantasma se virar para ela – Aurora, está tudo bem?

Aurora piscou freneticamente como se quisesse focar o ambiente a sua volta.

– Sim. – respondeu num sussurro e então limpou a garganta – Sim.

– Não parece, você esta pálida.

– Apenas uma vertigem. – Isabella notou que mentia descaradamente, mas como Aurora não era da sua conta, deu de ombros.

– Tudo bem, viu Alice?

Aurora parecia agora impaciente, como se fosse dizer para Isabella ir procurar o que fazer e a deixasse em paz com tantas perguntas; mas então se virou totalmente para Isabella colocando aquele sorriso doce e falso no rosto.

– Eu a vi. Ela acabou de entrar na biblioteca, disse que precisava se sentar.

Isabella assentiu.

– Vou ver se ela esta bem.

– Isso! – disse Aurora animada – Isso! – um criado passou com uma bandeja de prata cheia de taças, Aurora agarrou uma rapidamente – Leve isso a ela. Alice adora espumantes.

Isabella pegou a taça um tanto desconfiada, e prudentemente caminhou para a biblioteca. Não podia de deixar de pensar no comportamento estranho de Aurora, mas não tinha muito o que fazer.

Abriu a porta da biblioteca e se deparou com uma cena um tanto chocante.

Apesar das máscaras, que eram totalmente descartáveis na intenção de proteger identidades, já que todo mundo sabia quem era quem naquele baile confuso, pôde reconhecer perfeitamente os dois protagonistas daquele escândalo.

Jamais passou por sua cabeça que um comportamento tão provinciano e modernista seria praticado tão abertamente naquele século. E principalmente, pelo homem que aparentemente era moralista até o ultimo fio de cabelo.

Ver o Duque e a Condessa aos beijos não deveria afetar Isabella como afetou, mas notar as mãos dele segurando firmemente os ombros da Condessa e a forma como ela se entregava a ele, deixou claro que não era um caso único e raro acometido pela quantidade absurda de álcool que as pessoas consumiam por ali.

Eles tinham um caso!

Aturdida Isabella deixou a taça cair de sua mão e se espatifar no chão. O barulho fez com que ambos se afastassem abruptamente e os olhos do Duque encontraram os de Isabella por milésimos de segundos.

Antes que qualquer um pudesse dizer qualquer coisa, Isabella fechou a porta violentamente e correu.

Não sabia porque aquela descoberta parecia ter sido um golpe em seu peito, afinal ela não tinha nenhum sentimento pelo Duque, e aquela palhaçada na sacada deveria ser algum jogo da época que não estava compelida a participar, então não tinha motivos reais para se sentir tão ferida.

Entrou em uma das galerias passando pelas pessoas sem se importar muito em ser educada, cruzou alguns corredores que a levaria para a área externa na parte posterior da mansão. Quando o vento fresco atingiu seu rosto, permitiu se acalmar e se encostar na parece ainda ofegante pelo percurso.

Sua mente de repente começou a se rebelar. Ele que tinha a julgado tanto, a chamado de prostituta. Condenado tudo o que ela tinha feito. Reclamado de seu comportamento. Acusado ela de ser imprópria. Ele que parecia caminhar como se tivesse um rei na barriga de tamanho moralismo e polidez. Que fazia comentários do tipo:

“Uma mulher que se preze sabe tocar um instrumento, pintar, bordar, dançar e ler livros não apenas de teor fictício, mas também cientifico. É adorável e polida. Sabe entrar e sair. Tem classe, etiqueta e fineza. Não envergonha seu marido, sabe a hora de falar e abaixar a cabeça.”

Naquele jantar ela tinha engolido seu orgulho que era três vezes maior que seu estomago para não dar a ele uma boa resposta aos parâmetros do que seria realmente uma boa mulher.

Ele.

Ele estava aos beijos com a esposa de um de seus convidados. Convidado que estava a algumas salas de distância e o tratava como um imenso respeito e consideração. Não que o Conde fosse a melhor pessoa do mundo e a mais divertida, mas certamente não merecia uma traição dessas.

Respirou fundo como se aquele ar puro pudesse desanuviar sua mente. Estava explicado o ódio que a Condessa nutria por ela; a via como uma concorrente, mas Isabella estava muito longe de querer algo com alguém como o Duque. Pelo menos era a sua promessa.

Uma coisa era certa, não importava o século. Os homens eram todos iguais.

E Isabella Swan os trataria como se deveria.


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Notas finais do capítulo

OMG! kkkkk.. okay, okay, o pior deste capitulo é que ele é o ultimo de 2015. Teremos o hiatus já avisado no capitulo anterior. Se caso eu puder escrever nas ferias para voces, eu aparecerei, mas creio que não é garantido! rsrs..
Comentem e recomendem o quanto puderem para me inspirarem e divulgar a fic!
Vou tentar voltar antes do programado, mas isso depende muitos fatores, mas prometo que irei tentar! rsrs!
Bjoss Xuxus!
Vou responder todos os comentarios e com spoilers pra quem pedir! kkkkk :P