Era Uma Vez... #paralisada escrita por Luhluzinha


Capítulo 12
Capitulo 11 – Máscarados


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoal? Preparados para mais um capitulo? hahaha Obrigada por acompanharem a história! :)



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Capitulo 11 – Máscarados

Na primeira oportunidade Isabella correu para o seu quarto. Sua tia tinha estado ali, tinha se apaixonado e tinha voltado para o mundo real.

Há quanto tempo Alice disse que seu pai havia morrido?

Duque Carlisle tinha morrido há dois anos de problemas no coração; e sua tia Nora havia morrido há dois anos de insuficiência cardíaca. Ambos teriam morrido de amor? Seus corações não haviam suportado?

Isabella praticamente enlouqueceu no quarto. Impossível aquilo ser verdade. O que sua tia tinha dito em seu leito de morte?

– Certifique-se de que tenha o amor. Toda história de amor não é necessariamente trágica, algumas vezes ela precisa terminar neste mundo para continuar em outro.

Isabella se sentou um tanto tremula. Ela estaria aqui para encontrar um amor? Ela não queria um amor. Onde estava o livro idiota?

Abriu o livro e ali, não tão surpreendentemente, tinha algo novo.

12 de Agosto de 1792

Era uma vez, acontece apenas uma vez.

Mas nada impede da história se repetir. Neste mundo e em outros, existem padrões. E está em cargo a você, escolher qual quer seguir. A magia do novo e do velho mundo jamais poderá se apagar. Algumas vezes para receber algo é necessário dar primeiro.

Existem três versões de você, a que você é, a que as pessoas veem e a que nem mesmo você conhece e volte meia te surpreende quando aparece.

É necessário cuidar de cada uma com zelo e prudência para não cair em erros grotescos.

Querida, talvez algumas descobertas possam te surpreender, mas saiba que o que está feito está feito e não deve se preocupar com o que se passou.

Cuidado com as pessoas que a cerca, e com os corações que pode cativar. Ficaria escandalizada se soubesse o que realmente é cultivado no coração de algumas pessoas. Intrigas, manipulações e artimanhas não pertencem ao modernismo, isso vem do próprio homem.

E lembre-se: Você é e sempre será encantadora e adorável, não importa o que te digam.

Com amor

Titia Nora.

Se sentiu furiosa. Aquilo era uma tentativa absurda de mudar a sua vida?

Fechou o livro e o trancou dentro da gaveta da penteadeira. Não queria vê-lo tão cedo.

Como sua tia ousava a mandar para aquele mundo ultrapassado? Ela era Isabella Swan, mais macho que muito homem, mais independente do que qualquer outro ser humano, tinha o coração mais forte que uma rocha e estava perfeitamente feliz. Ah sim, claro que estava feliz.

Se sentou inconformada. Essa historia de faz de contas, havia destruído a vida de sua tia Nora que passou o resto de sua existência amando e esperando alguém que no século XXI não passava de pó decomposto. E por mais fé que a tia poderia ter tido, o que realmente garantia que eles estariam juntos agora?

Ninguém sabe o que se tem depois da morte... e se tudo termina exatamente quando aquela molécula responsável pela vida, chamada oxigênio, para de circular por seu organismo?

Isabella estava tentando se convencer que tudo isso era um maldito sonho e que em qualquer instante iria despertar e rir histericamente do grau de insanidade que seu cérebro tinha alcançado.

Ou talvez ela tinha morrido e estava num limbo chamado “Teste de Sanidade” que determinaria se iria para o céu ou inferno. Porque magia não existia, mesmo que tenha tido a coragem de dizer uma coisa dessas para o Capitão McCartney; ela sabia que tinha sido infantilidade falar aquilo.

Magia não existia. Nem neste mundo e muito menos no outro.

Suspirou pesadamente e voltou para a penteadeira para pegar o livro se dando por vencida. Seu raciocínio logico não a convencia por muito tempo.

...nada impede da história se repetir. Neste mundo e em outros, existem padrões. E está em cargo a você, escolher qual quer seguir. A magia do novo e do velho mundo jamais poderá se apagar. Algumas vezes para receber algo é necessário dar primeiro.

Dar o que? Isabella não tinha nada a oferecer. As pessoas por ali eram que tinham coisas e não ela. Ela tinha apenas algumas moedas e nenhuma libra disponível.

E quanto a historia se repetir, Isabella estava muito segura de que não cometeria o mesmo erro da tia.

Não se apaixonaria pelo Duque de Devonshire.

Não mesmo.

Não se apaixonaria por ninguém!

E isso era uma promessa.

Isabella não tinha se dado conta da quantidade de empregados que havia na mansão de Devonshire; mas durante os preparativos para o baile ela pode começar a notar que não eram poucos.

O movimento que se instalou nos dias seguintes parecia que eram preparativos para a chegada do rei. Novos castiçais foram postos, muitos moveis trocados e lugares, o azeite dos lustres foram trocados, as escadarias limpas e polidas assim como as lareiras receberam seus cuidados e lenha nova. Pirâmides de taças de champanhe foram montadas. As portas duplas que ficavam entre salas das quais Isabella nunca tinha visto proposito foram abertas criando vários ambientes e explicando o motivo de existirem.

Do lado de fora da mansão, também existia movimento. As escadarias da entrada foram limpas com mais zelo do que o normal e decorada com arranjos. Pelo entorno do lago foram postas tochas assim como pelo caminho do bosque e os jardins teve a grama aparada e seus bancos limpos e decorados.

Ela nunca tinha visto tanta gente trabalhando sincronizada para um evento. Muitos cocheiros, lavadeiras, camareiras, empregadas, garçons, imediatos, jardineiros circulavam sem parar.

Isabella estava evitando o Conde e seu olhar especulador que apareceu depois que se deu conta da semelhança entre Isabella e sua tia Nora, assim como evitava o resto. E de resto seria principalmente Alice que não parava um segundo e já estava ao ponto de enlouquecer por falar tanto em musselinas. Por isso foi para o estabulo onde deu um encontrão em Ben Bennett.

– Senhorita Swan! – ele disse assustado – me perdoe!

– Não tem problemas. – disse achando o medo dele divertido. Como se fosse crime trombar sem querer nas pessoas.

– Precisa de algo?

– Teria uma maquina do tempo?

Ben Bennett riu.

– Pensei que a senhorita estaria ocupada se preparando para o baile.

– Ah – suspirou – Deixei os preparativos para Alice. Desde o momento que ela se sentou para fazer os convites, ela ainda não parou para respirar.

– A senhorita não gosta de bailes? - questionou surpreso.

– Nah.. – negou - Prefiro coisas mais fáceis.

Um jovem rapaz entrou. Isabella nunca o tinha visto antes. Tinha cabelos castanhos e olhos âmbar. Por um momento ele ficou constrangido em interromper.

– Sinto muito – disse abaixando a cabeça – pensei que não havia ninguém da casa.

Isabella riu e pegou uma escova na mão.

– Então está correto, não tem ninguém. – trocou um sorriso com Ben e caminhou para a égua cinza.

– Este é Jasper White, Senhorita Swan. Segundo cocheiro.

– E quem seria o primeiro? – Isabella perguntou divertida.

– O senhor Milles. – Ela estreitou os olhos tentando identificar a pessoa que Jasper teria se referido – Ele que transportava Lady Alice Cullen no dia em que a senhorita foi resgatada.

– Ah sim, sei quem é. – passou a sua escova na égua - Então a sua função seria?

– Cocheiro reserva. – ele disse com um sorriso.

– Era o que eu suspeitava.

Ben Bennett riu e disse.

– A senhorita Swan acredita que tudo em Devonshire é exagerado.

– E não é? – disse zombeteira.

Jasper riu e negou com a cabeça.

– Fui enviado pelo Senhor Albert para ajudar expandir o estabulo e armazenar os fenos que chegaram.

Bennet suspirou.

– Senhorita Swan, estou com sua opinião. – Isabella se virou para o amigo aprendiz – Detesto bailes!

Isabella gargalhou.

Uma figura pequena entrou desesperada no estabulo. Popy estava ofegante e corada.

– Santo Deus! Enfim te encontrei, poderia por favor, parar de fugir de mim?

Os dois jovens funcionários trocaram olhares confusos. Isabella rolou os olhos.

– Eu não estou fugindo, estou preservando a minha sanidade! – se virou emburrada para Popy – Eu não sou capaz de ficar horas esperando uma costureira fazer reajustes enquanto a condessa fala da minha ausência de atributos. Alice reclama das musselinas. Kate discute sobre a sua indecisão sobre amarelo ou azul. E Aurora me enche de perguntas.

– Não pode fugir para sempre! – insistiu a sua amiga professora – O baile começa em poucas horas. Precisa estar impecável.

– Engano seu. – reclamou voltando a escovar o animal dessa vez com mais intensidade – Eu não preciso estar impecável. Não tenho intensão nenhuma de ficar mais que 30 minutos.

– Porque insiste tanto em contrariar tudo o que digo? – Perguntou Popy tristemente – Me faz parecer uma completa incapaz. – Isabella parou de escovar o animal – Lady Alice está a sua espera. Já inventei milhões de desculpas, não tenho mais nenhuma.

Isabella suspirou e sei virou para Popy.

– Tudo bem. Por você. – deixou a escova de lado – E você Bennett, faça mais uma compressa no cavalo marrom, Willien realmente o machucou na ultima caçada.

Isabella saiu marchando irritada e Popy a seguiu logo atrás reclamando de seu comportamento improprio.

Que eu seja impropria. Não aguento mais essas etiquetas e regras! Resmungou internamente.

– E mais uma coisa – continuou Popy quando quase chegavam na mansão – Não é muito decoroso que passe a maior parte de seu tempo em um estabulo na companhia de Ben Bennett. Isso pode lhe causar um grave problema se começarem a falar.

– E falariam sobre o que? – disse Isabella parando e se voltando para ela – Eu não tenho feito mais do que seguir as suas malditas regras Popy.

– Não são as minhas malditas regras. – a empregada chiou – São as da sociedade. Ficar tao intima de um homem que não seja seu irmão, pai ou esposo é algo feio que poderia arruinar a reputação de uma mulher!

Isabella gargalhou diante da seriedade de Popy.

– Popy! – exclamou divertida – Que reputação? Me diga que reputação eu teria que preservar?

– Insiste em pensar que não tem reputação? Tudo bem, mas acredite mim, esta muito longe do fundo do poço. Sabemos que Ben Bennett é decente e respeitoso, mas nem todos o conhecem. Se começarem a falar, a colocarão em uma linha tão terrível que logo estará sendo a diversão de todos os homens da casa. Tão devassa que não perdoa sequer os empregados. E para que fique pior, denigrirão o nome da família Cullen. Não conhece a língua maldosa das pessoas senhorita Swan – Isabella piscou atordoada – Elas falam do que vem em sua mente. Seu imprevisto no vilarejo já não é a história inicial; falam que antes do Senhor Turner te encontrar, tentou comprar uma passagem para Londres e pagar com o próprio corpo.

Isabella arregalou os olhos e empalideceu diante daquela informação, Popy estava tão furiosa que sequer corou com a insinuação daquele fato.

– Eu não posso acreditar que...

– Disseram isso? – Popy negou tristemente com a cabeça – A maior novidade neste pequeno pedaço de chão é a senhorita! Eles estão ávidos por mexericos! Sei que é muito difícil se acomodar ao nosso jeito de viver a vida por aqui, mas sei que não é impossível.

Isabella suspirou, estava indignada, mas ao mesmo tempo se preocupou com a informação de que ela realmente tinha tentado partir dali as escondidas.

– Nem tudo é mentira Popy. – a empregada abriu a boca entretanto nenhuma palavra saiu dali tamanho foi a surpresa – Eu realmente tentei comprar uma passagem para Londres, - antes que Popy colocasse os olhos para fora de orbita Isabella completou - mas tinha dinheiro para pagar. Empenhorei meu bracelete.

– Então é verdade? Tentou partir naquela manhã? – levou as mãos aos lábios um tanto chocada – Como poderia partir sem dizer adeus?

Isabella olhou para mansão e então para Popy.

– Como eu poderia ficar em lugar que não sou bem vinda?

– Jamais! – negou Popy veementemente – Lady Alice lhe adora.

– Não é sobre ela a quem me refiro.

Popy piscou tentando entender.

– O Duque? – questionou incerta – Mas ele...

– Não tem feito mais que a obrigação que a irmã impôs! – decretou Isabella e Popy não teve como rebater – Eu preciso descobrir um jeito de voltar para a minha casa, mas ficando aqui, escutando fofocas, participando de bailes, e lidando com pessoas que não me diz a respeito não tem me ajudado em nada.

Popy suspirou.

– E indo contra a sociedade também não. – completou a amiga um tanto penalizada, Isabella rolou os olhos – Escute o que te digo; precisa dançar conforme a musica se quer realmente ir para a sua casa. Essa sociedade é como uma valsa, precisa conhecer os passos, o ritmo, e seu parceiro. Tudo é exatamente calculado, da mesma forma de um jogo de xadrez, para ganhar precisa de um xeque mate.

Isabella franziu o cenho.

– Isso é confuso.

Popy riu.

– A principio sim, mas como tem confiado em mim eu confiarei na senhorita e a ensinarei a jogar.

– E qual seria o primeiro passo? – perguntou desconfiada.

Popy aumentou o sorriso.

– Se preparar para um baile.

Suspirou profundamente e sorveu mais um gole de sua bebida. Edward Cullen espiou pela ultima vez através da janela o movimento de seus convidados. Alice tinha feito uma imensa lista e eles não paravam de chegar.

Que pequena fortuna terei que pagar por esse capricho? Se questionou.

O fato era; ele não gostava muito de bailes. Era um tipo de dança que ele detestava. Não era apenas se posicionar no salão, encontrar uma jovem dama e rodopiar por toda a noite. Esses bailes serviam para casarem pessoas, fazerem negócios, exibirem conquistas e colherem assunto para falarem o restante do mês ou quem sabe, pelo resto da vida.

Se ele decidisse não dançar com nenhuma jovem, era motivo de falatório. Especulariam se ele estaria comprometido com alguém, ou o rebaixariam a um homem sem graça e ranzinza, mas nunca concluiriam que poderia estar simplesmente sem vontade de dançar. Levantavam milhões de causas que jamais chegariam a real. E bem, se ele dançasse, na manhã seguinte poderia estar casado apenas pelas conclusões dos expectadores.

Deveria estar no salão.

Mas não tinha animo para deixar a biblioteca. Os músicos tocavam divinamente e podia ouvir entre a melodia a conversação. Willien, Robert e Emmett provavelmente estavam circulando em busca de alguma jovem donzela para pôr as mãos e criar falsas esperanças. Ele já tinha feito muito isso em sua insignificante vida, mas no momento não estava particularmente empolgado.

Duas batidas o fez se virar para a porta, Albert passou por ela.

– Mi Lord, já sentem sua falta no salão.

– Todos já estão? – perguntou deixando o copo vazio sobre a escrivaninha.

– Falta apenas a Condessa descer.

Edward sorriu, claro que Tânia faria questão de uma entrada triunfal. Ela sabia como fazer um espetáculo. Não podia julga-la mal por isso, muitos morreriam sem alcançar a sua gloria. Ela tinha saído do anonimato e da sarjeta e alcançado um desejado título e se tornado da nobreza.

Acompanhou Albert para o salão, no caminho alcançou um novo copo de bebida que era servido por seus garçons. Alice, apesar do pouco tempo que teve, tinha pensado em cada detalhe, constatou isso ao encontrar poltronas e sofás em lugares estratégicos.

Antes que mergulhasse no aglomerado que era o salão, Albert o segurou pelo braço e lhe estendeu uma máscara.

– É um baile de máscaras, Mi Lord.

Edward aceitou o objeto, mas internamente não via proposito, todos se reconheceriam.

Cumprimentou alguns se limitando com o aceno de cabeça. Na entrada principal, os novos chegados eram anunciados. Olhou em volta e encontrou Willien conversando animadamente em uma roda de grandes empreendedores. Greg Flinter entrava entre eles.

O marques Flinter era conhecido por investir em novas ideias, e provavelmente Willien estava testando esta fama.

Em outro canto pode reconhecer Alice e Aurora que se deliciavam da companhia das 3 filhas dos Pottercasts e provavelmente fofocavam pelo tamanho da alegria que as cercava. E logo ao lado estava o Conde com a filha Kate, ele provavelmente tecia elogios em relação a garota ao pobre, não tão pobre assim já que era herdeiro da Abadia de Northanger, o vigário Derick Gale.

Suspirou olhando um pouco mais a volta. Encontrou Robert dançando com uma desconhecida e Emmett conversando com o General Bitencourt. Resolveu que iria até esses últimos quando notou uma figura completamente ignorada parada ao lado da pilastra da sacada que dava para o jardim.

Não a reconheceu a princípio. Seus cabelos mognos devido a luz tinha assumido um tom negro brilhante e estava peso com alguns fios soltos em sua fonte. A máscara dourada que parecia pó de ouro em sua face, imitava uma tímida borboleta que tentava esconder o que ele já tinha visto: Os olhos dela que estavam tristes e perdidos como se perguntasse o que fazia ali. Ela se movimentou com uma graciosidade que ele nunca havia notado. O vento soprou seu vestido perolado com detalhes dourados que quase o fez confundi-la com um anjo. Ela desapareceu para a sacada.

Naquele instante mudou seu rumo para onde Isabella Swan estava. Não sabia porque ia naquela direção, mas era como um imã que o puxava de maneira violenta.

Adentrou na sacada e a viu segurando firme o beiral de pedras, ela observava a lua que a iluminava de maneira única.

Era como se aquela jovem a sua frente fosse outra completamente diferente com a qual ele estava sendo obrigado a lidar. Ele nunca tinha a visto da maneira que a via naquele instante; Isabella Swan era o ser mais lindo que já tinha colocado seus olhos.

– Senhorita Swan. – chamou a fazendo a se sobressaltar e virar em sua direção.

– Duque? – pode ver a duvida em sua voz. Quis sorrir.

– Supostamente esta mascara estava projetada para não me reconhecer.

Pode admirar um sorriso brotar nos lábios dela.

– Bem, assim como a minha.

– Uma lástima. – se aproximou também pondo sua mão sobre o beiral de pedra – Eu tinha a intenção de usar uma nova identidade.

– E qual seria?

– Se te contasse não teria graça. – disse se virando para ela que já o observava.

– Para mim teria. Quem seria se não fosse o Duque de Devonshire? – Edward sorriu de seu tom habitualmente debochado, mas uma tristeza apertou seu coração.

Ele tinha sido obrigado a abandonar quem queria ser para ser o que os outros julgavam que deveria. Ele mal demorou um milésimo de segundo para dizer.

– Se eu pudesse, eu seria um capitão. – disse quase em um sussurro.

– Como o Capitão McCartney? – Isabella perguntou confusa.

Edward riu e se virou encostando o quadril no beiral, dessa forma ele tinha uma excelente visão da face de Isabella iluminada pela lua.

– Não, como um capitão de um navio. Eu adoraria velejar pelo mundo.

Isabella o olhou de maneira especial.

– Eu a levaria, rainha dos cavalos, se quisesse é claro. – disse e logo se arrependeu das palavras, ele estava cortejando Isabella Swan? O que tinha naquela bebida que pegou no caminho?

Mas logo pode ver o efeito de suas palavras, ela corou timidamente e desviou os olhos dos seus. Ele tinha conseguido o impossível, ele tinha ganhado a batalha. Ela não pode segurar o olhar. Ela, que sempre o enfrentava fitando seus olhos e não os baixava por nada, estava neste momento derrotada por uma palavra doce.

Edward tinha acabado de encontrar uma mina de ouro. Isabella era como qualquer outra mulher, no fundo tinha um coração.

Foi então que ela voltou a olha-lo com um brilho diferente nos olhos.

– O duque gosta de brincar com coisas perigosas. Deveria apenas saber que quem se arrisca brincar com fogo, pode se queimar.

Ele riu. E se assustou com a sua risada. Qual teria sido a última vez que teria rido tão espontaneamente?

– Ah, senhorita Swan, não sabe brincar. Pensei que não seriamos nós esta noite. Pensei que esqueceríamos por um momento o quanto nos odiamos.

Isabella ampliou seu sorriso.

– Dessa eu não sabia. Nós nos odiamos?

– E qual seria a graça se eu gostasse de você? Seria igual os outros e algo me diz que não é do seu feitio o comum.

Isabella voltou seu olhar para a lua.

– Não, não é. – disse – mas você é mais comum do que imagina, até o momento não achei nada que o difere dos outros. – Edward franziu o cenho – A não ser... – voltou a olha-lo – Pelo fato de ser mais azedo que um limão.

Edward voltou a sorrir não se importando realmente com a ofensa. Inconsciente se aproximou mais.

– Isso seria uma recusa para velejar o mundo ao meu lado?

Isabella perdeu seu raciocínio por um instante, mas logo o recuperou ignorando as batidas frenéticas do seu coração.

– Teve um convite? Pensei que era apenas uma teoria impossível.

– E o que seria impossível para um duque?

Isabella riu um pouco nervosa do rumo daquela conversa, e voltando a ser o que era, disse sem sombras de dúvidas. Pelo menos era o que pensava no momento.

– O meu coração!

No mesmo instante o duque recobrou seus instintos racionais. O que pensou que estava fazendo cortejando Isabella Swan? Ele estava mais e enferrujado que roda de carroça velha. A música parrou e ambos olharam curiosos para o salão. O duque foi o primeiro a se mover sendo seguido por Isabella, mas antes que entendesse algo a música tinha retornado e murmurinhos se espalharam.

– Ela sabe ser o centro das atenções. – Edward se virou para Isabella e então para onde olhava.

Tânia estava magnifica, com seu vestido verde brilhante contrastando com seus cabelos loiros quase ruivos.

Mas ainda assim ele não encontrou a magia que havia encontrado em Isabella, nada o puxava para ela da mesma forma que o puxou para aquela sacada e o fez cometer uma grande besteira. Ele voltou a olhar Isabella e não pode novamente retirar os olhos dela.

Ela desviou seus olhos de Tânia e encontrou os dele focados nos seus. Era como se de repente o resto do salão não existisse mais. Não estavam mais protegidos pela noite e iluminados pela lua, entretanto ambos se esqueceram desse fato.

Isabella lembrou de sua promessa, que não iria se apaixonar pelo Duque e por nenhum outro, mas com aqueles olhos de ressaca, que a puxava para um oceano profundo e desconhecido, parecia que nada mais fazia sentido algum.

Seu coração disparou como um antílope em fuga.

Se fitaram por infinitos minutos até que finalmente ele quebrou o silencio.

– Sabe o que estou pensando – ele disse com um sorriso e Isabella negou com a cabeça – Para que eu iria querer o seu coração? – seu sorriso irônico cresceu e um balde de agua fria caiu sobe a cabeça dela.

Você estava zombando da minha cara? – soltou incrédula.

Ele riu deliciado se sentindo um pouco vingado.

– Nunca irá saber senhorita Swan! – fez uma mesura e saiu atrás de seu destino original junto a Emmett e o General Bitencourt.

Isabella soltou o ar exasperada. Ele não tinha o direito de ter feito aquilo com ela pelo prazer de simplesmente confundir ainda mais a sua vida.

Desgraçado! – rosnou.

E novamente naquela noite estava sozinha e perdida, mas com uma diferença; agora também estava furiosa.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram do capitulo? Espero que sim. ;)

Pessoal, acho que a historia vai ficar um pouquinho maior que eu imaginava, isso significa que teremos muito tempo juntos por aqui. Por um lado é bom, por outro penso que vai exigir fidelidade de voces. hahaha Esta chegando fim de ano, e quem me conhece sabe que esse periodo é muito raro eu escrever, primeiro são minhas provas finais, e segundo é que vou para casa dos meus pais e passo todo o tempo que posso curtindo as ferias e familia. Então acredito que DEZ e JAN as postagens serão raras ou até mesmo nulas. Tentarei achar um tempo para deixar capitulos prontos, mas estou sendo bem sincera quanto minha ausência nesse periodo, entretanto, meu sumiço nao significará que abandonei a FIC, mas sim que estou no mundo real! hahaha

Entao aproveitem agora. Comentem, recomendem, faça uma autora feliz; porque quanto mais inspiração e motivação me dao no momento, mais chances de eu escrever capitulos e deixar agendados para vcs!

Beijão Xuxu's! Até o proximo! :)