Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 6
Meat, bone and ... Kiss


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas. Cap novo, por que a tia M. ama vocês, hein? Cada comentário mais lindo, que eu nem sei como responder (por isso, eu não respondo as vezes)
E pra quem queria saber por que a Carmim passou mal, ai está... Mas não se deixem enganar por esse momento frágil, hein? Ela vai aprontar muito ainda!



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Perder a manhã em algo tão violento... Por que não fazemos bolinhos para a hora do chá?

— Alison Kingsleigh

...

..

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—Nossa, você precisa mesmo dar uma repaginada nesse lugar – falou Rebecca – Eles poderiam ter dado um quarto melhor para você.

—Tem certeza que essa é a coisa mais importante no momento, Becky? – perguntou Christian, rindo.

—Só estou tentando aliviar o humor – ela deu os ombros – Então? Quer nos contar o que aconteceu?

—Becky! – Christian protestou.

—Desculpe, não precisa falar nada se não quiser – a menina falou rapidamente, enrolando uma mecha do cabelo no dedo – Só, estamos aqui se precisar, certo? Não somos como a Ally.

A ruiva ficou apenas sentada na cama, encarando a parede por um longo tempo, antes de falar.

—Desculpem – ela falou, por fim, de forma um pouco desconfortável. Aquela era uma palavra estranha – Isso não deveria ter acontecido, não sei o que me deu!

—Está tudo bem – falou Rebecca – Se te faz se sentir melhor, Chris parece uma menininha chorona quando vê uma abelha.

—Por que você não usa a si mesma se exemplo? – Chris grunhiu.

Eles seguiram discutindo com por alguns minutos, o que a fez rir.

—Agora está melhor – falou Rebecca.

Carmim olhou para aqueles dois estranhos. Ela nunca havia falado disso para ninguém. Nem para Hannah. Nem para Gart. Nem mesmo para Victor.

Mas algo a fez falar para eles.

—Quando eu era pequena, e me comportava mal... Minha mãe me colocava na cozinha... E trancava a porta... – ela começou a falar, indiferente e distante – Os cozinheiros matavam os animais na minha frente... E a noite... Ela me dava carne crua para comer... E mandava colocar sangue em uma taça de vinho e me forçava a beber...

—Eca... – Gemeu Rebecca, virando o rosto.

—Isso é horrível – Falou Christian, boquiaberto. Então se levantou e colocou uma mão no peito, e outra para cima – Ok. A partir de hoje, eu juro nunca mais reclamar do chá das cinco... Nem das seis... Nem das sete... Nem da uma da manhã. Ok, talvez da uma da manhã.

As duas meninas riram.

Carmim podia até não saber, mas naquele momento ela estava ao lado das duas pessoas mais importantes para ela em Auradon.

...

Quando a primeira semana de aulas terminou, Carlos e Jay enviaram a Ben o primeiro “relatório” sobre os alunos da Ilha dos Perdidos. Era quase hora do jantar na sexta quando ele parou para ler, um pouco preocupado com o que viu.

Além de um relatório todo sujo de chocolate e farelo de biscoitos, eles haviam descrito uma boa parcela de acidentes, como um problema na aula de Wendy, uma briga na aula com a Fada Madrinha, e mais um monte de coisas. Carmim, das garotas da Ilha havia passado mal, e dois alunos tinham ido para a enfermaria após brigarem com Gart. Também havia um paragrafo detalhado sobre os olhares mal humorados entre Evie e sua irmã Queenie. E outro sobre como Alison Kingsleigh estava tentando a todo o custo armar uma confusão.

Ben largou o relatório sobre a mesa e encostou as costas no encosto da cadeira, respirando fundo. Ele esperava que tudo se acertasse, mas ele sabia que não seria tão fácil assim. O ano estava apenas começando, ele esperou que ele melhorasse em breve.

—Senhor, seus pais estão esperando para o jantar – falou Doug, a quem Ben pediu pessoalmente para tomar o posto e seu conselheiro pessoal após a formatura, batendo na porta.

—Já estou indo – ele falou, arrumando os papeis sobre a mesa e seguindo para o salão de jantar.

...

—O que vocês estão fazendo ai? – perguntou Queenie para Gart e Hugo abrindo a porta do quarto dos dois, sábado na metade da manhã, e encontrando Gart sem camisa levantando peso – Ops...

—Porta. Pirralha. Bater. – falou Gart, a empurrando para fora e arrancando suspiros de algumas meninas do segundo ano no corredor – Não é difícil, é?

—O que você quer Queeny? – gritou Hugo lá de dentro, tirando os olhos da meia dúzia de livros espalhadas em frente a ele na cama.

—Como você pode estar estudando a essa hora? No sábado? – ela o encarou, incrédula – Esquece... Vocês esqueceram, não foi?

—O que? – Perguntou Gart, confuso.

—A aposta da Hannah aquele garoto, Willian – ela falou – Carmim já está lá com ela, ela mandou eu vir te chamar. Eles vão começar as onze.

—Cara, eu tinha me esquecido mesmo – Gart pegou a camisa de cima da cama e jogou sobre os músculos – Eu to louco pra ver a Han dar uma surra naquele projeto de herói.

—É luta de espadas, não mano a mano Gart – falou Hugo, se levantando.

—Vocês me entenderão – ele grunhiu – Onde vai ser?

—No jardim, mesmo. Carmim está lá em baixo com Hannah nos esperando com toda a paciência do mundo, como vocês devem imaginar – ela falou sarcasticamente – Em falar nisso, Bruno e Bianca me falaram que a Carmim passou mal na detenção segunda. Ela falou algo para vocês?

—Não – os dois responderam.

—Na verdade, eu não falo com a Carmim desde o almoço segunda, ela se trancou no quarto a semana inteira – falou Gart, ponderando.

—Isso é verdade, também – Queenie assentiu – A Hannah estava me falando a mesma coisa mais cedo. Ela janta no quarto, e mal come no almoço... Acho que está tramando algo.

—Ela sempre está tramando algo. Ainda mais depois que... – Gart ia falar, mas Hugo lhe deu um cutucão – Ai. O que foi?

—Depois do que? – perguntou Queenie, curiosa.

—Nada pirralha, isso não é assunto pra criança – falou Gart – Olha, lá estão elas... E olha quem está com elas...

—Por favor, não vem dar showzinho aqui – pediu Hugo – Tudo que não precisamos é de você dando em cima de Rebecca por mais meia hora.

—Olhe, e aprenda meu caro amigo – falou Gart, dando dois tapinhas no ombro de Hugo e seguindo em direção as três meninas.

Queenie e Hugo se encararam, deram os ombros e começaram a rir enquanto seguiam até Hannah e Carmim.

—Nós precisamos mesmo fazer isso? – Gemeu Ally, parada perto da porta abraçada no braço de Chris – Perder a manhã em algo tão violento... Por que não fazemos bolinhos para a hora do chá?

—Hora do chá? – gemeu Christian, e depois para, olhando sobre o ombro para Carmim e Rebecca, rindo pro dentro. – Não lembrava que íamos tomar chá hoje.

—É, hoje de tarde, como todo o sábado – falou Ally, como se fosse óbvio – O que ouve? Você parece distraído... Está com fome? Posso fazer algo para você comer.

—Acabamos de tomar café Ally – ele riu, bagunçando o cabelo dela – Estou apenas tentando imaginar onde está Will. Ele já deveria estar aqui.

—Provavelmente foi pegar uma armadura emprestada do museu – riu Bruno White, entrando no saguão.

—Com certeza – concordou Bianca White – Afinal, ouvimos falar que a Srta. Hook é uma espadachim de primeira.

—De qualquer forma, o Sr. Willian pede a presença de todos sob o grande salgueiro para o inicio do desafio. - Bruno falou.

—Aleluia – Hannah sorriu, enquanto todos começavam a andar em direção a porta.

O grande salgueiro era realmente grande. Esse foi o primeiro pensamento de Hannah quando ela viu a árvore onde Willian estava encostado.

—Oh, finalmente vocês chegaram – ele falou, encarando o grupo – Espero que seja mais rápida com as espadas do que andando, Srta. Hook. Eu não gostaria de vencer uma luta fácil.

—Essa não será uma luta fácil – falou Hannah, girando a espada dourada nas mãos, enquanto todos exceto seus amigos da ilha, se perguntavam de onde ela havia saído – E você não vai vencer.

—Em guarda – ele falou, e ambos se posicionaram. Aquela não era uma luta de verdade, embora fosse uma brincadeira bem perigosa, com espadas de verdade e nenhum equipamento e proteção. Will lutava com destreza e elegância, adquirida em dez anos de esgrima. Hannah lutava selvagemente, com um tipo de nobreza que apenas uma fera selvagem tem em um ataque. Os olhos dele eram calculistas. Os dela ferozes. As faíscas voavam das espadas enquanto um tentava achar uma forma de encurralar o outro. Os gritos dos amigos em volta pareciam se misturar ao vento feroz.

O cheiro do metal. O som do vento. Tudo parecia trabalhar em perfeita harmonia enquanto as espadas dançavam. Hannah arrancou a espada da mão de Will, mas ela voou para trás dele. Ele correu de costas e a pegou de volta, bem a tempo de ataca-la enquanto seu cabelo voava tapando sua visão. Ela desviou, girando. Ele também. De repente eles estavam um de frente para o outro, com os braços sobre os ombros, as mãos segurando as espadas a centímetros do pescoço um do outro. Respirando o mesmo ar. Se encarando com a mesma fúria.

Já não era um jogo de espadas. Agora, ganhava quem conseguia encarar por mais tempo.

—Acaba logo com isso, Hannah... - Gemeu Carmim.

—Uau – exalou Queenie, ao lado dos gêmeos, que trocavam um olhar assustador – O que vocês estão...

Mas antes que ela pudesse acabar de falar, eles começaram a andar lentamente por trás dos outros um para cada lado. O silêncio dos outros alunos tornava a situação ainda mais tensa. Os gêmeos se aproximaram dos dois “guerreiros” um por trás de cada um, e antes que qualquer um percebesse o que estavam fazendo, eles o empurraram.

Foi muito rápido. As espadas caíram de espanto. Os peitos se chocaram. As bocas se encaixaram. O equilíbrio foi pelos ares e Hannah e Will foram parar no chão, se encarando com os olhos arregalados. Isso tudo em menos de cinco segundo.

—Scoth! – gritou uma voz ao longe, e um cachorrinho com orelhas pontudas de lobo passou correndo por cima dos dois, enquanto eles se sentavam na grama. Charlotte Red apareceu logo em seguida – Scoth, vem. Isso. Bem menino – ela olhou para todos – Uh, oi pessoal. Qual é a última?


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, eu juro, tem Ben e Mal. E vai ser coisa boa, hein? Comentem!
E agora, alguém tem alguma aposta. Will e Hannah serão um casal bem complicado, por que ela ainda quer seguir conforme os planos do pai - mas será que ela sabe a extensão dos seus planos? Estou pensando em fazer me breve um capítulo especial com os vilões (todos eles)

Bjs, Meewy.