Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 5
Cheating on Duties




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Não se preocupe, detenção não é tão horrível o quanto parece!

— Rebecca Corona

...

..

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—Estão atrasadas – falou a professora Wendy, assim que Hannah e Carmim entraram para a primeira aula da manhã – Senhorita Rebecca, pode ir para a mesa de trás? Obrigada. As meninas irão ajuda-las a se adaptar. Carmim com Alison. Hannah com Rebecca. Rápido.

“O dia está cada vez melhor” pensou Carmim, enquanto seguia para a mesa onde a pequena menina loira lhe encarava. Hannah estava sentada na mesa de trás, com Rebecca. Na mesa em frente estavam os dois garotos do dia anterior. Will e Chris.

Alison afastou ao máximo possível a cadeira da de Carmim, o que para ela era ótimo, por que mesmo daquela distância o perfume exageradamente doce da outra garota machucava seu nariz.

—Agora, prestem atenção – falou a professora – Misturem o liquido de cor azul a mistura, é uma mistura de... – ela seguiu explicando, enquanto todos faziam o que ela mandava. Menos Alison, que estava ocupada lixando as unhas.

Carmim olhou para os frascos em sua frente, pegando um vidrinho amarelo e derrubando dentro da mistura vermelha, formando um líquido laranja que mais parecia lava pura.

—Hein, o que você está fazendo? Ela disse o azul, isso parece azul pra você? – Alison arrancou o frasco da mão de Carmim, e olhou para a mistura – Droga, o que está acontecendo com esse negócio?

—Ally, cuidado – Rebecca lhe puxou por trás, bem a tempo antes que a mistura explodisse, quebrando o vidro e se espalhando pela mesa.

—Ops... – Carmim falou, olhando para o líquido e desviando sua perna quando ele começou a escorrer para o chão.

—Sua idiota! Olha só o que você fez! – gritou Alison, mostrando a saia toda suja – Qual é o problema com você?

—Se acalma Ally, está tudo bem agora, não está? – Christian falou da outra mesa, se virando para trás – E essa cor combinou com você, se quer saber. Realçou seus olhos, e tudo mais...

—Sem brincadeiras, Christian – ela grunhiu, e voltou a encarar Carmim – Eu sabia. Sabia eu ia dar errado trazer você para cá. Todos vocês. Isso é um grande erro!

—Ally, por favor... - Will pediu.

—E se isso estivesse explodido na minha cara? E se eu tivesse me machucado por que essa garota resolveu que era uma boa hora pra fazer um jogo de cores com misturas cientificas? – grunhiu Alison.

—Alison, se acalme, por favor, estamos na minha sala de aula – falou Wendy, se aproximando – Acho que não foi nada demais, não é nenhuma mistura perigosa ... Na verdade. Lava fria? Isso é muito avançado, parabéns Carmim! Pode ir trocar e roupa se quiser, Alison.

—Obrigada professora – falou Alison, se levantando.

—E quanto a você, Carmim, apesar dessa demonstração brilhante, vai ajudar na cozinha hoje a noite, como castigo – falou ela – Pode se retirar também, por favor. Nos vemos na próxima aula.

—Cozinha? – ela perguntou, novamente, dessa vez um pouco nervosa.

—Sim, tenho certeza que um dos seus colegas pode lhe mostrar onde fica – falou ela, e Carmim saiu da sala em seguida. Seguindo pelo corredor até o banheiro mais próximo, topando com Alison, com uma saia nova.

—Olha só, quem foi expulsa da aula – falou a menina, sorrindo – De repente você poderia seguir assim. Ai você seria expulsa de Auradon de vez!

—Seu conselho é muito bom, sabia? – sorriu Carmim, prendendo os cabelos ruivos em uma rabo de cavalo alto – Talvez eu siga ele, mas, é melhor você seguir o meu também. Mantenha seu rostinho bonitinho fora do meu caminho, ou ele pode acabar não tão bonitinho assim.

—Está me ameaçando? – a voz da loira tremulou.

—Eu já dei meu aviso. Entenda como quiser – ela deu os ombros, se virando e saindo do banheiro.

...

—Dormir, despertar, faça-os acordar – Mal tentou, enquanto apontava para o casal de coelhos numa das aulas da escola, que dormiam suavemente dentro de uma caixa de vidro – Será que se eu abrir a tampa ajuda?

—O que está fazendo? – Jane entrou na sala, e Mal se virou para ela, fazendo um “shhh” impaciente – Ah, o trabalho que a mamãe nos deu? Como vem se saído?

—Veja por você mesma – ela apontou para os coelhos, dormindo ainda – Estão assim faz quase duas horas. Eles estão mesmo vivos?

—Acho que sim – Jane sorriu , olhando os bichinhos.

—E você, como está indo? – perguntou Mal, preguiçosamente.

—Bem, eu acho... Meu cachorro não dorme a quase três dias, então, acho que eu devo ter exagerado em algo – as duas sorriram – Estou tentando achar uma solução, eu tenho que ir. Só vim devolver seu livro. Você esqueceu ele na aula.

—Oh, obrigada – ela sorriu enquanto Jane saia – Não é possível. Até a Jane conseguiu...

Ela suspirou, tentando de novo.

—Dormir, despertar, faça-os acordar – ela tentou de novo. Nada.

Ela começou a folhear desanimadamente o livro de feitiços, desamassando algumas folhas que havia marcado, e vendo os desenhos em algumas poções, quando...

—Eu não devia... – ela mordeu o lábio inferior, depois olhou sobre o ombro para a sala vazia, e a porta fechada – Se são tolos e inúteis, levantarão e me serão úteis.

Os dois animais rapidamente abriram os olhos e começaram a pular, comer e brincar.

—Isso! – ela sorriu, guardando o livro na bolsa. E se virando para os coelhos – Isso, meninos, é o nosso segredinho.

Mal pegou o caderno e começou a fazer anotações sobre os coelhos.

...

Queenie saiu da última aula antes do almoço morrendo de fome. Ela ouvia Bruno e Bianca reclamando sobre o mais novo castigo que haviam recebido, dizendo que era terrível receber um castigo logo no primeiro dia de aula.

—Bem, vocês mereceram – falou ela, dando os ombros – É isso que vocês ganham por chamar o filho da professora de leitão!

—Aquela porca velha... – falou Bianca – Ela vai ver só amanhã.

—Bianca... – o irmão a repreendeu.

—Que foi? – ela riu.

...

Cerca de uma hora depois do jantar, Carmim andou pelos corredores da escola até a cozinha – que Hannah havia descoberto a onde ficava. Ela se perdeu uma ou duas vezes até conseguir chegar ao lugar, sentia-se tonta antes mesmo de abrir a porta. Haviam alguns risos animados do lado de dentro, não podia ser tão ruim assim certo?

Ela tentou se convencer disse enquanto abria a porta e entrava. Outros cinco alunos estavam lá, rindo um pouco e até mesmo brincando.

—Uh, olha quem chegou – falou um menino de cabelo preto – A estrela da noite. Senhorita, bem vinda a sua primeira detenção.

Carmim tentou rir, mas sua cabeça girava.

—Não se preocupe, detenção não é tão horrível o quanto parece – falou Rebecca, que estava sentada em cima de um caixote onde se lia “Maçãs” com um prato com torta nas mãos.

—Como você sabe disso, miss realeza? Só está aqui para roubar comida – riu Christian, jogando um pano nela.

— Bem, mãos a obra – falou uma menina com dois rabos-de-cavalo baixos – Sou Charlotte. Pode me ajudar com a louça? Eu lavo, e você seca!

Ela balançou a cabeça, seguindo a menina enquanto os outros começavam a fazer outras coisas.

Sua mente porém ficava mais confusa a cada minuto. O cheiro do sangue. O grito agonizante dos animais. O sim da lamina da faca cortando o ar. O som molhado dela atravessando o corpo dos animais vivos. O gosto da carne crua. A lembrança do sangue escorrendo, liquido e puro por sua garganta. A sensação de tudo voltando. Sua mente girava. Ela sentiu ânsia de vômito. Seus olhos escureceram e...

—CARMIM! – todos gritaram, mas isso foi antes dela apagar.

Quando ela abriu os olhos, seus cabelos estavam presos na testa suada, e ela estava sentada no caixote onde antes estava Rebecca.

—Você está bem? – perguntou a menina de cabelo loiros – O que ouve? Está passando mal?

—Eu estou bem... Eu só tenho que sair daqui... – ela começou a se levantar, mas cambaleou e caiu no caixote de novo – Ai...

Estava voltando. Os sons. O gosto. O cheiro.

—Espera ai, os gêmeos foram buscar a enfermeira – falou Christian.

—Preciso sair daqui – ela falou, encarando ele – Por favor.

Rebecca e Christian se entreolharam por um minuto, e deram os ombros.

—Eu te ajudo – ele suspirou, passando o braço dela sobre seus ombros – Becky, pode abrir a porta?

—Claro – a loira correu, escancarando a porta enquanto Chris ajudava a menina a ir até o corredor, e a se sentar em um banco. – Vou buscar um copo de água. Esperem aqui.

Chris se sentou ao lado de Carmim, enquanto ela abaixava a cabeça e a enfiava nas mãos. Confuso, ele se perguntou se ela estava chorando.

—Aqui, tome – Rebecca voltou com um copo de água – Está melhor?

—Estou bem – ela falou, mecanicamente levantando a cabeça. Não, não estava chorando

—Quer ir se deitar? – perguntou Rebecca, ansiosa – Podemos levar você.

Ela apenas assentiu.


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Notas finais do capítulo

Que coisa feia hein, Mal? A gente tá vendo...
E a Carmim, por que ela desmaiou? Veja no próximo capítulo!
Algumas apostas para quais os casais? E quem serão os verdadeiros vilões? Não se esqueçam de comentar, hein?
Hannah: E peguem a pipoca, por que no próximo capítulo eu vou acabar com alguém em uma luta de espadas.
Queenie: Nem é convencida.
Gart: Não discute com ela, você sabe que é pior.
Hugo: Calem a boca, eu quero dormir.
Queenie: Alguém viu a Carmim?
Gart: Ela deve estar na detenção...
Hannah: Tudo culpa daquela garotinha chata... Ela que me espere.
Hugo: *bocejo*

Por hoje foi isso pessoal!