Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 4
Trouble in Paradise




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   .           Não precisa ser minha irmã. Não precisa ser minha amiga.

Não precisa nem olhar para mim!

—Queenie Queen

...

..

.

—O que você pensa que está fazendo aqui? Como você chegou aqui? Mamãe sabe? – perguntou Evie, agarrando os pulsos da irmã.

—Não é como se mamãe se importasse com o que eu faço desde os doze anos – a outra deu os ombros – Nem você, por falar nisso.

E dito isso a menina saiu marchando por entre a multidão.

—QUEENIE! – gritou Evie, correndo atrás dela, e fazendo Doug, Jay e Carlos a seguirem.

—Certo... – falou um dos garotos do grupo de estudantes, enquanto o resto se dispersava – Sou Chris, filho do Chapeleiro Maluco. Esses são, Ally, Will e a princesa Rebecca.

—E quem perguntou? – Carmim ergueu uma sobrancelha.

—Só estou sendo educado - ele deu os ombros - E você é?

—Ninguém - ela grunhiu. Ele a chamou de má educada? Não que ela não fosse, mas enfim...

—Meu nome preferido! - ele deu um grande sorriso.

—Nós podemos parar com o papo de louco? Por favor? - a menina mais baixa se meteu entre os dois - Você deve ser a filha da Rainha de Copas – falou a garota – Eu realmente esperava algo a mais. Eu sou filha da Alice.

—A loirinha que desmoronou o Pais das Maravilhas? Destruiu a casa de milhares de criaturas e provavelmente as matou? – perguntou Carmim, inocentemente piscando os olhos – Interessante, me responda um pergunta. O cabelo da sua mãe era oxigenado como o seu?

—Nessa ela te pegou – riu a outra garota – Sou Rebecca, filha da Rapunzel. Mas podem me chamar de Beck.

—Beck, certo – falou Hannah, enquanto Carmim ainda trocava olhares de raiva com Ally.

—E eu, sou Willian. Filho da Wendy – falou o garoto de cabelos escuros.

—Wendy? – perguntou Hannah – Wendy, Wendy... Esse nome me é familiar... De onde é que...

—De Peter Pan – falou Becky.

—Uh, certo. Desculpe... – ela fez uma careta – Hannah. A filha do Capitão Gancho.

—Ok, Copas e Gancho. E aquela deveria ser a filha da Rainha Má, então... – ela olhou para os garotos, que pareciam discutir sobre alguma coisa – Vocês devem ser os filhos de Gaston e Úrsula, certo?

—Certo – falou o garoto de cabelos escuros – Gart, filho de Gaston. Esse é Hugo. Mas isso não interessa. Qual seu telefone?

—Que pena, eu deixei ele cair no lado encantado durante o verão - ela deu um sorriso forçado, havia aprendido a lidar com garotos namoradores sem se irritar a muito tempo –Mas mesmo se eu ainda tivesse ele, eu não lhe diria meu número!

—Bem, agora que nos conhecemos, vamos ver a escola – falou Chris – Vamos Ally. Ally? Ally!

—O que foi? – perguntou ela, desviando o olhar do de Carmim – Oh, certo, certo. Por aqui.

—Sabem de uma coisa? – perguntou Carmim para os amigos, enquanto seguiam os outros quatro – Isso até que pode ser divertido.

Os outros riram.

—Auradon Prep foi construída a...

—Mais de trezentos anos e foi transformada em escola pelo rei Fera, e bla bla bla– falou Carmim, monotonamente – Não somos ignorantes, certo? Então porque não pulamos a enrolação e algum de vocês me diz logo onde fica o meu quarto?

—Que grosseira – gemeu Ally – Deveria estar grata de estar aqui, com a mãe que tem.

—E você deveria abaixar o nariz um pouco – falou Carmim, jogando o cabelo sobre o ombro – Nem uma princesa você é. E se não fosse pela minha mãe, a sua seria só mais uma qualquer.

—Oh, a minha mãe... – a outra imitou – Você deve ter muito orgulho de ser filha de uma tirana, mas desculpe acabar com seus sonhos majestade. O pais das Maravilhas não existe mais!

—Garanto que ainda posso arranca sua cabeça – falou Carmim, estalando os dedos na frente do rosto de Ally - Assim!

—Chris, ela está me ameaçando – falou ela, arregalando os olhos.

Chris, ela está me ameaçando— debochou Carmim – Já pensou que se não fosse minha mãe tirana e cruel, o pai dele nunca teria existido? Ele nem estaria vivo hoje!

—Não é verdade! – falou a outra, insegura.

—Não é? – Carmim ergueu uma sobrancelha, e depois deu os ombros – Está me atrasando. Como eu dizia, os quartos por favor?

—O quarto de vocês é seguindo do Hall de entrada para o leste, e dobrando... – Will começou a explicar, mas foi cortado.

—Espera, espera. O que você quer dizer com... Vocês? – perguntou Carmim.

—Das senhoritas Carmim, Hannah e Queenie – ele falou, olhando uma prancheta.

—Você está me falando que eu vou ter que dividir o quarto? – perguntou ela, apontando para Hannah - Com ela e Queenie?

—Sim, todos os alunos de Auradon tem um ou dois colegas de quarto. – falou Chris – Atendemos muitos alunos ao mesmo tempo, então é a melhor maneira de manter todos organizados e controlados, além de ocupar menos espaço.

—Inacreditável – ela gemeu – Se vocês não tem espaço, por que arrastam mais crianças para cá? – ela perguntou.

—Não obrigamos vocês a vir – Ally falou – Na verdade, podem ir embora agora mesmo se quiserem. Eu não me importo!

—Will, pode tirar Alison daqui um pouco? Acho que ela está precisando beber uma água – falou Rebecca, pacientemente.

—Certo – o outro falou, puxando a menina pelo cotovelo.

—Desculpem por Ally, ela não é muito boa com estranhos, mas depois que conhecer vocês melhor tenho certeza que se darão bem – ela sorriu.

—Infelizmente eu não compartilho de tal esperança – falou Carmim – Na verdade, a ideia dela era ótima. Em casa pelo menos eu tinha um quarto só meu.

—Entenda, Carmim, os colegas de quarto são uma experiência ótima de integração e solidariedade, uma parte importante da escola. Tem certeza que quer perder tudo isso?

Estou ansiosa para perder tudo isso!— ela deu um largo sorriso.

—Vamos, Carmim, vai ser divertido... – falou Hannah, sorrindo.

—Eu prefiro acampar no corredor do que dividir o quarto com alguém – ela falou. - Principalmente se esse alguém for a Queenie!

—Deem um quarto para ela – uma voz interviu – Ela não vai deixa-los em paz até o fazerem.

—Mal – falaram Chris e Rebecca com certa reverência.

—Vou falar com Ben e explicar a situação – ela falou para os dois – Com Carmim é mais fácil que vocês cedam nas coisas fáceis – ela parou na frente de Carmim – Não precisa agradecer.

—Não estava nos meus planos – falou a outra.

—Agora, algum de vocês viu a Evie? – perguntou ela, sorrindo para os outros dois.

—Ela foi para o jardim sul, eu acho... – falou Rebecca

—Certo, obrigada – falou Mal, correndo para a direção que a garota apontou.

—Muito bem, então – falou Rebecca – Vou pedir para que reorganizem um quarto próximo ao dos outros para você, Carmim, mas esta noite terá que ficar com as outras meninas e...

—CUIDADO – gritou Chris, vendo os gêmeos White no terraço da escola jogando ovos em direção a Carmim.

—Copas... – ela grunhiu, colocando as mãos na frente do rosto para se proteger. Mas os ovos não a atingiram, passaram reto por ela, fazendo seu contorno no chão, e um atingindo o pé de Hugo.

—Eca – riu Hannah – Alguém precisa de sapatos novos.

Todos riram, mas Carmim estava paralisada. O que tinha sido aquilo? Aquela sensação... Como se uma corrente elétrica passasse por seus dedos, percorresse seu braço e seguisse pelo seu corpo inteiro. Ela encarou o cetro de coração que a muito tempo atrás havia pertencido a sua mãe. Era apenas um enfeite para ela, algo que ela carregava desde criança, mas... Em Auradon havia magia! O cetro funcionava de verdade. Copas!

—Carmim, vamos – chamou Gart, puxando seu braço. Ela seguiu os outros, ainda em choque.

...

—O que você quer Evie? – perguntou Queenie, parando de frente a irmã e cruzando os braços – Se veio pedir desculpas pelos três anos que me ignorou, pode dar meia volta certo? E a propósito, eu preferia não ter uma plateia!

—Meninos, podem nos dar licença? – pediu Evie, para os três – Vai ficar tudo bem, voltem ao que estavam fazendo, certo?

Os três assentiram e foram embora, deixando as duas se encarando.

—Assim é melhor – falou Queenie, por fim.

—Você tem um espelho... Onde o conseguiu? – perguntou Evie, notando as imagens flutuando no espelho na mão da irmã.

—Roubei um dos fragmentos do espelho da mamãe antes de fugir. Úrsula me deu a moldura, então – ela levantou o espelho, com cara de aqui está.

— Deveria saber que tinha feito isso – falou Evie – Você sempre foi a mais esperta.

—Não tente compensar dois anos de ignorância com bajulação barata, isso não funciona comigo – ela fuzilou a irmã.

—Você está realmente passando muito tempo com Carmim – murmurou Evie.

—Você também passava – grunhiu Queenie – Mas isso foi antes dos seus novos melhores amigos aparecerem, e você esquecer que nós duas existíamos!

—Queen...

—Não venha me tocar toda sentimental – ela desviou da irmã – Só quero que você me deixe em paz, certo? Eu finalmente consegui sair daquela ilha ridícula, só me deixe em paz para que eu consiga ficar fora dela. Não precisa ser minha irmã. Não precisa ser minha amiga. Não precisa nem olhar para mim!

—Mas você é minha irmã...

—E você só lembra disso agora? – perguntou ela – Olha, eu tenha que ir, a não ser que queira dormir no corredor. Boa vida, irmã.

Ela seguiu para fora do jardim, passando por Mal no caminho.

—Evie, você está bem? – perguntou a menina de cabelos roxos, correndo para a amiga.

—Você sabia disso? – perguntou Evie, em tom acusador – Sabia não é? Se duvidar, isso foi ideia sua! Tão a sua cara, se metendo na vida dos outros, sem nem perguntar.

—Evie...

—Olha, eu sei que você teve a melhor das intenções, mas custava ter falado comigo antes? Me contado, pelo menos? – perguntou a morena – Custava, Maleficent?

—Não me chama assim... – pediu Mal.

—Olha, eu só, não quero falar com você agora... A gente se vê na hora do jantar!

...

—Mal, o que ouve? – perguntou Jane, se aproximando dela enquanto ela andava pelo jardim – Eu estava te procurando. Está tudo bem? Você e o Ben sumiram depois que os novos alunos chegaram, está tudo bem? Vocês brigaram?

—Eu e o Ben? Não. Foi com a Evie que eu briguei – falou ela, dando um sorriso abatido – Mas então, por que estava me procurando?

—Dever de casa. Mamãe decidiu que quer que nós façamos um feitiço simples. Uma poção de energia, sabe, pra deixar as pessoas acordadas.

—Filha da Malévola... Bela Adormecida... Moleza – ela falou, ironicamente – Certo, obrigada Jane. Jane? O que ouve?

—Atrás de você! – falou Ben, a abraçando por trás.

—Achei que tinha ido trabalhar – falou ela, enquanto via Jane se afastar pelo canto do olho.

—Resolvi ficar e almoçar com você – ele falou – Vamos? Aproveito e falo com Jay e Carlos... Depois do almoço.

—Certo – ela sorriu, seguindo ele.

...

—Não vou ajudar com isso, peça a um dos meninos se quiser – falou Carmim, se jogando numa das três camas do quarto – Eu não quero ser estraga prazeres, mas, isso nunca vai dar certo. Lembra o que aconteceu com Malévola Filha?

—Mal é uma fraca, como você mesma disse – falou Hannah – Podemos fazer isso Carmim, nós duas. É só entrar na sala, destrancar as alavancas, e pronto, o navio está livre!

—E nós presas! – gemeu ela – Eu quero voltar para casa. E não ficar em uma cela de prisão coloridinha nesse lugar. Acha que eles deixariam a gente voltar para ilha, levando junto segredos de segurança deles? Nem nos nossos sonhos!

—Mas...

—Quer saber? Eu vou passar a noite no quarto dos meninos, deve estar melhor por lá – ela falou, saindo do quarto.

—Tchau Queenie – falou ela, passando pela garota na porta.

—O que ouve aqui? – perguntou Queenie para Hannah.

—Prefira não saber – ela deu os ombros – E você? Como foi com a sua irmã?

—Eu não tenho irmã – ela suspirou.

Carmim cruzou o corredor até o quarto dos meninos, Gart estava jogado na cama, falando alguma coisa na qual Hugo parecia não prestar a mínima atenção.

—O que faz aqui? – perguntou ele para Carmim, enquanto ela entrava.

—Novidade. Vim acampar no quarto de vocês – ela anunciou sem humor nenhum – Se eu tiver que ficar com Hannah mais três segundos eu explodo.

—Certo, certo... – falou Hugo, dando os ombros – Pode ficar com o sofá se quiser.

—É o bastante – ela deu os ombros – E então, do que estão falando?

—Com toda a sinceridade, eu não faço a mínima ideia – falou Hugo – Me desliguei assim que esse ai começou a falar de cada garota que viu desde que entrou nesse lugar.

—Confesse que você ficou todo caidinho pela baixinha irritada – falou Gart – Qual o nome dela? Andy?

—Ally? – perguntou Carmim, rindo – Por favor, ela não faz seu tipo. Eu juro que se você encostar sua boca naquele negócio cheio de gloss que ela tem na cara nunca mais te convido de bolo na vida!

—Pobre Hugo, nunca mais vai comer bolo na vida – riu Gart – A não ser que a Ally saiba fazer bolo. Será que ela vai dar bolinho na sua boca?

—Ah, calem a boca vocês dois, não tem nada melhor pra fazer? – ele grunhiu, irritado, enquanto os dois gargalhavam – Estou me arrependendo de ter te deixado ficar.

—Certo, agora desembucha Copas – falou Gart – Qual foi aquele lance dos ovos?

—Não sei... Só imaginei eles desviando de mim, e eles... Desviaram – ela deu os ombros.

—Espere – Gart pegou uma bolinha de tênis – Vamos tentar de novo.

—Ai – ela gemeu, quando a bolinha bateu com força em sua barriga – Eu não entendo.

—Você não fez mais nada? – perguntou ele, confuso.

—Na verdade – ela segurou com força o cetro, olhando para a bolinha no chão, imaginou-a leve como o ar, mas leve do que o ar, flutuando acima de sua cabeça como um balão e falou – Copas!

—UAU – Hugo arregalou os olhos – Isso é incrível!

—Garanto que posso fazer qualquer coisa nesse lugar – falou ela, animada – E que Hugo consegue fazer poções.

—Você acha? – Hugo perguntou, com os olhos brilhando.

—Oh, Huguinho, mamãe ficaria tão orgulhosa – riu Gart, e Carmim riu junto, fazendo a bolinha cair do seu lugar no ar bem na cabeça do moreno, fazendo com que Hugo também começasse a rir.


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Notas finais do capítulo

Uhhh, as coisas estão começando a ficar divertidas, não é mesmo? Quantas briguinhas tivemos hoje, umas três? Quatro? Outra, foram boas, é isso que importa. Comentem!
Até o próximo cap, bjs, Meewy!