Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 19
Security Breach




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Ah, sim, a princesa... Terrível e Adorável, como a mãe quando tinha aquele brilho jovem nos olhos

—Chapeleiro Maluco

...

..

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—Mal, abre a porta – gemeu Evie, ainda no bom do sono, enquanto alguém parecia prestes a morrer caso elas não abrissem a porta logo. Mal se jogou a cama, sonolenta, e abriu a porta do quarto, dando de cara com uma Becky apavorada.

—Ainda bem que você está aqui – falou Rebecca, entrando quarto adentro sem ser convidada.

—Hey, calma ai garota – riu a menina de cabelos roxos – O que ouve?

—Evie? – Rebecca ergueu uma sobrancelha para a menina que abria os olhos fracamente – Você não ia tirar as medidas das meninas do time as dez?

—Eu vou... Que horas são? – ela arregalou os olhos.

—Quase dez e meia – falou Rebecca, foi só o tempo dela acabar de falar pra Evie entrar no banheiro com meio quarto.

—Certo, foi pra isso que você fez todo aquele escândalo? – perguntou Mal, claramente aborrecida.

—Não, desculpe... Ai, droga, é melhor você se sentar – suspirou a outra – A diretora me mandou, parece que ouve algum problema com a segurança, e... Sua mãe... Ela sumiu!

—Ela... O QUE?- Mal arregalou os olhos – Você tem certeza disso?

—Foi o que a diretora me disse, ela está chamando você lá imediatamente. Estão indo para o palácio, Ben... O rei, e os pais dele estão esperando, junto com o conselho e mais um monte de gente.

—Conselho? – Mal arregalou mais ainda os olhos.

—Eles estão se reunindo para discutir o que farão a partir de agora. Reunião do conselho, sabe como é – Ela deu os ombros – Estamos todos reunidos lá, mas a diretora achou melhor que levássemos você também... Sabe como é... Futura rainha. E além disso, é a sua mãe.

—Espera, espera... Todos quem? – Mal encarou a outra.

—Nas reuniões de conselho, é normal que os filhos dos conselheiros estejam presentes também, embora não opinem – falou Rebecca, enquanto Mal entrava atrás de um biombo e se vestia – É meio que uma plateia, embora você vá participar do conselho por si. Eu vou estar lá, e provavelmente Audrey e Chad também. Bia e Bruno vão, mas eles estão na casa dos pais já. Então vamos eu, você, Jane, Denny e mais alguns. Como você deve saber, só a realeza faz parte do conselho. Mulan e o general Chang saíram ah alguns anos, minha mãe diz que eles estavam cansados de tanta burocracia... Infelizmente nem todos podem fazer a mesma coisa!

—Certo – Mal falou, penteando o cabelo as pressas – Acho que deu.

—Hum, deixem me ajudar – falou Rebecca, arrancando a jaqueta dela gentilmente e pegando um casaco que estava sobre uma cadeira – Coloca isso.

—É da Evie.

—Não acho que ela vá se importar – falou Rebecca rindo, e pegou um par de sapatos – E isso. Você é a futura rainha, deve agir como tal. Sua mão fugiu, os olhos deles estarão julgando você. Você tem um arco de cabelo?

—Eu... Não?

—Então vai ter que usar o meu – falou Rebecca tirando a tiara de dando para Mal, e em seguida remexendo a bolsa e retocando o gloss no espelho – Bem melhor. Toma, passa no caminho, a gente tem que correr.

—Com esses sapatos? – Mal perguntou, mas a outra já havia saído. – Por que está e ajudando? Achei que não gostassem de mim.

—O que? Não! É Alison que não gosta de você. O resto de nós realmente adora você Mal – sorriu Becky – E talvez Ben tenha me ligado antes de eu chegar no seu quarto pedindo para mim ajudar você a parecer uma jovem e séria futura rainha... Talvez. Agora toma isso.

—O que é isso? – perguntou Mal, pegando um pequeno broche de ouro em forma de torre nas mãos.

—É o brasão da casa corona. Prende no casaco ou na bolsa. Todos as casas reais de Auradon tem um, e é costume usar nas reuniões para mostrar seus aliados – suspirou Rebecca, enquanto chegavam na porta da diretoria – Minha mãe é uma das conselheiras mais importantes, a porta voz da realeza. Quase como uma juíza! Use isso e ninguém vai fazer pouco de você, talvez até o fim da reunião tenha mais um ou dois desses... Ben não lhe deu um?

—Hum – Mal pensou no chamativo broche de fera que estava dentro de uma gaveta com todos os outros centenas de milhares de presentes que Ben lhe derá – Talvez, mas ele não me explicou o que significava.

—Bem, agora você sabe – Becky abriu a porta – Estamos aqui diretora.

...

Ben andava de um lado para o outro, e de novo, e de novo. Ele não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. Malévola havia fugido. De novo. Debaixo do nariz dele! Ele suava em frio só de pensar. Ela viria atrás de Mal. E o conselho com certeza ia culpar ela. Talvez pensassem que ela ajudou!

E ela não tinha nenhum brasão. Ele deveria ter alertado Rebecca sobre o broche que dera para Mal, mas provavelmente era tarde demais.

Ele havia visto Audrey e Chad cruzarem um corredor ali perto, o que deveria significar que seus pais já haviam chegado. Os irmãos White também haviam passado por ele a algum tempo.

—Majestade – a voz da Fada Madrinha ecoou no corredor vazio, ao lado dela estava Mal, com um vestido roxo, e um blazer preto. Um arco lilás no cabelo, gloss e sapatinhos de salto. Uma bolsa de mão, com um brasão de Corona preso.

Rebecca havia se saído melhor do que o esperado.

—Ai está você – sorriu Ben para a noiva, a abraçando – Eu sinto tanto por tanto isso, ninguém imaginava que seria possível que ela escapasse, Mal.

—Eu sei – Mal falou – Nem eu imaginava que conseguisse. Me sinto tão burra.

—O único jeito dela ter escapado foi se alguém ajudou, você não é burra – falou ele, acariciando o rosto dela – Você não consegue imaginar quem foi?

—Não – Mal deu um puxão nos cabelos bem arrumado que Rebecca corrigira trinta vezes no caminho até o castelo – Quem iria querer minha mãe solta por Auradon?

—Algum dos novos alunos? – Ben tentou.

—Não acho que fariam isso – suspirou Mal – Nem mesmo Carmim chegaria a esse extremo. Na verdade, ela realmente odeia a minha mãe... 

Mal lembro de Carmim rindo de sua mãe enquanto ela possuía Mal. Ela não faria algo assim, Carmim não fazia grandes atos de Maldade... Ela preferia manipular e mexer com a mente das pessoas a realmente agir.

—Espero que tenha razão – falou Ben, sorrindo solidário enquanto passavam pelas portas de ouro. - Vamos?

...

—Está atrasada – grunhiu Alice, quando Ally chegou ao jardim que ficava atrás da loja de chás, onde Chris estava com seu pai e a mãe da namorada tomando chá – Achei que tinha dito que vinha as duas, são quase quatro horas Alison!

—Desculpe, desculpe – falou a outra, se sentando – Eu me dormi, e a prova dos uniformes de torcida atrasou, e depois eu fiquei ouvindo algumas meninas falando algumas coisas... As noticias... É verdade?

—É, o conselho está em reunião desde as onze – falou sua mãe invejosa, todos sabiam o quanto Alice tentará entrar no conselho e o quanto a Rainha Bela tinha lutado para manterá fora – Devem acabar a reunião só a noite.

—Me pergunto quem seria tão louco para ajudar Malévola a fugir – falou o Chapeleiro, jogando um cubo de açúcar para cima e abocanhando.

—Provavelmente uma daquelas praguinhas que vieram da ilha – grunhiu Alison – Não duvido que aquela Princesinha de Copas não fosse capas de fazer isso, ela tão horrível mamãe.

—Ah, minha menininha - Aice suspirou, passando a mão pelo cabelo da filha.

—Pare de ser tão dramática Ally - reclamou Chris, pegando um sanduíche –De que é isso?

—Pepino. Morango. Creme de amendoim. – falou o Chapeleiro.

O garoto suspirou frustrado. Seu pai era excêntrico demais as vezes.

—Mas Alison tem razão, aquela garota é horrível – falou Alice – Ela veio na loja outro dia, e pelo Coelho Branco... Não é mesmo querido?

—O que? - O Chapeleiro, que tentava arrumar a hora de um relógio, olhou para ela cofusso.

—A garota de Copas, querido - falou Alice, gentilmente. - E pare de passar manteiga no relógio!

—Ah, sim, a princesa... Terrível e Adorável, como a mãe quando tinha aquele brilho jovem nos olhos - falou o Chapeleiro, sorrindo para o nada como se pudesse ver algo que ninguém mais via.

Alice suspirou - Eu quero vocês dois bem longe daquela menina. Longe de qualquer um daquele circo de horrores, entenderam?

—Nem precisava ter dito, mamãe – falou Alison, sorrindo e tomando seu chá. - Eu nunca me envolveria com alguém como ela!

—Christian? – Alice olhou fixamente para ele.

—Sabe... – o garoto mexeu no cabelo – Eu nunca fui contra o noivado de você... Não é algo que pessoalmente me incomode. Mas Alice, mesmo me conhecendo desde pequeno você não é a minha mãe. Nunca, vai ser a minha mãe. Então não tente agir como se fosse, certo?

—Christian! – o Chapeleiro arregalou os olhos. - Não seja tão rude a mesa!

—Acredito que a senhora tenha boas intenções – seguiu ele, ignorando o pai, e mexendo sem vontade no seu chá – Mas não tem o direito de escolher meus amigos. Talvez se tivesse aprendido a conhecer antes de julgar, a história tivesse sido diferente, e as pessoas lhe dessem ouvidos. E Alison aqui não estaria se tornando alguém tão... Enfim!

—Chris... – Alison fez aquela voz magoada que apenas Christan sabia que era forçada. Ele conhecia Alison o suficiente para saber disso.

—Eu tenho que ir, quero estar na escola antes que escureça, vai ter uma chuva de estrelas hoje – ele falou, colocando a cartola e saindo do jardim vendo um gato preto pular para o outro lado do muro antes de cruzar a porta.

—Menino Christian, boa tarde – Sorriu o sr. Shice , que andava pela rua deserta – Como vai seu pai?

—Muito bem senhor – sorriu ele, lutando contra o instinto de dar uma resposta grosseira ao homem que não tinha nada a ver com sua família problemática, e ainda por cima parecia tão em paz.

—Desculpe interromper, você parece com pressa – ele deu um grande sorriso – Mas por outro lado, vocês jovens sempre estão com presa. Poderia eu fazer-lhe uma pergunta?

—Claro.

—Eu gostaria de saber se conhece a srta. Carmim d’Copas? – perguntou ele – Creio eu que ela está na mesma turma sua e da srta. Alison?

—Sim... Por que? – ele ergueu uma sobrancelha.

—Você poderia entregar a ela um bilhete meu? Combinamos de nos encontrar na cidade ontem, mas pelo que eu soube ela teve alguns imprevistos – ele sorri de novo. – Entende, eu não confiaria em mais ninguém para entregar este bilhete. Não se pode confiar muito nos jovens de hoje...

—Claro, eu entrego – ele falou. – Assim que eu chegar na escola.

—Hoje vai ser uma bela noite – suspirou o homem – Obrigada garoto, fico muito grato por isso. Tenha uma boa tarde.

—O mesmo.

...

Carmim estava deitada encarando o teto do quarto enquanto o fazia mudar de cor de novo e de novo, do rosa pink, ao preto profundo, ao azul cintilante. A escola estava assustadoramente silenciosa depois da notícia da fuga de Malévola todos pareciam meio assustados.

Mesmo sem admitir, até ela estava.

Uma barulho no jardim lhe chamou atenção, ela seguiu até a sacada se escondendo atrás das cortinas para ver o que estava acontecendo quando ouviu o cabelo loira oxigenado de Alison.

—Ai está você! – gritou ela, Carmim seguiu o olhar da outra até ver Chris, com um telescópio na grama do jardim – Que ideia foi aquela, hein? Minha mãe está uma fera!

“Droga” Carmim pensou, sem ouvir a resposta dele. Ela apertou o cetro das maravilhas, pensando em sua audição ficando tão boa quanto o melhor dos predadores, se estendendo a quilômetros, pensou em poder ouvir até mesmo os mais baixos sussurros ao vento.

—Copas – e estava feito.

—Você não entende – grunhiu Alison – Isso tudo está mexendo muito com ela!

—Por favor – Chris revirou os olhos – Tudo mexe com ela. E com você. A verdade Alison, é que você consegue ser ainda pior que a sua mãe!

—Então é assim? Você está do lado deles? – ela acusou – Daqueles desajustados?

—Não há lado nenhum, Alison! A única desajustada nessa escola é você, que não entende isso e acha que tudo gira em torno de você! – suspirou Christian – Olha, eu vim aqui pra relaxar, será que... Dá pra falar disso amanhã?

—Não! Nem amanhã nem nunca, quem você acha que é pra falar assim comigo? Acabou, Christian – gritou a outra – Tá tudo acabado, certo?

Ela saiu marchando pelo jardins sumindo nas sombras.

Christian deu um grito frustrado se jogando para trás na grama.

—Noite difícil, hein? – Carmim se apoiou no parapeito da sacada, olhando para baixo. Para ele a metros de distância.

—É feio ouvir a conversa dos outros – ele acusou, mas sorria.

—Vocês é que estavam embaixo da minha janela – ela deu os ombros – E então, isso acontece sempre ou hoje é algum dia especial?

—Super especial – ele falou ironicamente. – Com a Malévola sumindo, e tudo mais....

—Certo... – murmurou a ruiva – Então, o que está fazendo ai embaixo? Achei que seu quarto fosse do outro lado da escola.

—Você tem sorte – falou Christian – Do meu quarto só dá pra ver árvores, nada de céu. É do lado da floresta, nada de estrelas. Por isso tenho que vir pra cá. Will geralmente vem comigo, mas não achei ele.

—Ele e Hannah falaram algo sobre ajudar Charlotte com alguma coisa – ela deu os ombros – Eu até lhe faria companhia, mas... Não me dou bem com as estrelas.

—Todos se dão bem com as estrelas – ele falou, rindo.

Ela deu um suspiro pesado, olhando para ele por um minuto – Bem, eu não.


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Notas finais do capítulo

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Eu disse que tinha bomba! Ai está! Malévola está solta em Auradon... E agora? Bem, esperem para ver, afinal de contas, tudo é possível em Auradon Prep.
E quem vocês acham que ajudou Malévola? Quais serão os planos dela?

Isso nós vamos ter que esperar para ver.
Long Live Evil, e até mais meus Auradonianos!
Bjs, Meewy Wu.