Não sei por que você assumiu a culpa, é como se tivesse deixando ela vencer. E você não parece o tipo que entrega uma briga

—Chris Hatter

...

..

.

—Formula disso... Teoria daquilo... – gemeu Carmim, se levantando da cama e parando e frente ao espelho – Por que eu tenho que saber tudo isso? Não é como se eu pretendesse ficar aqui mesmo.

Carmim encarou seu reflexo, tentando imaginar como era sua mãe quando tinha sua idade. Parecida com ela talvez? Mais cheia, com cabelos negros? Mas tudo que ela conseguiu foi ver a si mesma. Ela suspirou.

Copas/Hearts

Carmim d'Copas & Rainha de Copas

Carmine of'Hearts & Queen of Hearts

Ps. As partes em letra maiúscula são cantadas por ambas.

Carmim: Que eu faço aqui?
Pra inicio de conversa.
Qualquer um pode ver
Que não é o meu lugar!
Os seus sonhos insanos,
Não irei realizar,
Então, mamãe...
Por que me mandou pra cá?

Carmine: What do I do here?
To talk of beginning.
Anyone can see
It's not my place!
Your insane dreams,
I will not perform,
So, Mom ...
Why did you send me here?

Carmim encarou seu próprio reflexo no espelho, tocando sua mão no vidro frio. E então a mão mudou.

—Mãe? – gemeu a menina, encarando a mulher no espelho.

Rainha: Olhe ela, tão pequena e insegura.
Olhe ela, está prestes a chorar.
Por acaso, não é a princesa de Copas?
Por acaso, não te ensinei a lutar?

Queen: Look at she so small and insecure.
Look she is about to cry.
By chance is not the Princess of Hearts?
By chance not have taught thee to fight?

...

Carmim: Mas lutar contra que?
Rainha: Contra si. Contra o mundo!
Carmim: Mas que armas usar?
Rainha: Eu preciso lhe falar?
Você tem o que precisa. Você tem o que procura.
Não esqueça do seu nome, eu confio em você.
Você é ?

Carmine: More fight against that?
Queen: Against you. Against the world!
Carmine: But what weapons to use?
Queen: I need to talk to you?
Do you have what you need. Do you have what you need.
Do not forget your name, I trust you.
You are ?

...

Carmim: Uma Copas! Mas e se eu falhar...
Rainha: Todos falham nesse mundo, aprenda a superar!
Você é?

Carmine: A Hearts! But what if I fail ...
Queen: All fail in this world, learn to overcome!
You are?

...

Carmim: Uma Copas! E se eu me quebrar?
Rainha: Um coração partido não iria mal agora!
Você é?

Carmine: A Hearts! What if I break me?
Queen: A broken heart would not hurt now!
You are?

...
Carmim: Uma copas. Você confia em mim?
Rainha: Minha filha, meu sangue, Eu confio sim!
Você é?

Carmine: A hearts. Do you trust me?
Queen: My daughter, my blood, I trust yes!
You are?

...

(ps. cada vez que dizer copas/hearts em letra maísculas, Carmim dá m passo para trás)

Carmim: Uma Copas. Filha de uma rainha. Da rainha de...
COPAS!
Carmim: O que é afinal?
COPAS!
Rainha: O verdadeiro mal!
COPAS!
Carmim: O que eu faço agora?
Eu sou a princesa
Rainha: É a próxima rainha de...
COPAS!

Carmine: A Hearts. Daughter of a queen. The Queen Of ...
HEARTS!
Carmine: What is it anyway?
HEARTS!
Queen: The true evil!
HEARTS!
Carmine: What do I do now?
I am the princess
Queen: It's the next queen of ...
HEARTS!

Carmim dá um último passo para trás, caindo de costas na cama.

Carmim: Copas...
Carmine: Hearts ...

Ela ficou ali, deitada de olhos fechados até que alguém bateu na porta.

—Entra – ela gritou, se sentando de novo – Hatter? O que foi, mandaram você vir ver se eu não tinha fugido pela janela?

Christian riu - O contrário, na verdade.

—Você veio fugir pela janela por que mandaram me ver? - perguntou ela, rindo maldosamente - Por que isso é confuso.

—Na verdade, Mal mandou vir libertar você – ele deu os ombros, sem se abalar com o humor cruel da ruiva.

—Espera, Bertha o que? - Carmim piscou, confusa - Qual o plano dessa vez?

— Mas você tem que prometer que vai se comportar. - ele adicionou, e ela começou a gargalhar.

—Bertha quer que eu me comporte? O que mais, eu tenho toque de recolher? Desculpe fazer você caminhar até aqui a toa, mas... Não vai rola! – ela se jogou pra trás na cama de novo – O mais provável é que eu atire alguém daquela roda gigante, sabe como é, por falta de escadas.

—Eu sei que você não atirou a Ally, certo? – falou Chris, chamado atenção dela – Eu vi ela se atirar. Só não sei por que você assumiu a culpa, é como se tivesse deixando ela vencer. E você não parece o tipo que entrega uma briga.

—Se você não tivesse visto, teria acreditado em mim? – ela ergueu uma sobrancelha, e ele ficou em silencio – Ninguém acredita no acusado, essa é minha filosofia. Eu não entro em jogos com resultados forjados. E é por isso que não vou a festa nenhuma!

—Carmim...

—É sério, volta lá pra festa e diz pra Mal que eu to legal aqui – ela gemeu – O que eu ia fazer lá? Ficar parada vendo todo mundo se divertir? Vendo o Gart correr atrás da Becky, e a Hannah e o Will babarem um no outro? E de qualquer forma, eu não vou me comportar mesmo, então...

—É melhor você se calçar - falou ele, erguendo as sobrancelhas.

—Olha só, eu to falando sério – ela gemeu – Eu não quero ir, a Mal só está fazendo isso por que... Por que... Eu sei lá por que, ela é louca! Mas ela também não quer que eu vá, então é melhor me deixar aqui e... O que você está fazendo?

—Procurando seus sapatos – ele falou, abrindo a porta de um armário – a propósito, belo trabalho você fez aqui.

—Obrigada – ela grunhi – Você não vai desistir, não é?

—Não – ele falou, prestes a abrir uma gaveta.

—Não ouse abrir essa gaveta! – ela gritou, rapidamente – Tudo bem, eu vou pra maldita festa. Mas caso eu atire alguém da roda gigante de verdade, a culpa é toda sua!

—Não é como se a Ally fosse entrar na roda gigante com você – ele falou, enquanto ela puxava um par de sapatos de baixo da cama e se levantava, se equilibrando um pouco.

—Acho que você tem razão – ela se olhou no espelho - Eu mal estou arrumada. Não pode ao menos esperar cinco minutos pra mim passar maquiagem?

—Você não precisa de maquiagem, está bem assim. - ele falou, e as bochechas ficaram levemente coradas - Afinal, não é nenhuma grande festa.

Ela riu, empurrando ele para fora e fechando a porta.

—Cinco minutos - ela gritou lá de dentro.

Ele nunca entenderia que para era, aquela era a maior de todas as festas. A primeira.

...

—Nossa! – Exclamou Carmim assim que chegaram a festa – A Cherry ia amar isso aqui!

—Quem? –perguntou Chris, parado pouco atrás dela tentando olhar sobre a multidão.

—A filha do gato de Cheshire – a ruiva explicou.

—O Gato de Cheshire foi para a Ilha dos Perdidos? – perguntou o outro, surpreso – Eu sempre achei que ele tinha sumido junto com o Pais das Maravilhas.

—Sumido é, uma palavra um pouco forte... Mas é o que a maioria acha... A verdade é que mesmo supostamente estando na Ilha, ele anda por ai – ela deu os ombros.

—Por que ele foi mandado pra Ilha? Ele não é considerado um vilão – Chris refletiu por um minuto. - Bem, com certeza não é nenhum mocinho... Mas também não um vilão.

—Ele só estava no lugar errado, na hora errada – ela suspirou – A maioria estava, incluindo o Valete e a Lagarta.

—A Lagarta Azul? – Perguntou Chris, maravilhado – Eu achei que ela...

—Tivesse sumido também? Ah não – riu Carmim – Ela morreu ah alguns anos, conheci ela quando era pequena. Contava boas histórias. A questão foi que, quando a mãe de Alison desmoronou o pais das maravilhas, houveram aqueles que ficaram ao lado da minha mãe, os que ficaram ao lado de Alice e os seguidores da Lagarta, que por vez apoiava mamãe.

—Então, o Gato e o Valete seguiram a Lagarta?

—As coisas são mais complicadas com o Valette. Mas sim, foi o que aconteceu com Cheshire, assim como muitos outros – ela suspirou – Apenas seu pai, a Lebre e o Coelho ficaram ao lado de Alice. Ah, e a Duquesa, mas ninguém nunca lembra dela! Na verdade, nem eu sei direito o que aconteceu com ela... Mas chega de aula de história por hoje!

—CARMIM? – A voz aguda de Evie chegou nos ouvidos da ruiva antes mesmo da morena entrar no seu campo de visão – Não me diz que você fugiu?

—Não – riu Carmim, encarando a garota puxar Doug pelo braço como um boneco de trapos – Acredite, ou não, Mal mandou irem me libertar!

—O QUE? – Gritou Evie – Serinho? Não, não... Eu tenho que ouvir isso por mim mesma. A gente se vê daqui a pouco Certo? Não some! Uh, tchau Chris!

—Tchau – acenou o menino.

—Olha só quem é famoso – riu Carmim.

—Fácil quando seu pai é dono de uma loja de doces – ele riu – E chás, mas todo mundo vai lá pelos doces. Alguém ainda toma chá hoje em dia?

—Hein, eu tomo chá! – grunhiu a ruiva – De qualquer forma, onde tá o resto do pessoal?

—Ally tá na barraca de flores, eles devem estar lá com ela – ele falou, e a garota gemeu.

—Sabe, de repente eu encontro vocês lá daqui a pouco e... – ela começou a se afastar, mas ele segurou seu braço – Eu não vou aprontar nada. Juro.

—Eu vou junto, pra garantir – ele falou, um pouco nervoso.

—Eu apostaria todos meus sapatos que tem uma boa quantidade de abelhas naquela barraca a essa hora – murmurou Carmim, fazendo ele corar – Eu sabia! Mas fique avisado, eu tenho uma grande, grande, grande queda por jogos de azar!

...

Queda, ela havia dito. Pois para Chris parecia mais uma avalanche. Havia passado pelo menos meia hora de que estavam ali e Carmim já tinha uma sacola cheia de doces e brindes ganhos nos jogos que de azar pareciam não ter nada para ela.

—Hummm, e agora? – ela perguntou, olhando em volta – acho que já joguei tudo que tinha de divertido aqui... E só ganhei porcaria, eu devia doar isso pra um asilo, ou algo do tipo!

—Um orfanato seria mais adequado – riu o garoto, um brilho intenso refletiu nos olhos violetas brilhantes dele. Carmim se perguntou como ela nunca tinha percebido isso, eles eram lindos, como pedras preciosas... E tinham um brilho completamente insano no seu fundo – E aquilo? Vamos ver quem pega primeiro?

—O que? - Perguntou Carmim, olhando sobre o ombro para uma máquina de garra – Ah não, aquele negócio não. Sério, elas me perseguem!

—O que? – Riu Chris – Achei que você dominasse esses jogos.

—Todos, menos esse negócio – grunhiu ela – Sério, vamos lá ver se a Alison já fechou a barraca, ai ela pode jogar isso com você. E eu talvez arraste Hannah comigo para a roda gigante pra Gart conseguir uma filmagem legal dela vomitando lá de cima na cabeça de alguém!

—Acabou de pensar nisso, não é? – perguntou ele.

—É. Mas é uma ótima ideia, vamos? – mas ele já estava andando em direção a maquina. Carmim marchou atrás do garoto – Você é irritante sabia?

—Segura pra mim? – ele entregou pra ela a cartola, que de má vontade ela segurou – Obrigada.

—Uh, Carmim! – gritou uma voz conhecida, enquanto ela caminhava em volta da máquina – Soube que você tinha sido liberada!

—Queenie Queen, a pirralha mais bem informada que conheço – riu Carmim – E mais melada, você esteve comendo as maçãs que devia estar distribuindo?

—Só as últimas, e elas já acabaram – riu Qeenie, passando a mão na boca melada – Tudo vai fechar logo, B foi ajudar a Lootie com as fotos, e a Hannah me pediu pra achar vocês. O que ele tá fazendo?

—Mostrando que diferente de mim sabe mexer naquela maquina demoníaca – grunhiu Carmim – Onde estão os outros?

—Will e Hannah devem estar vindo ai, Hugo e Becky ficaram apara ajudar Ally, agora que está perto da meia noite todo mundo quer flores... E Gart ficou com a Becky, é claro! – riu Queenie.

—É claro que sim... Espera ai, que negócio é esse de Ally? – grunhiu Carmim.

—Todos mundo chama ela assim, acabou grudando – a outra deu os ombros, e apontou com a cabeça para Chris, antes de começar a gargalhar.

Não era só um ursinho de pelúcia, era um ursinho de pelúcia amarelo gigante

—Em minha defesa, eu queria pegar um dragão de pelúcia da mesma cor! – falou Chris, parecendo se segurar para não rir também.

—Copas... – Carmim murmurou antes de começar a gargalhar – Queenie, onde está a Lottie? Isso precisa de uma foto!

—Um minuto – Queenie saiu correndo.

— Isso ai campeão, agora segura esse negócio por ai – Ri Carmim, e então o bicho voou em direção a ela – Hei!

—Por que você não segura? – ele sugeriu, e ela jogo o bicho de volta.

—Mal ai quebrar sua onda, mas bicho de pelúcia não é muito a minha... Mas quem sabe a Ally goste? – ela fez uma careta com o apelido. Queenie tinha razão, ouvir todo mundo chamando a loira oxigenada assim tinha feito grudar.

—Bem que eu daria pra ela, só pra ver como ela ia ficar ridícula segurando ele – Chris riu, colocando o bicho de pé no chão – Acho que é maior que ela... Mas ela é alérgica a bichos de pelúcia!

—Um quase morre perto de abelha... A outra tem alergia a bicho de pelúcia... – gemeu Carmim – Como é que as pessoas sobrevivem nesse lugar?

Chris deu os ombros, e começou a andar arrastando o bichinho no chão.

—Para com isso, tá jogando poeira em mim - Carmim falou, desviando de uma nuvem de pó imaginária.

—Ah, admite... Você tá com pena dele – riu Chris, levantando o bicho até a altura de Carmim, e falando com uma voz muito idiota – Você não tá com peninha de mim?

—Não – ele falou, fingindo estar entediada, mesmo querendo muito rir.

—Sorria! – Gritou Lottie Red com uma câmera na mão, e B White atrás dela segurando um monte de tralhas.

Chris empurrou o bicho de pelúcia para cima de Carmim mais rápido do que ela poderia ter visto, e segurando-a da cintura.

—Uh, essa foto ficou perfeita – alo Charlotte, assim que o flash deixou Carmim cega – Até imagino no livro do ano “Alunos de Auradon e da Ilha dos Perdidos, amizades para a vida inteira”

—Você vai apagar esse negócio! - Falou Carmim, jogando o urso de volta para Chris e correndo atrás de Charlotte que jogou a câmera para B, que sumiu de vista na multidão.

—Para com isso, bichinhos de pelúcia não são nada comparado a Ally e Hugo falando sobre flores – Riu Lottie – Serinho, aqueles dois deveriam abrir uma floricultura!

—Ãh... Lottie, Ally já tem uma floricultura – Falou Chris.

—Ah, é mesmo – ela olhou para o lado, onde Hannah e Will se aproximavam – É melhor eu ir, já tirei fotos o suficiente de vocês dois por hoje!

Os dois riram.

—Procuramos vocês por toda a parte – falou Hannah— Alison disse que você deveria ter matado Chris para jogar os pedaços aos lobos.

—Beleza... – Carmim sorriu – Agora eu crio lobos, olhem só!

—Muito engraçada – falou Will, e se virou para Chris – Qual é a do ursinho?

—É dela – Chris apontou para Carmim.

—Meu nada, cai fora – a outra revirou os olhos – Você que resolveu ir mexer naquele negócio velho!

—Mas ele gostou de você – falou Chris, e os outros dois começaram a gargalhar.

—Seja lá de quem for o urso, é melhor deixar ele longe de mim – Falou Hannah, agarrando o braço da melhor amiga – A roda gigante fecha daqui a pouco, você tem que ir com a gente!

—Você? Roda gigante? – perguntou Carmim.

—Sim, eu já combinei com o Gart tudo, ele vai esperar lá em baixo com ma câmera e...

—...Se você vomitar, e cair em alguém, ele vai filmar tudo! – falo Carmim, completando o pensamento dela – E pensei nisso, tipo, a uns dez minutos.

—Eu também!

—Vocês são loucas – gemeu Will – Vamos logo.

—Ally já fechou a barraca? – perguntou Christian.

—Ainda não, mas se eu fosse você não chegava perto dela com essa coisa – falo Hannah – Ela quase matou uma menininha de medo agora a pouco.

—É cara, vem pra roda gigante com a gente. Eles só deixam entrar em grupos de quatro agora, então é você ou a Becky.

—E ela e o Gart já foram umas mil vezes... – gemeu Hannah.

Os quatro entraram na roda gigante, qe de repente parecia muito maior. Carmim se sentou m frente a Hannah, e ao lado de Chris. Ao lado de Hannah estava Will.

—Toma – falou Chris, colocando o bicho de pelúcia no colo dela.

—Quer parar com isso? – grunhiu a ruiva, devolvendo o animal para ele.

—Você vai ferir os sentimentos dele – falou Chris, de uma forma tão convincente que qualquer um poderia acreditar que o bicho tinha mesmo sentimentos. Will tossiu e falou algo que ninguém pareceu entender.

A roda gigante começou a subir, e Hannah a ficar verde como um limão, até que eles chegaram lá em cima, e ele colocou a cabeça para a janela, colocando tudo pra fora.

—ECA – gemeu Carmim, enquanto via pelo chão e vidro o vomito bater na cabeça de um senhor careca. Gart segurando uma câmera a uma distancia segura morria de rir. – Certo, melhor a gente descer.

A roda desceu, e os quatro saíram, com cuidado para não encostar no vomito do lado de fora.

—Eu acho que eu vou me deitar – gemeu Hannah – Alguém diz pra Queenie que e fui mais cedo?

—Eu te levo, você ainda tá meio verde – falou Will, um pouco assustado, um pouco maravilhado – De qualquer forma, só tem o jogo dos reis e depois os fogos do fim da festa.

—Certo – falou Hannah, aceitando o braço de Will – Obrigada. Tchau cacá!

—Cacá é a vó! – grunhiu Carmim, cansada do maldito apelido de Gart – Eu vou matar aquele desgraçado...

—Então... – Chris esticou o urso em direção a ela.

—AH, TÁ LEGAL EU LEVO ESSE NEGÓCIO! – ele bufou, puxando o urso – Se ele acordar decapitado, a culpa é todinha sua!

—Você teria coragem de decapitar ele? – Chris a encarou com aqueles enormes olhos violetas.

—Uh, tem uma faca bem ali – falou ela, apontando para uma barraca de bolos.

—Muito engraçada você, ameaçando bichinhos de pelúcias com facas – Falou Gart, aparecendo com Becky— Senti tanta falta sua Cacá, mas e tenho que admitir esse cara é mais boa pinta do que eu.

—Até uma pulga é mais boa pinta que você Gart, quanto mais um urso desse tamanho – gemeu Carmim – E se me chamar de Cacá mais uma vez, eu enfio aquela faca em você, não no urso!

—Nossa, como ela tá violenta – riu Gart.

—Beleza, então vocês vem pro jogo de Criquet? Quase todos mundo já deu no pé! – gemeu Becky – Queenie foi embora com a Hannah por que ela passou mal, e Will estava junto. Os White tinham que encontrar a mãe, e Lottie foi procurar uma boa vista pra tirar fotos. Ally foi dormir, ela disse que o cheiro de rosas deu dor de cabeça nela.

—E Hugo? – perguntou Carmim para Gart.

—Uh, ele foi buscar algo pra gente tomar. Pedimos chá pra você, e café pro Hatter, mas infelizmente não pedimos nada para o seu urso ai – riu Gart – Onde você arrumou essa coisa?

—Esse cidadão me fez carregar ele – ela apontou para Chris – Então? Qual é a do jogo de Criquet?

—Uh, todos os anos no aniversário de Auradon os reis se juntam pra disputar uma partida de criquet. A vitória sempre fica entre o rei Fera, o rei Encantado e o rei White. Mas esse ano o rei Tritão veio também, e ouvimos falar que ele é muito bom em criquet submarino.

—E qual a diversão? – perguntou Carmim.

—Bem, o jogo é feito em uma campina em volta de alguma colinas baixas no fim do terreno da escola, então é bem bom de estender cobertores lá e ficar assistindo – Becky deu os ombros – Além do mais, também dá pra apostar. Tipo, não se ganha nada, mas o dinheiro vai para uma instituição de caridade e os reis disputam quem consegue arrecadar mais.

—Apostar? – Perguntou Carmim – Gosto dessa palavra.

—Ah não – gemeu Gart – Lá vamos nós de novo. Por que você tinha que falar isso?

—O que? – perguntou Rebecca.

—Ela tem uma queda por jogo de azar – falou Chris – e pelo que parece, por apostas também.

—Com certeza – falou Gart.

...

Com 150 moedas de apostas de Carmim nele, Rei Charming ganhou brincando de seus adversários.

—Lembrando que todo o dinheiro arrecadado com as apostas irão para a instituição Charming, que coisa de crianças vitimas de queimaduras.

Todos aplaudiram, então os reis saíram e alguns jovens começaram a jogar. Inclusive os irmãos White.

—Eu quero jogar! – Declarou Carmim, se levantando do Cobertor onde os cinco estavam.

—Eu topo! – gritou Gart, se virando para Becky – Vamos?

—Eu nunca aprendia a jogar criquet – ela confessa – Mas eu vou com vocês. Você fica Chris?

—E passo – ele falou colocando a cartola sobre os olhos.

—Então aproveita e fica com esse seu urso ai – Carmim jogou o urso.

—Seu urso – ele corrigiu.

—Cara, que saco – a outra bufou - Hugo?

—Não, pra mim já deu por hoje– falou ele – Acho que vou dar uma passada no quarto das meninas pra ver se a Hannah tá bem, e depois vou cair na cama.

—Frangote – riu Gart, mas até mesmo Hugo gargalhou – Até mais cara!