Vigilantes do Anoitecer escrita por Lady Angellique


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!Desculpem a demora para atualizar, mas como compensação eu vou postar todos os caps restantes de VdA, pelo menos quantos eu conseguir postar hoje, mas mesmo assim conto com vocÊs em seus comentários, recomendações e favoritos para ajudar a história a crescer e me deixar sabendo o que está achando da mesma.

Bom, é só isso que eu tinha pra falar, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/638259/chapter/20

Os dias estão passaram muito rápido, quando eu fui perceber, já havia se passado um ano que eu estava morando com Serenity e sua filha Skye, no pequeno sitio delas, treinando sem parar, todos os dias, desde as sete horas da manhã até às sete da tarde, ás vezes mais que isso outras vezes menos, dependendo do humor de Serenity, nós só parávamos para comer ou ir ao banheiro, fora isso mais nada. Por causa do treinamento constante, eu quase não mantive contato com o meu irmão, ou meus pais ou os gêmeos, sendo que o único dia que nós não treinávamos era no domingo ou quando Serenity mandava que fizéssemos algo pra ela na cidade, nos primeiros meses eu rezava para o domingo chegar ou que ela me pedisse para ir comprar algo na cidade, mas eram raras as vezes que esse ultimo acontecia, como hoje.

Hoje, eu e Skye iríamos até a cidade fazer as compras do mês e era uma quarta feira, meus músculos estão todos doloridos, embora seja uma dor que eu me acostumei depois de um ano treinando constantemente, mas eu quase dei pulos de alegria quando Serenity disse que hoje não teria treinamento, mas eu tive que me controlar, porque vai que ela volta atrás e manda a gente ir treinar enquanto ela vai às compras?

—Skye! Onde está a minha pomada?! – eu gritei do banheiro, chamando minha “colega de quarto” porque como sempre ela havia pegado uma das minhas coisas e não havia colocado no lugar.

—Está na segunda gaveta à direita! –ela gritou me respondendo do seu quarto.

—Parem de gritar vocês duas! - Serenity gritou conosco – Está cedo e vocês podem acordar os vizinhos!

—Que vizinhos?! Não tem ninguém que more perto daqui, só há três quilômetros ou mais que encontramos outra alma viva!Então, o seu argumento não é valido! – Skye gritou de volta me fazendo rir.

É, mais um dia normal.

Achei a minha pomada e a apliquei em cima de um roxo que estava começando a se formar nas minhas costelas, devido ao chute que eu recebi de Skye ontem, e essa pomada ajuda a aliviara dor e a cicatrizar mais rápido, e como ninguém aqui é um curandeiro, tenho que me virar sozinha pra não ficar tão dolorida. Como sempre, eu apanhei pra caramba dela, ela nunca deixava uma brecha e sempre interceptava os meus ataques antes mesmo de eu sequer pensar no que eu iria fazer, mas hoje eu não vou ficar com raiva por causa disso, porque ontem eu finalmente consegui dar um soco no meio daquela cara debochada dela e eu fiquei tão feliz com isso que parei de prestar atenção totalmente na luta e acabei levando esse chute dela nas minhas costelas. Fazer o que,né? É a famosa lei de Newton: ação e reação. Eu bati nela e ela me bateu, eu queria dizer que estamos quites, mas isso está bem longe da verdade.

Skye abriu a porta do banheiro e me empurrou para o lado para ocupar da pia, pegando a sua escova e a pasta de dente e logo começando a escovar, enquanto ela fazia isso, eu peguei um elástico e prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo alto, quando ela terminou e secou a boca eu sorri feliz ao ver que ela estava um pouco inchada devido ao soco de ontem, ela notou o meu sorriso e fez uma careta.

—Isso não vai se repetir.

—Ah mais vai sim! Acho que to pegando o jeito das coisas, e se depender de mim eu vou descontar todos os machucados que você me deu nesse ultimo ano.

Ela bufou e saiu do banheiro eu fiz o mesmo e nós descemos as escadas indo em direção à cozinha onde Serenity estava acabando de por a mesa com o nosso café da manha.

—Bom dia meninas!

—Bom dia! – nós respondemos juntas e nos sentamos começando a no servir do café da manhã que ela havia preparado.

Serenity nos observou por um momento e seus olhos recaíram sobre os lábios de sua filha.

—O que aconteceu com você, Skye?

Skye me fulminou com o olhar e eu ri, e somente isso bastou para Serenity entender o que havia acontecido.

—Parece que você finalmente coseguiu driblar as visões de Skye. Fico feliz, Tori, você esta progredindo.

Sorri feliz pelo elogio e voltei a comer, me lembrando do dia em que eu descobri que Skye era uma vidente. Desde o dia que eu havia chegado aqui e que começamos a treinar eu nunca consegui bater em Skye e isso já estava me deixando muito frustrada, pois todo santo dia que treinávamos juntas praticando diversos tipos de lutas, ataques e defesas, eu nunca conseguia acertar Skye e mal conseguia me defender dela e eu nunca entendi o porquê, até que um dia que estávamos no tatame, já era mais de oito horas da noite e ainda não havíamos parado de praticar, já havia se passado quase dois meses que eu estava aqui e eu ainda não havia parado de me empenhar em cada um dos treinamentos, desde a uma simples sequencia de abdominais até as horas de luta com Skye ou ate mesmo com Serenity . Como diz o velho ditado: a pratica leva a perfeição, e nesse caso eu estou precisando de muita prática pra chegar a perfeição, se é que ela existe.

—Desiste – ela disse tirando uma mexa do seu cabelo que estava caindo no seu rosto – Você nunca vai conseguir me pegar de surpresa e nunca vai conseguir me derrotar. Como eu disse, você não pensa antes de agir e esse é o seu pior erro, pois não pensa nas consequências que seus atos podem trazer pra você. Mas pra minha sorte eu sei o que vai acontecer.

—Chega de papo vocês duas! – Serenity ralhou conosco – Preferem ficar batendo papo ou ir pra onde interessa?

Serenity começou a falar mais algumas coisas sobre compromisso e que temos que manter a seriedade em horas como essa, mas eu não prestei muita atenção nisso e sim na frase de Skye que estava rondando na minha cabeça, foi como se eu finalmente descobrisse que dois mais dois é quatro. Parece idiotice, mas é verdade.

Me levantei do chão que eu estava jogada antes – porque eu levei uma rasteira muito bonita há apenas alguns instantes atrás – e encarei Skye que me olhava com uma sobrancelha erguida, me desafiando silenciosamente a tentar ataca-la de novo, mas esse não era meu foco agora.

—Espera aí. Como assim “pra minha sorte eu sei o que vai acontecer”? – fiz uma imitação da sua voz um pouco exagerada, fuzilando ambas com o meu olhar – Não tem como você saber disso a menos que você seja a porra de uma vidente!

Também acho que eu estou gritando, só acho.

Skye levou uma das suas mãos à parte de trás da sua cabeça e aparentemente coçou o seu coro cabeludo em um ato de nervosismo, me dando um sorriso sem graça.

—Err, eu não te contei?

—Claro que não!

Definitivamente eu estava gritando.

—Até que você demorou a descobri, Tori – Serenity disse, caminhando para mais perto de nós duas – Mas você esta se saindo muito bem pra quem não sabia e estava lutando com uma vidente que tem uma vantagem bem maior sobre você, somente pelo fato dela saber os seus próximos movimentos. Mas isso não a torna melhor que você no quesito luta,Tori.

—Eu estou aqui – Skye disse levantando um dos seus braços acima da sua cabeça e o balançando, mas eu decidi ignora-la.

—Ah não? Então porque eu só apanho?!

—Porque você esta cega demais tentando salvar o seu orgulho e não presta à devida atenção no que é necessário – tá, isso doeu – Você tem uma coisa que mais ninguém na Ordem tem: a chance de lutar e superar uma vidente. Se você se empenhar no seu treino e em tentar descobrir um ponto fraco na clarividência de Skye, ninguém mais vai conseguir parar você, mas você só vai conseguir se deixar seu orgulho de lado e começar a seguir a sua cabeça e não os seus instintos.

—Quer dizer que eu não posso seguir os meus instintos? – indaguei – Se você não sabe, foram eles que me salvaram e é por isso que eu estou aqui hoje.

—É claro que deve seguir os seus instintos, Tori, mas não deve se deixar dominar por eles.

Assenti, ficando em silencio por um tempo que me pareceu infinito repassando as palavras de Serenity na minha cabeça. Talvez ela tivesse razão.

—Vamos, meninas, vamos entrar. Já chega por hoje.

Skye e eu a seguimos porta fora, e ela parou para trancar o mesmo, antes de nós três seguirmos para a casa.

—Ainda acho injusto isso – murmurei, provavelmente parecendo uma criança emburrada.

Skye riu.

—Eu queria ver até onde você iria aguentar – Serenity comentou.

—Como assim?

—Se você iria continuar persistindo em tentar derrubar Skye.

—Claro, eu ainda tenho que descontar alguns socos que ela me deu e não vou descansar até isso acontecer – respondi encarando Skye com um pequeno sorriso nos lábios.

—Eu vou esperar ansiosamente por esse dia – ela respondeu retribuindo o sorriso.

—É, mas vocês não vão fazer mais nada hoje, somente comer alguma coisa, banho e cama – Serenity “instruiu” delicadamente – Agora, vão tomar banho vocês duas.

Pronto. Começou a competição pra ver quem iria tomar banho primeiro e dessa vez eu ganhei, devo agradecer o meu irmão por isso, afinal eu só sou rápida assim em competições dentro de casa como essa porque eu e ele vivíamos competindo coisas assim, o mais rápido ganhava, e hoje eu fui a mais rápida. Chupa Skye!

Desde o dia que eu descobri que Skye era vidente eu passei a pesquisar mais pra entender um pouco mais sobre isso, mas minhas pesquisas não levaram a nada porque não havia quase nada sobre esse poder, a Casa de Gemini não deixa qualquer informação sobre o poder deles escapar assim, podia ser uma desvantagem pra eles se acontecesse algum tipo de desavença entre as casas, de certa forma eu entendo eles, é uma ótima estratégia de batalha, mas isso não quer dizer que eu não fiquei frustrada por não conseguir informações sobre isso.

Mas uma coisa nunca bateu nessa história, porque Skye tem o poder da Casa de Gemini, Serenity não pertence a essa casa, porque se não ela teria esse poder também e não moraria em um sitio na Cidade Lupus e sim no “pequeno” condomínio dos Geminis. Isso já estava me matando, não saber qual é a verdadeira história por trás dos poderes de Skye, espero que uma delas me conte a verdade.

Agora, Skye e eu, estávamos indo em direção a cidade que ficava a cerca de vinte minutos de carro do sitio, Skye foi dirigindo e eu estava no banco de carona olhando pra paisagem do lado de fora escutando uma música eletrônica que estava tocando na radio e eu não faço ideia de que música é, mas ela é bem legal.

—Chegamos – Skye anunciou quando paramos o nosso carro no estacionamento do supermercado, nós descemos e fomos fazer as compras.

O supermercado não estava tão cheio assim, por ser uma quarta-feira de manhã – porque Serenity fez questão de nos acordar cedo para nos enviar a cidade pra fazer as compras, honestamente, ela era a mais preguiçosa de nós três – então foi fácil e rápido pegarmos todas as coisas que estavam na lista e ainda ficamos dando umas voltas dentro do supermercado pegando besteiras que nós duas queríamos e depois nos dirigimos ao caixa para pagar e levamos todas as compras para o carro.

Depois de deixar todas as compras no carro, nós duas decidimos dar uma volta pela cidade, antes de voltar para casa. Skye e eu ficamos conversando banalidades, olhando as vitrines das lojas e apontando “discretamente” para pessoas que não sabiam o significado de “estar na moda” e que aparentemente não conhecem o cartão de crédito, fazendo alguns comentários a respeito, no final parecíamos duas doidas com problemas mentais, que mal conseguiam andar de tanto rir – sem nenhum motivo na maioria das vezes – com um sorvete que estava derretendo na nossa mão.

—Olha, olha, olha, se não são as patinhas da fazenda Simon’s. Acho que alguém deixou os portões abertos e elas acabaram fugindo – um idiota começou a caçoar da gente, pelo som da voz dele, eu pude deduzir que ele estava há alguns metros atrás da gente e havia nos avistado e é claro que ele não ia perder a oportunidade e tentar mexer conosco.

—Você ouviu alguma coisa? – Skye me perguntou, levantando uma sobrancelha e me dando um pequeno sorriso.

—Só um latido, acho que tem algum cachorro abandonado aqui perto – respondi, recomeçando a andar – Mas vamos embora logo, nós já temos animais o suficiente lá em casa pra nos preocuparmos com mais um.

Skye riu junto comigo e nós continuamos o nosso caminho ignorando aquele ser que estava praticamente soltando fogo pelas ventas com o ego ferido por ter sido ignorado. Dane-se. Não vou perder o meu tempo com esse cara, que vem me enchendo o saco desde o dia que eu dei o fora nele no trem, há um ano quando eu estava me mudando pra cá para treinar com Serenity. Na época eu não sabia que ele era Ulric, filho do chefe de um dos clãs mais antigos dessa cidade, que por ser parte desse clã e filho de quem é se acha o maioral e esta acostumado a ter tudo o que quer na hora que quer, mas conosco não é bem assim.

Nós duas continuamos a andar sem se quer olhar para trás, até que de repente Skye me empurrou para o lado levemente e uma pedra passou no espaço entre nossas cabeças. Serio? Já estamos abaixando o nível assim?

Um pequeno grupo de pessoas se reuniu a nossa volta, já prevendo que algo iria acontecer, digamos que eu e Skye não temos uma boa fama por aqui, principalmente depois da primeira vez que nós duas viemos sozinhas e juntas na cidade e logo caçamos confusão com uma pequena gangue que estava fazendo comentários nada impróprios pra cima da gente, e é claro que não iríamos deixar barato. Se pensar por um lado, foram eles que começaram e não a gente, nós só demos o troco de uma forma que eles nunca esqueçam e aprendam a não ficar chamando qualquer mulher que passa na rua de certos nomes, que eu tenho até nojo de falar, mas enfim...

—Você acabou de atirar uma pedra na gente? – eu perguntei me virando e o encarando, cruzando os braços na frente do meu corpo.

—Eu? Eu nunca faria isso! – ele exclamou como se estivesse ofendido com a ideia, embora tivesse um enorme e divertido no rosto, como se nos desafiasse a partir pra cima dele, e seria o que eu faria nesse momento, se Skye não tivesse segurado o meu braço e sussurrasse no meu ouvido:

—Deixa pra lá. Pelo menos por hoje – eu a olhei com uma cara como que perguntava: “é serio?”, ela entendeu e continuou – Não vai ser hoje que iremos dar uma lição nele, aguarde e confie, quando chegar a hora ele vai ter o que merece.

Nós nos encaramos durante um tempo, uma guerra de olhares sendo travada silenciosamente, por fim eu entendi o seu ponto, ela deve saber algo que eu não sei – como sempre – que provavelmente me envolve batendo no idiota mor Ulric.Também. Eu sei esperar. Por isso eu simplesmente dei a meia volta junto com Skye e fomos em direção ao nosso carro, que estava estacionado na esquina, deixando um Ulric furioso atrás da gente nos lançando pragas e maldições.

—Espero que essa espera valha a pena.

—Vai valer, acredite em mim- ela deu um sorriso enigmático, do tipo que me mata de raiva e ligou o carro, nos levando de volta pra casa.

***

A tarde não foi tão cansativa assim, tirando a parte que tivemos que levar todas as compras pra dentro e guarda-las, o resto foi tranquilo, como o fato que Serenity estava boazinha hoje e nos deixou com o resto do dia livre. Skye e eu acabamos por ir sentar do lado de fora depois que almoçamos e ficamos por lá batendo papo, até que Seth apareceu e nós duas ficamos paparicando ele e falando com aquela voz de retardadas, que todo mundo usa pra falar com animais ou com crianças. Fala serio, isso é muito esquisito, mas é uma coisa que todo mundo faz e eu sinceramente queria saber o porque disso, embora se eu for perguntar pra alguém ninguém vai saber responder, muito menos eu. É... Pequenos mistérios da vida que toram ela de certa forma mais charmosa.

—Sabe, eu estou sentindo falta da Lunna. Tem tempo que ela não aparece por aqui – comentei, enquanto dava pequenas amoras que havíamos colhido do pequeno pomar a Seth, que as comia elas satisfeito.

—Ela vai voltar quando sentir saudades – respondeu ela tranquilamente, olhando o horizonte enquanto o sol se punha, tingindo o céu de laranja, uma hora maravilhosa para se sentar ao ar livre e ficar somente observando a natureza.

—Tomara que não demore muito.

Lunna era a loba de estimação de Skye, por quem eu me afeiçoei logo quando a vi pela primeira vez. Ela é linda, toda branca e com os olhos azuis, e totalmente mansa... quer dizer, tirando as vezes que tem desconhecidos na propriedade, ou quando ela se sente ameaçada e se um lobo de um metro e meio se sentir ameaçado pode saber que a porra é seria. Ela é igual Seth, fica passeando pela propriedade, dorme entre as árvores, come o que lhe aparecer na frente – no caso de Lunna, se algum animal que ela não conhece aparecer pela propriedade ela vai imediatamente come-lo – e volta quando sente saudades ou quando esta com fome e não conseguem achar nada para comer por aí, acho que é por isso que Seth aparece um monte de vezes na janela do meu quarto, por ter sido criado dentro de casa ele nunca soube procurar comida na natureza porque era sempre eu que o alimentava, e parece que ele não consegue desistir desse ato, o que eu acho bom, porque assim ele sempre vai voltar pra mim.

—Ei! Que tal entrarmos e vermos algum filme antigo? – Skye sugeriu.

—Por que antigo? –indaguei já me levantando e seguindo pra dentro de casa com Seth no meu ombro.

—Porque os antigos são os melhores, principalmente com aquele ator que fez um monte de filmes, qual é o nome dele mesmo? Humm... – ela colocou uma mão no queixo pensativa – Ah já sei! – ela exclamou depois de um longo tempo pensando, estalando os dedos – Johnny Depp!

—Realmente. Ele é demais e é muito engraçado – concordei, rindo sozinha me lembrando de alguns filmes dele, deixei Seth no sofá e fui em direção à cozinha – Escolhe uns filmes aí que eu vou fazer uma pipoca pra gente.

—Okay!

Filme sem pipoca não é filme, né gente? E tem que ser com refrigerante e a pipoca tem que ter tempero ou ser caramelada, optei por fazer a com tempero primeiro e depois vamos com a caramelada que vai ser a “sobremesa”, isso é, se Skye não inventar alguma outra coisa doida para comermos.

Skye apareceu na cozinha e levou o refrigerante e os copos pra sala, dizendo que havia escolhido todos os filmes de Piratas do Caribe para assistirmos, com certeza iríamos virar a noite vendo eles. São no total cinco filmes e eles são muito bons e conta a história dos piratas de uma forma diferente e ainda passa um pouco de como era a Terra antes da tecnologia surgir completamente no mundo, o que eu acho bem interessante, porque eu sinceramente não consigo imaginar vivendo em um mundo sem tecnologia nenhuma, e eles viviam tão bem...tirando o fato que não eram tão higiênicos assim e quase não tomavam banho, vai ver é por isso que existia tanta doença naquela época, mas vai saber. Tudo é possível.

Nós arrumamos um monte de almofadas no chão e cobertores e nos deitamos lá para assistirmos os filmes, já estávamos no inicio do segundo quando Serenity saiu do quarto e se juntou a nós duas, porque ela também ama filmes antigos e os atores também ajudam um pouco. Parecíamos uma pequena família normal, que se reuniu para assistir uns filmes juntos, e ás vezes éramos mesmo, como o fato que eu passei a chamar Serenity de tia, virou um habito, e ela também não reclama, porque de acordo com ela é melhor do que chama-la de senhora, e depois desse tempo que convivi com elas, e eu acabei ficando tão próxima delas, que chama-la de tia se tornou normal, e Skye acabou se tornando uma irmã mais velha pra mim – porque nós temos um ano de diferença de idade – e eu tenho quase certeza que eu também e tornei pra ela, e embora nós duas vivêssemos brigando, faz parte da rotina de irmãos.

Quando terminamos o segundo filme e com três baldes de pipoca, Serenity pediu para esperarmos antes de por o terceiro e ela foi até a cozinha e pôs no forno uma pizza congelada para nós três... Parece que tia Serenity esta querendo engordar a gente, fazer o que? Nunca que eu vou deixar de comer coisas boas e gordurosas só pra continuar magra, e se eu tiver que engordar, que venha, não to nem ai! Se bem que eu acho que vou perder todas as calorias que estou consumindo hoje, amanhã. Só de pensar nisso já me dá uma preguiça... Mas fazer o que se fui eu que decidi continuar nessa vida? E pra isso eu tenho que treinar e ficar mais forte, e eu não vou me arrepender da minha decisão, não importa o que aconteça.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vigilantes do Anoitecer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.