Vigilantes do Anoitecer escrita por Lady Angellique


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oie! Eu não sei se vai aparecer pra vocês que eu atualizei a história várias vezes hoje, mas se aparecer, é porque o Nyah tava dando uns bugs repetindo caps, e como eu não consegui resolver eu tive que postar e novo os caps bugados, mas em compensação eu to postando dois caps pra vocês hoje!

Então... espero que gostem e desculpem os erros!



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Eu nunca imaginei que uma patrulha podia ser tão chata. É lógico que eu estava super animada pra sair da Ordem e ir à minha primeira missão, é claro que tudo isso ficou muito chato depois de horas andando por um quarteirão, em uma noite fria e em uma rua deserta, chata e sem nada pra fazer. E o pior de tudo: eu estou com fome. Depois que eu me perdi nos corredores da Ordem, – ainda não sei como consegui essa proeza – e consegui sair com a ajuda de Anthony e logo depois encontrei Dylan que me levou a sala dos Problemas e de lá nós já saímos para nos preparar para irmos para a missão vulgo patrulha e eu não consegui comer no meio dessa correria toda e muito menos conversar com Dylan sobre a aparente "luta" que ele teve com Anthony. 

É claro, que teve um lado bom no meio dessa correria toda, nós recebemos os nossos uniformes, e eu vou dar uma de Ally louca por moda agora, mas eu amei ele!  São maravilhosos e perfeitos, e eu fiquei perfeita nele e... vou parar de dar uma de doida agora, acho que já deu para compreender o quanto eu gostei do uniforme. O traje é totalmente preto para que nós pudéssemos nos esconder durante o anoitecer, possuía luvas de couro e um cinto repleto de coisas que poderemos precisar no futuro, como os sinalizadores para pedir ajuda caso necessário, um colete a prova de balas moldado ao meu corpo – embora eu não imaginasse que ele podia me proteger se eu fosse atacada por um monstro de garras afiadas, mas tudo bem, deixemos isso pra depois – as botas eram antiderrapantes e térmicas o que as tornavam bem mais confortáveis do que eu imaginaria, e uma capa que ajudava a nos esconder – além dela ser linda e completar o visual. E agora, andando pelas sombras da noite, com a capa voando contra o vento e passando despercebidos por qualquer alma viva que se aventure há essas horas nas ruas, afinal, não estávamos ali para chamarmos atenção, e sim para vigiarmos e protegermos a todos que precisarem de nossa ajuda, verdadeiros vigilantes do anoitecer.

Eu estava um pouco nervosa com tudo isso, por ser nossa primeira missão e tal, Dylan, já aparentava estar mais tranquilo que eu, e andava tranquilamente na rua, se misturando as pessoas como se devesse estar ali, apenas em um tranquilo passeio noturno, é claro que ele estava vigiando a tudo e a todos, mas ele não deixava transparecer tal coisa, só deveríamos agir se fosse necessário, e em uma noite tranquila como aquela eu duvidava e muito s iria acontecer alguma coisa, e talvez a patrulha de hoje a noite seja tão tranquila quanto dormir e iríamos acabar passando nesse primeiro teste sem termos feito nada, e esse pensamento de certa forma aliviava um pouco a sensação ruim que eu estava sentindo no peito desde a hora que eu fui informada que ainda hoje iríamos sair e patrulha pela cidade, mas a noite estava tranquila e não deveria acontecer nada.

—Hey! – eu o chamei, quando percebi que ele estava se afastando um pouco de mim, ele parou e esperou que eu chegasse até onde ele estava com um sorriso maroto brincando nós lábios.

—Não consegue me acompanhar? Eu vou andar mais devagar para que consiga.

—Não seja idiota – eu passei por ele dando um encontrão nele, o fazendo dar um passo pra trás um pouco surpreso, embora ele ainda tenha rido e me desse vontade de quebrar a cara dele...por falar nisso, me virei e o forcei a parar para me encarar – Por que você brigou com Anthony?

Ele ruborizou e desviou o olhar, ele levantou um dos braços e coçou a cabeça me dando um sorriso um pouco envergonhado como se não soubesse o que iria falar ou o que devia. Eu cruzei meus braços e levantei uma sobrancelha indicando que eu estava esperando uma resposta e não iríamos sair dali até eu a tê–la.

Ele suspirou e abaixou o braço, um sorriso triste no rosto dessa vez.

—Sabe, Vick, às vezes você é muito obtusa para uma pessoa tão esperta.

Eu iria reclamar por ele ter me chamado de Vick, mas de repente uma flecha passou zunindo por nossas cabeças e posso dizer que por pouco não acertou nenhum de nós dois, me virei totalmente surpresa, mas nem tive tempo de ver quem ou o que nos atacou e outra flecha veio zunindo na nossa direção, mas Dylan foi mais rápido e jogou a ambos no chão.

—Sabe, se fosse a qualquer outra hora, eu iria agradecer aos deuses por esse momento – foi só aí que eu fui perceber que ele estava em cima de mim, com ambas as pernas em volta da minha cintura, apoiadas no chão, e os braços um de cada lado da minha cabeça. Provavelmente eu corei com a sua aproximação, o que fez ele rir novamente, me dando um beijo na bochecha, antes de se levantar me levando com ele – Mas vamos deixar isso pra depois, não é mesmo?

Nós nos encaramos durante alguns segundos ínfimos e vi preocupação em seus olhos mesmo com ele tentando disfarçar com uma piada, como sempre, mas foi apenas por um segundo antes de eu ver determinação inundar seus lindos olhos cor de mel, antes dele se levantar e retirar as suas duas espadas da bainha, pronto para enfrentar o que viesse pela frente.

A primeira coisa que eu pensei foi em chamar ajuda, é claro, que não fica somente uma dupla em cada lugar, normalmente têm duas ou mais, para no caso de precisar de ajuda, ela não demorar a vir, mas nenhum de nós se mete no caminho do outro, afinal esse mundo no qual vivemos o dos Guardiões,  é sempre muito competitivo,  e enquanto você não se meter no caminho da outra equipe ela também não vai interferir no seu... ao menos que esteja em perigo, ao qual eu espero realmente que é verdade. Mas a segunda coisa que veio na minha mente foi me levantar e retirar as minhas duas desert eagle pretas do coldre e mirar no primeiro monstro que apareceu. Eu não tenho confiança o suficiente para usar a minha foice e por isso eu optei por deixa–la em casa e trazer duas pistolas semiautomáticos, ao qual eu venho me saído muito bem nos treinos e são relativamente mais fáceis de usar e manejar do que a minha foice, talvez em um futuro próximo eu possa usa–la, mas não hoje, ao qual é a nossa primeira patrulha e já estamos sendo atacados por lestrigones, que são gigantes canibais raivosos e loucos por carne – claro, né? São canibais – e nesse momento, eles queriam a minha carne e a do Dylan, e isso não é uma coisa muito legal de se imaginar.

  Dylan olhou em volta e soltou uma maldição com a voz baixa e rápida, não consegui entender o que ele disse direito, mas ele olhou pra mim e sorriu, me passando uma confiança que agora eu não tinha. Engraçado isso, não é? Eu que me passo por corajosa e forte estou morrendo de medo ao me ver cercada por um monte de monstros que eu esperava nunca ver na minha vida – pelo menos não tão cedo –  e meia dúzia de lestígones vindo correndo na nossa direção, mas mesmo que eu estivesse morrendo de medo – que é o caso agora – eu não iria demonstrar e iria enfrentar eles de cabeça erguida, ou morrer tentando.

Dylan se preparou e conseguiu se defender dos dois primeiros lestrígones que nos atacaram, pois veio um de cada vez, mas ele não viu o terceiro se aproximando dele enquanto ele arrancava a cabeça do segundo, eu mirei e atirei bem na cabeça do monstro, o fazendo cambalear um pouco antes de cair com força no chão, esmagando um outro lestrígone que estava atrás ele, eu não acho que isso deve ter o matado esmagado, mas pelo menos vai atrasa–lo um pouco. As balas das minhas pistolas eram feitas com nitrato de prata fatal a quase todo tipo de monstro, e se não for fatal, bom, digamos que uma bala no meio da abeca ou do coração resolve todos os meus problemas.

— Chame ajuda – pedi a Dylan quando ele se aproximou de mim – Não vamos conseguir dar conta disso sozinhos.

—Vamos sim! – insistiu ele. Ele lançou uma rajada de água nos monstros e eu fiz com que o ar ficasse mais denso e mais pesado, fazendo assim com que a água congela–se ao entrar em contato com os monstros.

Para que pudéssemos recuperar um pouco do nosso fôlego, eu fechei os olhos e recitei uma magia de proteção que eu aprendi u tempo atrás, e pouco tempo depois um circulo protetor de fogo surgiu ao nosso redor.

—Olhe – ele disse apontando na direção deles.

Eu olhei, e vi os monstros que havíamos congelado estavam quebrando o gelo sozinho e se soltando, logo se juntando aos outros ao redor do círculo de fogo. Parece que eles eram atraídos pelo fogo, mas quando eles tocavam, parecia queimar mil vezes mais do que queimaria um humano, como se houvéssemos jogado lava–quente em suas peles, mas por mais que os queimassem eles sempre voltavam a por a mão no fogo, tentando passar a nossa barreira.

—O que eles estão fazendo? – perguntei a Dylan, mesmo sabendo que ele também não saberia me responder – Eles estão se machucando e mesmo assim não param.

—Olhe de novo – sugeriu–me ele.

Olhei mais atentamente e pude perceber que uma camada mais grossa de pele estava crescendo aonde eles se queimavam, como se o seu organismo aprendesse a se proteger do fogo.

—Isso é impossível – sussurrei mais pra mim do que pra qualquer outra pessoa.

—É retiro o que eu disse. Chame ajuda.

Rapidamente eu busquei em meu sinto um dos sinalizadores, para que eu pudesse chamar ajuda, e eu logo me dei conta de que teria que ser o vermelho, pois ele significava que era urgente a situação, tipo, muito urgente. Eu coloquei o projétil na arma sinalizadora que antes estava na minha cintura e disparei pra cima, fechando os olhos com a súbita claridade, por causa disso eu não vi quando uma flecha foi jogada na minha direção, só fui perceber quando era tarde demais. A flecha foi rápida demais, mais rápida do que qualquer outra que eles já tinham atirado na gente antes, e mesmo se eu quisesse tentar desviar dela não seria possível. Sabe quando a vida passa diante dos nossos olhos? Então, eu acabei de vê–la e nesse momento ela pareceu tão insignificante e eu percebi que eu nunca realmente a aproveitei como se deveria, mas mesmo assim, eu estava meio que conformada com que viria agora. Eu lutei, não é mesmo?

Fechei meus olhos esperando a flecha me acertar, aquela que ia me acertar bem no coração e que iria retirar a minha vida. Mas ela não veio, nada veio. Meio hesitante eu abri os meus olhos devagar e me deparei com um par de olhos mel me encarando com um pequeno sorriso no rosto. Odeio esses sorrisos que ele dá, como se estivesse tudo bem, mas nada está bem. Não agora.

—Dylan... – me voz saiu tão baixa que eu não tenho certeza de que eu falei algo, ou se foi só os meus pensamentos que pareciam gritar desesperadamente para mim, como se eu pudesse fazer algo.

—Está tudo bem...Vick – ele disse tentando me tranquilizar. Ele começou a tossir e sangue saiu da sua boca, manchando os seus lábios de vermelho, os seus joelhos falharam e ele caiu no chão, mas antes que ele caísse completamente eu me abaixei e o segurei.

—Dylan... Não me deixe, eu o proíbo de me deixar – meus olhos começaram a ficar embaçados e eu percebi que eu estava chorando. O fogo a minha volta ficou azul e ele aumentou tanto na sua altura quando na área que ele atingia, ele parecia refletir o que eu estava sentindo e nessa hora isso era mais que bem vindo, eu não posso me preocupar com essas criaturas.

Eu me concentrei em retirar a flecha de suas costas, e quando eu o virei de costas, pude constatar que a flecha havia se enterrado em seu ombro, não era nada muito sério,eu acho, talvez... se a ajuda chegar rapidamente, eu ainda posso salvá–lo.

Ele emitiu um gemido de dor quando eu retirei a flecha, e eu não sabia se eu deveria ter retirado ou deixado ela lá, não sei o que seria pior, mas agora que eu tirei tudo o que eu posso fazer é tentar estancar o sangue, eu peguei uma adaga que estava em um dos coldres de Dylan e com ela eu cortei um pedaço da minha capa e comecei a tentar estancar o sangue. Ele fez um pouco de força e voltou a ficar com o rosto pra cima, o suficiente para me encarar com aquele insuportável sorriso no rosto.

— Eu sou o cara mais sortudo do mundo, por ter você com parceira – quase sorri com a suas palavras, mas não cosegui quando eu vi os seus olhos se fecharem.

Fiquei meio sem saber o que fazer e fiz a primeira coisa que me veio na cabeça: fui até ele e lhe dei três tapas na cara, o fazendo acordar, ele não poderia dormir agora, se ele dormisse agora, ele não acordaria... nunca mais.

Ele resmungou abrindo os olhos e me lançando um olhar mortal. Eu não ligo que ele me olhasse daquele jeito, ele poderia me xingar de tudo que é nome e lançar todas as pragas possíveis desde que fique vivo.

— Você vai ficar acordado, até eu conseguir ajuda – mandei, me virando pra minha bolsa e procurando outro sinalizador e disparando três seguidos um do outro, talvez assim eu consiga ajuda mais rápido. O seu brilhou em vermelho, mais vermelho do que eu gostaria de ver agora.

—Se eu soubesse que pra ter um pouco da sua atenção era preciso levar uma flecha por você, eu teria pedido Alex pra ter lançado uma em mim há tempos.

Pisquei, tentando expulsar as lágrimas dos olhos e entender o que ele estava falando – Dylan...

—Shhh – ele colocou um dedo nos meus lábios – Não precisa dizer nada. Está tudo bem – a sua voz não passava de um sussurro e eu pude perceber o quanto ele estava se esforçando pra ficar acordado e conversar comigo.

—Não está não – passei uma mão em seu rosto, o fogo a nossa volta iluminava o seu rosto e o pequeno sorriso que ainda estava nos seus lábios – Por que não me contou antes?

Ele tossiu o que pareceu uma pequena risada e isso estava despedaçando o meu coração.

—Não sei...talvez só esperando o momento certo.

Os monstros pareceram ficar mais agitados a nossa volta, e Dylan lançou–me um olhar preocupado.

—Essa sua barreira não vai segurar eles por muito tempo – ele falava devagar, e ás vezes tossindo um pouco, eu não queria interrompe–lo porque eu sei que ele vai se exaltar e isso pode fazer o seu ferimento se abrir mais, sinceramente nem mesma eu sei o porquê dele estar conseguindo conversar comigo – Vick, prometa que não vai desistir, nunca, mesmo que tudo e todos estejam contra você, você não vai se deixar ser derrotada.

—Eu...

—Prometa! – sua voz ficou mais forte, e foi quase como um grito e no susto eu acabei concordando com ele com um aceno de cabeça, ele sorriu e dessa vez foi um autentico sorriso feliz, ele começou a fechar os olhos e as minhas lágrimas aumentaram e minha visão ficou embaçada. Não. Não. Não.

Ele não pode ter morrido, não pode ter me deixado sozinha. Ele não pode ter ido embora, eu queria que ele levantasse com aquele sorriso brincalhão e me dissesse que foi uma piada, eu queria bater nele por ser um idiota e por ter entrado na minha frente. Eu não mereço isso. Não mereço que meu melhor amigo morra por mim desse jeito. Não quero que ele vai embora, ele não pode ir.

Eu escutei um grito brutal repleto de dor, e por um momento eu achei que fosse um dos monstros que havia entrado no meu circulo de fogo, mas eu percebi que aquele grito foi meu. Quem estava sofrendo... é nada mais nada menos do que eu. Eu que fui lerda o suficiente pra não desviar da flecha. Não fui forte o suficiente para salvar meu amigo, meu melhor amigo.

De repente, as palavras de Anthony de mais cedo vieram na minha cabeça:

“Eu treino porque eu quero ficar mais forte e proteger as pessoas que estão ao meu redor, e não deixa–las morrer porque eu não fui forte o suficiente.”

Ele tem razão, Anthony tem razão, porque enquanto ele estava se matando de tanto treinar para fiar mais forte eu estava dando voltas pelos pastos da Ordem com Zeus, aproveitando meu tempo livre descansando e não treinando para ficar mais forte.

Eu escolhi esse caminho. Eu decidi me tornar uma Guardiã e de agora em diante eu vou me tornar mais forte, mais forte para vingar meu amigo que morreu para me proteger, não vou esquecer isso facilmente e eu mesma vou atrás do mandante desse ataque, e quando eu encontra–lo eu vou fazer ele se arrepender de ter nascido e começado com esses planos idiotas que não servem par nada, e sim para a destruição eminente do mundo. O que nos torna diferente dos humanos que destruíram o seu planeta natal por ganância? Por Sede de poder? Com guerras sem sentido apenas para arrasar e conquistar? Nada. Não nos faz diferentes em nada. E se a minha vingança for me fazer igual a eles, eu não me importo, porque eles não se importaram em tirar um pedaço do meu coração, amassa–lo e jogar fora. E eu também não vou me importa quando fizer o mesmo com eles, literalmente. Um por um.

Eu me abaixei e dei um beijo no alto da cabeça de Dylan, observei seu rosto tranquilo por um momento, e dei um sorriso triste. Eu iria cumprir a minha promessa, e eu tenho que começar matando os monstros que vão entrar no circulo daqui a pouco. Levantei–me de vagar, pegando as duas espadas de Dylan que antes estavam largadas no chão, respirei fundo, sentindo meu corpo se tencionar de antecipação enquanto eu caminhava em direção ao lado de fora. Os monstros pareceram se agitar ao me ver caminhando na direção deles, e o que estava mais perto do circulo esticou as suas garras na direção do fogo tentando me alcançar e provavelmente me fatiar, só que ele não contou com o fato que eu tenho cérebro e sei usa–lo muito bem, assim como as espadas nas minhas mãos. Com um único e preciso golpe eu arranquei a cabeça dele fora e enfie a espada no coração do outro.

Eu não estava sentindo nada, mas eles iriam sentir a morte hoje. Um orc de quase dois metros de altura veio com tudo pra cima de mim, mas antes que ele conseguisse se quer pensar em encostar num fio de cabelo meu eu fiz um pouco do fogo do circulo protetor atrás de mim ir na sua direção e acertar bem no meio da sua cara, enquanto ele ficava desnorteado com o ataque e tentava apagar o fogo eu rapidamente cortei a sua cabeça fora, era o jeito mais fácil de acabar com um deles e ter certeza de que morreu.

Eu matei mais alguns deles com facilidade, outros com um pouco de dificuldade como, por exemplo, a amazona que estava me enfrentando agora, e sabia manejar as espadas tão ou melhor que eu. Eu não posso chama–la de amazona, pelo menos eu não acho que ela seja aquelas que são contadas nos mitos, ela não era bonita e muito menos atraente, pelo contrário ela parecia ser uma mistura de um orc com uma amazona, embora possuísse alguns traços femininos e uma armadura igual a que eu imaginava que amazonas deveriam usar. Ela tinha uma fúria contida ao qual ela só libertou quando eu cortei um pedaço do seu cabelo – que é a única parte que eu posso falar que é bonita naquela criatura – ela logo começou a me atacar mais ferozmente e eu me assustei, e tudo o que eu pude fazer foi recuar e tentar defender de seus golpes. Senti sua espada me dando um corte na perna, aquilo ardeu como o inferno. É, nunca se deve mexer com o cabelo de uma mulher, mesmo que ela seja feia pra desgraça, não mexa no cabelo dela.

Fui encurralada por ela em uma parede, e ela fincou uma de suas espadas ao lado da minha cabeça, e eu tenho certeza que se eu não tivesse desviado eu não estaria com ela no lugar mais.

—Acabou, humana – ela disse como uma voz grotesca e nem um pouco natural, como se alguém tivesse dado um soco na sua garganta. Eu sorri.

—Não tão cedo, cacatua – eu logo fiz o que eu havia imaginado, e usei o punho da espada para acertar o seu pescoço, ela recuou tentando recuperar o ar, eu aproveitei para dar uma rasteira nela, mas quando eu ia enfiar a minha espada nela e acabar com isso, uma flecha passou zunindo perto da minha cabeça e se enterrou bem no meio da cabeça dela. De novo uma flecha? Será que eles não têm nenhum outro tipo de arma pra tentar me matar não? E podiam mandar alguém com uma mira melhor, porque algum retardado mental acertou alguém que estava quase tendo êxito em me matar, parece que eles não são muito inteligentes, somente sabem matar e destruir tudo que está na frente deles. Nada mais

Respirei fundo, antes de me virar e ver quem tinha atirado a flecha, se fosse esperto já teria fugido antes que eu decida  fazer com que a espada vire flecha e voe no ar para acertar quem quer que tenha atirado a flecha.

Uma figura de preto me encarava do telhado da casa que estava atrás de mim, sua capa flutuava contra o vento, e um arco preto estava em sua mão direita. Um arqueiro canhoto. Inclinei a minha cabeça para o lado e estreitei meus olhos, esperando para ver se esse novo personagem faria alguma coisa, como ele não fez nada eu fiz uma reverência exagerada para ele – como nos filmes antigos – agradecendo e me virei enterrando a espada na barriga de um letrígone que havia corrido até mim e tentou me acertar enquanto eu estava distraída, grande erro, porque eu não estava, e eu vi quando o arqueiro se assustou e embora tivesse tentado pegar uma flecha de sua aljava ele não seria rápido o suficiente, mas eu era, e facilmente matei o lestrígone vendo ele se transformar em poeira. Engraçado como uns monstros viram poeira, outros simplesmente morrem como os humanos ou se transformam em pedra.

Um baque surdo surgiu atrás e mim, e eu tinha certeza que era o arqueiro que antes estava em cima do prédio e havia pulado e parado atrás de mim.

—Se encostar em mim eu quebro o seu pescoço – falei com a voz tranquila como se estivéssemos em uma conversa agradável, sem me virar

—Tori? Você está bem?

Me virei e deparei com duas safiras brilhantes me encarando com um olhar preocupado.

Anthony.

Fiquei parada igual uma idiota ao ver ele ali, e de repente eu entendi o porquê dele não ter um parceiro e sempre lutar sozinho. Você se distraí facilmente com companhia e é muito mais fácil se concentrar se você estiver sozinho e não ter que se preocupar se seu parceiro está vivo ou não.

—Estou bem – não é comigo que diva se preocupar.

Por que você chegou só agora? Por que não chegou antes e salvou Dylan?

Mais alguns monstros se reuniram a nossa volta e ele pareceu perder a vontade de conversar, assim como eu que logo parti pra arrancar a cabeça de mais alguns monstros, afim de liberar um pouco da raiva que ainda queimava dentro de mim.

Por mais que eu queira negar e nunca vá dizer isso em voz alta, Anthony e eu fazemos uma boa dupla, eu na linha de frente com as duas espadas, e ele protegendo a minha retaguarda com o arco e flecha. Matamos mais alguns juntos, mas eles pareciam nunca acabar e sempre surgiam mais. Eu já estava ficando cansada, e eu posso sentir que a adrenalina que eu estava sentindo a momentos atrás estava acabando e eu poderia desmaiar há qualquer momento, até que outros Guardiões surgiram.

Finalmente.

Eles surgiram de todo lugar, pulando das casas, surgindo no meio dos monstros e matando eles quando eles menos esperavam.

Olhei para o fogo que ainda protegia o corpo de Dylan, meu Dylan. Sorri.

Eu consegui Dylan. Eu sobrevivi.

Lágrimas inundaram os meus olhos, e eu comecei a ficar meio tonta, mas não antes de diminuir o fogo o suficiente para eles pudessem ver que Dylan estava lá, depois, minhas forças se esvaíram e eu deixei as espadas caírem no chão, meus joelhos se dobraram e eu só pude ouvir de longe, alguém gritando o meu nome antes de tudo ficar escuro.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acham que vai acontecer? Só digo uma coisa: muita treta.

Espero que tenham gostado!

Até o próximo cap!

Bjss da Angel



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