Vigilantes do Anoitecer escrita por Lady Angellique


Capítulo 10
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Hey! Sei que o cap passado ficou pequeno, mas esse ficou bem maior em comparação e espero que gostem!

Novamente, esculpem os erros, mesmo revisando alguns ainda passam despercebidos.

Boa leitura!



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Elric, desgraçado, ele me deixou na curiosidade em saber o que é a Arena Escura, ele simplesmente me deixou com os Iniciantes em frente a uma porta fechada, no primeiro andar do subterrâneo (que até agora eu nem sabia que existia),e ele seguiu sozinho para a Arena Escura, mas antes de sumir ele disse:

—Não precisa ficar com raiva, vai chegar um ponto em que você não vai querer se quer pensar na Arena Escura.

E com isso ele me mandou uma piscada (fazendo as garotas atrás de mim suspirarem),e me deixou ali sozinha,sim sozinha,porquê ele levou Seth com ele,ele disse que iria leva–lo para uma área que é reservada para animais de estimação...quer dizer,nem tão sozinha assim porquê eu consegui me encontrar com os gêmeos, que me encheram de perguntas sobre onde eu estava e com quem,por sorte, eu consegui me safar de muitas perguntas pois,o senhor Mathew Kutcher,chegou para nos dar uma próxima aula...eu acho.

—Bom, crianças, agora vocês vão conhecer umas das salas mais legais de toda a Ordem – ele anunciou feliz, e eu já fiquei meio receosa por isso,porque eu já me acostumei a esperar o pior sempre que meus professores ficavam felizes.

—Que seria? – uma das garotas Iniciadas perguntou, ela era loira dos olhos verdes, estava na "linha de frente”, ela parecia ser o tipo de garota mimada que tem tudo na mão...bom,não vai ser assim por aqui, e eu posso garantir isso.

Sr. Mathew se virou e colocou a mão no painel,e automaticamente as portas se abriram,deslizando para o lado. Foi ai que eu percebi a mistura das coisas, os andares de cima, se pareciam mais com uma mansão gótica, até mesmo as portas são como na Terra: abrem manualmente, mas nos andares inferiores, que ficam debaixo da terra, é um mundo mais tecnológico e mais avançado, nem parece que estamos no mesmo lugar, apenas alguns metros abaixo da terra. Aquele lugar, era como se fosse, o que as pessoas da Antiga Terra, imaginavam que iria ser o futuro: leitores de digitais ou de retina, portas que deslizam automaticamente, luz que acende de acordo com que andamos,sensores de movimento e câmeras de vigilância.

Realmente, um mundo bem diferente da mansão, na parte de cima.

Quando o Sr. Mathew, colocou sua mão no leitor, as portas se abriram para um imenso corredor que aos poucos que andávamos as luzes iam se acendendo ate que paramos em frente a uma porta enorme,com uma placa em cima dela escrito: Sala de Armas.

Essa é a Sala das Armas que em minha opinião, é uma das salas mais legais de toda a Ordem – todos de repente se animaram com a possibilidade de escolher sua própria arma ... mas como felicidade de pobre dura pouco – Mas vocês não vão entrar nessa sala agora – muitas queixas foram ouvidas, principalmente de minha parte.

—Se não vamos entrar aqui agora, por que nos mostrou essa sala? – aquela mesma garota loira que havia perguntado antes, questionou.

Matthew a encarou durante um tempo antes de perguntar – E qual é o seu nome?

—Zoe Miller – respondeu ela empinando o nariz ao dizer seu sobrenome. Talvez fosse alguém importante e eu não do à mínima pra isso.

—Bom, senhorita Miller, vocês ainda não estão totalmente prontos pra entrar nessa sala. Primeiro, vamos a Sala dos Problemas.

—O que é a Sala dos Problemas? – Alex, que perguntou dessa vez.

—A Sala dos Problemas é onde iremos resolver todos os seus problemas – revirei os olhos, com a sua piada sem graça,e eu tenho certeza que não fui a única que fez isso – Bom,vamos continuar andando – ele não esperou que questionássemos nada, e recomeçou a andar. – A Sala dos Problemas é uma sala com a mais alta tecnologia, onde fica registrado tudo o que acontece e aconteceu nesse mundo, e até mesmo em outros. É aqui que recebemos os chamados de socorro, e a própria máquina e os Guardiões que trabalham lá, selecionam ou os melhores ou os mais indicados Guardiões para determinado caso.

—Eu sempre me perguntei, como que vocês mantêm a ordem nesse lugar – Ally comentou.

Ele não respondeu, e sim parou em frente de uma porta maior que as outras, com uma placa com os dizeres: Sala dos Problemas. E uma placa em cima do leitor de digitais: Somente pessoal autorizado. Tenho certeza que todos prenderam a respiração por um momento com o suspense que o Sr. Mathew fez, antes de colocar sua mão direita no leitor de digitais, fazendo com que a porta ser dividisse em duas e cada uma deslizasse para o lado, mostrando um verdadeiro paraíso tecnológico.

Era uma sala enorme, pintada com um azul super claro e cheia de luzes no teto, deixando a sala bastante iluminada,repleta de computadores mil vezes mais avançado do que qualquer computador que estiver para vender nas lojas fora da Ordem,apenas com o olhar eu podia distinguir isso. Vários Vigilantes e alguns Protetores trabalhavam freneticamente nessas máquinas. Dados – que pra mim pareciam ser incompreensíveis – passavam nas telas tão rapidamente, que eu não sei como eles conseguiam trabalhar ali, com toda aquela calma.

Mas não foi isso que me chamou atenção.

Era uma máquina maior e bem mais legal que todas as outras nessa sala ou em qualquer outra do mundo.

É um computador gigante, se eu for resumir as palavras eu diria isso. Sua tela se parecia com uma tela de cinema, muito grande, e eu tenho certeza que todos que estivesse dentro daquela sala poderiam ver perfeitamente o que estava na tela, ou melhor, nas telas, pois a grande tela era dividida por várias outras menores que ela, mostrando vídeos, fotos, lugares e/ou pessoas. O teclado, por assim dizer, era virtual e não havia nada fisicamente que ligasse a grande tela. Todo esse enorme equipamento estava sendo operado por uma jovem, que devia ter a mesma idade que eu. Ela estava de costas para a turma de Iniciados – que estava se encaminhando para esse computador enorme, atravessando toda a Sala dos Problemas, sem fazer nenhuma pausa – e digitava alguma coisa furiosamente no teclado, a tensão dos seus ombros demonstrava o quão séria e concentrada ela estava. Ela não parecia ser muito alta, e por estar sentada era mais difícil de dizer, seus cabelos eram pretos, curtos e repicados, quase tocando os ombros.

Não tive mais tempo de fazer qualquer outra análise da sala nem da garota que operava o grande computador, pois nessa hora paramos de andar, e o Sr. Matthew chamou a garota que estava sentada em frente ao computador.

—Kayla.

A garota, que agora eu sei que se chama Kayla, se virou e lançou um sorriso para o Sr. Mathew, e depois um sorriso direcionado a todos nós, que olhávamos surpresos por ela ser tão nova e já estar ali, comandando um lugar daqueles.

—Oi! Em que posso ajudar vocês? – ela perguntou não se dirigindo a ninguém em particular, mas olhando nos rostos de todos os presentes, quando ela falou eu podia apostar que eu estava falando com uma fada de tão doce que era a sua voz... Tá... isso ficou muito gay, mas é a verdade. Ela era fofa, e meiga e pequena... Tá, nem tão pequena assim porque ela deve ser uns dois centímetros mais baixa que eu.

É. Ela pode ser tudo isso mesmo, mas de uma coisa eu sei e você pode anotar: essa garota vai me trazer muitos problemas futuros, e eu não falo isso só por estar na Sala dos Problemas não, eu falo sério, ela é o tipo de garota que come quieto e sem ninguém ver. Mas eu conheço a peça, e eu vou ficar de olho nela.

—Ah sim! Eu trouxe esses novos Iniciados para que você os registre e dê as pulseiras deles – pediu o Sr. Mathew, ele lhe entregou uma prancheta digital, com provavelmente os nossos nomes em ordem alfabética – Quando terminar com todos, você mesma pode leva–los ate a Sala das Armas e deixar eles se divertirem um pouco por lá. – Ele começou a andar, mas se lembrou de alguma coisa, e se voltou para Kayla, que ainda o olhava surpresa e com raiva pela tarefa dada a ela – Quase ia me esquecendo. Há um nome nessa lista: Dylan Wood, ele é um dos Iniciados, mas ocorreu um problema mais cedo, e ele esta na enfermaria – muitas cabeças se viraram na minha direção, eu coloquei minhas mãos nas costas e comecei a assobiar como se não fosse pois mim que eles estivessem olhando. – Quando ele receber alta, eu mesmo vou o trazer aqui e fazer o seu registro. Boa sorte!

O Sr. Mathew deu uma piscada com o olho direito para a garota, e saiu andando com as mãos nas costas.

—Ei! Eu não sou babá! – reclamou ela se levantando da cadeira.

—Agora você é! – disse ele de volta, sem se virar ou parar de caminhar – Considere isso como uma parte do seu castigo pelo o que fez semana passada.

Eu não disse? Ela é garota problema... se bem que eu não posso falar nada, e tenho certeza que meus pais concordam com esses meus pensamentos...mesmo sem eles estarem sabendo deles...Argh!Nem sei o que eu estou falando mais!A questão é: se essa garota vai me ser útil em alguma coisa no futuro, para as minhas futuras travessuras nesse lugar.  Mas primeiro eu tenho que me familiarizar nele primeiro pra depois aprontar...mas isso é historia para depois,o que importa é o agora,o que não é muito diferente,pois eu nem to sabendo o que está acontecendo

Ela bufou com raiva e se sentou na cadeira novamente voltando a digitar furiosamente no teclado, sem falar nada para nós, que ficamos ali parados, esperando ela nos dar o ar da graça de sua fala.

De repente, um painel no chão se abriu e uma grande esfera saiu dela, nada há sustentava, ela flutuava no ar, como se não pesasse nada, embora eu possa facilmente ver que ela é feita de um material muito pesado, mas que flutua... impressionante.

Nunca se acostume com as coisas que você está habituado, elas podem facilmente ser uma mentira, e o que é real e possível, está bem na nossa frente. Quando eu vi aquela esfera azul–escuro meio esverdeado, enorme e aparentemente pesada, eu só queria uma coisa: saber por que ela está ali.

—Vamos começar logo com isso – Kayla disse pesarosa. Ela girou na cadeira e encarou a prancheta que o Sr. Mathew havia entregado a ela, que não parecia nada mais que um pedaço de vidro, mas que ganhava vida quando se clicava na tela – Eu vou chamar os nomes em ordem alfabética, e vocês vão vir até essa esfera e colocar ambas as mãos nela. De início vai dar um pequeno choque, mas não é nada que vocês não possam suportar.

Uma porta se abriu atrás do grande computador e dela saiu uma mulher, ou melhor, uma Vigilante, a mesma Vigilante que estava presente nos meus testes finais na Academia, e que foi muito gentil comigo: Rose Mark. Seu cabelo curto estava preso em um rabo de cavalo alto, o que deixava claro o comunicador que estava em sua orelha direita. Dessa vez ela estava vestindo roupas de uma Guardiã: totalmente de preto, com uma camiseta simples e calças de couro, além de botas de salto alto – o que eu realmente achava super perigoso se fosse a uma missão. Ela parou na nossa frente, e varreu seu olhar sobre nós, parando durante um momento sobre mim e me dando uma piscadela, antes de se virar e falar com Kayla.

—Me mandaram aqui para te ajudar e auxiliar com os Iniciados, já que vai ser a primeira vez que vai estar fazendo isso – ela disse isso em uma voz calma e serena, enquanto apertava u botão no seu comunicador, provavelmente para desliga–lo.

Kayla bufou e a encarou – Ele não confia em mim realmente né? Mesmo me mandando fazer isso.

—Talvez se você demonstrar ser digna de confiança, ele lhe dê mais créditos – sugeriu Rose, andando até Kayla e parando ao seu lado – Deixemos conversas para depois,vamos fazer logo isso,que eu tenho trabalho pra fazer.

—Okay. Vamos ver quem vai ser o primeiro... – Kayla olhou para a sua prancheta para ver o primeiro nome.

É claro, que Alex e Ally foram uns dos primeiros, me deixando sozinha com outras vinte pessoas que eu não conheço, e a única coisa que eu pude fazer para me distrair enquanto esperava meu nome ser chamado – um dos últimos é claro – eu observei os outros fazendo todo o processo de registro. Acontece que não era só as nossas digitais que eram colhidas, e sim nossas digitais, a leitura dos nossos olhos e uma amostra de sangue. Tudo isso para sermos registrados na Ordem e sermos oficialmente membros dela. Depois que tudo isso era feito, um compartimento no computador se abria e de lá saia um tipo de relógio digital, que era entregue a determinada pessoa e colocada em seu pulso de escolha, e depois Kayla levava essa mesma pessoa para uma sala que existia atrás do grande computador, aonde iriam espera até todos terem terminado e sido registrados.

Quando meu nome foi chamado, havia mais outras suas garotas, Zoe e sua amiga Zuri –pelo menos eu acho que esse era o seu nome –, elas pareciam se conhecer a tempos, assim como eu e Ally,e talvez tenham decidido vir para cá juntas.

—Coloque suas mãos na esfera, por favor, Tori – Rose pediu, chamando minha atenção e me tirando dos meus devaneios. Eu a obedeci e senti aquele choque inicial que haviam falado no início, essa parte foi bastante rápida, e logo eu estava sendo guiada para o leitor de retina, e depois esticando meu braço para que meu sangue fosse colhido.

Enquanto meu sangue era colhido, eu olhei para a grande tela, e vi coisas relacionadas à minha vida passando rapidamente pela mesma, eram fotos, vídeos, registros escolares, o fato deu ser irmã de um Guardião, e dezenas de outras coisas que passavam  rapidamente pela tela e iam direto para uma pasta com o meu nome completo. Eu tenho certeza que tudo o que tinha para saber da minha vida estava ali, numa pequena e quase insignificante para em um computador enorme.

—Direito ou esquerdo? – Rose me perguntou, com o meu relógio na mão. Estendo meu pulso esquerdo ao qual ela  prontamente colocou o relógio. Senti um choque quando ele se conectou a minha pele, um choque maior de quando eu coloquei minhas mãos na esfera. O relógio se ascendeu e eu pude ver um: "Bem Vinda, Victoria!", na tela, com a data as horas. Enquanto eu analisava o relógio, Rose me levou ate a sala atrás do computador, aonde eu me encontrei com os outros Iniciados que já haviam se registrado. Encontrei Alex e Ally, sentados no fundo da sala, com um ligar vago ai lado de Ally que apontou pra ele freneticamente, chamando minha atenção e me convidando a sentar ao lado deles. Como se eu precisasse de convite para isso.

—Oi! – falei ao sentar.

—Oi! – responderam eles, juntos.

—Foi só eu que senti um choque, quando ela colocou o relógio no pulso? – perguntei logo de cara, curiosa pra ver se eu não fui a única a sentir.

—Não, eu também senti – Ally respondeu e Alex concordou.

—Estranho – Alex comentou

Nessa hora, Zuri a ultima garota entrou na sala, acompanhada por Rose e Kayla, que mexia freneticamente na prancheta digital. Kayla esperou Zuri se sentar para poder começar a falar:

—Bom, acho que devo parabenizar vocês por estarem totalmente limpos e conseguirem entrar para a Ordem!

Uma salva de palmas preencheu a sala, com nós mesmos, os Iniciados, nos parabenizando por oficialmente sermos os novos Guardiões da Ordem, bem, não oficialmente, ainda tínhamos um longo caminho a percorrer embora esse tenha sido o passo inicial. Rose e Kayla se juntaram as palmas também, parecendo realmente felizes com esse fato.

—Eu não me apresentei devidamente lá fora. Meu nome é Rose Mark, e eu sou uma Vigilante que foi escalada a ajudar vocês no que vocês precisarem, de hoje em diante. É um prazer poder estar trabalhando com vocês daqui em diante, e eu espero realmente que ninguém morra cedo, porque vocês ainda tem muito que aproveitar com os privilégios de ser um Guardião.

Todos ficaram animados a menção dos privilégios de ser um Guardião, e eu tenho certeza que muitos, assim como eu, estavam doidos para descobrir esses privilégios e poderem usufruir deles.

—Eu também fiquei feliz em dizer, que além do senhor e senhora Kutcher vão ajuda–los a aprenderem coisas novas e que serão úteis no futuro pra vocês, quando forem lá fora – um burburinho começou a se formar entre os Iniciados, antes de serem pedidos em silêncio por Rose – Agora, eu vou deixar vocês nas mãos competentes de Kayla e vou seguir meu caminho – ela andou para trás e antes de se virar e sair mandou beijos para nos, nos desejando boa sorte.

Kayla suspirou, antes de se virar e mostrar seu pulso direito que também continha um relógio digital igual o nosso.

—Esse é o projeto T–5,ou um nome popular relógio digital – explicou ela enquanto mostrava o pulso. Ela colocou a prancheta digital num suporte que havia perto da porta antes de se virar pra nós e continuar a explicar. – Esse relógio esta cadastrado com um código especial e único, no grande computador, por esse código você vai ser identificado em muitos lugares, ele vai ser a identidade de vocês.

—E vamos ter que decorar esse código? – um dos garotos Iniciados perguntou, acho que seu nome era Henri.

—Não é necessário, mas se quiserem não tem problema algum – respondeu ela – Quando fizerem algo que necessite da identificação de vocês é só apertar esse botão – ela apontou para o botão na parte inferior do relógio, e de repente um holograma se manifestou com uma serie de números e barras de código – Experimentem.

Apertei o botão e dele surgiu outros tipos de números e uma barra de código: VMO140699162015.

Nossa, que número de identificação grande, pensei comigo mesma.

—Isso vai servir quando você estiver fora da Ordem principalmente, e você precise acessar algum lugar para completar a sua missão. – prosseguiu ela – Dependendo do lugar, o grande computador vai te dar acesso ao lugar.

—Quer dizer arrombar? – um garoto muito alto e musculoso, moreno e com cabelos cortados rentes a cabeça, estilo militar falou. Embora ele fosse muito alto ele com certeza têm a minha idade, o que me deixa muito desanimada e com o sentimento de ser baixinha.

Todos na sala riram, ate mesmo Kayla lançou um sorriso de lado, antes de responde–lo:

—É. Pode se dizer assim. Continuando: na parte de cima há outro botão – ela nos mostrou ele, e logo depois o apertou fazendo surgir outra tela, substituindo o código – Esse botão leva vocês ao menu, onde vão encontrar todo tipo de coisa,desde simples aplicativos ate os mais complicados e mais eficientes.

—Tem joguinho aqui? – Alex perguntou fazendo todos caírem na gargalhada, enquanto ele olhava sem entender o porquê da gente ta rindo – Que é? Pode ter uma hora que eu vou ficar super entediado em algum lugar e vou precisar de alguma coisa pra me distrair.

Embora, eu saiba qual seria sua resposta, e ele realmente queria saber, eu não aguentei e explodi em risadas junto com o resto dos Iniciados, menos Kayla que dessa vez não riu e olhava para Alex como se ele fosse um retardado mental.

—E você é? – perguntou ela seria.

—Alex West – respondeu ele sorrindo, e piscando para umas iniciadas que estavam olhando pra ele e que suspiraram quando ele fez isso, o que me fez olhar para Ally, que estava do meu lado, e fingir uma ânsia de vômito, fazendo ela rir e Alex me olhar de uma cara feia...ou melhor,olhar com a cara dele mesmo,que já é feia desde nascença. O que eu acho curioso, pois minha amiga Ally é tão mais bonita que ele, apesar deles serem gêmeos.

—Bom Alexander – ela deve ter deduzido e/ou lembrando–se do nome dele, porque ele foi o primeiro a se registrar – Sim, tem jogos e você pode baixar quantos e quais quiser.

Alex pareceu ficar feliz com isso, e sorriu em agradecimento.

—Continuando. Existe uma função que você pode decidir se aciona ela ou não, que fica no canto superior direito – ela apontou para o botão que no momento estava no ponto off — Esse botão é quando você quer deixar a sua tela visível para outra pessoas verem,ou deixar ela visível somente pra você. Aqui, no momento, a minha tela esta visível a vocês porque eu deixei o botão desligado, mas se eu ligar essa função, a tela desaparecerá da visão de vocês e será vista somente por mim. – Ela demonstrou, fazendo a sua tela desaparecer, mas mesmo assim, ela mexia os dedos no ar, como se estivesse digitando algo. – Essa função será muito útil para vocês, quando estiverem em missões fora da Ordem. Como por exemplo, o uso de mapas, se vocês quiserem ou tiverem que registrar lugares, coisas, pessoas ou seres para fazer parte de um futuro relatório, uma futura análise dos dados... Vocês vão poder fazer isso e muito mais, sem chamar atenção para si mesmos. Agir de forma discreta é um dos principais fatores para ser um Guardião. – Aconselhou ela – Acho que eu já expliquei tudo que eu tinha que explicar. Quaisquer dúvidas podem perguntar pra mim se me virem, ou consultar o manual que existe no menu. Agora vamos seguir em frente, porque eu tenho que mostrar a vocês algumas coisas.

Kayla pegou sua prancheta novamente, e apertando alguns botões nela, uma porta surgiu logo ao lado de onde eu estava. Ela seguiu por aquela porta nos chamando, para acompanha–la, eu dos gêmeos fomos os primeiros a ir atrás dela, enquanto ela nos levava para um corredor totalmente diferente do que eu havia visto antes... quer dizer, ele era igual aos outros em muitos aspectos,mas eu consigo distinguir e posso falar que eu nunca estive aqui.

—Eu não sei se vocês sabem disso, porque muitas pessoas tendem a ignorar esse tipo de coisa – Kayla falava em quanto andava – Mas a Ordem não é somente dividida por Protetor, Vigilante e Sentinela. Existem muitas outras subdivisões, muitas outras coisas que vocês podem escolher seguir quando alcançarem determinado patamar dessa hierarquia.

—E que tipo de subdivisões são essas? – perguntei, pois eu realmente não sabia e disso e estava curiosa para saber que tipo de subdivisões nas classes, que antes julgávamos serem as únicas.

—Antes de tudo, vocês devem saber que existem três tipos de lugares que vocês poderiam trabalhar, quando  se tornarem Soldados – ela começou a explicar,andando e mexendo na prancheta digital – Existem as áreas tecnológicas e/ou científicas, que é onde eu atuo. Também existem os soldados de campo, que são aqueles que são enviados em diversos tipos de missões. E existem também os poderes legislativos, judiciários e executivos, mas esses só estão disponíveis para um Sentinela, pois os Sentinelas sempre são aqueles com mas experiência e mais sabedoria,assim eles podem exercer esses tipos de função com mais sabedoria do que um adolescente de dezesseis faria.

"Quando ou se você chega a ser um Sentinela, você pode escolher ocupar algum cargo dentro da Câmara de Sentinelas – aonde os Sentinelas exercem o seu poder e mantém tudo em ordem, tanto quanto as negociações com a Capital, tanto quanto a própria ordem dentro da Ordem dos Guardiões –. Ou ocres podem escolher ficar aonde vocês já estavam, sendo qualquer umas das outras áreas que eu citei, e exercer um cargo maior nele.

—Por exemplo, se eu trabalhar na área tecnológica, e virar uma Sentinela, mas se eu quiser continuar na área tecnológica eu vou virar, por exemplo, chefe do departamento de tecnologia? – perguntei, tentando entender melhor o que ela falava.

—É... Mais ou menos isso. Com o tempo vocês vão entender melhor, mas a base do seu raciocínio esta certo. –ela respondeu, parando de olhar para a sua prancheta digital e virando se pra trás me lançando um sorriso – Quando você é um Protetor, significa que você esta em treinamento ainda, independente em que área você decidir atuar. O caminho para se tornar um Vigilante, é muito longo e cansativo, e nada fácil, mas quando você vira um Vigilante você sobe de "patente" e a área que você esta atuando, vão abrir mais possibilidades pra vocês. Da mesma forma, que se virarem Sentinelas, mais portas irão se abrir.

—Então... existem vários tipos de  "patentes" dentro da Ordem? E temos que subir cada uma delas, antes de virar um Vigilante ou ate mesmo um Sentinela – Alex perguntou.

—Não necessariamente. Existem muitas pessoas que viraram Sentinela, sem passar por todas as "patentes” que há nos Vigilantes. Se você provar o seu valor, se fizer uma coisa que o destaque e chame a atenção de seus superiores, rapidamente vai virar um Vigilante ou ate mesmo um Sentinela – ela parou de andar por um momento,e depois se virou para a gente,apontando para atrás dela, mais a frente. – Aquele é um exemplo vivo que você pode subir rapidamente de Patente.

Eu e todos os outros Iniciados olhamos para onde ela estava apontando, e de repente eu vi Anthony Makalister, parado em frente a uma porta, colocando sua mão em um leitor de digitais, eu olhei para a placa em cima da porta e estávamos de novo de frente para A Sala das Armas e ele estava entrando lá. Dessa vez, ele não estava com uma camiseta preta e bermuda como eu havia o visto no dia do teste na Academia. Dessa vez ele estava, com uma jaqueta de couro por cima da camiseta também preta,e uma calça – que parecia ser jeans – preta. Quando as portas se abriram para ele entrar, ele notou o grande grupo que ainda avançava em direção àquela mesma sala.

—Perdeu seu arco de novo, Tony? – Kayla perguntou quando chegamos perto da porta. O grupo de iniciada parou um pouco mais atrás de Kayla... talvez, intimidados pelo olhar penetrante que Tony lançou para Kayla,não eu. Eu só parei porque Ally estava segurando meu braço firmemente, me impedindo de continuar andando, e foi ai que eu vi que todos haviam parado de andar.

—Anthony, Kayla, e não Tony – ele respondeu firmemente – E eu não perdi meu arco, só não estou satisfeito com aquele.

—E mais uma vez, veio ate aqui procurar o "arco perfeito" – Kayla fez aspas com os dedos – Francamente, eu acho que você devia trazer uma cama pra cá e morar aqui.

—Eu acho que você tem trabalho a fazer, Kayla – ele fez um gesto com a cabeça,apontando para o nosso grupo. Por um momento seus olhos se fixaram em mim, e eu tenho certeza de que eu não vi surpresa nos olhos dele, como se já adivinhasse que eu aceitaria entrar para a Ordem. – Eu não vou fazer você perder seu tempo comigo, você tem coisas melhores a fazer – ele sorriu, e entrou na Sala das Armas com a porta se fechando atrás dele.

—Idiota, convencido, filho da... – ela estava xingando ele, até que eu avanço e coloquei meus braços em volta dela, chamando sua atenção e fazendo–a parar de xinga–lo.

—Ei! Porque não nos mostra essa sala? E enquanto olhamos você pode continuar xingando ele – sugeri. Ela me olhou durante um tempo, antes de dar de ombros e ir até o leitor de digitais, antes de abrir a porta ela se virou para a gente e disse com a maior naturalidade, como ser nada tivesse acontecido.

—Aqui é a Sala das Armas como já devem ter percebido. Vocês podem entrar olhar e escolher a arma que quiserem. Um conselho? Escolham com calma, e escolham uma arma que é compatível com vocês e com o tipo de personalidade de vocês – ela aconselhou. – Existem uns computadores espalhados pela sala, que tem alguns testes que foram criados para ajudar vocês a escolherem a sua arma. Não precisam fazê–lo, e também não precisam escolher a arma que eles sugerirem, ele serve somente para ajudar e dar vocês uma base do que devem escolher. – sugeriu ela – Eu fiz esse teste, e estou muito satisfeita com a minha arma.

—E depois que escolhermos nossa arma? – Zuri perguntou, com sua voz baixa e seria, parecia um felino sondando sua presa.

—Vocês podem testar e praticar com a arma em umas salas que se encontram no final de cada corredor. Eles vão criar simulações, de diferentes níveis, que você escolhe o grau de dificuldade,ate você ter certeza da arma que escolheu, é só registra-la no nosso banco de dados. Usando o seu código e os computadores espalhados pela sala – explicou ela. – Depois que terminarem eu vou deixar vocês irem embora, e fazerem o que quiserem pelo resto da tarde ate serem convocados novamente. Vocês podem ir para a sala de treinamentos e já irem praticando com a nova arma de vocês – ela fez uma pausa e colocou sua mão direita sobre o painel e as portas se abriram, revelando imensos corredores e prateleiras com incontáveis armas.

—Divirtam–se.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Vejo vocês nos comentários!

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Vejo vocês nos próximos caps!

Bjss da Angel



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