Recomeçando - Peeta e Katniss escrita por Zoey


Capítulo 16
Momentos especiais.


Notas iniciais do capítulo

Oi!

Gente, me desculpem pela demora. Eu tava com peso na consciência por demorar tanto, mas eu estou adoentada. To tendo crise de enxaqueca direto e com isso a minha concentração fica horrível. Por isso demorei tanto, mas peço desculpas.
Ha! Sim, lembrei de uma coisa. Quando eu terminei o capitulo anterior eu tive a ideia de escrever uma outra fic sobre jogos vorazes e escrevi, mas ainda não revisei. E também tive que começar a escrever o capitulo dessa e deixei a outra de canto. Mas pretendo volta a pegar nela essa semana. Ela vai ser sobre a primeira vez que Peeta viu Katniss na escola. Espero postar ela logo pra ver se vcs gostam. Ela vai se chamar a primeira vista.
Então é isso, espero que gostem do capitulo.
Ha! Meninas, muito obrigada pelos comentários anteriores. Amo cada um deles.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/635852/chapter/16

Fiquei um bom tempo observando a escuridão através da janela do quarto em que estávamos. Estava impaciente. Já tinham se passado mais de vinte horas que o parto da minha filha aconteceu e a doutora ainda não queria nós da alta. Eu já estava nervosa por ter que ficar presa em um ambiente em que ate o maldito cheiro me deixava enjoada.
Queria esta em casa com a minha filha, queria sentir o cheiro das minhas coisas, sentir o cheiro da minha cama e se possível fosse, queria tudo isso agora mesmo.
Quando Peeta entrou no quatro, eu ainda estava sentada na mesma posição de quando ele saiu. Ele colocou a bolsa que trouxe com as minhas roupas limpas em cima da cadeira e me olhou com a testa franzida.
— O que foi, Katniss?
Eu sacudir os ombros e Willow se agitou um pouco com o meu movimento, mas por sorte ela não acordou.
—Quero ir pra casa. - Respondi. -Quero levar a nossa filha para casa, quero tirar ela daqui. Esse lugar me enlouquece.
—Eu sei. - Peeta me beija na testa. - Não vai demorar mais pra gente ir para casa. A doutora só quer deixar completar as vinte e quatro horas, ai então, estaremos livres.
— É, eu já sei. - Falo desanimada, e de repente Willow acorda choramingando. Eu troco de posição na cama e começo a nina-la tentando tranquiliza-la, mas a minha filha estava irredutível. Ela so fazia ficar cada vez mais brava.
—Peeta, será que ela está sentindo alguma dor? Ela não para de chorar, isso esta me assustando. - Pergunto, mas temendo que ele concorde comigo.
—Dor? Será? - Peeta se assusta com a minha pergunta e uma ruga fina de preocupação se forma na testa dele. - Katniss, sera que não pode ser só fome? Talvez seja melhor tentar alimenta-la, se depois disso ela continuar chorosa, a gente chama a doutora. - Ele diz.
—Fome? - Pergunto incoerente.
—Sim. -Ele responde ansioso.
Eu olho os olhos preocupados de Peeta e me condeno por não ter pensado nisso antes. Obvio que ela estava com fome, eu ainda não tinha se quer amamentado a minha filha. Como pude ser tão estupida?
—Eu não acredito, que espécie de mãe eu sou? Fiquei tão fascinada por ela e depois essa minha preocupação em sair daqui, que acabei esquecendo de alimentar a minha filha.
Cubro o meu rosto com a mão livre, me condenando a cada segundo pelo tamanho da minha irresponsabilidade.
—Calma, Katniss. Ela só chorou agora, e você esta se adaptando a uma nova rotina, não precisa se culpar. -Peeta puxa a minha mão, descobrindo os meus olhos. - A nossa filha esta bem, meu amor. Você só precisa da de mamar a ela, e tudo vai esta resolvido. - Ele sorrir pra mim.
—Mas, e se o meu leite não for o suficiente para mata a fome dela? O que eu vou fazer?
—Claro que vai ser, todo leite materno é o suficiente para matar a fome do bebê. Não pense nisso. - Peeta segura a minha mão e o calor das dele tem um efeito tranquilizador sobre mim. - Então, o melhor que temos a fazer agora, é resolver logo essa situação. Certo?
Balanço a cabeça em concordância e Peeta levanta ajeitando os meus travesseiros, na tentativa de deixar a minha coluna apoiada durante a amamentação. E depois com os dedos hábeis, ele desfaz o nó que prendia a roupa ao meu pescoço deixando os meus seios em livre acesso para Willow. Quando ele termina, eu só preciso puxar com a mão livre a alça da camisola que já está solta para baixo.
—Pronto garotinha, agora é só você e eu. -Beijo a testa de Willow e acomodo ela na altura do meu seio esquerdo. E quando olho para Peeta, ele sorrir, me incentivando a prosseguir.
Ainda meio desajeitada, começo a esfregar o meu mamilo nos pequenos lábios rosados e como resultado, ela abre a boquinha mexendo a cabeça de um lado para o outro contra a minha pele.
Começo a ri achando engraçado, mas Willow esta determinada a cumprir a sua missão, e quando menos espero, ela suga o meu mamilo inteiro.
—Ai! - Gritei quando a dor veio rasgando. E o meu grito estupido acabou assustando Willow, que soltou o bico do seio de uma só vez choramingando de novo.
Peeta olhava para o meu rosto com as sobrancelhas juntas, sem entender muito bem o que tinha acontecido.
—Doeu? - Ele perguntou.
—Doeu muito. -Respondo um pouco sem graça. - A pele está muito sensível. Parece que o meu peito foi rasgado quando ela começou a mamar. -Peeta franze a testa e me olha preocupado.
—E agora? - Ele pergunta sentando novamente na cama.
—Vou tentar de novo. -Digo o obvio. -Doendo ou não, ela precisa comer e eu preciso aguentar, tenho a obrigação de aguentar.
—Você quer ajuda? -Peeta pergunta.
Eu olho para ele confusa.
—Como você pretende me ajudar nessa parte da amamentação?
Ele rir e da de ombros.
—Eu não sei. Só pensei que poderia ser útil de alguma maneira.
Eu do risada.
—Não, esta tudo bem. Eu consigo. -Digo e me preparo psicologicamente para sentir a dor novamente. Seguro o meu seio e guio o mamilo até a boca de Willow, que em um piscar de olhos voltou a sugar.
O meu corpo inteiro estremece.
Fecho os meus olhos por causa da dor insistente, e procuro fazer o possível para não me mexer. Não quero que Willow se assuste de novo e acabe recusando o peito mais uma vez, mas aos poucos percebi que comecei a relaxar e a dor foi se tornando praticamente suportável. Não estava sendo tão ruim como pareceu ser nos primeiros segundos iniciais.
E sem falar que a sensação de olhar para Willow e ver o quanto ela estava satisfeita em se alimentar ali, no meu seio, me fazia esquecer de qualquer dor que ainda estivesse me incomodando.
—Katniss. - A voz de Peeta me obriga a tirar os olhos de Willow e olha-lo.
—Olha como ela esta enchendo a boca de leite, será que pode se engasgar fazendo isso? -Pergunta Peeta preocupado.
—Eu acho que não. Bebês não são tão bobos, ela sabe o limite que aguenta engoli.
—Será?
—Veja, ate agora ela esta mamando relaxada. Em nenhum momento se entalou ou demonstrou que pudesse se engasgar. Ela é esperta, Peeta -Digo olhando para Willow.
—É, acho que você tem razão. -Murmura.
—Você está pior do que eu, fique tranquilo. - Digo achando engraçado a ansiedade de Peeta a respeito da nossa filha.
Ele finalmente rir e depois de mais alguns momentos de guloseima, Willow adormece e deixa o meu mamilo de lado, pingando leite pela bochecha roliça.
Uma batida na porta interrompe os nossos risos e a cabeça de Haymitch aparece na brecha olhando para dentro do cômodo.
—Entre. - Peeta diz, mas Haymitch está completamente imóvel olhando na direção da minha filha adormecida. -Entre, Haymitch. - Peeta repete e dessa vez ele pisca, mas continua calado.
Lentamente ele entra fechando a porta e caminha cauteloso até a cama, parando do meu lado. E nesse momento um cheiro fresco de lavanda invade o meu espaço me surpreendendo.
Hum, de banho tomado. Isso é novidade.
—Como você está, docinho? -Ele pergunta para mim, mas olhando fixamente para Willow.
—Estou bem, só um pouco irritada por esta aqui, mas o importante é que essa garotinha já está aqui conosco. - Sussurro olhando para Willow.
Haymitch sorrir.
— É, ela já está aqui. E esse é o bebê mais bonito que eu já vi. - Ele continua rindo, fazendo as rugas aparecerem ao redor de seus olhos.
Ele estica a mão e toca um dedo grande na bochecha rosada de Willow.
—Ela se parece um monte com você, garota. Só espero que ela não puxe o seu mal humor. -Diz rindo.
Mal humor?
—Quando estou de mal humor, eu tenho os meus motivos. Não ando rindo ate do vento, diferente de vocês.
—Ta vendo como tenho razão. - Hamitch diz pra Peeta e ele gargalha.
—Vocês são dois tolos. -Digo e ignoro os risinhos irritantes, mas Haymitch para de rir quando a mãozinha de Willow se fecha envolta do seu dedo indicador.
—Olha que mãozinha pequena. - Ele diz admirado.
—Pequena e linda. - Peeta complementa.
Eu do risada e giro os meus olhos para os dois babando na minha menina.
—Você que carrega-la, Haymitch? - Pergunto surpreendendo ele.
—Carregar? - Ele pisca surpreso . -Eu nunca segurei um bebê antes. -Diz ansioso, mas Haymitch não me engana. Eu sei que ele esta doido pra fazer isso desde o momento em que entrou aqui.
—Deixa de ser frouxo, eu sei o quanto você quer fazer isso. A quem você que enganar?- Ele me olha e rir, provando que eu não estava errada.
E um pouco relutante levanto o meu braço na direção dele. A ideia de me afastar de Willow, mesmo que seja só por alguns minutos é estranho e doloroso.
Depois de cheirar mais uma vez o cabelinho de Willow, entrego a minha bebê para ele, que já tinha feito um berço com os braços para recebe-la. E quando percebi, ate Peeta estava do nosso lado com a mão apoiada em baixo da nossa filha.
—Cuidado, Haymitch. -Peeta murmura.
—Cai fora, garoto. Eu não vou derrubar a menina.
Peeta olhava ansioso para Haymitch e relutante também, ele retira as mãos das costas de Willow e volta a sentar na cama observando os dois como um gavião.
Eu não estava muito diferente de Peeta, mas sabia que estávamos exagerando. E ignorando os meus dedos que estavam coçando para pegar Willow de volta, começo a rir ao ver como Haymitch já estava perdido no encanto da minha filha. Era a primeira vez que eu conseguia ver Haymitch tão entusiasmado com alguma coisa além da bebida.
Definitivamente, Willow ganhou um avô babão.
Apesar das minhas risadas constantes desde a chegada da minha filha , uma duvida estava me corroendo a respeito da minha mãe. Será que ela viria ate o distrito doze para conhecer a neta? Ou será que nem isso seria o suficiente para faze-la mudar de ideia sobre voltar a pisar aqui?
Bem, a verdade é que não sei. Eu não sei o que esperar quando o assunto é a minha mãe. Nunca sei qual será a próxima atitude dela , mas de qualquer maneira o pensamento era desagradável.
—Katniss? -Peeta se arrasta até o meu lado na cama e alisa o meu rosto. - O que foi?
Lhe dou um sorriso triste.
—Eu só estava pensando na minha mãe. Será que ela vai vim conhecer a nossa filha?
Ele me abraça.
—Claro que sim. Tenho certeza de que não vai demorar para isso acontecer.
—Não sei se tenho muita certeza disso, mas não quero ficar pensando também.
Ele beija o meu cabelo e segura o meu rosto apoiado nas mãos.
—Só tenha um pouco de paciência. Ela vai querer conhecer a neta, ela é a sua mãe e te ama muito. - Peeta olha para Haymitch que esta com Willow ainda nós braços e rir. -Só não sei se ela vai quebrar o record de avô babão que Haymitch conquistou.
Rio.
—Isso é verdade. - Concordo e de repente sobressalto assustada quando o choro de Willow ecoa por todo o quarto.
—Ela acordou e começou a chorar. - Haymitch fala assustado enquanto me entrega a minha garotinha esfomeada.
—Não se preocupe, Haymitch. Ela só está com fome. -Digo tentando tranquiliza -lo e ao mesmo tempo fico impressionada como já estou ficando familiarizada com a situação. Sorrio e coloco Willow no meu seio novamente, e a minha menininha esperta aceita sem hesitar.
—Gale, ainda está aqui no hospital ? -Pergunto depois que Willow adormece.
— Não, não está. -Haymitch é quem responde pegando uma das cadeiras que estão encostadas na parede e a coloca de frente a Peeta. - A equipe de filmagem veio atrás dele aqui no hospital amando de Plutarch. Ele queria todos ainda hoje na capital. Então, como não pode se despedir, ele me pediu para entregar isso a você. - Ele retira do bolso um pedaço de papel.
—O que é isso?
—Acho que seja um bilhete. Eu não abrir. Toma, pega. - Ele estica o braço me entregando o pedaço de papel amassado, mas antes de pegar, eu olho para Peeta que me observava.
—Leia pra mim, por favor. -Eu peço e ele pisca confuso.
—Tudo bem. - Diz e pega o papel das mãos de Haymitch. E em seguida Peeta ler.
—" Katniss, queria ter me despedido de você, mas infelizmente não conseguir, tive que partir para a Capital. Mas, quero que saiba que estou feliz por vocês e essa criança que esta vindo, com certeza terá muita sorte por ter os dois como pais. Você será uma ótima mãe, nunca duvidei disso.
Se cuida.
Adeus, Catnip.
Gale."
Sorrio enquanto Peeta me entrega o bilhete, e depois com as mãos ja livres, ele cerca os seus braços protetores envolta do meu corpo, de modo que ficamos nos três abraçados.
—Então, pronta para ir para casa? - Peeta pergunta pressionando a testa na minha têmpora .
—Sim, já estou mais do que pronta. -Respondo olhando para Willow.
—Amanhã já estaremos na nossa casa, prometo. -Ele sorrir.- E o melhor de tudo, ela estará conosco. - Ele abaixa a cabeça e beija Willow. - A nossa filha.
—Sim. - Também sorrio. - A nossa filha.
No dia seguinte, eu e Willow recebemos alta pela manhã, e quando os meus pés finalmente tocaram o chão da vila, conseguir respirar aliviada por esta em casa depois de quase dois dias ausentes. Eu estava feliz. Estava em casa, com Peeta e com a minha filha nos braços e eu sabia que de agora em diante tudo mudaria. As nossas vida ganhariam outro sentido, nada mais seria igual.
Tudo isso graças a uma garotinha de cabelos negros e olhos azuis que chegou para nós trazer mais esperança de dias melhores.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então foi isso.
Comentem meus amores, diga o que acharam. Ta certo? Vou ficar esperando. ;)
Beijão no coração.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Recomeçando - Peeta e Katniss" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.