Crônicas de Uma Saiyajin escrita por Kokoro Tsuki


Capítulo 3
Poder Guerreiro.


Notas iniciais do capítulo

YOOO! Como vão pessoas, tudo bem?

Aqui lhes trago mais uma capítulo de Crônicas de Uma Saiyajin, saído do formo há pouco tempo. Esse está um pouco mais longo que o primeiro, mas não sei se foi maior que o anterior XD Mas realmente espero que esteja do agrado de vocês ^^

Nesse capítulo temos as partes finais na luta. Não, ela não acaba aqui, infelizmente! Acho que ainda vai durar pelo próximo, e talvez ainda por outro. Desculpem por essa demora absurda. Qualquer erro ou coisa que lhes desagrade me avisem, por favor, isso me ajuda muito como escritora, conto com vocês.

Ah, preciso agradecer a Marília dos Anjos e a Kyttano pelos lindo comentários, vocês são demais, muito obrigada ♥



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Crônicas de Uma Saiyajin

Poder Guerreiro

*

Era a primeira vez que ela havia matado alguém, e já o fizera logo com dois uma vez. Sentia-se orgulhosa pelo feito por mais que ainda estivesse em clara desvantagem ali, ainda mais depois de ter ceifado a vida dos companheiros de seus inimigos. Sorriu com sangue escorrendo de seus lábios, exibindo um dente faltando entre os seus.

Como uma guerreira Saiyajin, se mostrava extremamente confiante, principalmente por ter dado um passo tão grande. Não sabia de onde havia tirado inteligência para fazer aquilo, mas o fez, e isso que importava. Agora, precisava matar os outros três e talvez conseguisse sobreviver a isso. Mas e as forças para fazer algo desse tipo?

Sem que percebesse, caiu de joelhos no chão, num baque mudo que chamou a atenção dos Hisfjin, fazendo-os se voltar para a garota que cuspiu o sangue coagulado que estava em sua garganta, deixando tanto a ela, quando aos outros três, paralisados com o acontecido. Provavelmente decorria dos golpes levados anteriormente.

Strawbey olhou para trás, vendo o rastro do líquido vermelho deixado durante a luta, havia algumas poças espalhadas pelo chão e paredes. Se brincasse havia até mesmo no teto. Realmente, levara uma surra daquelas. Mas nem por isso iria desistir. Precisava impedi-los. Precisava proteger o príncipe Vegeta. Precisava proteger Gratt.

Cambaleante, ela se pôs em pé, encarando os inimigos restantes e desviando seu olhar para o relógio. Quanto tempo eles demorariam a chegar? Por mais que até estivesse lutando bem, ainda assim, não podia ter certeza de que venceria.

— Está escondendo mais alguém, vermes? Porque esse foi um golpe muito baixo. Ainda mais mandando um fraco como este! — disse, apontando para o homem morto por sua cauda, esta que se agitava pelo ar, de maneira vitoriosa. — Pensei que iam me divertir mais, vermes.

— Você mal consegue se manter em pé, garota! — um dos Hisfjin gritou, cruzando os braços para a ousadia da menina. — Não nos desafie dessa maneira, sua primata!

Primata é a sua mãe! — a Saiyajin gritou de volta, extremamente ofendida. Como assim primata? Olhou para a cauda que balançava no ar e inflou as bochechas de maneira infantil. — Eu vou te ensinar a não ofender uma dama da raça guerreira!

E dizendo isso disparou em direção ao adversário com o punho cerrado, mesmo sem enxergar as coisas a sua frente direito, e por pouco não o acertou. O homem de escamas desviou e se preparou para golpear a menor, no entanto esta se desvencilhou com uma estrelinha e voltou ao ataque, usando sua cauda como auxílio.

Chutou em direção a um dele, este que se desviou num giro rápido, e, com as mãos unidas, a acertou, jogando-a contra o chão novamente. Strawbey tentou se levantar para reagir, mas antes que o fizesse foi agarrada pelos cabelos negros e seu rosto foi arrastado pelo chão.

Em meio aos gritos dela, o Hisfjin a jogou numa das paredes, que foi destruída com o impacto do corpo da jovem, que foi coberta por muitos dos destroços. Sem forças para se levantar novamente, ela apenas olhou para os inimigos e desmaiou.

*

— Saiam já daí bando de incompetentes! Eu mesma cuido disso! — diante dos berros da rainha todos estremeceram, fazendo o que lhes fora ordenado, e dando espaço para a matriarca da raça tentar resolver os problemas da nave. — Não se encontram Saiyajin úteis hoje em dia!

— M... Minha Senhora... Não fazemos ideia do que pode ter acontecido! — uma deles justificou, preocupada com seu pescoço, este que estava em risco com Mellow irritada. — Pode ter sido qualquer coisa e...

— Fomos sabotados. — disse, sem se voltar para a soldada, que engoliu em seco. A serenidade da rainha a fazia ter cala-frios. — Como nenhum de vocês, incompetentes, descobriram isso? — levantou-se, juntando energia em sua mão direita e disparou no primeiro que viu em sua frente, o filho de uma general qualquer. — Quer saber? Vou até lá voando mesmo!

A fêmea deu alguns passos a frente, ajeitando a capa que caia pelas ombreiras de sua armadura. Se preparava para levantar voo dali e ir até o planeta Vegeta matar qualquer que fosse o desgraçado que ousava ameaçar a vida de ser herdeiro. O torturaria com as próprias da forma mais lenta possível e o deixaria morrer sangrando, ah se deixaria!

No entanto, antes que saísse pelos ares sentiu a mão de seu marido em seus ombros e se voltou para ele, encarando os olhos escuros e imponentes que pareciam querer domá-la. Mas claro, Mellow não era como as outras fêmeas, jamais seria submissa a homem nenhum. Fosse quem fosse.

— O que quer? — perguntou, arqueando uma sobrancelha.

— Que você fique calma mulher. Irritada do jeito que está não vai conseguir nada.

— Ah, eu vou conseguir sim! Vou conseguir arrancar a cabeça do maldito que ousou me enfrentar, e você irá ver, Vetable! Se quer me ajudar, ao menos não me atrapalhe, verme!

Naquele momento, todos os Saiyajin presentes engoliram em seco, sem ao menor mover um dedo, ou sequer respirar. A rainha havia chamado o rei de verme. O havia ofendido. Nunca ninguém na história daquela raça tivera tamanha ousadia, nem mesmo uma matriarca.

Aqueles foram os cinco segundos mais demorados da vida de alguns deles, mas não da de Mellow. Em momento algum a fêmea desviou o olhar, continuou como estava encarando seu marido com os intensos e sérios olhos negros.

Vetable, por sua parte, sorriu de canto. Pelo jeito seu pai estava certo, jamais conseguiria domá-la, e talvez isso fosse bom. A mulher mais forte de sua raça estava ao seu lado por vontade própria.

— Temos uma nave reserva lá em baixo. Já que esses aí não prestam para nada, vamos usar ela. — disse, segurando firme no braço da esposa. — E quando resolvermos isso, eu irei lhe ensinar bons modos.

Ela sorriu de volta, desafiadora.

— Tente, Vetable. Tente.

*

Com grandes dificuldades e sentindo o corpo doer como nunca antes, Strawbey abriu os olhos, sendo obrigada a fecha-los logo em seguida, por conta da grande claridade. Não tinha muita certeza de quanto tempo ficara ali, inconsciente, ou o momento que isso aconteceu. Mas lembrava-se de sua missão.

Gemeu com todos os músculos doloridos, no entanto insistiu em tentar se levantar, usando as mãos para ter algum impulso e voltando ao chão em seguida, num baque mudo. Ela já não sabia mais o que fazer e nem se tinha forças para fazer. Era da escória, afinal. Não fora feita para vencer.

Sorriu, derrotada. Gratt ficaria decepcionada se a visse naquele estado.

— Gratt... — balbuciou, pensando que a amiga já devia estar longe, acreditando que ela impedira os malditos invasores. Deveria estar rindo, brincando com o pequeno príncipe. Confiando nela.

" Não posso ficar aqui... Vou acabar entristecendo ela... Gratt vai ficar resmungando comigo a semana toda!" pensou e tentou se colocar em pé novamente, cambaleando. Pensar em cumprir sua a promessa a ajudava a levantar, mesmo sabendo que podia cair novamente. " Eu sou uma Saiyajin, tenho meu orgulho... NÃO POSSO CONTINUAR AQUI!"

E, cerrando os punhos fortemente, uma aura transparente a rodeou, levantando os cabelos negros da garota por poucos momentos antes de cessar, sem que a menina percebesse o que havia acabado de acontecer. Strawbey levou uma mão ao scouter, o ligando novamente e olhando para a tela rachada. Imediatamente encontrou aqueles malditos na sala à frente.

— Pelo jeito não fiquei muito tempo desmaiada! — comentou e saltou para dentro do local, abrindo a porta com um chute, de forma que surpreendo os Hisfjin. — Acharam que eu estava morta, não é? Não conhecem mesmo a raça Saiyajin, vermes!

Os seres de pele amarelada a fitaram, sem acreditar que ela permanecia viva. De fato, tinha certeza de que a haviam matado naquele momento. Pelo jeito os malditos primatas eram mais resistentes do que imaginavam.

Strawbey desviou o olhar por um segundo, vendo as crianças atrás deles, algumas muito assustadas, outras com um verdadeiro semblante guerreiro, de desprezo para com os invasores. Ah, seus pequenos lhe davam tanto orgulho. Ficou um pouco mais tranquila por estarem bem, mas quando viu o menininho de cabelos castanhos, preso pela gola de seu collant preto, se enfureceu.

— COLOQUEM O PUMKIN NO CHÃO AGORA MESMO! — os berros dela assustaram os inimigos, e eles mal conseguiram ver os seus movimentos, e nem o soco que ela desferiu no maldito que segurava seu xodó. Antes que a criança atingisse o chão ela o segurou nos braços, mandando-o ir para trás, junto dos outros. — Agora vocês me pagam vermes malditos!

Os Hisfjin recuaram um passo. O que os anciões contavam era verdade, a raça guerreira sempre ficava mais forte após levar uma surra e a menina não seria exceção. Chegaram a pensar que perderiam para a fêmea que lutava sozinha.

Prepararam-se para partir para cima dela, mas antes que o fizessem a porta se abriu de forma brusca, revelando a outra garota que por ali entrara, indo a socorro da amiga. Os inimigos fitaram a recém-chegada com frieza, enquanto Strawbey estava estática. O que a maldita fazia ali novamente?

Ela murmurou qualquer insulto quando suas pernas tremeram. Gritou para a mais nova sair dali. Esta, porém, tinha um semblante desesperado, de quem não voltara por um motivo simples. O coração disparou, pensando no pior.

— S-Strawbey, tem mais deles! Gratt... E-ela... — dizia, sem ao menos conseguir se manter em pé. Só agora Strawbey notava que a outra tinha uma ferida no abdome, e que sangrava demais.

Porém, antes que sequer pudesse perguntar o que havia acontecido, um dos invasores lançou um raio em direção a Saiyajin de classe baixa, que lhe atravessou o peito, a fazendo cair no chão inerte. Strawbey encarava a cena com espanto, sem acreditar no que via.

Só foi se tocar de que tudo era verdade, quando o scouter que usava apitou o nível de força da colega, mostrando que a leitura atual agora não passava de zero, fazendo-a paralisar, como se o tempo parasse para a jovem. Só conseguia sentir fúria e culpa.

O chão parecia ter sumido de debaixo de seus pés, trazendo a jovem de cabelos negros uma enorme sensação se desespero e raiva. Cerrou os punhos com força e fechou os olhos, algumas lágrimas escorrendo por sua pele, uma demonstração de fraqueza não permitida aos da raça guerreira.

Sem que percebesse, ao redor dela, novamente a aura transparente se formava, dessa vez com maior intensidade. Ela não notou quando os primeiros fios escuros foram levantados, ou quando pequenas rachaduras surgiram no concreto onde pisava. Mas os Hisfjin e as crianças sim, chegavam até mesmo a recuar. Principalmente quando aquela aura tornou-se ainda maior, como uma ventania que invadia a sala junto ao grito agudo de dor que escapou por aqueles lábios rosados.

— YAPPLE! — o berro aumentou a aura que a circundava, deixando as rachaduras ainda maiores e fazendo com que abrisse uma pequena cratera, afundando dentro dela. Strawbey não podia acreditar que só num dia perdera duas colegas, e não aceitaria perder mais ninguém.

Sem nenhuma noção de que sua força ficara maior, voou para cima de uma dos rivais, numa velocidade que nunca imaginou atingir, o acertando com uma cotovelada no estômago, e um soco no queixo antes que pudesse se recuperar. Ao ter os ataques revidados, a garota usou a cauda para segurar o punho alheio, e com uma bola de energia o jogou longe.

Outro deles partira em direção ao parceiro caído, tendo ela se colocando em seu caminho. O Hisfjin saltou para desviar-se e a viu desaparecer e logo reaparecer em cima de si, usando os braços unidos para jogá-lo para baixo. O homem de pele amarela cuspiu do líquido marrom quando caiu e deu um último urro de dor com um raio lançado pela guerreira, que o calou de vez.

Strawbey pousou, não sabia nem que havia voado, não tinha cabeça para perceber esse detalhe, apenas para encarar o invasor que sobrava no setor 4, este assustado pelo modo que a Saiyajin, antes tão fraca, acabara com seus aliados. Porém, via também a forma com que ela respira com dificuldades e mal se mantinha em pé, provavelmente por usar uma força que não estava acostumada.

Sorriu, talvez fosse fácil dar cabo daquela ali.

— Vocês mataram minha amiga. — disse de forma acusatória, querendo deixar bem claro o motivo de sua revolta e das duas mortes anteriores.

— Não sabia que vocês, primatas, tinham noção de amizade. — o homem riu, sarcástico. — E vocês, maldita raça, mataram muitos dos nossos. Queremos nossa vingança.

— Heh, — a morena se permitiu sorrir, com deboche. — com essa força que querem buscar vingança? Desculpem-me, mas vocês são um bando de inúteis! Por isso não conseguirem fazer nada quando mataram outros de vocês. — cuspiu saliva e sangue, num tom de provocação. — Raça insignificante.

— Como disse sua desgraçada? — os Hisfjin grunhiu, sua vontade era de enfiar suas unhas na jugular da jovem abusada e apertara com toda sua força. — Minha raça não é insignificante, vocês Saiyajin que são um bando de covardes, apelando para transformações!

— Transformações? — a garota questionou, mas não obteve resposta, apenas um soco no peito que a fez perder o ar momentaneamente. Recuou dois passos, tentando recuperar a respiração. E quando menos esperava foi agarrada pelos cabelos e atirada contra o chão.

As roupas de Strawbey já estavam bastante rasgadas e danificadas, e inúmeros ferimentos se espalhavam, por seu corpo, alguns um tanto graves, que sangravam aos montes. Não sabia o porquê de ainda estar acordada, levando em conta o cansaço, mas agradecia ao Super Saiyajin por isso.

Partiu para cima do adversário, desferindo inúmeros socos e chutes em direção a ele, todos prontamente defendidos. Com certeza sua velocidade havia ido abaixo quando se acalmou da morte da colega. O coração batia forte dentro do peito, não podia negar a excitação com a luta.

— Até que você é bom, escamoso. — comentou com um sorriso de canto, limpando o sangue que escorria por entre um corte no lábio inferior. — Mas ainda não está no nível de um Saiyajin.

— Bem metida você, não acha? — o outro respondeu, retribuindo o gesto da menina. — Maldita primata, eu vou acabar com você e sua raça, aqui e agora.

— Não, você não vai. A raça Saiyajin não seria eliminada facilmente. Assim como eu também não serei. — com um grunhido ela pulou em direção ao seu rival, sendo recebida com um forte soco no estômago, que a arrastou alguns metros, fazendo-a segurar a área ferida e depois preparar uma esfera de energia para lançar no inimigo.

O Hisfjin desviou, com um sorriso de escárnio no rosto e devolveu a energia lançada, esta, no entanto, era mais poderosa que a de Strawbey, numa tonalidade negra, como ela nunca havia visto. Gemeu de dor com o contado dela com seu corpo, ferindo-se ainda mais.

— Eu realmente esperava mais da raça que promete conquistar todo o universo. — ele se aproximou, aproveitando o momento pós-ataque para agarrá-la pela gola do collant rasgado. — Você é fraca.

Ela lhe sorriu de volta, da mesma maneira, sem se eixar abater.

— Nem o mais forte de vocês — o encarou, sem desviar seus olhos dos do adversário em momento nenhum. — derrotaria o mais fraco de nós.


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Notas finais do capítulo

SIM, EU MATEI A YAPPLE!
Eu não sei nem se vocês lembravam da existência dessa mulher, mas eu matei :v Foi necessário gente XD E ela não vai ressuscitar com as esferas do dragão, até porque ninguém aqui as conhece, e ela iria acabar ressuscitando mais que o Kuririn >.< Mas bem, agora vamos ao dicionário do novo personagem ^^
PUMKIN: Pumkin vem de Pumpkin, ou seja, abóbora em inglês. Eu amo o personagem, mas odeio abóbora ;-; Coisa ruim, cara ;-;
E também tem uma pequena curiosidade. Tão vendo essa garota na capa? É a Gine, mãe do Goku. Uma diva, né? :3
Bem, vou terminar por aqui, obrigada por lerem, até o próximo ♥



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