Crônicas de Uma Saiyajin escrita por Kokoro Tsuki


Capítulo 2
De Classe Baixa, Mas Guerreira.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas do meu coração, tudo bom? ♥

Eu estou aqui postando mais um capítulo de Crônicas, porque o que havia sido programado não apareceu, mas tudo bem '-'

Aqui começa a batalha da nossa protagonista, Strawbey, contra seu inimigos. Peço que tenham paciência comigo durante as cenas de luta, das quais não estou acostumada a escrever. Qualquer pecado que eu possa ter cometido durante a escrita, por favor, me avisem! E qualquer erro também, sim?

Espero que gostem desse capítulo, que está um pouquinho maior :3 Beijos ♥



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Crônicas de Uma Saiyajin

De Classe Baixa, Mas Guerreira.

*

— Resolvam isso agora antes que eu mate um de vocês! — a voz estridente e ameaçadora fez os homens recuarem assustados, indo imediatamente em direção aos computadores e ferramentas que se encontravam por ali. Temiam por suas vidas, e como razão. A Rainha estava irritada.

Mellow, assim como todos os Saiyajin presentes naquele planeta — apenas os de classe alta, média e a elite —, comemoravam mais uma enorme conquista, um lugar grandioso, destruído em apenas uma lua cheia pelos melhores soldados do rei.

Tudo estava bem, animado, e ela contava de forma animada como matara vários daquelas vermes imprestáveis, isso apenas dois dias após dar a luz ao herdeiro do trono, um verdadeiro guerreiro da elite de sua amada raça. Os mais fortes do universo, como se autodeclaravam.

No entanto, em meio às comemorações, foram surpreendidos por uma mensagem vinda do planeta Vegeta, onde uma garota desesperada — quase não ouviram, afinal, vinha da escória da raça — dizia que haviam sido invadidos, e que os invasores tinham como objetivo ceifar a vida do príncipe, matando qualquer criança que estivesse em seu caminho.

Preocupação com uma simples cria nunca fora algo típico de um Saiyajin, muito menos da rainha, mulher que os ajudava a liderar. E ela sequer se importaria com a morte da criança — ou de qualquer outra — se naquela conquista não tivesse perdido a graça de gerar novas vidas.

Um ataque vindo de um verme asqueroso a acertara no baixo ventre, perfurando seu útero, que não pode ser recuperado. Como vingança, a impiedosa fêmea matara a esposa e os filhos do maldito na frente dele, antes de acabar com vida do assassino de suas futuras crias.

E talvez por isso cometera o erro de se apegar aquele único menino, que deveria ser insignificante.

— Rainha! Não acha que está muito exaltada? — ela se voltou para seu marido, sentindo o sangue ferver. O macho parecia não se importar com o destino que do filho. Podia possuir qualquer fêmea que desejasse. Porém, não era bem assim. A criança em perigo tinha sangue real, e já nascera fazendo parte da elite.

— Olha aqui, Vetable! — andou até ele em passos pesados, apontando o indicador em direção ao líder supremo de todos. — Não pense que só porque tem poder real pode mandar em mim ou falar comigo dessa maneira! — o rosto dela estava bem próximo ao dele, em claro desafio.

Mellow, apesar de mulher, podia muito bem competir com o rei, sua força era reconhecida por todos que tiveram o desprazer de enfrentá-la ou vê-la enfrentar alguém, assim como sua crueldade, que podia muito bem competir com qualquer homem.

Ela olhou de forma assassina para o marido, dando as costas a ele em seguida, e, com uma esfera de energia, acertou o coração de um dos que se preocupavam em consertar a nave, num aviso para todos.

— Vocês têm cinco minutos, ou terão todos o mesmo destino desse aí! — disse, encarando-os com frieza, fazendo-os engolir em seco. Antes de se retirar, agarrou um guerreiro pelo collant e saiu o arrastando em meio a gritos de desespero.

*

O som de uma terceira explosão podia ser ouvido mesmo fora do berçário, assustando todas as outras Saiyajin de classe baixa que permaneciam do planeta. Treinadas apenas para se defender, nenhuma delas sabia ao certo o que fazer ou o que acontecia, e não ousaram mover um músculo para ir naquela direção. Talvez fosse apenas um treinamento levado a sério demais.

No fundo, Strawbey desejava que fosse assim, mas infelizmente sua realidade era completamente diferente de seus desejos.

Corria as pressas até o setor 4, ajeitando as configurações do scouter para quando encontrasse seus inimigos. Dependendo do poder de lutar seria morta em poucos movimentos, mas desde que conseguisse segurá-los já ficaria feliz.

Com mais alguns passos, o aparelho começou a apitar, denunciando a localização de seus invasores, poucos metros de onde estava. Respirou fundo e, de maneira felina, pulou em meio a fumaça da explosão anterior, de lá lançando uma esfera de energia na direção onde tinha certeza de que um deles estava, ouvindo um grunhido de dor em seguida.

Sorriu, conseguira atingir um.

Pôs-se em posição de luta, voltando a juntar energia em seu punho direito, procurando com a lente esverdeada onde se encontravam os demais adversários e achou mais um. Pronta para atirar, ela ergueu a mão, mas antes que fizesse qualquer coisa, foi atingida com um chute nas costas, sendo jogada no chão.

— Olhem só o que eu achei. Temos um pedaço de lixo aqui, rapazes!

Eles começaram a rir com deboche, fazendo-a grunhir de raiva. Com dificuldades tentou ficar em pé, acabando por novamente, ouvindo mais risadas. Strawbey, orgulhosa, não ousou continuar ali, e cambaleante, tentou outra vez. A mesma se surpreendeu um pouco por conseguir, principalmente por conta da dor que sentia.

Com as costas das mãos limpou um filete de sangue que lhe escorria pelos lábios, provavelmente por conta de um dente arrancado pela primeira queda, podia sentir a falta de um. O gosto metálico a incomodava.

Levantou os olhos para os inimigos, os analisando bem. Pelo que podia ver, eram quatro. Todos homens de pele amarelada e escamosa, sem orelhas. Nenhum deles tinha algo cobrindo a parte de cima de seus corpos, apenas tecidos leves tapando a parte de baixo, como uma saia de retalhos até o joelho. Strawbey nunca os havia visto pessoalmente, no entanto sabia a que espécie pertenciam.

Hisfjin... — murmurou, olhando para cada um deles com seus orbes negros, memorizando cada detalhe e tentando descobrir alguma coisa que lhe desse vantagem.

Eh? Pelo jeito a vermezinha nos conhece! — um deles disse, em tom de zombaria. — Saia da nossa frente garota, e não nos atrapalhe!

— Você está falando com uma Saiyajin! — respondeu, sem deixar sua postura imponente. Por mais que não fosse poderosa, ainda era uma guerreira, e possuía um enorme orgulho do sangue que corria em suas veias. — É melhor pensar duas vezes antes de me tratar dessa maneira.

Os quatro se entreolharem por uma fracção de segundos, e logo voltaram a rir com a insolência daquela garotinha. Quem ela achava que era? Eles sabiam muito bem que ela não devia ter poder para impedi-los. Pelo jeito que fora surpreendida, devia pertencer a chamada classe baixa.

— Quem você acha que é, menina? — outro deles perguntou, o que tinha uma ferimento no rosto, pelo qual escorria um líquido marrom. Isso a fez sorrir de canto, em desafio. — Por acaso acha que pode nos vencer?

— Eu te acertei, não? — devolveu com ironia, aprontando para a ferida na face nojenta do Hisfjin. — Então esse é o sangue de insetos como vocês? Que lixo!

— Que disse? Ora sua atrevida! — com um urro de raiva o Hisfjin partiu para cima dela com um soco que a acetou de raspão no rosto, mas antes que pudesse lhe dar outro golpe foi surpreendido com um chute no estômago, seguido de um salto por parte da jovem.

Acima dele, Strawbey preparou duas esferas de energia e lançou para baixo, causando uma nova explosão. Esperava ter ao menos acertado dois deles, porque tinha certeza de que não os venceria só com isso.

Seu scouter apitou, denunciando a presença de um invasor em suas costas, o que a fez se virar rapidamente, um erro que a fez receber um forte soco no estômago, a fazendo cuspir sangue e ir novamente de encontro ao chão, desta vez abrindo um buraco no local de sua queda.

Só não perdeu os sentidos por conta daquelas risadas. Estava passando odiar o com feito pelos insetos com os quais estava lutando. Fechou o punho no chão, tencionando fazer impulso para se levantar, mas o pisão recebido à fez abrir a mão e gritar de dor.

— Parece que você nos machucou um pouco, não é? — o homem perguntou, abrindo um sorriso irônico e lhe mostrando seus dentes azuis. Ele tinha um filete de sangue pingando pela testa. — Mas olha, até que não fez um estrago de verdade. Esse é o poder dos Saiyajin? Os grandes conquistadores? Que lixo! — e voltou a pisa-la.

Para ela, aquilo era mais que humilhante, e feria profundamente seu orgulho. Porém, o que a fazia ficar irritada mesmo eram as ofensas a sua raças. Os malditos não iriam sair ilesos assim, não iriam!

E foi pensando dessa maneira que tirou forças para segurar o pé de seu agressor, derrubando-o enquanto conseguia se levantar, sem conseguir de manter em pé direito. Recuou dois passos para se estabilizar e partir para cima do verme nojento.

De punhos fechados, ela conseguiu acertar um soco no peito do inimigo, que continuava caído, e num rápido movimento atingiu o que vinha trás com uma esfera de energia. A própria não sabia de onde vinha poder para isso, mas agradecia por tê-lo. Sorriu de canto, estava acabada e animada.

Com mais um apito do scouter a garota desviou de um chute, pulando para cima de disparando contra os outros dois Hisfjin, sem saber se os acertava ou não. Se fosse possível atrasá-los já estaria feliz. Pensou em Gratt e no príncipe Vegeta. Estariam bem?

*

— Ainda não? — a rainha tornou a perguntar, fazendo um arrepio subir pela espinha dos que tentavam fazer as naves voltar a funcionar. Sem dúvida alguma a mulher estava sem paciência. — Vocês são uns inúteis! — gritou e como um único soco matou outro deles, atravessando o peito do desgraçado com seu punho.

O sangue do homem se espalhou pelo chão, assustando os demais que assistiam a cena. Não importava a classe, qualquer um que tivesse a capacidade de pensar temia Mellow e sua força esmagadora. E acima disso, seu prazer pela carnificina.

— Minha Senhora, precisamos apenas de mais alguns minutos para terminar isso aqui, por favor, se acalme! — uma das guerreiras da elite pediu, preocupada. Em apenas quatro minutos a mulher havia matado três dos seus, e sua raiva não era sanada. Assim não haveria ninguém para sair em missões no dia seguinte.

— Cale-se ou será a próxima, insolente! — gritou, olhando-a de forma assassina, que a fez tremer como nunca na vida. — E vocês — apontou para os que estavam trabalhando, que estremeceram. — Aproveitem bem esse último um minuto que lhes resta, porque não terei a mínima piedade com inúteis! Sejam da minha raça ou não!

Os Saiyajin engoliram em seco assentindo e voltando ao que faziam. Começavam a temer mais do que nunca por suas vidas. Nenhuma missão era capaz de fazê-los tremer do jeito que Mellow fazia. E jamais obedeceriam a uma mulher do jeito que a obedeciam.

*

Uma gota de suor escorreu pela testa de Strawbey quando não conseguia ver nada por conta da fumaça, apenas ouvir múrmuros de dor vindos de seus adversários. A menina respirava com dificuldades e sentia o corpo inteiro doer, afinal, estava cheia de feridas.

Ela não sabia por quanto tempo aguentaria, ainda mais sendo uma guerreira fraca, se comparada aos da classe média. Precisava, pelo menos, detê-los por mais vinte minutos, tempo suficiente para Gratt fugir com o bebê real para bem longe. Depois disso provavelmente os outros chegariam.

Respirou fundo, tentando recuperar o ar perdido com os golpes que havia recebido anteriormente e levou a mão direita ao scouter. Só agora teria tempo para medir o poder de luta dos invasores. Ativou o medidor e começou a leitura.

2895... 4521... 1236... 3568... — disse para si mesma, puxando todo o ar que podia para dentro de seus pulmões. — Não é a toa que estão me dando uma puta surra... Hisfjin valem de alguma coisa, afinal...

Um som de suspiro invadiu o local quando ela os ouviu levantando. Provavelmente irritados por terem apanhado de uma pirralha qualquer. Strawbey sorriu quase sem forças, mas pronta para voltar a lutar. Colocou-se em posição, esperando que os quatro viessem.

No entanto, foi surpreendida por um quinto inimigo, que a atacou por trás com um soco que prometia lhe quebrar alguns ossos. Se não fosse por sua cauda acerta-lo no rosto, desviando o curso do punho, tinha certeza de que seria seu fim. Finalmente vira utilidade para aquele monte de pelos.

Fêmea desgraçada! — o Hisfjin urrou, partindo para cima dela e desferindo inúmeros socos, que desta vez ela não conseguiu evitar. Strawbey conseguia apenas gritar cada vez que seu corpo era atingido, fazendo-a derramar seu precioso sangue Saiyajin. — É esse todo o poder que tem pirralha? — perguntou sarcástico, a mantendo em pé pelos cabelos.

A garota de cabelos negros estava com os olhos fechados e gemia de dor, sabendo que poderia perder os sentidos ali se não fizesse algo, além de ser morta pelos inimigos. Não. Não sujaria o nome de sua raça dessa maneira.

Com dificuldade ela abriu os orbes azuis, mirando-o com um ódio assustador, que fez recuar uns passos e depois se achar idiota. Uma simples pirralha ferida não poderia fazer nada sem que previsse. Começou a rir de modo vitorioso, e talvez por isso não tivesse percebido a intenção da menina que, com um simples chute, o fez a soltar.

Uma vez livre Strawbey saltou e lhe pisou sobre a cabeça, para logo depois enrolar sua cauda no pescoço inimigo e apertar com a pouca força que lhe restava. Precisava fazer isso. Tudo bem que, enforcar alguém com a cauda não era lá um método Saiyajin, mas naquele momento tudo servia.

Enquanto sufocava o Hisfjin, juntou uma quantidade considerável de energia em sua mão direita e disparou em direção de um dos invasores em forma de raio. Ele prontamente desviou, achando fácil demais e então a viu sorrir. Quando se deu por si o raio voltara e o perfurada pelas costas, ferindo o coração.

Cuspiu no sangue e caiu, no mesmo momento em que seu companheiro morria sufocado pela cauda de uma Saiyajin de classe baixa.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Gostaram? Odiaram? Será que a Strawbey vai apanhar muito? Rsrsrs'! Gente, cadê a Maria da penha para nossa Saiyajin? :o

Agora, vamos a uma das minha partes favoritas, os dicionários! Começando pelos inimigos da Strawbey, os Hisfjin.

O sufixo 'jin' vem de pessoa, ou seja, 'Tal pessoa', ou 'Pessoa tal', e Hisf é a palavra 'Fish' escrita de outra maneira, que, traduzida para o português, significa peixe XD Ou seja, esses são 'Pessoas-Peixes', mas acho que talvez tenha dado para perceber pela descrição XD Talvez ^^

Já a rainha Mellow, vem do inglês 'Melon', que significa melão, e como eu amo melão, e amo a Mellow, esse ficou como o nome dela :3

Espero que tenham gostado do capítulo e da breve explicação, obrigada aqueles que leem, e se puderem deixem aí suas opiniões! Beijos amores, até a próxima ♥



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