Como recuperar o tempo perdido? escrita por bells


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Agora a coisa vai ficando mais de vagar, estou reescrevendo alguns capítulos e vai demorar um pouco para postar. Paciencia!

http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=171748909
http://www.polyvore.com/kate_leo/set?id=171748497
É assim que eu imagino os personagens, mas são livres de imagina-los do jeito que quiserem. Não consegui colocar no texto, então aqui está.



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A semana se passou muito rápido. Como o prometido Christian apareceu no apartamento no dia seguinte cheio de pastas na mão. Descobri que ele tinha, nada mais e nada menos, do que cinco apartamentos e duas casas na cidade. As casas foram descartadas logo de cara, por serem longe demais do meu trabalho e principalmente por serem absurdamente caras e luxuosas. Todos os apartamentos pareciam ser igualmente caros, por isso demorei um tempo escolhendo, tudo parecia extravagante demais. Acabei escolhendo o que ficava mais perto do meu trabalho, mas um pouco afastado da escolinha dos meninos. Christian usou essa desculpa para me convencer de mudar as crianças de creche para uma mais próxima, e obviamente, mais cara. Despois de muito discutir, acabei aceitando. Ele disse que era o dever dele oferecer ensino de qualidade aos filhos.

Christian aproveitou esse tempo de escolha para se aproximar dos meninos, ele aparecia em casa quase que todos os dias e as crianças adoravam suas visitas, ele sempre trazia algum presentinho pra ele, a pesar de eu ter dito que não era uma boa ideia, eles poderiam ficar mal-acostumados.

Depois de escolher o apartamento, Christian arrumou tudo e botou o apartamento em nome de meus filhos. Como eles eram muito novos tive que assinar por eles e ser a responsável até eles completarem 18 anos. Tudo estava pronto para a mudança. As crianças sabiam que iriamos nos mudar, mas não conheciam o apartamento, apenas tinham visto as fotos, assim como eu. Elas estavam muito animados, mas ao mesmo tempo tristes por ter que deixar a tia Kate sozinha. Mas eu sabia que ela não ficaria tão sozinha assim.

De noite naquele mesmo dia, Kate me contou sobre o homem que tinha conhecido. Ela disse estar apaixonada, mas eu sabia que não era como das outras vezes, dava para perceber nos olhos dela e do jeito como ela falava dele. Fiquei feliz por ela, mas fiquei chocada ao saber o tal homem era o amigo e advogado do Christian. O homem que estava com ele no dia que foi me procurar no restaurante. Elliot apareceu mais algumas vezes no restaurante, até que a chamou para sair. Ela parecia estar feliz e era isso que importava.

Leo, continuava sem gostar muito da situação, mas me apoiou o tempo todo, me ajudando com a mudanças e aceitando minhas decisões, mesmo não gostando muito delas. Nosso relacionamento estava indo muito bem, não tínhamos voltado a dormir juntos por falta de condições, mas aproveitávamos muito os nossos momentos a sós.

Era sexta feira, meu último final de semana de férias, e já estava tudo pronto para a mudança, a pesar de ter dito que não era necessário, Christian contratou uma equipe de mudanças que carregou tudo até o novo apartamento. Leo, decidiu entrar mais tarde no trabalho e nos ajudou também e Kate prometeu nos visitar assim que saísse do trabalho. Chegamos até o apartamento segundo o caminhão de mudanças, que seguia o carro de Christian. Quando chegamos fiquei chocada com a fachada do prédio, ele deveria ter uns 20 andares e era muito moderno. Na entrada um homem uniformizado nos abriu a porta dando bom dia, enquanto os carregadores começavam a levar as coisas ao apartamento.

_ Prontos para conhecer o apartamento? – Perguntou animado. Os únicos a compartilhar a animação dele foram meus filhos, que gritaram e pularam no meu colo e no do Leo. Eu ainda estava receosa e Leo, como já tinha dito antes, não estava muito feliz com a mudança. Subimos pelo elevador até o decimo quinto andar. Ao chegar no andar, percebi que só haviam duas portas e as duas tinham o mesmo número gravado.

_ Porque só duas portas com o mesmo número? – Perguntei a pesar de ter uma ideia do porquê.

_ Esta é a porta principal e aquela é a porta de serviço – Disse apontando para as portas, uma de cada vez.

_ É um apartamento por andar? – Perguntou Leo, se pronunciando pela primeira vez, desde que Christian chegou.

_ Exatamente. Gosto de espaço. – Respondeu Christian como se fosse a coisa mais simples do mundo.

Estava começando a me arrepender de minha decisão. Eu sabia que o apartamento seria um pouco extravagante, mas não imaginei que fosse tanto assim. Quando Christian abriu a porta eu quase tive um ataque, o apartamento era enorme e lindo. A sala principal era ampla e tinha uma vista incrível da cidade, do lado esquerdo havia uma sala de jantar com uma mesa enorme no meio.

_ A cozinha e a lavanderia estão do lado esquerdo; os quartos do lado direito, os três são suítes então tem cinco banheiros no total. – Disse Christian entrando. As crianças desceram dos nossos colos e começaram a correr pelo apartamento.

_ Cuidado crianças. – Disse preocupada com que fosse cair. _ Cinco banheiros? – Perguntei olhando diretamente para o Christian.

_ Sim, três das suítes, um de visitas e um de serviço. - Continuava a responder como se isso fosse muito normal.

_ Não lembro de você ter falado disso quando me contou sobre o apartamento.

_ Detalhes apenas... – disse simplesmente.

Decidi não discutir com ele e comecei a olhar o apartamento, ele era realmente lindo, todo branco e já tinha todos os moveis. Entrei na cozinha e vi que ela estava toda equipada, assim como a lavanderia. A sala tinha uma varanda linda, mas na hora fiquei com medo de que as crianças caíssem de lá.

_ Podemos botar uma rede. – Disse Leo nas minhas costas. _ Vai ser mais seguro.

_ Estava pensando na mesma coisa. Por enquanto só vou manter a porta fechada. – Leo segurou minha mãe e voltamos para sala.

_ A gente resolve, mas agora eu preciso ir ao trabalho. Queria poder ficar mais tempo e ajudar, mas tenho coisas para resolver. Prometo passar aqui quando sair do trabalho. – Disse triste.

_ Não se preocupe, amor, a gente dá um jeito e não precisamos arrumar tudo hoje. – Disse dando um beijo nele.

Acompanhei ele até a porta e me despedi. Ele me pediu para me despedir das crianças por ele, já que elas tinham sumido ao igual que Christian. Leo me deu um longo beijo e foi embora. Voltei para dentro do apartamento tentando achar meus filhos, ele era realmente maior do que eu achava.

_ Mamãe!!! Posso ficá com este qualto!? – Perguntou minha filha que gritava desde o corredor. Parei de procurar sem direção e segui sua voz, ela estava no corredor que levava aos quartos.

Quando cheguei lá, me deparei com um quarto digno de uma princesa, as paredes eram brancas e lilás, tinha cama com um dossel branco se encontrava no meio com fitas penduradas. O quarto estava cheio de brinquedos e bonecas; e podia ver um castelo em miniatura em um canto do quarto.

_ Posso mamãe? Deixa! – Pediu minha filha.

_ Bom eu....

_ Claro que pode, ele é seu. – Respondeu Christian antes de mim. Mas que porra estava acontecendo? Isso não era o combinado, teria que discutir com ele depois. _ E o quarto da frente é o seu Noah. – Disse ao meu filho, que rapidamente correu e abriu a porta.

O quarto dele era azul com desenhos de carrinhos nas paredes, a cama tinha a forma de um carro de corrida e, assim como o quarto de minha filha, estava cheio de brinquedos, em sua maioria carrinhos.

_ O quarto principal está no final do corredor, nele eu não fiz nada, achei melhor você decorar a seu gosto. – Serio? Ele deveria ter pensado nisso em relação a casa toda.

Aproveitei que meus filhos estavam distraídos descobrindo seus quartos novos e fui falar com Christian.

_ O que é isso tudo? – Perguntei indignada. _ O acordo era o apartamento, não que você decorasse e comprasse tudo! – Disse quase dando um chilique.

_ Bom eu já tinha comprado o apartamento mobiliado, o único que fiz foi mandar limpar. – Sínico.

_ E foi só uma coincidência que os quartos das crianças estejam decorados com as coisas que eles mais gostam? A decoração incluía brinquedos? – Continuei a perguntar.

_ Bom isso... – Começou um pouco envergonhado, coçando a nuca. _ Ah! Você não pode me culpar por querer ver meus filhos felizes. Eu só queria que eles tivessem o quarto dos sonhos deles. Os considere um presente.

_ Um presente? Um presente é uma boneca ou um carrinho, um quarto todo decorado e cheio de brinquedos é ridículo. Não quero que transforme meus filhos em riquinhos mimados. – Disse de uma vez só, sem sequer respirar.

_ Como eu. Um riquinho mimado, como eu. – Disse triste.

_ Não foi isso o que eu quis dizer... – Disse tentando me corrigir. A pesar do que ele tinha feito comigo, eu não tinha o direito de julga-lo, ninguém tinha.

_ Tudo bem, eu entendo perfeitamente. Não foi essa minha intenção, só quero vê-los felizes. Desculpa, eu deveria ter falado com você antes. Acho melhor ir embora e deixar vocês conhecerem o resto do apartamento sozinhos. – Disse me dando as costas.

Antes de ir embora, Christian abraçou e beijou meus filhos e saiu sem olhar para mim de novo. Eu o tinha magoado com meu comentário. Eu não queria brigar com ele, mas tudo isto me tinha me pagado de surpresa, ele não poderia me culpar. Respirei fundo, eu resolveria isso depois. Continuamos descobrindo o apartamento, além das três suítes ainda havia um quarto de hospedes e uma sala de jogos que, claramente, Christian montou para as crianças, mas desta vez eu não fiquei chateada, na verdade eu ri. Ri pensando no emocionado e feliz que ele deve ter ficado ao montar os quartos, isso me fez lembrar das vezes que ele agia como crianças quando fazias coisas que ele gostava, ou quando me deixava feliz com algo que ele tinha feito.

Os carregadores terminaram de levar as caixas e foram embora. Eu comecei a arrumar as coisas enquanto as crianças brincavam na sala de jogos. Não deu tempo de arrumar muita coisa, porque tive que fazer o almoço. Almoçamos na bancada da cozinha, felizmente já tinha tirado das caixas as cadeirinhas das crianças e sus pratos junto com os talheres. Emma e Noah falaram o almoço todo sobre como tinham amado o apartamento e principalmente os quartos. Nunca os tinha visto tão animados antes. E nesse momento me senti ainda pior pela bronca que dei ao Christian. Ele, assim como eu, só queria vê-los felizes, do jeito que estão neste momento. Eu teria que concertar o que fiz depois.

_ Mamãe, o tio Chlistian palecia tliste quando foi embola. Poquê? – Perguntou Noah, enquanto comia sua sobremesa. Essas crianças eram realmente perceptivas.

_ Ele não estava triste, amor. – Respondi, tentando disfarçar.

_ Tava sim, eu vi! – Disse minha filha entrando na conversa. Perceptivas, até demais.

_ Bom, eu não sei – Menti pra eles.

_ A gente pode fazer um plesente pla ele, que nem a gente faz pla tia Kate e o tio Leo? – Perguntou Noah. Eles gostavam de fazer desenhos e dar de presente às pessoas que eles gostavam. Eu mesma tinha um monte, a maioria grudados em meu quarto ou na geladeira.

_ Claro que podem, tenho certeza que ele vai adorar.

_ Você acha, mamãe? – Perguntou Emma.

_ Tenho certeza! Ele gosta muito de vocês. – Disso. Na verdade, eu sabia que ele não gostava deles. Ele os amava e eu tinha certeza disso.

_ A gente também gosta dele.

_ E também da Sofia.

Desde o dia do filme, Emma e Noah ficam me pedindo para ver a Sofia, pelo visto gostaram muito dela. Em questão ao Christian, eu podia ver que, a pesar do incidente inicial, ele tinha consegui conquistar o coração dos meus filhos. Talvez seja a hora de contar pra eles a verdade. Não vejo porque continuar escondendo isso deles. Falaria com Christian e a gente daria um jeito nisso o antes possível.

_ Terminaram de comer? – Perguntei.

_ Sim. – Responderam ao mesmo tempo

_ Então vão lavar os dentes.

_ Depois podemos fazer o plesente do tio Chlistian? – Perguntou Noah.

_ Podem.

Os dois saíram correndo em direção ao banheiro. Eles podiam ser pequenos, mas já faziam muitas coisas sozinhos. Claro que eu sempre dava uma olhada para ver se tinha escovado direito, mas geralmente dava tudo certo. Eles também recolhiam seus brinquedos e levavam suas roupas sujas à lavanderia. Kate ainda diz que eu sou uma mãe horrível que escraviza seus afilhados, mas eu queria que eles aprendessem a se virar sozinhos.

Terminei de arrumar a cozinha e voltei a tirar coisas da caixa, mas me detive ao escutar a campainha, corri até a porta, mas não tinha ninguém, a campainha voltou a tocar e eu não sabia o que fazer, até que vi um telefone na parede da cozinha e o barulho vinha de lá. Corri e atendi.

_ Boa tarde? – Perguntei sem, realmente, saber o que falar.

_ Boa tarde, senhorita. – Disse uma voz elegante do outro lado da linha. _ A Senhorita Kavanag se encontra aqui, pedindo para subir. Posso autorizar? - Perguntou educadamente.

_ Claro, pode deixar ela subir.

_ Muito bem, senhorita. Tenha um bom dia. – Se despediu de forma cortes e desligou antes de que pudesse responder. No minuto seguinte a campainha tocou e desta vez era mesmo a porta. Fui até e ela e a abri. Uma Kate espantada se encontrava na minha porta.

_ Só tenho uma palavra a dizer: FABULOSO! – Disse entrando no apartamento. _ O bairro, prédio, o apartamento... é tudo incrível, você deu muita sorte amiga.

_ Menos Kate, bem menos. – Disse rindo dela. _ O que está fazendo aqui? – Perguntei confusa, ela deveria estar trabalhando.

_ Bom, depois que o almoço terminou, as coisas ficaram tranquilas, então seu namorado me liberou pra vir te ajudar.

_ Leo não tem jeito mesmo, não precisava fazer isso. Você não precisa fazer isso.

_ Deixa de besteira, eu sou sua amiga e estou aqui para ajudar. Além disso, só de estar neste apartamento me sinto mais importante. Viu o cara lá embaixo? Ele até abriu a porta para mim. E eu achando que o apartamento do Elliot era incrível. – Com essa eu tive que rir, Kate parecia uma criança olhando para tudo surpresa.

_ Onde estão meus amorzinhos? – Perguntou Olivia.

_ Devem estar na sala de jogo. – Respondi.

_ Sala de jogo? Este de brincadeira. Tem uma sala de jogo? – Perguntou ainda surpresa.

_ Aham. “Presentinho” do Christian. – Respondi mais confortável desta vez. _Você tem que ver os quartos das crianças. – Continuei.

_ Agora mesmo! – Disse e saiu correndo.

Kate foi até a sala de jogos cumprimentar os meninos e eles mesmos a arrastaram até os quartos para mostrar como eles eram lindos. Palavra da Emma. Ela ficou encantada com a decoração e estava quase criando um “Fan Clube” pro Christian. Eu não consegui me segurar e ri muito. Depois que Kate terminou de explorar o apartamento decidiu se juntar a mim na arrumação. Passamos a tarde toda nisso, as duas estávamos exaustas, mas tinha conseguido arrumar quase tudo, faltavam apenas minhas coisas e algumas coisas das crianças. Estava tão cansada que decidi pedir uma pizza, as crianças, claramente, adoraram a ideia.

Depois do jantar, Kate se despediu e foi embora. Decidi arrumar o que faltava no dia seguinte já estava tarde e eu me sentia cansada. Dei banho nas crianças dentro da banheira enorme do quarto de Naoh. “Porque uma criança precisa de uma banheira desse tamanho?” Me perguntei mentalmente. Mas eles adoraram, brincaram com barquinhos, submarinos e até um tubarão de brinquedos que achamos no banheiro mesmo. Depois de dar banho nele, botaram pijamas e se arrumaram para dormir. Deixei ele brincando mais um pouco e fui tomar meu banho, peguei minha mala e algumas caixa e me dirigi ao que seria me quarto. Desde que cheguei não tinha entrado nele. Quando abri a porta me surpreendi ao perceber que ele era simples. Simples, mas lindo. O quarto era branco com tonalidade bege, uma cama enorme de madeira, ocupada o centro do quarto, alguns moveis e um pequeno sofá completavam a decoração. Como disse, simples, mas lindo. Era perfeito. Pensei. Ignorei meus pensamentos e fui tomar banho. O banheiro era no mesmo estilo do quarto, também tinha uma banheira enorme e um chuveiro. Tomei meu banho rapidamente e voltei ao quarto do Noah, onde os dois brincavam. Estava ficando tarde, então detive a brincadeira e botei os dois para dormir. Eles pediram para dormir juntos, estavam acostumados e seria difícil fazer uma mudança dessas de um dia pro outro. Como a cama era grande, eles conseguiram dormir juntos tranquilamente. Depois de contar uma história para eles, os dois caíram no sono. Decidi ir até a sala esperar o Leo, ele falou que viria direto do trabalho.

Não demorou muito para ele chegar. Leo subiu depois de passar pelo mesmo protocolo que a Kate enfrentou. Quando chegou no apartamento, Leo me abraçou e me beijou.

_ Bom, pelo menos é um lugar seguro. – Disse brincando.

_ Sim, mas vou falar com o porteiro para deixar você e a Kate subirem sem precisar disso tudo.

_ Como foi seu dia? – Perguntou me puxando pra sentar em seu colo no sofá.

_ Foi cheio, muitas coisas para arrumar, mas quase terminamos.

_ Que bom. E os meninos? Conseguiram deitar sem problemas?

_Sim, mas estão dormindo juntos no quarto do Noah.

_Quarto do Noah? Achei que você fosse deixar eles no mesmo quarto. – Disse confuso.

_Pois é, esse era o plano, mas Christian não parecia pensar o mesmo.

Nos minutos seguintes expliquei ao Leo tudo o que tinha acontecido. Desde o descobrimento dos quartos até a briga com Christian. Leo escutou tudo calado e não fez nenhum comentário, apenas me manteve em seu colo fazendo carinho em meus cabelos.

_ E agora você está se sentindo mal. – Não foi uma pergunta, ele sabia que era assim, me conhecia muito bem.

_ Estou. Parte de mim diz que eu tenho a razão, mas por outro lado acho que exagerei um pouco, ele apenas está tentando compensar três anos de ausência.

_ Concordo com você. – Fiquei surpresa ouvindo isso. _ Olha, eu continuo sem gostar dele, principalmente pelo que ele te fez. Mas depois de um tempo eu consegui entender. Ele é pai dos meninos, eu não consigo me imaginar longe deles nem por algumas semanas. Se eu ficasse longe tanto tempo, tentaria fazer de tudo para recuperar o tempo perdido, inclusive gastar quantidades de dinheiro absurdas só para deixá-los felizes.

_ Então, você acha que eu errei? – Perguntei me sentindo mal.

_ Claro que não, amor. Você teve uma reação normal, ele deveria ter te avisado, você foi pega de surpresa.

_ Vou pedir desculpas à ele.

_ Também acho, vocês deveriam falar. – Estava surpresa pelas palavras de Leo, sempre soube que ele era um homem incrível, mas ele estava me mostrando que era bem mais que isso.

_ Você é incrível, sabia? – perguntei.

_Sou? – Afirmei com a cabeça. _ Incrível o bastante para te convencer de ir pra cama? – perguntou sorrindo.

_ Você não precisa me convencer. – Disse me jogando em cima dele e o beijando.

Alguns minutos depois estávamos os dois na cama, exaustos e felizes. Eu podia me acostumar com isso, este apartamento talvez não tenha sido uma má ideia. Iria aproveitar o momento, depois eu resolveria meus problemas, incluindo contar aos meninos quem era o pai deles.


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