Escrito nas estrelas. escrita por hollandttinson


Capítulo 16
Oficial.


Notas iniciais do capítulo

Eu ia pedir mil desculpas, mas sei que ninguém aqui está interessado em ler qualquer tipo de desculpa minha, então vamos apenas começar o capítulo e curti-lo, okay?



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POV: ISABELLA SWAN.

Minha mão estava suando, eu me sentia como se estivesse á beira do abismo. Meu futuro dependia de qualquer coisa que Edward dissesse, e a resposta de papai. É claro que eu podia simplesmente ignorar tudo isso, e seguir de acordo com as minhas vontades. Mas algo que está definido com o caráter ao qual vim ao mundo, me impede de fazer como meus pais fizeram, então papai tem que apenas dizer sim.

Eu olhei para Edward, que sorriu para mim diante ao meu olhar. Senti minhas bochechas arderem, e percebi que eu estava sorrindo também. Torci internamente para que ele percebesse o quão importante era essa conversa e o resultado dela poderia mudar drasticamente o nosso relacionamento, mas ele parecia tranquilo, crente de si.

— E então Edward, o que a sua mãe acha de não ter você almoçando com ela, mesmo depois de uma semana dessa rotina triste?- Papai perguntou, sorrindo para Edward. Ele era tão gentil com ele, fiquei me perguntando se essa relação mudaria depois que Edward lhe dissesse qual era sua intenção, torci para que não.

— Eu não sei, saí de casa sem dar muito tempo para ela se organizar para um almoço sem mim.- Edward disse, papai franziu o cenho.

— E qual o motivo de tanta pressa?- Meu pai perguntou, parecendo confuso. Eu prendi a respiração, toda a tensão de repente paralisando meus músculos. Eu queria ouvir cada detalhe dessa conversa, mas ao mesmo tempo, adoraria me afundar em qualquer buraco e fingir que não existo.

— Queria conversar com Bella, ter certeza sobre a história de que ela vai para a França.- Edward disse, dando de ombros. Era claro todo o seu desprezo em relação á minha viagem, papai percebeu também, estreitando os olhos enquanto limpava a boca de forma nada educada.

— Não é uma história, é a realidade. Ela não tem nenhum motivo para ficar aqui, se sua vontade for ir.- Papai disse. Eu suspirei. O problema é que eu tinha um motivo para ficar, e esse motivo estava sentado á minha frente, com seu rosto tranquilo e lindo. Mordi o lábio inferior, eu não podia ficar pensando essas coisas! Mamãe franziu o cenho para a resposta de papai, e Edward apenas concordou com a cabeça.

— Eu não estou certo de que ela queira ir para a França agora, e consigo encontrar alguns motivos para fazê-la ficar, e ficaria feliz se o senhor pudesse considerá-los também.- Edward disse, ainda com a voz tranquila, como se tivesse tudo sob controle. Bem, eu espero que ele tenha mesmo.

— Para ser sincero, ela ficou muito feliz quando recebeu a notícia, e se não fosse o que ela quer, eu não a obrigaria.- Papai disse. Eu fiquei muito feliz? Deus, para onde ele estava olhando naquela hora? Mamãe balançou a cabeça, espantada pela resposta de papai.

— O senhor tem certeza disso? Eu acho que não.- Edward disse, percebendo minha reação e a de mamãe. Papai crispou os lábios, parecendo irritado. Mamãe apenas suspirou, nenhum de nós queria uma briga.

— Edward tem razão. Nós não perguntamos á ela em momento algum se ela quer ir para a França e abandonar o que tem aqui. Não podemos esquecer de que ela acabou de chegar, praticamente, e está se acostumando com Chicago.- Mamãe disse, colocando a mão no ombro de papai, que olhou para mim, toda a dúvida e decepção estampada em seus olhos. Eu suspirei, olhei para Edward, irritada por ele me colocar nessa situação, e em seguida olhei para papai. Eu precisava ser sincera agora, não importa o quanto vá magoar.

— O senhor estava tão animado...- Eu disse calmamente, lentamente e baixinho, me sentindo culpada por não ter falado antes, e com pena pela decepção dele. Papai suspirou pesadamente, passando a mão na testa.

— Esse era o seu sonho, Bella...- Ele falou, ainda nervoso. Eu sei que era, alguma parte de mim quer largar tudo e ir para a França. Mas essa parte é pequena diante da parte que quer, enlouquecidamente, ficar com Edward.

— Eu tenho novos sonhos agora.- Eu disse, ficando vermelha. Papai olhou para Edward, deduzindo que meu sonho fosse ele. Mamãe deu de ombros, ela sabia que era.

— Você vai deixar para trás uma escola renomada na França, algo que você tem batalhado tanto para conseguir, por causa de um sonho novo que você nem tem certeza de que vai valer á pena?- Papai ergueu uma sobrancelha para mim. Eu mordi o lábio inferior, a pequena parte de mim concordando com ele, mas eu a calei.

— E não são sempre assim os sonhos?- Papai deu de ombros, mas logo relaxou, olhando para Edward.

— Era esse o seu objetivo? Fazê-la desistir?- Papai perguntou, Edward apenas negou com a cabeça.

— De jeito nenhum. O meu objetivo é fazê-la ficar, para que eu tenha a honra de tê-la como minha esposa no futuro.- Edward disse. Meu coração acelerou rapidamente, eu comecei á perceber que estava prendendo a respiração. Ele disse esposa? Mamãe sorriu abertamente, como se já esperasse por isso. Bem, eu queria que ela tivesse me avisado, para que eu pudesse me preparar.

— Você não está muito apressado?- Papai perguntou, erguendo uma sobrancelha para Edward. Novamente Edward negou com a cabeça, e meu coração parou e voltou a bater.

— Eu sou muito determinado, e eu sei bem o que eu quero, e definitivamente eu quero que o senhor permita que eu e Isabella tenhamos um relacionamento. Estou cansado de ter de dizer ás pessoas que ela é apenas minha amiga, quando eu quero mais do que isso.- Ele fez uma careta, uma bela careta, que só aquele rosto maravilhoso seria capaz de produzir, e eu não consegui conter o meu sorriso. Ele estava falando sério, ele queria ficar comigo. Se isso for um sonho, por favor, ninguém me acorde!

— Não estou surpreso por essa atitude, esperava que viesse falar comigo antes de tê-la beijado, mas compreendo o seu lado adolescente.- Papai disse depois de passar a mão na cabeça. Eu e Edward ficamos vermelhos. Ele sabia? Olhamos para mamãe, que riu.

— Eu não escondo nada do meu marido.- Ela disse, uma bela traíra. Não estava irritada com ela, no entanto.

— Quando vocês forem um casal, vão descobrir que é mais seguro se a relação de vocês for completamente sincera. Mas eu ainda acho que você deve reconsiderar a ideia de ir para a França. Que tal ir, ficar só alguns meses, para experimentar?- Papai ergueu uma sobrancelha para mim. Eu revirei os olhos. Sério?

— E dar falsas esperanças ao senhor? Não entendo, papai, você sempre reclamou do fato de eu querer viajar, e não ser uma mãe de família. Qual o problema agora?- Cruzei os braços. Meu tom de voz superava a falta de educação, mas eu estava zangada com essa tentativa de papai. O que estava acontecendo com ele?

— Viajar pelo mundo não ia fazer com que você deixasse de ser a minha menina. Mas isso – ele apontou com o garfo para mim e ela, balançando a cabeça – está fora do meu controle.

— Não é exatamente o tipo de situação que eu me imaginava á 1 ano atrás também, mas não quero outra situação.- Dei de ombros. Entendia a sua posição, mas ele devia entender a minha também. Fiquei vermelha quando percebi que tinha acabado de me declarar em voz alta, na frente de outras pessoas.

— Isso muda completamente as coisas.- Papai disse lentamente, olhando para mamãe, que deu de ombros e começou á retirar a mesa. Esse era o momento do veredito.

— Que coisas?- Perguntei, inclinando a cabeça. Papai deu de ombros.

— Vocês não podem mais manter isso da forma que está. Claramente vocês se gostam, e isso é perigoso, então eu quero estabelecer algumas regras.- Papai disse. Regras? A sociedade já não impõe regras suficientes?

— O senhor está em seu direito, prossiga.- Edward disse, endireitando a postura. Eu fechei a cara, bem, eu não quero ser a que contraría. Já estou ganhando mais do que esperava em uma tarde.

— Se você quer cortejar minha filha, terá de fazer isso direito. E seus pais precisam estar presentes. Não fiz isso da forma certa com Renée, mas isso não vai se repetir com a minha filha. Ela merece.- Papai sorriu, eu bufei baixinho.

— E, no entanto, o senhor e a mamãe foram felizes para sempre.- Eu disse, erguendo uma sobrancelha. Não era justo dizer isso á ele, mas ninguém estava sendo justo aqui. Cruzei os braços e quando papai ia responder, Edward falou primeiro.

— Eu não pretendia fazer diferente, sr. Swan. Não espero que imagine que não tenho as melhores das intenções com a sua filha, pois eu a quero como minha mulher brevemente.- A voz dele assumiu um tom possessivo que revirou o meu estômago de uma forma diferente, eu estreitei os olhos, me controlando para não morder o lábio inferior. Sei o que isso causa á Edward, e não seria apropriado no momento. Papai pareceu surpreso, eu também estava.

— E você entende que isso requer certas privações, certo?- Papai perguntou, erguendo uma sobrancelha para Edward. Percebi que a conversa agora estava entre os dois, como se eu não existisse na relação. Bem, eu não sou exatamente o tipo de garota que permite que o pai decida o que deve ou não acontecer em sua vida, e eu espero que isso fique bem esclarecido aqui.

— Exemplos?- Ergui uma sobrancelha para ele.

— Vocês não vão se ver o fim de semana inteiro. Não vão sair juntos sozinhos, isso vai dar motivo para as pessoas falarem de vocês, e eu não tenho filha falada.- Papai disse, ficando de pé. Eu e Edward o seguimos até a sala. Ótimo, mal nos vemos e agora não teremos mais o fim de semana. Era melhor termos ficados ás escondidas mesmo.

— Não vamos sair juntos?- Perguntei, arregalando os olhos. Espero que eu tenha entendido errado. Senti uma mão segurar a minha, Edward estava ao meu lado, ele apertou um pouco e piscou para mim. Relaxei, sabendo que, mais uma vez, ele estaria ao meu lado no escuro. Edward soltou minha mão quando percebeu que eu estava bem.

— Não vão. Se quiserem se ver, ele vai ter de vir aqui, cortejá-la em casa. Sob as minhas vistas!- Papai disse, parecendo um pai carrancudo, o exemplo de pai que eu sempre agradeci á Deus por não ter. Edward sorriu.

— Entendo suas objeções, e concordo com elas.- Edward disse, estendendo a mão e apertando a mão de papai.- Prometo que qualquer coisa que falem de Isabella serão elogios.- Queria dizer que não me importo com o que as pessoas falam, mas sei que me importo, e que isso não vai acontecer. Edward vai me proteger e defender.

— Eu espero.- Papai disse, sorrindo para Edward. Eles soltaram as mãos e Edward me olhou sorrindo, eu retribuí, ficando vermelha.

— Amanhã mamãe fará um almoço para você. Para que eu possa pedir você em namoro da forma certa.- Ele disse, oferecendo a mão. Segurei a sua mão.- Até lá, tenha um bom dia, Isabella.- Ele beijou a minha mão, me fazendo revirar os olhos. Outra parte do meu corpo exigia por seus beijos. Ele se afastou rapidamente, lembrando-se das restrições. Ele sorriu para papai.- Muito obrigado, sr. Swan.

— Tem mesmo que me agradecer, eu perco muito deixando minha filha ser cortejada por alguém.- Papai disse, balançando a cabeça. Eu revirei os olhos novamente, papa sentou-se no sofá e Edward suspirou, indo na direção da porta, eu fui com ele, para me despedir. Abri a porta para ele e sorri quando ele virou para me olhar.

— Vejo a senhorita amanhã.- Ele disse, eu concordei com a cabeça. Eu prefiro quando ele me chama pelo nome, mas sei que ele está fazendo isso por nós dois. Ele se aproximou lentamente, checando se papai estava olhando. Eu fiquei nervosa com a sua proximidade, esperando por um beijo que não veio.- Vou dar um jeito de ficarmos sozinhos amanhã, não se preocupe.- Ele piscou, meu coração brincou de corrida no meu peito. Ele deu um beijo em minha testa e eu suspirei. Mais um beijo em lugar que eu não queria.

— Vou esperar.- Eu disse. Ele se afastou, indo para o carro. Esperei até que eu ouvisse o ronco do motor, para então fechar a porta. Respirei fundo e fui para a sala, sentei ao lado de papai, que fingiu estar concentrado no jornal.- Obrigada.

— Por?

— Por permitir que eu e Edward fiquemos juntos. Isso é muito importante para mim. Muito mais importante do que qualquer escola.- Eu disse. Detesto falar sobre sentimentos em público, mas também não quero que ele ache que eu estou fazendo por capricho. Eu amo Edward Masen. Papai fechou o jornal e olhou para mim.

— Espero que valha á pena, querida. Espero que ele seja o marido incrível que ele parece ser, e que no final você não se arrependa. Você tinha uma vida incrível pela frente, e agora tem uma nova oportunidade de vida incrível. Eu só quero que você seja feliz.- Ele disse, suspirando pesadamente. Eu sorri, sentindo meu coração se acalmar novamente.

— Eu sei disso, por isso estou agradecendo.- Eu disse, me inclinando e dando um beijo em sua bochecha. Ele sorriu para mim, mamãe apareceu.

— A louça não vai se lavar sozinha, querida.- Ela disse, apontando para a cozinha. Revirei os olhos e fui até ela.- Eu não sei o que vou fazer quando você casar, quem vai ser minha escrava branca?- Ela perguntou, rindo. Eu revirei os olhos.

— Acho que a senhora vai ter que voltar á ter sua vida antes de eu nascer.- Eu disse, dando de ombros. Ela suspirou.

— Não é o suficiente. Charlie, o que acha de contratarmos uma empregada para substituir Bella?- Mamãe perguntou, papai tinha voltado á ler o jornal.

— Ela nunca conseguirá limpar uma mesa como Bella. Ninguém consegue.- Charlie disse, dando de ombros. Mamãe bufou.

— Oras, eu que ensino, e nem ao menos levo um pouco do crédito! Não duvido que seu pai vá aparecer em sua casa de tempos em tempos só para comer na mesa limpíssima que você terá!- Mamãe disse, carrancuda. Eu e papai gargalhamos, balançando a cabeça para o surrealismo de mamãe, que deu de ombros e foi para a cozinha, fui logo atrás.

Limpamos toda a cozinha, e enquanto mamãe começava á fazer o jantar, eu limpei a sala de jantar. Deixando a mesa da forma como papai amava. Ele tinha saído para o trabalho, e eu arrumei a sala também. Quando tudo estava limpo e organizado, voltei para a cozinha e avisei que estaria em meu quarto. Peguei um livro e comecei á folheá-lo, sem conseguir lê-lo de verdade. Todos os meus pensamentos estavam focados no almoço de amanhã. O almoço que vai concretizar tudo. O almoço que me fará de Edward.

Mamãe e eu escolhemos um belo vestido para que eu usasse amanhã, e quando terminei o jantar, fui para o meu quarto para dormir. Estava cansada, mas não consegui dormir no início. Estava muito ansiosa para isso, mas me obriguei á relaxar, caso contrário meu rosto estaria horrível amanhã.

Na manhã seguinte, acordei antes de todos na casa. Penteei meu cabelo minunciosamente, não podia haver nenhuma falha no coque que eu estava fazendo. Quando terminei, fiquei satisfeita com o resultado no espelho. Meu rosto estava perfeito, nenhuma falha ocasionada por uma noite um pouco mal dormida. Coloquei um pouco de cor em meus lábios, mas era quase imperceptível. Melhor assim, Edward não parece gostar de mulheres muito maquiadas.

Vesti um belo vestido azul, que era repleto de pequenas margaridas, e finalmente desci para tomar café da manhã. Mamãe estava na cozinha, eu a ajudei á assar alguns pães e pus uma porção de manteiga e geleia nas torradas, levando tudo para a mesa. Papai devia descer em breve, ele não conseguia acordar cedo.

Fiz uma jarra de suco de laranja e comecei á fazer um bule de café, mas mamãe me pediu para terminar de arrumar a mesa, então eu fui. Estava tudo organizado quando mamãe trouxe o resto de comida que faltava para que ficasse completo, e subiu para chamar papai.

Tomamos café da manhã em silêncio, mas eu me sentia numa paz plena, eu estava radiante! Quando terminamos, eu limpei toda a louça enquanto mamãe fazia o jantar, já que ficaríamos fora hoje á tarde. Quando terminamos tudo, subi para o meu quarto novamente, fiquei sentada na cama esperando para a hora que mamãe me chamaria, e demorou mais do que eu esperava.

— Está na hora, querida.- Mamãe disse, sorrindo para mim. Ela estava arrumada, e se aproximou de mim, passando as mãos no meu vestido, tirando o amassado. Ela também arrumou meu cabelo, em seguida me puxou pelo braço e nós descemos as escadas.

Papai foi o caminho todo dirigindo em silêncio, aparentemente ele não estava satisfeito com a situação, mas no fundo eu sabia que ele não estava tão incomodado quanto fingia. Ele parou o carro na frente da enorme casa dos Masen, eu esperei ele abrir a porta para mamãe, e em seguida para mim, então eu peguei seu braço enquanto mamãe pegava o outro.

Andamos o caminho marcado por pequenas pedras, em direção á porta, onde mamãe bateu delicadamente, mas eu sabia que podiam ouvir. A mulher negra, chamada Tereza, abriu a porta e sorriu abertamente para nós. Eu retribuí o sorriso e ela abriu caminho para nós três, que entramos. A senhora Masen estava na sala de estar e sorriu para nós, que sorrimos de volta.

— Boa tarde, queridos!- Minha futura sogra saudou, abraçando mamãe primeiro, em seguida apertando a mão de papai, e logo veio até mim. Seu sorriso parecia maior ao me olhar, e seu abraço era quente e reconfortante.

— Obrigada pelo convite.- Mamãe agradeceu, e a sra. Masen apenas deu de ombros gentilmente, ainda sorrindo.

— É sempre bom ter amigos almoçando conosco.- Ela disse, virando-se para a mulher negra sorridente.- Tereza, querida, pode chamar meu marido e o meu filho? Avise-os que nossas visitas chegaram.

— Sim, senhora.- Tereza disse, indo na direção da biblioteca incrível.

— Fiquem á vontade.- A sra. Masen disse, apontando para os sofás bonitos. Nós três nos sentamos, e eu percebi que estava tremendo e meu coração estava acelerado. Eu estava claramente nervosa, e á cada segundo que se passava ficava pior. Mamãe conversava com a minha futura sogra, e papai parecia estar nervoso também.

A mulher voltou acompanhada do sr. Masen, que sorriu para nós três, que ficamos de pé para cumprimentá-lo. Ele apertou a mão de papai, animado por vê-lo, beijou a mão de mamãe, e quando me olhou beijou a minha também, inclinando a cabeça gentilmente.

— Boa tarde. Perdão pela demora, eu e Edward estávamos falando sobre trabalho.- Ele disse, colocando uma mão nas costas da esposa delicadamente, que revirou os olhos como uma dama.

— Sim, ele está deixando meu filho maluco. É bom que ele possa se distrair um pouco.- Ela disse, sorrindo para mim, que estava ainda mais vermelha. Bem, eu não sei porque estou tão constrangida, não esperava que o conhecimento geral do meu relacionamento com Edward fosse me deixar tão... Tímida.

— Por falar no nosso filho, ele virá logo, está apenas terminando de organizar algumas coisas. Não se demorará, prometo.- O meu futuro sogro disse, mas olhava apenas para o meu pai, que acenou com a cabeça, enfiando as mãos nos bolsos carrancudo. A reação dele irritou mamãe, eu sabia disso porque a conheço, mas os Masen não pareceram perceber.

— Perdão pela demora.- Edward apareceu de repente, e o meu coração perdeu uma batida, só para voltar á bater enlouquecido em seguida. Ele se aproximou de nós três com aquele sorriso torto surreal, que só ele sabia dar. O sorriso que deixa qualquer um com o coração á beira de um colapso.

Edward beijou a mão de minha mãe delicadamente, sorrindo para ela gentilmente. Mamãe retribuiu o sorriso, e ele foi até papai, que estava ao meu lado. Até então, ele não tinha olhado para mim ainda, o que foi estranho porque eu queria ver seus olhos verdes, mas ao mesmo tempo estava com medo de como meu coração reagiria á isso. Deus, parecia que eu nunca o tinha visto na vida!

— Não se preocupe, chegamos á pouco.- Papai disse, apertando a mão dele. Eu fiquei chocada ao perceber que papai estava sorrindo para ele, e parecia gentil e feliz. Edward concordou com a cabeça, e virou-se para mim. Eu engoli em seco, o coração acelerado, minha mão estava suando quando ele estendeu a mão para mim. O sorriso torto brincando nos seus lábios, me fazendo hiperventilar.

— Senhorita.- Ele falou calmamente, e eu percebi que estava paralisada no lugar como uma estátua. Quis me bater pela minha estupidez, mas estendi a mão para ele, que a beijou, me olhando nos olhos. Ele piscou para mim e eu queria poder enfiar a minha enorme cara rosada em algum lugar.

— O almoço já está servido, senhores.- Tereza anunciou, fazendo Edward quebrar o contato ocular comigo. Eu respirei fundo, tentando recuperar o ar que tinha perdido depois daquele momento. Nós fomos em direção á enorme sala de jantar, e eu me sentia muito menor nela agora, como se nunca tivesse estado aqui.

O almoço era algum tipo de peru recheado, e algum outro tipo de massa maravilhosa, com vinho. Sim, vinho. Eu não estava acostumada com bebidas alcoólicas, mas eu não ia pedir para beber outra coisa.

Me sentei entre mamãe e papai, e Edward se sentou entre seus pais também. Ele sorriu para mim porque nós dois estávamos de frente um para o outro. O almoço foi servido em nossos pratos pela mulher negra, que parecia estar em êxtase de tão feliz. Ela era algum tipo de babá de Edward, então ele devia ter contado á ela sobre nós dois. Fiquei feliz por ela gostar de mim.

Papai e o sr. Masen começaram á falar sobre o trabalho, enquanto mamãe e a sra. Masen apenas comiam, e eu e Edward sorríamos um para o outro. Em algum momento do almoço Edward ficou de pé, o meu coração acelerou rapidamente, me deixando vermelha e eu queria, novamente, poder me enfiar em algum lugar. Mas logo a vontade passou, quando me dei conta que me enfiar em algum lugar seria perder esse momento, eu não queria perder isso.

— Boa tarde. Primeiro, quero agradecer ao sr. e a sra. Swan por terem aceitado vir á este almoço, é muito importante para mim e para a minha família. Muito obrigado.- Ele disse, sorrindo como um anjo para os meus pais, que sorriram de volta.

— Não há de quê.- Papai disse, animado, provavelmente por causa do vinho caro que Edward estava segurando, dentro do copo em sua mão. Edward concordou com a cabeça.

— Este não é um almoço qualquer, como todos sabem. Eu organizei este momento para que eu pudesse, finalmente, pedir a mão de Isabella em namoro.- Edward disse, sorrindo para mim, que engoli em seco. Senti minha bochecha doer e queimar, a queimação por causa da vergonha, e estava doendo porque eu estava sorrindo, sem perceber. Edward pareceu perder a linha de raciocínio por alguns segundos, e então balançou a cabeça, recuperando-a.

— É uma ideia bastante arriscada, pedir a mão da filha de alguém que anda armado pelas ruas.- O sr. Masen brincou, deixando o clima leve. Eu sorri também, e Edward suspirou.

— Sim, mas eu estou preparado para enfrentar o desafio.- Edward disse, piscando para mim, que sorri para ele.

— Você é muito corajoso, deve ser por isso que minha filha gosta tanto de você.- Papai disse, finalmente deixando vir á tona seu desconforto em me perder. Não que ele vá me perder agora, eu e Edward não vamos nos casar amanhã. Espero que seja logo, mas amanhã não pode ser.

— Acho que ela gosta de mim porque eu sou o cara mais sortudo do mundo. Á alguns meses atrás eu estava em cima de uma cama, crente de que partiria dessa para uma melhor. Eu não imaginava nenhum futuro para mim, e quando me recuperei daquela doença infernal, decidi que ia ser alguém importante para o país. Eu queria servir o nosso país, e eu serviria se ela não tivesse aparecido. Ela mudou tudo o que eu queria e acreditava, e agora eu estou trabalhando com o meu pai, e pedindo a sua mão; e ela está abandonando uma escola incrível na França, e aceitando de bom grado ficar ao meu lado. Eu não sei, sinceramente, qual vai ser a loucura que vamos cometer amanhã, mas eu estou feliz por ser com ela que descobrirei.- Enquanto falava, Edward rodeava a mesa. Ele ficou entre mim e o meu pai.- Não imagino o quanto deve ser difícil essa situação para você, sr. Swan, mas o senhor sabe bem qual é a minha.

— Sim, eu sei.- Papai disse, soltando um suspiro, um daqueles suspiros que a gente solta quando o ar está repleto, quando nós prendemos aquele ar por muito tempo. Eu mordi o lábio inferior quando Edward se virou para mim.

— Eu prometo que você vai ser muito feliz ao meu lado, juro isso sobre a bíblia, se você quiser.- Ele disse, estendendo a mão para mim. Eu sorri para ele.

— Não precisa, eu confio em você.- Eu disse, sentindo meu coração quase explodir em meu peito. Ele sorriu para mim, aquele sorriso. O meu sorriso.

— É oficial, eu perdi a minha filha!- Papai resmungou carrancudo, fazendo todos á mesa rirem. Edward se virou para ele.

— Não se preocupe, sr. Swan, eu não me esqueci das regras. O senhor vai ficar feliz em me ter como genro, porque você não vai encontrar nenhum melhor.- Edward disse, exibido. Eu balancei a cabeça, segurando uma risada.

— Bem, eu espero que você esteja certo, porque eu realmente ando armado, garoto.- Papai disse, sorrindo para ele. Mamãe soltou um suspiro e eu percebi que papai estava certo: agora era oficial.

(…)


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Notas finais do capítulo

Tenho mais 5 capítulos já escritos e prontos para serem postados, só para avisar.