Escrito nas estrelas. escrita por hollandttinson


Capítulo 17
I know.


Notas iniciais do capítulo

Voltei mais rápido que pude, espero que vocês tenham sentido minha falta quanto eu senti vontade de postar capítulo novo: muita! Vamos lá!



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NARRAÇÃO: Edward Cullen.

Ela estava ali na minha frente, e eu só conseguia pensar em como eu era sortudo. Como eu pude viver 17 anos sem ela? Onde ela esteve todo esse tempo? Pelo que estávamos esperando, e porque não nos encontramos antes? Eu teria amado-a em qualquer momento da minha vida, disso eu tinha certeza.

Após fazer o pedido oficial, seguimos com o almoço, e mamãe começou á falar com ela sobre qualquer coisa, eu não estava prestando muita atenção, estava muito preocupado em adorar qualquer pedacinho do rosto da minha garota. Não fui muito discreto, mas também não estava incomodado em ser. Sorri quando ela me viu encarando-a, e senti meu peito aquecer quando ela ficou vermelha.

Ela era tão linda, não me cansava de olhar para ela, de admirá-la. Quantos rapazes já não se apaixonaram por ela? No entanto ela é minha. E cada dia mais isso se concretiza. Eu não posso viver uma vida sem ela, e já imagino nós dois casados. Deus, eu estou ficando louco!

— Quer ajuda?- Ela perguntou á Tereza enquanto ela tirava a mesa. Papai estreitou os olhos para ela, e depois deu de ombros. Ela falou baixinho, quase ninguém tinha ouvido. Na verdade, acho que apenas eu, papai e Tereza tínhamos ouvido. Minha segunda mãe sorriu para ela.

— Não se incomode comigo, senhorita, eu posso fazer sozinha.- Ela disse. Bella suspirou, mas concordou com a cabeça, e encontrou meu olhar, sorrindo novamente.

— Edward, você já mostrou á Isabella a nossa estufa?- Mamãe perguntou, colocando a mão no meu ombro. Eu sorri, como eu pude esquecer isso?

— Você quer ver a estufa? É o meu segundo lugar favorito.- Eu disse sorrindo para ela, que concordou animada. Eu pedi sua mão, que ela me deu de bom grado, e nós fomos para a parte de trás da casa.- Você está muito linda.

— Obrigada.- Ela disse, ficando vermelha. Eu balancei a cabeça, sorrindo.

— Me pergunto quando você vai parar de ficar tão tímida.- Eu disse, levando-a até a nossa estufa. Ela balançou a cabeça, sorrindo.

— Não sei, é difícil me acostumar com tudo o que aconteceu, e aconteceu tão rápido! Quero dizer, á alguns meses atrás eu era apenas uma garota.

— Agora você é a minha garota.- Eu disse, não escondendo a minha satisfação. Ela sorriu, seus olhos brilharam. Ela gostava disso também, eu suspirei satisfeito enquanto abria a porta da estufa. Analisei as milhares de emoções passarem pelo seu rosto e não contive o sorriso.

— Meu Deus.- Ela disse, sem saber mais do que falar. Fechei a porta e coloquei as mãos na sua cintura, ficando atrás dela. Ela suspirou, ainda sem conseguir expressar nenhuma reação. Apontei para uma nova plantação de flores, sorrindo.

— Aquelas ali são as suas margaridas.- Eu disse, ela olhou para cima, para mim. Ela estava tão perto agora, eu podia simplesmente beijá-la. Mas eu não faria isso com o pai dela por aqui, eu não queria mesmo dar motivos á ele para nos afastar. Ela sorriu.

— Você está plantando margaridas por minha causa?- Ela perguntou, erguendo uma sobrancelha. Eu dei de ombros. Não era exatamente por causa dela, era por causa de mim. Olhar para aquelas flores me faria lembrar dela.

— Na verdade, é a mamãe quem planta. Mas eu pedi para ela plantar por causa de você.- Eu dei de ombros. Ela balançou a cabeça e começou á andar, se afastando das minhas mãos, que formigaram pela ausência da sua cintura. Eu não tinha percebido que minhas mãos encaixavam perfeitamente na cintura fina dela. Balancei a cabeça, voltando ao foco.

Ela foi na direção das rosas, esticando a mão para tocá-las, e logo em seguida afastando, mordendo o lábio inferior. Eu estreitei os olhos, me aproximei, peguei em sua mão, feliz por poder tocá-la novamente, e estendi sua mão, fazendo-a tocar nas pétalas delicadas.

— Não precisa ter medo de tocar, elas não vão morrer. Para ser sincero, tenho a impressão de qualquer coisa em que você toca, de uma forma ou de outra, acaba ganhando vida.- Eu estava falando de mim e ela sorriu, olhando para mim. Mais uma vez, ela estava perto demais.

Olhei para trás, onde ficava a porta da estufa. Estávamos escondidos atrás de várias flores, se alguém entrasse não seríamos vistos. Olhei para ela novamente, e a minha garota estava mordendo o lábio inferior, vermelha como a rosa ao seu lado. Eu suspirei, ela também era super delicada.

Ergui a mão, tocando seu rosto com a ponta dos dedos, ela era tão delicada, quase quebrável. Ela fechou os olhos para o carinho que eu fazia, sua expressão completamente desfrutável. O mundo podia acabar agora, e eu não perceberia.

Lentamente, me aproximei dela, colocando a mão vaga em sua cintura, enquanto a outra segurava o seu rosto para mais perto do meu. Os nossos lábios se tocaram e ela suspirou, como se estivesse esperando por isso á séculos. Eu também estava, mas eu disfarçava melhor do que ela.

Ela abriu a boca lentamente, desejando aprofundar mais o beijo, e de alguma forma, seu corpo e o meu estavam colados, e eu estava suspirando enquanto tocava lentamente a língua dela com a ponta da minha, eu suspirei, e a ouvi suspirar. Minha mão em sua cintura segurava com mais força do que deveria, mas não conseguia fazer diferente. Minha mão em seu rosto migrou para sua nuca, não deixando que ela se afastasse. As mãos dela seguravam meus braços com força, me puxando para perto.

Tivemos que nos afastar por causa da falta de fôlego, mas eu não deixei que ela fosse tão longe, unindo nossas testas. Ela respirava com dificuldade, e eu fazia qualquer coisa com dificuldade, inclusive pensar. Eu estava extasiado, e de repente eu percebi que não era o suficiente. Os beijos não me bastavam mais. Eu precisava de mais.

Abri os olhos, espantado com meus pensamentos, mordi o lábio inferior quando a encontrei ainda de olhos fechados e rosto vermelho. Suspirei pesadamente e ela abriu os olhos, sorrindo para mim, afastando nossos rostos. Ela se virou para a rosa á sua frente, esticando o dedo e tocando as pétalas com satisfação.

— Você tira as flores que me leva daqui?- Ela perguntou, erguendo uma sobrancelha para mim, que neguei com a cabeça.

— A maior parte das vezes não, só se eu estiver com muita pressa, mas eu estou sempre muito relaxado quando vou ver você.- Eu dei de ombros. Ela concordou com a cabeça, e eu a ouvi suspirar baixinho.- O que foi?

— As regras de papai vão nos privar dos fins de semanas juntos.- Ela disse, cruzando os braços. Uma pequena ruga se formou entre suas sobrancelhas, era claro seu desconforto pelas “regras” que seu pai impôs. No fundo eu também não estava 100% feliz, mas também não era de todo mal.

— Ele está protegendo você, é o papel dele como pai.- Eu dei de ombros novamente, ela bufou baixinho, revirando os olhos.

— De quem? Você? Francamente, que mal você podia me fazer, nós já nos vemos a semanas!- Ela disse, parecendo exasperada. Me segurei para não morder o lábio inferior, mas passei as mãos no cabelo. Ela não sabia dos meus pensamentos á minutos atrás, e era realmente bom que nós não ficássemos tanto tempo juntos. Não sei se tenho tanto controle quanto aparento.

— Não só de mim, mas também das outras pessoas. Ninguém quer que falem mal de você, primeiro porque você não merece, segundo porque não é mesmo legal. Mas não se preocupe, depois de um tempo, quando ele perceber que eu estava falando sério sobre as minhas intenções, ele vai relaxar. Pelo menos, torço por isso.- Eu sorri para ela. Minhas intenções eram ótimas, espero que meu corpo corresponda á isso. Bella mordeu o lábio inferior e olhou para baixo, cutucando um pouco de terra com a ponta do dedo.

— Você não devia fazer isso.- Ela disse baixinho, quase um sussurro. O que eu tinha feito? Ela tinha percebido? Como?

— O que?- Perguntei, minha voz saindo mais nervosa do que deveria. Ela não percebeu, no entanto. Nem mesmo reagiu á minha pergunta, como se já esperasse por ela.

— Sorrir dessa forma, como se não soubesse do poder avassalador que o seu sorriso tem.- Ela disse, meu coração acelerou.

Eu já tinha sido elogiado antes, para ser sincero, eu estava cansado de ouvir as garotas me elogiando. Na maior parte das vezes elas eram tão vulgares que me deixavam nervoso, mais irritado do que nervoso, porém nervoso. Mas ela não, ela falou singelamente, ela não queria nada em troca, apenas elogiar. Eu sorri novamente, mas ela não estava vendo.

— Poder avassalador? Eu não sei do que você está falando, Bella.- Eu disse, ela levantou o rosto, a expressão incrédula, eu sorri novamente, só para ver a forma como seus olhos se focaram nos meus lábios e ela ficou vermelha, mordendo o lábio inferior.- Acho que eu entendi.

— O que?- Ela perguntou. Meu coração estava acelerado, eu não sei como ela não conseguia ouvir, mas não ficaria incomodado se ela conseguisse, eu não tinha vergonha do que sentia, eu podia gritar.

— O que você quis dizer com isso. Eu sinto o mesmo quando você faz isso.- Eu disse, erguendo uma mão e tocando seus lábios com a ponta do dedo. Ela sorriu, eu derreti.- Você é linda.

— Para com isso, Edward.- Ela disse, abaixando a cabeça e encostando-a no meu peito. Eu sabia que ela estava vermelha, ela não é muito adepta á ser elogiada. Isso ia ter que mudar.

— Agora que você aceitou ser a minha garota, deve saber que eu vou elogiá-la sempre. Espero que você se acostume logo, porque eu vou estar constantemente dizendo o quanto a admiro.- Eu disse, e ela balançou a cabeça.

— Bobo.- Ela disse, a voz abafada. Eu balancei a cabeça, tocando em seu queixo para que ela erguesse o rosto. Ela suspirou quando me olhou e eu sorri, ela revirou os olhos.

— Desculpe.- Eu disse, mordendo o lábio. Ela balançou a cabeça.

— Como você pode me chamar de linda, tendo você aqui para comparar?- Ela me questionou, tocando meu rosto com a ponta dos dedos. Meu coração novamente acelerou, e eu senti meu rosto esquentar. Eu não ficava vermelho como ela, eu acho, mas ela percebeu, erguendo uma sobrancelha.

— Não existe comparação.- Eu disse, dando de ombros. Ela concordou com a cabeça.

— Sim, não existe, não dá para comparar.- Ela deu de ombros, eu revirei os olhos.

— Não seja boba, Bella.- Eu disse, me inclinando e beijando-a, fazendo-a calar a boca. Ela suspirou quando sentiu a ponta da minha língua tocar a dela. Agora não havia mais desconhecido, nossos lábios se conheciam, se pertenciam. Quando nos afastamos ela sorriu.- Estamos ficando bons nisso.

— Tirou as palavras da minha boca.- Ela disse, sorrindo. Ouvimos um ruído vindo da porta e nos afastamos, mamãe e Renée entraram. Elas nos olharam com as sobrancelhas erguidas.

— Atrapalhamos algo?- Mamãe perguntou, se aproximando. Fiz uma careta.

— Sim, na verdade.- Bella deu um tapa no meu braço, não doeu, foi até divertido. Sorri para ela.- Eu estava mostrando á Bella que ela não precisa ter medo das flores.- Bem, eu estava, mas já faz tanto tempo, como se fosse á uma vida atrás.

— Esse lugar é muito bonito, qual a sensação de ter um pedaço do paraíso em sua casa?- Renée perguntou, sorrindo para mim. Ela tinha a mesma expressão divertida de Bella, mas era a única semelhança. Eu olhei para Bella, pensando em como ela parecia um pedaço do paraíso, e agora estava na minha casa.

— Eu não sei como explicar, mas é a melhor sensação do mundo.- Eu disse, Bella percebeu que eu estava falando dela e ficou vermelha. Eu sorri, virando-me para minha sogra.- A senhora gosta de flores?

— Só de ver, eu não sou muito boa para plantar, na verdade é Bella quem está fazendo nossa pequena horta em casa.- Renée disse, dando de ombros. Eu concordei com a cabeça.

— Você fez algum curso de jardinagem, querida?- Mamãe perguntou á sua nora, sorrindo para ela. Mamãe estava se aproximando, e colocou um braço ao redor do seu ombro, Bella pareceu relaxada com o contato, feliz até.

— Não, mas a minha amiga sim, e ela falava o dia todo sobre isso, acabei aprendendo algumas coisas.- Ela disse, suspirando em seguida. Sua expressão ficou triste, provavelmente com saudade da amiga.

— E onde está a sua amiga agora?- Mamãe perguntou, percebendo a recente melancolia. Bella balançou a cabeça.

— Provavelmente na França, ela era muito mais inteligente do que eu, com certeza passou naquela escola.- Bella disse, sorrindo. Ela tinha orgulho da amiga, isso era claro. Eu sorri.

— Porque você não escreve para ela e pergunta?- Eu perguntei, ela deu de ombros, sua expressão já não estava mais tão triste.

— Não sei, acho que fiquei sem tempo, mas agora eu vou ter meus fins de semana livres, talvez eu consiga escrever algo decente para enviar.- Bella sorriu, animada. Eu concordei com a cabeça.

— As regras de seu pai não são de todo mal, vendo por esse ângulo.- Eu disse. Mamãe balançou a cabeça.

— Achei muito sensato da parte de Charlie impor regras.- Mamãe disse, me olhando com seriedade. É claro que ela acha, já estava começando á ficar nervosa com a minha ausência eterna.

— Eu não.- Renée respondeu, mas ela falou baixo, olhando para os lados. Eu balancei a cabeça.

— Ninguém pode nos ouvir aqui dentro, não se preocupe.- Eu disse, ela suspirou aliviada e depois deu de ombros.

— Não gosto de vê-lo agindo como se não fosse adolescente. Além disso, foi a proibição que me fez fugir e casar com ele escondida. Sei que Bella nunca faria isso, ela não me privaria de ver seu casamento, mas eu não ficaria tão surpresa se vocês fizessem alguma loucura.- Renée disse, se aproximando de uma rosa e tirando-a do lugar, para analisá-la de perto.

— Quanto á isso não deve se preocupar, querida. Edward é muito sensato.- Mamãe disse, eu mordi o lábio inferior, me lembrando de meus pensamentos passados. Balancei a cabeça.

— Quando eu e Bella casarmos, a senhora estará no meu casamento.- Eu sorri para a minha sogra, que sorriu de volta.

— Ah, eu sei.- Ela disse.

(...)


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