Escrito nas estrelas. escrita por hollandttinson


Capítulo 15
Tommorrow.


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas não desisti!



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NARRAÇÃO: Edward.

Eu não estava nervoso como achei que estaria, na verdade me sentia calmo e determinado á falar ou fazer tudo o que vim fazer. Até as respostas diante á recusa dos pais de Isabella eu já tinha, afinal, como eles podiam impedir a filha de ficar comigo, se esse tipo de atitude foi exatamente isso que fez com que ela nascesse? Eles não seriam tão hipócritas. Estava contando com isso, pelo menos.

Olhei para o pai de Isabella enquanto ele terminava de colocar a sua porção de comida em seu prato, depois olhei para a mãe dela, que estava apreensiva como se já soubesse o que eu queria, e finalmente olhei para a minha garota, que me olhava também, e sorriu ante ao meu olhar, ou porque eu estava sorrindo primeiro. Não sei olhar para ela e não sorrir.

— E então, Edward, o que a sua mãe acha de não ter você almoçando com ela, mesmo depois de uma semana dessa rotina triste?- Charlie perguntou, sorrindo para mim. Ele não tinha a menor ideia, e isso era claro. Dei de ombros.

— Eu não sei, saí de casa sem dar muito tempo para ela se organizar para um almoço sem mim.- Respondi, percebendo que não era justo com mamãe, e que eu lhe devia desculpas. Charlie franziu o cenho.

— E qual o motivo de tanta pressa?- Ele perguntou, ainda confuso. Percebi Bella ficar tensa, a mãe dela olhou para o prato fixadamente, como se pudesse fugir da realidade por meio daquilo. Não podia, é claro.

— Queria conversar com ela, ter certeza sobre a história de que ela vai para a França.- Dei de ombros, sem me importar de ter sido rude. Charlie estreitou os olhos para mim, incomodado com a forma que eu falei, limpando a boca com o guardanapo de forma pouco educada, e balançando a cabeça.

— Não é uma história, é uma realidade. Ela não tem nenhum motivo para ficar aqui, se sua vontade for ir.- Ele disse, fazendo Bella suspirar e morder o lábio inferior, a mãe dela franziu o cenho, eu apenas concordei com a cabeça.

— Não estou certo de que ela queira ir para a França agora, e consigo encontrar alguns motivos para fazê-la ficar, e ficaria feliz se o senhor pudesse considerá-los também.- Eu disse, começando á sentir minha pulsação acelerar.

— Para ser sincero, ela ficou muito feliz quando recebeu a notícia, e se não fosse o que ela quer, eu não a obrigaria.- Ele disse, fazendo Renée balançar a cabeça e olhá-lo espantada, Bella apenas estreitou os olhos, mas ele não estava olhando para elas para ver a reação.

— O senhor tem certeza disso? Eu acho que não.- Eu disse, ele crispou os lábios, irritado. Renée suspirou, percebendo o estado de espírito do marido.

— Edward tem razão. Nós não perguntamos á ela em momento algum se ela quer ir para a França e abandonar tudo o que conquistou. Não podemos esquecer que ela acabou de chegar aqui, e ela estava se acostumando á viver conosco, e logo ela terá de se acostumar com mais uma civilização!- Renée disse, colocando a mão no ombro do marido, que olhou para Isabella, que estava claramente em desespero. Eu suspirei quando ela olhou para mim irritada, e depois olhou para o pai.

— O senhor estava tão animado...- Ela disse, inclinando a cabeça em sinal de culpa e pena. Charlie suspirou pesadamente, passando a mão na testa.

— Esse era o seu sonho, Bella...

— Eu tenho novos sonhos agora.- Ela disse, ficando vermelha, e eu sabia que era por causa de mim, tive que segurar o riso. Charlie olhou para mim, deduzindo que a culpa disso fosse minha, e Renée apenas deu de ombros.

— Você vai deixar para trás uma escola renomada na França, algo que você tem batalhado tanto para conseguir, por causa de um sonho novo que você nem tem certeza de que vai valer á pena?- Charlie ergueu uma sobrancelha, e foi a minha vez de ficar irritado. Bella mordeu o lábio inferior, fazendo meu coração acelerar em nervosismo.

— E não são sempre assim os sonhos?- Ela questionou-o. Charlie deu de ombros, relaxando-os depois, e olhando para mim.

— Era esse o seu objetivo? Fazer ela desistir?- Ele perguntou e eu neguei com a cabeça rapidamente.

— De jeito nenhum. O meu objetivo é fazer ela ficar, para que eu tenha a honra de tê-la como minha esposa no futuro.- Eu disse, dando de ombros. Bella abriu a boca, rosto vermelho, sem saber o que falar. Renée sorriu abertamente, tirando a mão do ombro do marido e cutucando sua comida no prato.

— Você não está muito apressado?- Charlie perguntou, erguendo uma sobrancelha para mim. Novamente eu neguei com a cabeça.

— Eu sou muito determinado, e eu sei bem o que eu quero, e definitivamente eu quero que o senhor permita que eu e Isabella tenhamos um relacionamento. Estou cansado de ter de dizer ás pessoas que ela é apenas minha amiga, quando eu quero mais do que isso.- Eu disse, fazendo uma careta. Renée deu uma risadinha, e Bella estava sorrindo abertamente para mim, seus olhos brilhando. Charlie suspirou, passando a mão na barriga estufada pelo pouco que ele comeu.

— Não estou surpreso por essa atitude, esperava que viesse falar comigo antes de tê-la beijado, mas compreendo o seu lado adolescente.- Ele disse, e foi a minha vez de ficar vermelho. Eu e Bella olhamos para Renée, que ergueu as mãos para o alto e riu.

— Eu não escondo nada do meu marido.- Ela disse, dando de ombros. Charlie balançou a cabeça.

— Quando vocês forem um casal, vão descobrir que é mais seguro se a relação de vocês for completamente sincera. Mas eu ainda acho que você deve reconsiderar a ideia de ir para a França. Que tal ir, ficar só alguns meses, para experimentar?- Charlie ergueu uma sobrancelha para Bella, eu prendi a respiração.

— E dar falsas esperanças ao senhor? Não entendo, papai, você sempre reclamou do fato de eu querer viajar, e não ser uma mãe de família. Qual o problema agora?- Bella perguntou, cruzando os braços como uma criancinha. Eu esperei pacientemente a resposta do chefe Swan, começando á ficar preocupado de ele não gostar de mim. Ele suspirou, balançando a cabeça. Colocou uma porção de comida no garfo, mastigou, engoliu e suspirou novamente.

— Viajar pelo mundo não ia fazer com que você deixasse de ser a minha menina. Mas isso – ele apontou com o garfo para mim e ela, balançando a cabeça – está fora do meu controle.

— Não é exatamente o tipo de situação que eu me imaginava á 1 ano atrás também, mas não quero outra situação.- Ela deu de ombros, descruzando os braços. Ela estava vermelha, e eu estava quase entrando em combustão.

Ela tinha dito sim á mim, á qualquer outra pergunta que eu faça para o futuro, ela vai dizer sim. Ela quer ficar comigo, viver comigo, assim como eu. Santo Deus, eu nunca me imaginei apaixonado desta forma, e agora estou pensando em um futuro casamento. O que tem acontecido comigo?

Charlie suspirou pesadamente, limpou a boca com um guardanapo, e me olhou. Não soube decifrar o que seus olhos diziam, mas lentamente meu coração ia se moldando para sentir pânico. Tentei agir naturalmente, e não demonstrar meu desespero, até que ele finalmente abriu a boca.

— Isso muda completamente as coisas.- Ele disse lentamente, olhando para a esposa, que deu de ombros e começou á retirar os pratos, percebendo que ninguém mais tinha a menor vontade de comer. Meu estômago estava embrulhado.

— Que coisas?- Bella perguntou, inclinando a cabeça. Charlie deu de ombros.

— Vocês não podem mais manter isso da forma que esta. Claramente vocês se gostam, e isso é perigoso, então eu quero estabelecer algumas regras.- Charlie disse. Eu prendi a respiração. Nossa relação já não era imensamente restrita?

— O senhor está em seu direito, prossiga.- Eu disse, endireitando a postura, nervoso para o que ele ia falar. Bella fechou a cara, e eu percebi que ela também não queria mudar nossa relação.

— Se você quer cortejar minha filha, terá de fazer isso direito. E seus pais precisam estar presentes. Não fiz isso da forma certa com Renée, mas isso não vai se repetir com a minha filha. Ela merece.- Charlie sorriu. Bella bufou baixinho.

— E, no entanto, o senhor e a mamãe foram felizes para sempre.- Bella disse, erguendo uma sobrancelha e cruzando os braços. Percebi que Charlie ia dizer algo, e não queria começar uma discussão agora, eu já estava bem feliz com tudo o que tinha conseguido até agora.

— Eu não pretendia fazer diferente, sr. Swan. Não espero que imagine que não tenho as melhores das intenções com a sua filha, pois eu a quero como minha mulher brevemente.- Eu disse, percebendo o quanto a minha voz ficou formal e possessiva nesse momento. Bella também percebeu, eu a vi estreitar os olhos. Charlie pareceu surpreso, mas logo encontrou palavras.

— E você entende que isso requer certas privações, certo?- Perguntou ele, erguendo uma sobrancelha para mim.

— Exemplos?- Bella ergueu uma sobrancelha, parecendo mais ansiosa do que eu.

— Vocês não vão se ver o fim de semana inteiro. Não vão sair juntos sozinhos, isso vai dar motivo para as pessoas falarem de vocês, e eu não tenho filha falada.- Charlie disse, ficando em pé e indo na direção da sala. Eu e Bella levantamos por instinto, e o seguimos.

— Não vamos sair juntos?- Bella perguntou, com os olhos arregalados. Eu segurei uma risadinha, segurando a mão dela e apertando um pouco. Charlie estava de costas e não viu quando eu pisquei para ela. Bella relaxou e eu soltei a sua mão.

— Não vão. Se quiserem se ver, ele vai ter de vir aqui, cortejá-la em casa. Sob as minhas vistas!- Charlie disse, querendo passar a imagem de um pai carrancudo, mas eu sabia que ele não era assim. Sorri quando ele olhou para mim.

— Entendo suas objeções, e concordo com elas.- Eu disse, estendendo a mão para ele, que suspirou e apertou a minha mão.- Prometo que qualquer coisa que falem de Isabella serão elogios.

— Eu espero.- Charlie disse, sorrindo para mim. Soltei a mão dele e olhei para Isabella. Sorri para ela, que retribuiu, ficando vermelha.

— Amanhã mamãe fará um almoço para você. Para que eu possa pedir você em namoro da forma certa.- Eu disse, oferecendo minha mão, ela deu a sua.- Até lá, tenha um bom dia, Isabella.- Eu disse, beijando o peito da sua mão, ignorando ela ter revirado os olhos. Me afastei rapidamente, já que qualquer proximidade que tenho com ela me alerta para mais, e eu não queria ter nenhuma atitude precipitada. Olhei para o meu futuro sogro e sorri.- Muito obrigado, sr. Swan.

— Tem mesmo que me agradecer, eu perco muito deixando minha filha ser cortejada por alguém.- Ele disse, balançando a cabeça, e dessa vez ele pareceu triste. Sentou-se no sofá e começou á folhear um jornal. Eu suspirei, indo na direção da porta. Isabella abriu a porta para mim e sorriu quando eu me virei.

— Vejo a senhorita amanhã.- Eu disse, ela concordou com a cabeça. Me aproximei lentamente, olhando para ver se o pai dela estava vendo, mas havia uma parede que o impedia. Bella ficou nervosa e eu sorri de lado, querendo acalmá-la.- Vou dar um jeito de ficarmos sozinhos amanhã, não se preocupe.- Eu pisquei para ela, dando um beijo em sua testa. Ela suspirou.

— Vou esperar.- Ela disse e eu me afastei da porta, indo até o automóvel. Ela esperou eu dar partida para fechar a porta e entrar, e eu estava em êxtase enquanto voltava para casa.

Meu coração batia acelerado, tentando compreender o que tinha acontecido. Bella em breve seria minha garota oficialmente. Eu ia poder andar de mãos dadas com ela, e não me preocupar em dizer que estávamos juntos, porque realmente estaríamos.

Parei o automóvel na frente de casa, e entrei. Mamãe estava sentada no sofá, tricotando algo com Tereza. Ela sorriu para mim, ficando de pé.

— Vejo que foi uma conversa produtiva, você está radiante!- Mamãe disse. Eu concordei com a cabeça, sorrindo abertamente.

— Amanhã eles virão para um almoço. Vou pedir Bella em namoro.- Eu disse, me sentando e esperando ela sentar-se também. Expliquei toda a situação á ela, qualquer pequeno detalhe. Ela sorriu para mim.

— Isso é esperado, pra ser sincera, diz muito sobre a educação que ela teve. Fico feliz que ela tenha desistido da viagem, apesar de saber que isso acabaria acontecendo. Ela gosta muito de você, filho.- Mamãe disse, segurando a minha mão e sorrindo. Retribuí o sorriso e me virei para Tereza, que sorriu para mim.

— E quanto á você, o que acha disso?- Perguntei, erguendo uma sobrancelha para ela, que deu de ombros.

— Em outa situação, eu diria que sou apenas uma empregada que não deve dar opinião. Mas eu te vi crescendo, e estou surpresa por você finalmente ter encontrado algum motivo para ficar, e feliz por esse motivo ser uma garota tão gentil. Gosto dela, e gosto de você com ela. É adorável.- Ela disse, sorrindo abertamente. Suspirei aliviado.

— Acham que papai vai ser contra?- Perguntei, mas não estava muito preocupado com isso.

— Duvido muito, além disso, você está fazendo o que ele queria, não está? Ele não tem motivos.- Mamãe disse, dando tapinhas relaxantes em meus ombros. EU concordei com a cabeça, soltando o ar que eu não sabia que estava prendendo.

— Tem razão.- Eu disse, me levantando e tirando o sobretudo.- Vou ler um pouco.- Eu disse, indo para a biblioteca, onde fiquei a tarde toda; não estudando, mas pensando em Isabella, e sobre o dia que em breve viria. Sobre amanhã.


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Notas finais do capítulo

Alguém aqui faz faculdade? Gente eu estou começando á ficar cansada, e só faço á 4 meses! Sinceramente, como eu vou escrever pra vocês desse jeito? Sei que não é justificativa, por isso, perdão mesmo assim. Adoro vocês, e quero alguns comentários(mesmo que seja de xingamento e tal), até lá! XOXO.