Isa estava com os olhos embaçados por causa das lágrimas que estava contendo, por que, apesar de Alex parecer bem na batalha, estava em chamas, exatamente como em seu pesadelos (n/a: Não preciso nem dizer que ela concluiu que andava sonhando Alex esse tempo todo, precisa?). Ela queria chamar a atenção dele, pedir pra parar com aquilo, e então aquilo tudo não teria que terminar em fogo e sangue. Alex e Diego se entenderiam finalmente, e logo eles iriam achar um jeito de derrotar Cristina. Mas por mais que ela quisesse impedir, ela tinha que admitir que aquilo tinha que acontecer.
E aquilo estava prestes a terminar naquele instante.
Depois de alguns ferimentos já curados por causa do fogo, Diego e Alex já estavam a beira da exaustão. As roupas de Diego já começaram a pegar fogo (n/a: Depois de tanto tempo soltando fogo?) enquanto as de Alex estavam quase sumindo em cinzas (n/a: Pra quem uma imaginação meio pervertida, só imaginem o Alex com as roupas dele acabadas pelo fogo...). Diego já via seu fim, por que, apesar de Alex nunca ter lutado na vida, ele estava se mostrando bom, tinha quase acertado o coração dele. Achou melhor desistir, não sem um último ataque.

-Alex... Foi bom ter te conhecido...

Os dois avançaram um para o outro, rapidamente.
Isa gritou até seus pulmões estourarem.
E Micky, Justa e Linda tiveram que virar o rosto pra não ver a cena.
Era o fim de um dos dois.
Diego caiu de joelhos, a adaga negra de Alex enfiada na garganta, deixando cair sangue e lava misturados. Alex estava mais confiante antes de tirar a adaga de Diego do peito dele. Não demorou muito para ele olhar no canto da coxia onde Isa estava encolhida.

-Isa, tá tudo bem, já pode vir. Tá tudo terminado agora...
-A-A-Alex...
-Calma, meu amor...

Isa não perdeu tempo e correu para os braços de Alex, chorando, enquanto beijava seu peito, seu pescoço, seus lábios.

-Ah, Alex, você tá vivo, tá vivo...
-É, meu amor, eu vou ficar bem. Nós vamos ficar bem...
-Hmmm... Isa... -Diego implorou fraco, a voz quase dizimada por causa da adaga. Isa olhou para Alex enquanto se ajoelhava no quase-cadáver de Diego.
-Pode falar...
-Eu descobri a verdade... A verdade sobre mim, eu ia até a sua casa falar com você e o Alex, mas a Cristina me interceptou antes. Eu... Queria pedir desculpas. Não queria...
-A Cristina quis que você continuasse do lado dela... -Isa concluía horrorizada enquanto Diego afirmava.
-Alex, Isa, eu queria pedir desculpas por tudo que causei a vocês dois. Eu... Eu espero que vocês possam me perdoar.
-É claro que te perdoo, Diego... -Alex se ajoelhava do lado de Isa.
-Bom, acho que isso basta... Amigo... -Diego suspirou uma risada, mas a adaga na garganta o cortava ainda mais- Bom, acho que só falta uma coisa pra que eu finalmente descanse em paz. Isabella... Você me deve uma coisa...

Alex olhou desconfiado para Diego e confuso para Isa, mas a garota nem ligou.

-Claro que sim O que você quer?
-Bom, já que descobri quem eu sou de verdade, eu quero escolher pra onde eu vou depois que eu morrer... E não quero ir para o inferno... Bom... Quero que interceda por mim, Isa. Quero que interceda por mim, para que eu possa ir ao céu, pra finalmente conhecer a minha mãe...

Isa ficou espantada com o pedido de Diego e nem sabia como faria aquilo, mas se esse era o último pedido dele, ela tentaria fazer o melhor que pudesse.

-É claro, Diego...
-Obrigado, Isabella. Acho que agora posso ir embora em paz. Muito obrigado a você dois, por tudo... Obri... Gado...

E em um último esforço, Diego expirou uma última vez e começou a se incendiar enquanto Isa fazia a intercessão.

-Pai, não sei se o que peço agora é muita coisa, mas se for, farei mesmo assim. Eu intercedo por ti a entrada do meu amigo no paraíso. Sei que ele fez muita coisa ruim, mas... Por favor, é só o que peço...
-Ah, não, ISAAAA!!!!!

O grito de Alex acordou Isa, que soltara outro grito, acompanhado de mais lágrimas.
Alex tinha caído no chão, desacordado. O sangue agora corria farto pelo peito dele. Isa, ainda ajoelhada, se arrastava rapidamente onde ele tinha caído.
Agora era Alex quem estava entre a vida e a morte.