Nova Vaton escrita por Isabela Bernardino


Capítulo 4
Naira


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim!
Enfim, o título do capítulo será explicado nele, mas acho que isso é meio obvio né? ...
Estou tentando escrever um pouco mais rápido para poder enviar logo a fic para o desafio, e creio que essa semana eu conseguirei ♥ Então vamos torcer para que isso realmente aconteça!
—x-
Faça uma ótima leitura! ♥



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Kiah estava no seu quarto, ela estava sentada na cama e refletia sobre mil coisas. Yakai entou no quarto e fez uma reverência.

—Tenente, estamos quase chegando no sistema solar de Urla. Está tudo bem? —Yakai perguntou.

Kiah levantou-se da cama e cruzou os braços.

—Esta sim. —Kiah respondeu. —Pode avisar ao pessoal da sala de simulação que logo eu estarei lá?

—Sim, tenente Zia. —Yakai fez uma reverência e saiu.

Yakai correu para avisar que Kiah iria a sala de simulação, mas a verdade é que Kiah não queria ir treinar, ela só queria arranjar alguma coisa para Yakai fazer e deixa-la sozinha.

Kiah voltou a se sentar na cama e bufou. Ela não estava se sentindo bem, fazia muito tempo que ela não ia a seu planeta natal, não depois de tudo que ela havia passado lá.

♦♦♦

Kiah andava de um lado para o outro, seus olhos estavam vermelhos e suas bochechas molhadas de tanto chorar. Suas mãos tremiam e suas pernas também. Kiah estava com medo, muito medo.

Enquanto ela andava que nem uma barata tonta de um lado para o outro gritando pelos pais no meio de toda a destruição causada pelos bio-robôs, uma voz surgiu no meio do nada. Na verdade, era um choro, um choro de uma criança pequena.

Kiah correu em direção ao choro, e começou a tirar os pedaços de construção do chão, até que viu um pouco de cabelo cor-de-rosa, então ela começou a tirar desesperadamente os pedaços de construção, e então ela finalmente conseguiu tirar a irmã mais nova do meio do entulho.

Naira, como era chamada a irmã caçula de Kiah, tossia em um tentativa se tirar o pó de seu pulmão. O rosto de Naira estava coberto de sujeira e havia vários cortes e sangue. Os olhos da urliana de seis anos estavam vermelhos por conta do pó e lacrimejavam.

—Naira. —Kiah não sabia o que fazer. —Eu vou procurar ajuda!

Antes que Kiah pudesse correr, Naira segurou o pulso da irmã de 16 anos e deu um leve sorriso.

—Não precisa. —Naira disse com a voz rouca. —Antes deles chegarem eu já terei partido.

—Não fale isso Naira! —Kiah se ajoelhou ao lado da irmã. —Você vai ficar bem. —Kiah passou a mão na testa da irmã.

—Vai sim, eu vou pra junto do papai e da mamãe, pena que você não vá junto Zia. —Naira disse e depois tossiu.

Kiah sentiu as lágrimas escorrerem pelo seu rosto, e as viu pingar no rosto sujo da irmã. Os olhos de Naira brilhavam ao ver a irmã mais velha, Kiah era uma inspiração para Naira.

—Você vai entrar na Equipe Interestelar não é mesmo? —Naira sorriu.

—Eu não sei se consegui passar no teste, fui muito mal no teste físico. —Kiah disse se segurando para não chorar.

—Você vai sim, você merece Zia! E quando for, não se esqueça de mim!

—Eu nunca vou me esquecer de você! —Kiah disse por meio de seu choro.

Naira, com certa dificuldade, levantou a mão e entregou um colar para Kiah. O pingente do colar era um cadeado em forma de coração.

—Esse é o meu coração, e estou te entregando ele porque só você tem a chave!. —Naira disse antes de fechar os olhos e partir.

Kiah fechou o colar na mão e chorou encima do corpo da irmã.

♦♦♦

Kiah abriu os olhos, eles estavam vermelhos e lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ela abriu a mão e olhou para o objeto que havia nele: era um colar de prata com um pingente de cadeado em forma de coração. Ela colocou o colar o pescoço e se levantou da cama, ela foi ao banheiro e lavou o rosto para que não notassem que ela estava chorando.

Kiah olhou-se no espelho e riu. “Zia”. Um apelido que todos achavam ser apenas o inicio do sobrenome da urliana, não passava da pronúncia que Naira fazia quando aprendeu a falar. A pequena tinha dificuldades ao falar, e ao invés de dizer “Kiah”, falava “Zia”, e mesmo depois de ter aprendido falar o nome da irmã, continuou a chama-la de Zia por ser um apelido carinhoso.

Ela saiu do banheiro e olhou o quarto: nenhuma lembrança de Urla. A única coisa que tinha do planeta era o colar que ela havia ganhado da irmã no dia da tragédia. Kiah evitava se lembrar de seu planeta por conta daquele dia.

Kiah finalmente encontrou coragem para sair do quarto, e então, foi para o refeitório.

Sala de Comando da Nova Vaton

—Capitão Safrid, já estamos quase entrando no sistema solar de Urla, gostaria da aumentar a velocidade para chegarmos mais rápido? —Um dos tripulantes perguntou.

—Não há necessidade. —Caleb se ajeitou na cadeira. —Precisamos manter esta velocidade, ela esta boa assim.

—Então porque em Marte... —O mesmo tripulante ia fazer outra pergunta mas Caleb o cortou.

—Marte é outra história, uma história que deve ser apagada.

Caleb observava a tripulação fazer o seu serviço, e então bufou.

—Entediado senhor? —Uma voz feminina tomou conta dos pensamentos de Caleb.

Caleb se desencostou da cadeira e se inclinou para poder olhar para trás, e então viu Elala com o cabelo preso em um rabo de cavalo.

—Seu cabelo não era mais curto? —Observou Caleb.

—É aplique. Obrigada por ter notado. —Elala disse antes de se aproximar.

Elala começou a observar a tripulação que mexia freneticamente nos computadores de comando e cruzou os braços.

—Tem alguma ideia de como o Big Question conseguiu nos enviar aquela mensagem? —Elala se virou para Caleb.

—Não, você tem? —Caleb se encostou na cadeira outra vez.

—Nenhuma até agora, estou tentando descobrir igual a uma louca, mas o que ele fez foi muito bem feito. —Ela olhou para um dos computadores. —Estou rezando para que ele não nos tenha passado algum vírus.

—Vírus? —Caleb questionou.

—Não é nada para se preocupar senhor, já estou cuidando disso tudo. —Ela disse e depois saiu da sala de comando.

Elala andava pelo corredor observando a todos, era uma mania dela. Caminhando pelo corredor, ela ouviu seu estomago roncar, então ela foi até o refeitório.

Chamar aquilo apenas de refeitório chegava até ser ofensivo, aquilo deveria ser chamado de praça de alimentação por sua grande variedade de restaurantes, mas quem decidia os nomes das partes de uma nave eram e sempre seriam os chefões da EI, e ninguém podia discutir com eles.

Em um dos restaurantes estava Kiah, que cutucava a comida com um garfo e a olhava com cara de tristeza. Elala então, foi até a tenente e sentou-se a frente dela.

—Esta tudo bem, tenente? —Elala fitava Kiah.

—Sim. —Kiah disse sem tirar os olhos da camida.

—Não parece.

Kiah apenas levantou os olhos para Elala, e depois, se ajeitou na cadeira e encarou a jupteriana.

—Não quero ir para Urla. —Kiah anunciou.

Elala arregalou os olhos e tentou encontrar alguma coisa para dizer.

—Por quê? —Foi o que Elala conseguiu dizer.

—É por causa da minha irmã mais nova. —Kiah abaixou a cabeça.

—E dai? —Elala perguntou de forma curiosa.

—Ela morreu. —Kiah fez uma pausa e Elala arregalou mais os olhos. —Foi num ataque de bio-robôs, foi um dos primeiros ataques que destruíram cidades inteiras.

Elala ficou séria, afinal, fazia sentido. Inicialmente os bio-robôs tinham mais partes mecânicas do que biológicas, e assim tinham uma força destrutiva. Agora, mesmo ainda tendo uma força destrutiva, os bio-robôs tem menos partes mecânicas.

—E só por isso não quer ir? —Elala abaixou a cabeça e Kiah a olhou.

—É mais pessoal do que imagina. —Kiah respondeu.

Elala deu um leve sorriso e se levantou.

—Tenente, deve deixar isso para trás! Tudo bem que era a sua irmã, mas isso não é motivo para não querer voltar a Urla! Acho que terá que rever seus motivos. —Elala começou a se afastar. —Até logo tenente!

Elala acenou sem olhar para trás, e Kiah ficou apenas olhando para ela.

“Trouxa!”, pensou Elala, “Não quer voltar a Urla por causa da irmã que morreu! Se fosse assim, eu também não gostaria de voltar a Júpiter, afinal, eu deixei de ter uma família para estar aqui agora”.

Elala voltou à sala de computação da nave e trombou com Yakai, que corria pelos corredores.

—Desculpe Elala! Mas estou recebendo ordens de ir o mais rápido possível para a sala de comando. —Yakai praticamente gritou.

—Então vá logo! —Elala ordenou e Yakai obedeceu.

Yakai corria e então finalmente chegou a sala de comando. Ela parou atrás de Caleb e bateu continência.

—As suas ordens capitão.

Caleb murmurou algo e fez um sinal com a mão para que ela se aproximasse e deu algumas ordens.

—Esta entendendo Yakai? Sua missão é simples: achar o chip e apenas isso. —Caleb disse.

—Irei tentar o meu melhor, Capitão Safrid. —Yakai fez uma reverência e se retirou.

“Por que será que esse tal chip é importante?”, Yakai pensou, “Independente disso, tenho que obedecer ao capitão!”.

Yakai continuo a caminhar, e todos os tripulantes continuaram a fazer os seus serviços.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que tenham gostado ♥
Eu espero também que estejam gostando da fic ♥ Acho que é uma das melhores coisas que escrevi até hoje! ♥
Bom, me envie um comentário me dizendo o que você achou, o que precisa ser melhorado e etc... Mesmo a fic não sendo movida a comentários, eu fico feliz quando recebo eles, sabiam??
Até o próximo capitulo tchutchucos!
XOXO ♥