Nova Vaton escrita por Isabela Bernardino


Capítulo 2
Visita a Marte


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas! Mais um capítulo para vocês!
Espero não ter demorado muito, eu fiquei um ou dois dias sem escrever, e quando fui ver já eu não tinha chegado ainda as 10.000 palavras, por isso vou tentar chegar logo e não demorar mais! Claro que, sempre caprichando né...
Gostaria de agradecer aos comentários que recebi no capítulo anterior, foram só dois, mas eu já estou super feliz com isso ♥
Me falaram que o primeiro capítulo ficou meio chatinho, mas este, creio eu, não está! Tentei dar uma animada nele e colocar um pouco de ação. (PS: Não sou muito boa com cenas de ação...)
Espero que gostem do capítulo!
—x-
Faça uma ótima leitura! ♥



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Nova Vaton, Espaço, Horas (de acordo com a Terra): 18h23min.

Ocorria tudo bem na nave, cada tripulante fazia o seu dever para que a nave chegasse ao próximo planeta do sistema solar: Marte.

—Capitão Safrid? —Yakai disse no mesmo tom de sempre: alegre.

—Sim? —Caleb fingiu interesse.

—Ouvi alguns tripulantes perguntando uns para os outros o que iremos fazer em Marte senhor. —Yakai disse. —O que iremos fazer lá, senhor?

Caleb bufou e se ajeitou na cadeira.

—Uma nave de Marte foi atacada por bio-robôs, acredita-se que ainda tenha vestígios deles nela, é por isso que vamos pra lá. —Caleb explicou.

—Mas senhor. —Yakai começou a questionar. — A distância entre Marte e Terra varia de acordo com a época do ano, o movimento de translação, que é o movimento ao redor do sol, faz com que Marte fique até 300 milhões de quilômetros da Terra. Mas a cada 26 meses, ele fica bem próximo, ele fica de 56 milhões de quilômetros! Como iremos chegar lá tão rápido?

—Yakai, nossa nave é feita para fazer esses milhões de quilômetros ficarem parecidos com nada! —Caleb zombou.

—Mas o senhor sabia disso? —Yakai cruzou os braços.

—An... Não.

—Então, imagino que o nosso capitão saiba pelo menos que Marte tem grandes tempestades de areia, formando ventos de até 500 quilômetros por hora! —Yakai disse.

—Vamos para um planeta que tem o quê? —Caleb gritou e se levantou da cadeira, fazendo com que todos os tripulantes que ali estavam o olhassem.

—Senhor, temos armaduras mecânicas para podermos andar por Marte, a população de lá já é acostumada a isso e por isso projetaram para os visitantes essas armaduras. O senhor não sabia disso? —Yakai arregalou os olhos.

Caleb sentou-se na cadeira de capitão e fez sinal para Yakai sair, logo dpeois gritou para a tripulação fazer o seu serviço.

Sala de Simulação da Nova Vaton.

Kiah estava pronta para outro treinamento, ela queria estar pronta para qualquer coisa.

Óculos de realidade aumentada deixavam Kiah em Marte. Ela olhava para todos os lados e ansiava por qualquer ataque.

Assim ocorreu.

Um bio-robô apareceu pela direita, quase a sua frente. Kiah atirou e os fios e órgãos do bio-robô se espalharam. Outro surgiu atrás dela, pela esquerda, e ela atirou. Logo depois, começaram a surgir vários de uma vez, e Kiah apenas atirava.

Mesmo sendo algo virtual, mesmo que aqueles bio-robôs não pudessem fazer nada com ela, Kiah não os deixava se aproximar, ela não queria mostrar para a tripulação que sua tenente não podia nem sequer acabar com os bio-robôs em uma simulação.

O temporizador parou e os bio-robôs pararam de surgir. Kiah tirou os óculos e olhou em uma tela a sua pontuação. Mais de 5.000 pontos. O recorde era 3.563. Kiah sorriu e saiu da sala.

Logo na porta ela encontrou Elala que estava assistindo toda a simulação.

—Tenente Zia, que simulação incrível! Acho que nem o Capitão Safrid consegue mais pontos que a senhora conseguiu. —A jupteriana sorriu ao falar.

—Obrigada Elala. —Kiah sorriu de volta.

—É incrível como Big Question conseguiu criar os bio-robôs! São a terrível mistura de organismo e robótica! Ele devia se envergonhar de fazer os robôs se tornarem algo tão ruim. —Elala ficou séria.

—Se ele tivesse orgulho, já teria se mostrado! —Kiah disse.

Kiah saiu da área de simulação e foi para um dos corredores na nave. Elala a acompanhou.

—Acha que iremos conseguir pega-lo? —Elala perguntou tentando alcançar a tenente.

—É a nossa missão, se possível, morreremos tentando. —Kiah disse e Elala parou de ir atrás dela.

A jupteriana de dois metros de altura ficou pensando por um tempo, e logo depois voltou à sala de computação.

Algumas horas depois...

—Capitão, estamos chegando ao nosso destino. —Um tripulante gritou.

—Muito tempo para entrar em órbita? —Caleb perguntou.

—Menos de uma hora, senhor. —O tripulante respondeu.

—Tem maneira de fazer esse tempo diminuir?

—Só se Elala colaborar senhor, já estamos em velocidade máxima! —O tripulante gritou.

Caleb grunhiu e entrou em contato com Elala, que inicialmente se recusou a colaborar no aumento da velocidade.

—Esta maluco? Já estamos em grande velocidade! Será um grande risco aumentar a velocidade só para entrar em órbita! Já quer nos colocar em risco capitão? —Elala gritava, mesmo com o comunicador estando preso em sua orelha.

—Não temos muito tempo! Quanto mais rápido conseguirmos as informações, mais rápido chegamos ao Big Question.

Elala grunhiu e logo começou a digitar no teclado de um dos computadores. Na nave, havia um grande computador central, depois, vinha outro que também era importante, era este no qual Elala trabalhava, depois deste, vinha outros dez computadores, no qual outros tripulantes trabalhavam. Fora estes, haviam também os computadores da sala de comando, onde Caleb ficava.

Elala começou a aumentar a velocidade, e alguns tripulantes caíram com o aumento repentino. Inclusive Kiah, que praticamente rosnou e foi até a sala de comando.

—Esta maluco? —Kiah gritou para Caleb.

—Temos que chegar o mais rápido possível em Marte. —Caleb disse.

—É maluquice, Capitão! Já iriamos entrar em órbita em pouco tempo.

—Mas podemos fazer esse tempo ficar menor ainda! Tenente Zia, caso não tenha notado, Big Question ataca o tempo todo! Temos que encontra-lo logo! —Explicou Caleb.

—Maluco. — Kiah resmungou antes de sair da sala.

A parte a tripulação que havia caído já se levantara e se perguntava junto com os outros o que estava acontecendo.

—Tenente Zia! —Yakai chamou. —Tenente Zia!

Kiah se virou para a robô e lhe perguntou o que estava acontecendo.

—Creio que por causa da nossa grande velocidade, estaremos em Marte em alguns instantes, e por isso, acho que a senhora já deva vestir sua armadura. —Yakai informou.

—Então eu terei que andar por Marte? —Kiah perguntou.

—Sim. —Yakai respondeu. —Não ficaremos muito tempo em Marte, por isso somente a senhora e o Capitão Safrid irão descer da nave. Precisamos ser rápidos e muitos lá fora poderão atrasar o serviço.

Kiah assentiu com a cabeça e seguiu em direção à sala onde as tais armaduras estariam guardadas.

Alguns instantes depois...

Kiah já havia vestido a armadura, ela que, naturalmente tinha 1,78 de altura, ficou com quase dois metros.

Logo depois, Caleb chegou. Ele não estava com cara de interesse na missão, mas tudo não passava de um grande fingimento, já que era a primeira missão dele como capitão da Nova Vaton.

—Então Tenente Zia. —Caleb disse em tom de quem esta zombando da situação. —Pronta para descer até Marte?

Kiah bufou e olhou para ele com cara de deboche.

—Um tanto calmo para a sua primeira missão, Capitão Safrid.

—Essa é só a primeira de muitas outras, não precisa ficar tão eufórica. —Caled zombou.

—Creio que o senhor tenha feito aulas de teatro quando mais novo, pois esta escondendo bem a sua ansiedade.

—Quem esta ansioso? —Caleb grunhiu.

—Pare de mentir, dá pra ver em seus olhos.— Kiah deu uma piscadela para Caleb, que por um segundo ficou sem ar.

A Nova Vaton em fim pousou em Marte, e Kiah e Caled foram para a área de desembarque.

Na área de desembarque, uma grande porta de aço com uma pequena janela de vidro se fechou atrás deles, e logo pode-se ouvir a voz de Yakai.

—Capitão, Tenente, essa porta vai ficar fechada por conta dos grandes ventos que há em Marte, ela vai proteger quem estiver aqui dentro. As armaduras são apropriadas para Marte, e estas foram construídas pela base da Equipe Interestelar daqui, então caso necessário, use as armas que ela fornecem.

—Entendido. —Kiah e Caleb disseram em coro.

Ambos desceram da nave e olhavam apreensivos ao redor, em alguns minutos andando para longe da nave, Caleb avistou um corpo.

—O que é isto? —Kiah perguntou.

—Parece que é o corpo de um marciano. —Caleb observou.

O corpo estava parcialmente ensanguentado, no rosto, havia cortes e sangue. Na região das costelas, um enorme buraco. Era uma mulher, e ela estava sem os olhos.

—Isso é... Horrível. —Kiah disse perplexa.

Logo, ambos ouviram um barulho atrás deles, e quando se viraram, não havia nada.

—Bizarro. Nunca vi bio-robôs fazerem isso. —Caleb observou.

—Como assim? —Kiah perguntou.

—Uma vez, eu fui fazer um treinamento na Austrália, e uma cidade de lá foi atacada. Os bio-robôs não fizeram isso, eles apenas mataram a deixaram os corpos no chão. —Caleb disse. —Uma outra vez, no Rio de Janeiro, um mês depois do ataque na Austrália, os bio-robôs atacaram, e novamente eles só mataram e deixaram os corpos no chão. Isso é muito bizarro, não é normal eles fazerem isso.

—Isso é verdade! Eu nunca vi um ataque de bio-robôs pessoalmente, sempre vi nos documentários que passavam pra nós no acampamento de treinamento. Em nenhum eles fizeram coisa do tipo.

Caleb fitava o corpo com dúvida, ele observava cada centímetro daquela pobre marciana morta. Mas logo o barulho voltou.

—Acho melhor voltarmos a andar. Não podemos ficar observando apenas este corpo. —Kiah fez Caleb voltar à realidade.

—Sim, vamos. —Caleb assentiu e logo os dois voltaram a caminhar.

Se afastaram um pouco mais da nave, e logo encontraram outro corpo, mas não da maneira que o outro se encontrava, aquele que eles haviam acabado de encontrar só havia feridas grandes. Não havia buracos grandes e seus olhos ainda estavam lá.

—Não disse? Esse corpo esta normal! —Caleb disse.

—Então você acha normal um marciano morto com grandes feridas e sangue por todo lado? —Kiah zombou.

—Quero dizer que esta igual aos outros que já vi, e não igual aquele que acabamos de ver.

—Tem razão, isso esta muito estranho. Acho melhor... —Kiah foi interrompida pelo barulho que eles já havia ouvido.

Eles se viraram e diversos bio-robôs estavam caminhando em sua direção.

—Porcaria... — Murmurou Caleb.

Os bio-robôs eram marcianos, mas eles haviam partes mecânicas e em seus olhos, luzes vermelhas davam um ar demoníaco.

—Muito inteligente da parte de Big Question usar marcianos para seus bio-robôs já que o corpo dos marcianos aguentam os fortes ventos daqui. —Vociferou Kiah para Caleb.

Caleb murmurou alguma coisa e logo ligou o comunicador.

—Yakai, como usamos as armas?

Caleb ouviu uma leve risadinha e logo em seguida Yakai deu as instruções para ambos, que logo ativaram as armas e começaram a atirar.

Deveria ter uns vinte bio-robôs naquele momento, e eles não caiam tão facilmente.

—Quando eu lutei pela primeira vez contra estes malditos. —Girtou Caleb.—Devia ter a mesma quantidade, mas tinha o dobro de nós lutando contra eles. Creio que a nossa batalha seja um pouco mais difícil, tenente!

—Cale a boca e atire! —Kiah gritou e começou a atirar mais.

Caleb não respondeu, apenas obedeceu e atirou.

Passaram-se minutos, mas para os dois pareciam horas. Os bio-robôs estavam todos no chão. Todos destruídos.

—Parabéns tenente! — Gritou Caleb. —Talvez ganhe uma medalha por isso!

—Cale a boca! —Kiah gritou de volta. —Temos que nos preocupar com outras coisas ao invés de medalhas!

Caleb deu um leve sorriso lateral e abaixou a cabeça para disfarça-lo. Logo depois, ambos começaram a recolher os corpos dos bio-robôs para serem analisados pelo laboratório da nave.

Ambos estavam cansados. Usar as armaduras acabou deixando Caleb e Kiah exaustos, e assim que entraram na nave, foram para os seus quartos descansar.

—Espero que tenham bons sonhos. —Yakai gritou enquanto ambos cambaleavam para seus aposentos.

No laboratório da Nova Vaton.

A doutora Hila Karoon do planeta Saturno e cientista da Nova Vaton, analisava os bio-robôs mortos por Caleb e Kiah, e também analisava os dois cadáveres de marcianos encontrados também pelos dois.

A doutora amarrou seus longos e lisos cabelos louros, que davam um contraste a pele acinzentada da cientista, para que eles não a atrapalhasse mais na analise. Gotas de suor escorregavam pela testa da doutora, que começara a respirar rápido.

—Algum problema, doutora? —Argumentou um dos assistentes do laboratório.

—Tem alguma coisa errada com esses bio-robôs, uma coisa muito errada... —A doutora respondeu ofegante.

Hila ainda não havia descoberto o que havia de errado com os bio-robôs, mas estava disposta e faria de tudo para descobrir.


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Notas finais do capítulo

Eu realmente espero ter agradado a vocês! ♥
Gostaria de agradecer a vocês por estarem lendo a fic! ♥
Até o próximo capítulo! ♥
XOXO ♥



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