Disastrous Marriage escrita por Mrs Padfoot


Capítulo 4
The Wedding


Notas iniciais do capítulo

Hello, morangos e morangas!

Enjoy *.*



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Pov. Jazmyn

Finalmente o tão esperado dia havia chegado. Para todos, menos eu. Novamente: eu não queria me casar. Porém acho que isso não realmente importa, pois estou agora sendo preparado com um quilo de maquiagem, há alguém me massageando, pessoas passando meu vestido e amaciando meus sapatos, e outras cuidando de meu cabelo. Como minha mãe não estava presente, consegui descrever para minha equipe o que queria que eles fizessem comigo exatamente. Eles acham que eu estou animada para o casamento, mas, na verdade, eu só dou tantos detalhes, pois sei que essa vai ser minha única chance de escolher essas coisas.
Abby e Ally estão sendo preparadas também, nas cadeiras ao lado. Elas são minhas madrinhas, o que as deixou muito animadas, pois isso significaria que elas teriam de entrar na igreja de par com dois amigos de James. Abby tentava relaxar, enquanto Ally não parava de falar o quanto ela rezava para o par dela ser bonito. Minha mãe queria que minha irmã fosse minha madrinha, porém eu não permiti, fazendo com que Dominique ficasse irada. Em compensação, minha pequena Katherine vai ser minha daminha. Ela vai entrar na igreja jogando pétalas de lírios no chão, e depois irá nos alcançar as alianças.
(N/A. Nota-se que eu não entendo nada sobre casamentos.).
– Então eu quero todo mundo rezando para o meu par ser... - Ally tagarelava sem parar.
– Gostoso. - eu, Abby e toda a equipe de beleza falamos ao mesmo tempo.
– Nós já entendemos. - eu falo rindo, fazendo a mesma revirar os olhos.
– Então, mocinha, vamos às regras. - ela fala me encarando pelo espelho.
– Que regras?
– Regra número um: não deixe ele te tratar como lixo. Ponto final.
– Que regras são...?
– Não me interrompa! - Ally berra jogando as mãos para o ar. - Regra número dois: tire fotos. Essa regra se aplica na lua de mel, caso você ver algum garoto bonito, ou o seu marido sem camisa; também se aplica a qualquer momento de sua vida. Eu quero fotos de garotos.
– Ally...
– REGRA NÚMERO TRÊS: utilize esse celular que eu te dei. Eu não sou os teus pais para ficar mandando cartinha. Te comprei esse iPhone pra mandar Whatapp, então usa ele. E também para tirar foto, o que nos faz voltar para regra número dois.
– Certo. murmuro rindo das ideias de minha amiga.
– Regra número quatro: quando você tiver um filho...
– Eu não vou ter um...
– QUANDO VOCÊ TIVER UM FILHO, eu vou ser a madrinha dele. Não me importo com a Abby.
– Hey! - a mesma fala indignada.
– Não me interessa a sua indignação. - Ally fala rindo. - Bom, acho que é isso.
– Quatro regras? - pergunto erguendo minha sobrancelha.
– Quatro regras. - ela confirma sorrindo, nos fazendo rir.

***

– Você está nervosa, é normal. - Ally fala revirando os olhos.
– Eu não estou nervosa. - eu murmuro irritada novamente.
Já estávamos em frente à igreja. Eu me casaria na Dinamarca mesmo, pois é uma tradição que a noiva real se case onde havia sido batizada, ou seja, aqui estamos nós. Já me encontrava com meu vestido, maquiagem, sapato e cabelo, tudo certinho. Dentro da igreja estava toda minha família, além de amigos de meus pais, mais a família de James e amigos dele e de sua família. Já do lado de fora, estava apenas eu, meu pai, minha mãe, o pai de James, Abby, Ally e Katherine. Antes de eu chegar, meu noivo já havia entrado na igreja acompanhado pela mãe, agora deveriam ir os pares de padrinhos e madrinhas, depois o pai de James levando minha mãe, logo após deveria ser minha irmã e depois eu com meu pai. O único problema era: os padrinhos de James estavam desaparecidos.
– Eu tinha certeza de que eles estavam aqui. - Francisco fala confuso.
– Eles devem...
– Olá. - duas vozes falaram atrás de mim.
Quando me viro, me deparo com dois garotos muito, MUITO, muito lindos. Um deles tinha pouco cabelo, porém era loiro e possuía olhos azuis. Já o outro, tinha cabelo jogado para o lado, formando uma pequena franjinha castanha, e olhos marrons. Os dois eram altos, mais altos que eu, mesmo comigo usando salto.
– Nos desculpem, nós nos perdemos. - o garoto da franja fala sorrindo de lado. Percebo que o mesmo possuía um sotaque britânico.
– Tudo bem, pelo menos não demoraram tanto. - o pai de James fala enquanto minha mãe tenta disfarçar sua cara raivosa.
– Perdão. - fala o loiro, com um sotaque americano.
Os dois se viram para mim e param. De repente, o de franja faz uma reverência e o loiro o imita. Retribuo e dou um pequeno sorriso.
– Sou príncipe Charles, vossa alteza. - o de franja fala. - E esse é o duque Ryan.
– Eu fico com o príncipe e você com o duque. - Ally sussurra para Abby, me fazendo rir.
– Olá. - eu murmuro olhando para eles, porém logo mostro minhas amigas. - Essas são as duquesas Abigail e Allison.
– Oi - fala Abby baixinho.
– Olá. - responde Ally caminhando em direção a Charles e entrelaçando seu braço com o dele. - Vamos, antes que seu amigo ache a noiva fugiu.
– Certo. - ele responde rindo um pouco da atitude de minha amiga.
Assim, logo todos estavam tomando suas posições para entrar na igreja. Primeiro Charles e Ally, seguidos por Abby e Ryan, depois Francisco e minha mãe, depois Katherine e por fim, eu e meu pai. Aos poucos todos foram entrando até não sobrarem nenhum. Me posiciono na frente da porta, porém antes de conseguir entrar, meu pai me puxa.
– Não fique nervosa. - ele fala sorrindo.
– Eu não estou. - respondo sem nenhuma emoção no rosto.
– Jazmyn, eu sei que você não quer se casar, porém no final, você vai ver que não vai ser tão ruim assim. - ele afirma.
– Tanto faz. - murmuro e coloco meu sorriso emocionado no rosto.
Entramos devagar, e todos estavam emocionados e felizes. Enquanto dou passos lentos, olho para frente e vejo James sorrindo educadamente. Quando ele nota que estou olhando para o mesmo, força mais o sorriso. Ao que parece eu não sou a única que não quer se casar. Pode ser que ele consiga enganar outras pessoas, mas eu que sou especialista em sorrisos falsos? Acho que não, querido.
Finalmente chegamos ao altar. Meu pai faz aquele momento meloso onde ele beija minha mão e fala para James cuidar de sua princesa. James afirma que fara isso e pega minha mão, me ajudando a subir os degraus para mais próximo do padre. Logo o mesmo começa a cerimônia, mas eu não presto atenção. A única coisa que consigo pensar é: como minha vida vai ficar? Quanto tempo irei aguentar e fingir ser santinha? Será que ele é o príncipe encantado que parece ser?
A cerimônia continua, mas eu não descolo meus olhos de James. Às vezes ele alterna seu olhar do padre para mim e da um pequeno sorriso. Por fim, Katherine chega carregando as alianças, e as alcança para mim e para James. Logo seguimos para o discurso que, no meu caso, minha mãe havia escrito por mim. E por fim os votos. Tive que mentir para Deus, para a igreja e para o padre. Eu não o amaria até que a morte nos separe. E então a parte mais esperada chega: o beijo. Ele me deu um simples selinho, porém todos explodiram em palmas. Quando enfim desgrudamos os lábios, ele dá um pequeno sorriso e beija minha bochecha. Se eu acreditasse nessa merda toda, eu diria que foi fofo.
Caminhamos para fora da igreja de mãos dadas e somos atacados por arroz. As pessoas não entendem que arroz, em primeiro lugar, é caro, e em segundo lugar, é comida! Eles estão desperdiçando comida! Eu não gosto de casamentos. Mas o pior ainda estava por vir. Duas pessoas chegaram carregando duas pombas brancas e tentaram entregar uma para mim, e outra para James. O mesmo pega a pomba sorrindo, porém eu apenas fico encarando o animal. Isso é alguma brincadeira? Todos de minha família, TODOS, sabem que eu odeio pombos. Não me interessa se são brancos, cinzas ou vermelhos, eles são animais do capeta que sempre me perseguem e tem aquele olhar assassino. James percebe que eu estou encarando a pomba e me lança um olhar confuso. Eu apenas engulo em seco e olho para o lado. Ele devolve sua pomba para a mulher, e pega minhas mãos, levando até a pomba que eu deveria segurar, e me ajuda a levanta-la e joga-la para o céu. Logo depois ele repete esse movimento com a segunda pomba, levando todos ao delírio. Eu, por outro lado, quase enfartei: EU TOQUEI NUMA POMBA, CARAMBA. Mas ao que parece ninguém ligou para mim.
Foi levada a uma limusine junto com James. A mesma nos levaria para a festa. Ele abriu a porta para mim, e eu tive uma vontade enorme de falar que não adiantava nada ele abrir a porta para mim, porque não teria como eu escorregar para o outro lado com esse vestido do caramba. Porém, naquela hora eu era uma dama, então apenas murmurei um obrigada e comecei a escalar o banco da limusine para chegar à outra porta. James entrou logo depois, e fechou a porta. A limusine partiu.
Mesmo dentro do carro, ele segurou a minha mão e começou a olhar para fora da janela. Tentei manter a calma, mas estava ficando difícil. Ele queria ser um príncipe encantado? Por isso que estava segurando minha mão? Ou por que queria? Parece que nunca descobrirei, pois logo chegamos à festa. James desce do carro e me ajuda a sair e até a arrumar meu vestido. Ele estica minha saia e depois me faz enganchar meu braço no seu. Fofo, pode-se dizer de passagem. Se ele continuasse me paparicando assim, esse casamento seria fácil.
Em seguida, tivemos que ficar parados cumprimentando todos, que esperavam em filas para nos ver. Pessoas de todos os países haviam comparecido para esse casamento.
– Jazmyn! - Ally berra sorrindo e passando na frente de um duque da Noruega, que fez cara feia.
– Ally. - murmuro sorrindo, sentindo meu corpo ser amassado contra o dela.
– Você estava linda lá no altar. Mas não mais do que eu, óbvio ela - fala sorrindo, e eu retribuo. Logo ela olha para James e fica mais séria. - É melhor você cuidar dela.
– Ally. - murmuro a repreendendo.
– Shiu. - ela fala para mim e retorna a encarar James, que também estava sério.
– Eu vou cuidar dela. - ele responde seriamente, porém com o tom de voz calmo. Qualquer um acreditaria, menos eu.
– Bom mesmo. - ela resmunga e vai embora.
James ainda estava calmo depois desse ataque que Ally deu. Cumprimentamos o resto dos milhões de convidados, e fomos cortar o bolo, beber o vinho e fazer todos aqueles costumes de casamento idiota. Dancei com meu pai e então com James, e ficamos assim por um tempo. Ele tinha uma mão em minha cintura e outra segurava a minha mão em uma altura razoável. Eu tinha minha mão em seu ombro. Nós não falávamos um com o outro, porém sentíamos a necessidade de nos olharmos. Ele parecia calmo, mas isso não significa que ele é real, pois eu pareço calma também. Anos de prática.
Por fim, fui obrigada a jogar meu buque de lírios para o ar. Devo dizer que a parte que mais me diverti nesse casamento foi está, pois Ally e uma duquesa da Finlândia pegaram o buque ao mesmo tempo e começaram a discutir. Até que Ally se revoltou, empurrou a mulher e fugiu com o buque. Acho que foi a única vez que realmente ri nesse casamento. Porém, ao que parece, eu ri alto demais para minha mãe, que me cutucou suavemente como uma advertência. Quando olho para o lado vejo James sorrindo para mim. Ou de mim. Eu não tenho certeza.
Ally ficou decepcionada que não ocorreu a melhor parte do casamento. Para ela, a melhor parte é quando a noiva senta em um banco e o noivo tira a cinta liga da perna dela. Eu dou graças a Deus que isto não aconteceu. Então logo chegou o momento das despedidas.
James se despede de seus pais sorrindo, enquanto eu o aguardo parada ao seu lado. Seus pais se despedem de mim também. Meus pais vêm se despedir, e então príncipe Charles e duque Ryan vêm se despedir brevemente de James. Eles se abraçam e então os dois fazem uma reverência para mim. Logo Abby e Ally chegam.
– Jazmyn. - murmura Abby me abraçando. - Se cuida amiga, te amo.
– Também te amo. - respondo rindo e a solto, visualizando minha amiga quase chorando. - Eu não morri! Eu me casei.
Ela ri e iria falar outra coisa, porém é empurrada para o lado por Ally.
– Jazzy! - Ally berra me abraçando/sufocando. - Se cuida! Te amo muito. Se você se esquecer de mim, eu vou te matar. E lembre-se do nosso combinado.
– Certo, Ally. - respondo rindo e me soltando da mesma.
As duas me olham por um tempo, e eu consigo sentir o olhar de James ao meu lado. Olho para ele, que me da um sorriso de lado. Retribuo o sorriso e olho para minhas amigas. Quase uma vida ao lado delas. Sinto as lágrimas vindo e pelo jeito elas também, porque começam a rir.
– Eu odeio vocês. - eu faço começando a chorar.
Abaixo minha cabeça e no mesmo instante Abby começa a chorar também e me abraça. Ally somente revira os olhos e se junta ao abraço. Ficamos assim por um tempo até Ally comentar que se nós não nos soltássemos agora, nunca iriamos nos soltar. Então elas se vão. E as lágrimas vão com elas. Porém logo as lágrimas estão pedindo para voltar, pois Katherine vem se despedir.
A pequena vem com algo em suas mãos, e um pequeno sorriso no rosto.
– Jazmyn. - ela me chama, e eu me ajoelho à sua frente. Ela estica sua mão, e dentro há um papel. No papel há um desenho de uma pessoa com um grande vestido e de uma criança com um pequeno vestido. - Essa é você, e essa sou eu. É para você não se esquecer de mim.
Com isso, eu a abraço forte, e a mesma retribui com sua pequena força.
– Kath, você vai se cuidar certo? - pergunto sorrindo e a mesma concorda.
– Eu já sou grande. Cuide-se você, e sempre mande cartas ou me visite!
– Certo, pequena, eu irei. - eu respondo sorrindo e a abraço pela última vez.
Meu choro já havia cessado, e alguém fala que eu deveria ir. James me ajuda a entrar no carro que iria nos levar até o aeroporto. Assim que estou sentada no mesmo, junto minhas mãos no meu colo e observo a paisagem pela janela. James se ajeita e o motorista parte. As pessoas começam a abanar e vejo Katherine seguindo o carro rindo e correndo até onde conseguia. Dou um pequeno sorriso.
Tudo iria ser diferente agora. Eu era sarcástica, mas não tinha como esconder que estava com medo do futuro. Quando me dou conta disso, as lágrimas já tem vontade própria e descem como cascatas pelo meu rosto. Minhas bochechas ficam vermelhas, meu olhos também, e então mordo meus lábios para que James não perceba que estou chorando. Mas essa tentativa foi em vão, pois o choro ficava cada vez mais forte. Meus ombros começam a chacoalhar, e é ai que James nota que estou chorando. Ele se aproxima e passa os braços ao redor de meu corpo, agora frágil. Parece que esse gesto dá permissão ao meu corpo para chorar mais forte ainda. Agora eu soluçava e chacoalhava sem cessar. James, ao contrário do que pensei, me abraçou mais forte e beijou minha testa. Ele me virou para si mesmo e começou a falar palavras reconfortantes para mim. Eu enterro minha cabeça em seu pescoço e sinto suas mãos fazendo carinho em meu cabelo. Devagar, começo a parar de chorar. Quando estou totalmente bem, me afasto do mesmo, porém ele me puxa de volta delicadamente e apoia sua cabeça na minha e entrelaça nossos dedos. Pelo menos agora eu sei, ele tem sentimentos.


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Notas finais do capítulo

Reviews?

XoXo, Mrs Padfoot



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