Cicatrizes escrita por AuroraEverlark


Capítulo 5
Capítulo 4 - Illéa


Notas iniciais do capítulo

"Illéa" ♥-♥
Desculpa a demora, gente diva.
Infelizmente, a porcaria da internet parou de funcionar T^T
Mas depois que joguei um tênis no wifi, voltou a funcionar!
~ Sim, foi um milagre divino *O*
Antes que eu me esqueça:
Eu quero agradecer muito mesmo à Rebeka Suyanne pela recomendação linda. Muito obrigada. ♥-♥
Enfim, boa leitura! õ/



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As malas fechadas e prontas para a viagem deixava o pesadelo mais realístico: Eu estava indo para Illéa.

Depois de tanto temer pela chegada desse dia, ele, infelizmente, estava se concretizando.

Naquele dia, ironicamente, ensolarado, a única coisa que me deixava menos triste era saber que Marilyn, uma das pessoas que mais confio, estaria comigo durante toda essa loucura.

Na noite passada tentei convencer meus pais para que após o casamento, meu noivo estúpido e eu voltássemos para a Itália, mas iria contra o acordo e não seria possível. 

Ficou decidido também que minhas aulas de estratégia militar iriam continuar em Illéa, embora eu não precisasse das aulas, afinal eu sabia praticamente tudo sobre. Isso fez com que o Rei Maxon e a Rainha América ficassem surpresos com meu interesse no ramo. Aliás, poucas pessoas sabiam dessa minha capacidade.

(...)

— Cadê a minha princesinha? - A voz soou do outro lado do cômodo.

— Ela estará presa se você ousar me chamar assim novamente. – Falei saindo do closet e entrando no quarto. – Quem deixou você entrar aqui?

Bryan observava a decoração do quarto, que se baseava em paredes cinzas com detalhes brancos.

— Aquela garota, a loirinha. – Marilyn.

— De qualquer forma, nunca mais entre sem bater. - Reclamei. 

Ele revirou os olhos.

— Eu não queria invadir sua privacidade, madame. - Falou ironicamente. – Só gostaria de lhe entregar algo.

Abri um sorriso ao ver uma caixinha pequena em sua mão e ergui as sobrancelhas.

— O que é isso? - Perguntei ao vê-lo estender o objeto em minha direção.

— Abre...

Abri a tampa da caixinha delicadamente e tive uma surpresa ao detectar o objeto, era um colar.

— É uma pedra? - Perguntei avaliando o pingente. 

— Uma ametista, na verdade... - Ele pegou o objeto da minha mão, depositando a corrente em meu pescoço. – Foi da minha família.

— E por que você está me dando?

— Esse colar passou por todas as gerações de mulheres da minha família, a última dona foi a minha mãe. - Ele deu um sorriso nostálgico. – E a próxima deveria ser a minha filha, mas eu não tenho uma de sangue.

— E onde eu entro nessa história? - Indaguei.

— Desde o momento que coloquei meus olhos sobre você, um sentimento paternal surgiu dentro de mim. - Falou deixando um beijo em minha testa. – Você é como uma filha, merece esse colar.

Eu não esperava por aquilo.

— Ah, Bryan... — Abracei a muralha que estava em minha frente. – Eu vou sentir tanto a sua falta.

Deixei algumas lágrimas escaparem dos meus olhos.

— Você está chorando? - O guarda teve coragem de rir, enquanto enxugava as lágrimas com seus dedos.

— Chorando? - Funguei o nariz. – Claro que não, foi um cisco que caiu no meu olho.

— Sei. - Colocou um sorriso em seu rosto e se afastou. – Agora que o presente foi entregue, eu preciso ir. O dever me chama.

— Vejo você antes de ir embora?

Ele confirmou com a cabeça e se retirou do meu quarto. 

(...)

— Será que pegamos tudo? - A loira perguntou.

— Acho que pegamos tudo e mais um pouco. - Falei observando o tamanho da mala. – Estamos levando o castelo inteiro?

— Illéa não fica aqui do lado. - Retrucou colocando a mão na cintura. – Não posso esquecer nada.

— Sim, senhora. - Fiz o sinal de continência. – Você arrumou a SUA mala?

— Separei algumas roupas, mas o foco é você.

— Se minha consideração contar para algo, prefiro não ser o foco. - Revirei os olhos. – E espero que você tenha pegado suas melhores roupas.

— Nicole, eu sou a sua criada...

— Nunca foi. - Cortei a loira. – Você é minha dama de companhia, além de amiga. E eu quero que você se divirta nessa viagem...

— Você ganhou. - Ela se rendeu me abraçando. – Tentarei aproveitar.

— Ótimo!! - Retribui o abraço. – Eu vou verificar as coisas lá embaixo, acho que está tudo pronto.

Deixei a loira finalizando a arrumação da mala e sai do meu quarto. 

Desci as escadarias do castelo com um sentimento nostálgico. Aquelas eram as minhas últimas horas naquele espaço. 

— Você já está pronta, querida? - Rainha Nicoletta estava na entrada do castelo, aparentemente com tudo finalizado para a partida.

— Adoraria dizer que não, mas infelizmente Marilyn está fechando as últimas malas.

— Ótimo, o jatinho já está nos aguardando.

Droga... Eu tenho mesmo que ir? - Resmunguei.

— Sim. - Ela apontou para o topo da escada, onde Marilyn se encontrava com algumas malas. – E iremos exatamente agora.

Revirei os olhos e ajudei, mesmo com os protestos de Marilyn, a carregar algumas malas.

Mamãe sorriu para o meu gesto e apontou com a cabeça a direção que deveríamos seguir.

Nervosa? — Marilyn sussurrou enquanto seguíamos em direção do jatinho.

Não, mas arrependida por não ter fugido pela floresta. - Sussurei de volta.

 

(...)

Tudo estava pronto para decolagem. Meus pais, Marilyn e os pilotos encontravam-se dentro do jatinho.

Já havia tido minha despedida com a maioria dos funcionários, desde soldados até os cozinheiros do castelo, o único que não tinha chegado era o Bryan...

E era justamente esse o motivo da minha relutância em entrar dentro do jatinho. Afinal, eu me recusava a sair do território italiano sem vê-lo pela última vez.

— Eu pensei que vocês já tinham ido embora. - Disse ofegante. 

— Você disse que viria me ver. - Ergui a sobrancelha. – E eu não iria embora sem falar com você pela última vez.

— Última vez? - Foi a vez dele de erguer a sobrancelha. – Quanto drama, baixinha, você vai voltar outras vezes.

— Duvido, mas agradeço o otimismo.

— De qualquer forma, aqui está o prometido. - Prometido? Observei ele me entregar uma caixa de madeira.  – Você é insistente demais quando quer.

— O que é isso? - Coloquei a mão para abrir a caixa, mas fui impedida por Bryan. 

— Não abra aqui, seja discreta. - Instruiu. – Isso é uma espada.

— ESPAD... - Ele me repreendeu com um olhar. – Uma espada? Jura?

— É um presente. - Ele sorriu ao me ver encantada pela notícia. – Espero que goste.

— Gostar? Eu amei! - Abracei empolgada aquele homem.

— Não mostre para ninguém essa espada, ouviu? - Afirmei com a cabeça. – Ótimo! Cuide bem dessa belezinha.

— Cuidarei. - Segurei a caixa o mais firme que podia.

— Agora vai embora, seus pais devem estar impacientes. - Confirmei com a cabeça e me afastei. – E não se esqueça de me enviar o convite do casamento.

Revirei os olhos e mostrei a língua para a muralha.

Adeus,  muralha. Cuide bem de todos e principalmente de você mesmo.

Adeus, baixinha. Seja feliz!

Confirmei com a cabeça e entrei no jatinho. Ao me verem, meus pais ficaram com uma expressão de alívio no rosto e Marilyn parecia curiosa com a caixa em minha mão.

— Podemos ir? - Perguntou um dos pilotos.

— Pronto, Nicole? - Meu pai questionou.

— Acho que sim...

Ele fez um sinal para os pilotos e o vôo, automaticamente, estava prestes a começar.

— O que é essa caixa? - Marilyn perguntou quando me sentei ao lado dela.

— Livros.

Livros?

Confirmei com a cabeça, embora ela, aparentemente, não ter acreditado.

(...)

 

— Nicole, chegamos. – Minha mãe me cutucou. – Temos que entrar no carro.

Abri o olho direito e depois o esquerdo. Meu primeiro instinto foi estalar minha coluna, minha mãe fez uma careta ao observar o ato. Olhei pela janela e percebi que estávamos em um lugar com árvores densas. Suspirei. Já estava com saudades do jardim da Itália.

Tentei fazer minhas pernas funcionarem e segui até o automóvel.

 


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Notas finais do capítulo

Docinho :3
AHDJASHDJAHDA
Reviews? *CaraDoGatinhoDoShrek
Quero agradecer do fundo do meus rins pelos reviews. Amo ôces!!
E volto ainda essa semana com mais um capítulo... ou não. ._.
~ Tudo depende da internet do mal o_o'
Até breve!
*SaindoDeFininho