Natasha P.O.V.

–Natasha?

Viro rapidamente para a voz que me chama.

– O quê, Rogers? – cruzo os braços.

Fazia quatro dias desde quando tivemos aquela conversa na praça, e até agora só estávamos falando sobre os ataques da C.I.A., como revidar e como estar preparado. Além disso, não nos falávamos.

– Stark está chamando todos em seu laboratório. – ela diz e logo em seguida vai andando.

Não respondo nada, só começo a andar em passos largos até chegar ao seu lado.

[...]

Quase todos estavam no laboratório: Steve, Carol, Wanda e Sharon.

Wanda já estava muito melhor. Seu ferimento já havia feito uma cicatriz e já estava mexendo seu braço livremente. Exceto por uma dor que às vezes a pegava de forma avassaladora.

– Bem, meus amigos, como vocês sabem eu sou tão inteligente que – Stark começa a falar. – descobri um esconderijo de nossa amiga e amada C.I.A.

– O quê?! – Sharon fala alto e todos nos a olhamos. – Meus parabéns, Sr. Stark! Isso é ótimo.

– Sim, é ótimo mesmo. – respondo, olhando para Stark. – Como descobriu?

– Tenho meu jeito, ruiva. – ele pisca.

– Certo, e você quer que façamos o quê? – Wanda fala.

– Não pergunte pra mim. – ele aponta o dedo para Steve. – Ele é o chefe.

– Bem, obrigada, Tony. Eu pensei em ir até lá e ver o que estão tramando. – Steve olha para cada um de nós.

– Exatamente isso que eu pensei que falaria. Por isso tomei a liberdade de chamar as meninas. O resto de nós ficará aqui por qualquer emergência. – Tony mexe em seus aparelhos.

–Boa ideia, isso irá nos poupar tempo. – Carol fala pela primeira vez.

– Sim, e tem mais! Projetei uns uniformes para você, Wanda, Sharon – aponta para cada uma. – e um pra você, Viúva.

– Pra mim? – surpreendo-me.

– Sim, como me esquecerei de uma das minhas favoritas? – reviro os olhos.

– Que gentil. – falo num tom irônico.

– Onde estão? – Wanda se anima.

A única que não parecia muito à vontade com isso é Sharon, mas ela sorri abertamente quando percebe que estou a olhando.

– Aqui! – Stark pega um controle e de repente três pedestais aparecem, e com eles os nossos uniformes.

– O primeiro é o seu, Sharon. - ele fala.

– É bem lindo. - ela chega mais perto. - Obrigada, Tony.

– Vista agora. - falo.

– Ah, o quê? Ah, claro. - Sharon fica aérea e pega seu uniforme branco.

Tony parece desconfiado, mas deixa passar.

– O segundo é de da Maximoff. - Stark sorri, mostrando o lindo uniforme vermelho.

– Ai, muito obrigada, Sr. Stark. - ela fica triste, mas ao mesmo tempo feliz. - É maravilhoso! Irei vesti-lo agora mesmo.

– Não têm de quê, Feiticeira Escarlate. - Wanda se assusta com o nome que Tony dá a ela.

É realmente perfeito. Sorrio internamente.

Todos olhamos confusos para ele.

– O quê?! Eu gostei do nome. Achei que estava na hora de ela ter um. - dá de ombros.

– É realmente perfeito. - Wanda sorri amigavelmente e sai da sala com o uniforme em mãos.

– E isso serve pra você também, loirinha. - ele aponta para Carol.

– Eu? - Stark assente. - Não tenho ideia.

– Que tal Miss Marvel? - Steve se pronuncia.

Com certeza será Marvel, mas não Miss.

– Oh, não. - mexo o nariz em sinal de nojo. - Capitã Marvel?

Carol me olha maravilhada.

– É perfeito. - ela sorri.

– Então, Capitã Marvel, considere-se parte do time agora. - Stark cruza os braços.

Carol está tão feliz, que não consegue nem mesmo falar. Ela com certeza será Capitã Marvel.

– O nome ficou excelente. Temos dois capitães agora. - Steve sorri e olha pra Carol.

– Bem, mudando de assunto. - Stark fala. - O uniforme da ruiva. Achei que iria querer voltar à antiga.

Vejo um uniforme preto e muito reconhecível.

– Esse é o...? - chego mais perto.

– É sim. - Tony fica contente, olhando minha expressão.

– Como você...?

– Tenho meu jeito, ruiva.

– Incrível. - dou um sorriso cativante. - Eu adorei. Obrigada!

– Sabia que ia adorar. - Stark pega um objeto. - E com esse dispositivo aqui, você pode ficar invisível. Basta colocar em seu braço. Só funciona com você.

– Sério? Você se superou dessa vez. - dou um tapa em seu braço.

– Que demais. - Carol levanta seus braços. Dou um sorriso de lado.

– Vai ficar lindo em você. - Steve fala e me olha.

Começamos um jogo de olhares, até que Sharon pirrageia.

– Estou pronta.

–Eu também. - Wanda aparece toda de um vermelho escarlate.

– Vou me vestir e sairemos. - saio rebolando.

[...]

– Lembrem-se de nos avisar quando chegarem lá. – Tony grita do lado de fora da nave.

– Certo. – Steve grita de volta.

Todos estão devidamente uniformizados e quietos.

– Não se esqueçam: Estamos sem tempo! – Tony grita e a porta se fecha.

Suspiro para suas palavras.

– Vou perguntar quanto tempo vai demorar. – saio e vou direto pra cabine.

Todos me olham, mas não falam nada.

– Oi, quanto falta pra chegarmos? – digo, sem olhar para o rosto do piloto.

– Ah, oi, Agente Romanoff. – viro o rosto em sua direção e levanto as sobrancelhas quando vejo a pessoa.

– Sr. Piloto, que prazer enorme revê-lo. – dou um sorriso forçado e me sento na poltrona vazia ao seu lado.

– Agora que começamos a decolar, Agente.

– Sou uma garota impaciente.

– Deu pra notar. – nos olhamos e ele dá um sorriso.

– Quanto falta? – desvio o olhar.

– Quarenta minutos, e não se preocupe, agora que são sete e meia.

– Natasha? – uma voz aparece atrás de mim.

– Ah, Rogers. – viro-me.

– Estou atrapalhando? – ele diz com uma pitada de... Ciúmes?

Resolvo provoca-lo.

– Está sim. – falo com uma cara fechada.

Steve me olha com uma cara de poucos amigos.

– Podemos conversar? – ele diz.

Reviro os olhos.

– Já volto. – digo para Derek.

Passo por Steve e vou para uma parte afastada e pequena.

– O que foi? – falo.

– Quem é aquele cara?

– Derek Rose. Ele é bonito, né? Tem aqueles olhos e... – começo a falar, mas sou impedida por um Steve me jogando contra parede. – Que diabos...?

– Pare de fingir!

– Não estou fingindo.

– Está!

– Eu não estou fingindo, Rogers!

– Ah, é?

– Ah, é.

– Me prove.

Olho nervosa para ele, que apenas me olha bravo.

Quando dei por mim, já estava com a gola de seu uniforme em minhas mãos e sua boca nas minhas.

Sua boca é calma, mas quando realmente percebeu meus lábios, começou a ficar impaciente. Como se precisasse disso.

Seu beijo é bem doce e ao mesmo tempo tão selvagem. Suas mãos pegam meu cabelo e me sinto flutuando.

Ficamos naquele beijo por um tempo, parece uma eternidade. Eu o puxo para mais perto de mim e ele me segura forte, para não tropeçar. Fico sem fôlego e ele também. Perco-me outra vez, sem noção do tempo.

Afasto-me rapidamente, tocando nossos narizes.

– Isso foi... – ele começa a dizer, e ainda estamos juntos.

– Uma coisa de cada vez. – falo e saio andando. – Temos que ir, Rogers. Estamos sem tempo.