Invisível escrita por Dama do Caos


Capítulo 2
All of me


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura pra quem está acompanhando, ou está só dando uma "olhadinha" por pura curiosidade. heheh Bem vindos. *=*



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Chapter 1

Porque tudo em mim

Ama tudo em você.

Clary seguia de cabeça baixa pelos corredores lotados. O primeiro dia de aula pós-férias deixava os alunos eufóricos. Alguns admitindo ou não, eles sentiram falta da escola nesses 15 dias de recesso. As vozes se misturavam umas nas outras, fazendo a ruiva confundir os sentidos ligeiramente. Conteve o impulso de puxar o capuz para cima da cabeça. Dessa vez não. Se lembrava muito bem do transtorno que sofrera na última ocasião em que fez isso. Quem diria que alguém encapuzado chamaria atenção da bela e popular Lilith? Pois. Clary a desenharia com veneno escorrendo do canto dos lábios, tamanha sua maldade e acidez. Esqueceu-se momentaneamente da humilhação passada quando em seu campo de visão se materializou Jace Herondale tão, perfeito. Os cabelos em desalinho, gesticulava irritado para seu treinador. Pelo que captara da conversa, a lista de calouros se inscrevendo nos times de vôlei era “inadmissível”, e o treinador estava propondo outro time. Claro, a escola era sempre lembrada pelo seus craques no vôlei. Muitos alunos se matriculavam ali apenas para terem a chance de participarem. O diálogo foi cortado com o sinal soando por entre os corredores e salas do colégio. Clary abaixou a cabeça e andou rapidamente em direção a sua sala.

POV Clary

A aula seguia no seu ritmo normal, o professor arrastava levemente um sotaque diferente do nosso, mas não consegui identificar qual. Meus olhos varreram a sala parando ás vezes nas pessoas. Rindo alto, ou sussurrando nos ouvidos umas das outras. Minha mão se controlava para não pegar a máquina fotográfica em minha mochila. Eu queria poder registrar tudo, porque nada se repete da mesma forma que foi. Os sorrisos, os sentimentos tão bem guardados dentro da alma que se evidenciavam pelo olhar.

Minha mãe dizia que eu conseguia ler o que as pessoas sentiam sem fazer esforço. E que isso as assustavam de vez em quando. Tudo em mim assustava de alguma maneira em algum momento. Desde meus cabelos ruivos, aos meus olhos de um verde que parecia estar sempre “aceso”. Dizem que os olhos são a janela da alma. Mas não tinha nada de “aceso” dentro de mim. Meu corpo repelia toques instintivamente, e tudo o que eu queria era poder voltar para casa. Com meus desenhos e fotografias. Um café, talvez? É, poderíamos pensar num café.

Voltei minha atenção para o professor que passava os exercícios.Eu já sabia as respostas.

Eu sempre sabia as respostas. Mesmo sem nunca ter coragem de dizê-las.

POV Narradora

Jace passava quase correndo pelas pessoas, arrancando alguns risinhos e acenos tímidos seguido de suspiros das garotas. Ele daria atenção em outra ocasião, mas dessa vez estava com pressa. Muita pressa. O corpo ágil desviava das pessoas com facilidade, acostumado à horas de exercícios diários. O uniforme falhava na missão de esconder os músculos bem definidos do rapaz, que em sua corrida chocou-se contra um corpo menor que o seu. Mais fraco. Mais leve. E vermelho?

Porque tudo de mim

Ama tudo em você

Ama suas curvas e todos os seus limites

Todas as suas perfeitas imperfeições

Dê tudo de você para mim

Eu te darei meu tudo

Você é o meu fim e meu começo

Mesmo quando perco estou ganhando

Porque te dou tudo de mim

E você me dá tudo de você

Ele num reflexo tentou evitar a queda do outro, em vão. Uma garota. E meu Deus que cheiro era aquele? Uma mistura de morangos com alguma outra coisa cítrica. Ele não sabia explicar, mas era o tipo de aroma que sempre se pareceria com algo novo. Poderia se viciar naquilo facilmente. Percorreu com os olhos aquele rosto delicado e pálido. E quase tão vermelho quanto seus cabelos que caiam sedosos pelas maçãs do rosto. – D-desculpe. – Ela sussurrou envergonhada de ser tão desastrada, e logo o corredor virou só em risos com a garota ainda caída ao chão e uma chuva de desenhos ao seu redor. Ela abaixou a cabeça deixando que seus cabelos fizessem uma cortina a separando do mundo. Tentou reunir coragem para sair dali o mais rápido que seu corpo franzino permitisse, mas era como se suas pernas fossem gelatina e seus outros membros mortos. Sentiu os olhos ardendo com as lágrimas implorando para saírem, tamanha a humilhação que sentia. Percebeu alguém ajuntando calmamente seus pertences que se espalharam ao seu redor. Os desenhos habilidosamente empilhados novamente, e os pincéis devolvidos à dona. Jace Herondale. Sério. Jace Herondale não estava rindo dela. – D-desculpe. – Ela balbuciou trêmula novamente. Levantou os olhos se permitindo admirar aquele rosto tão perfeito pelos segundos que fossem. Ele ajudou-a a levantar. – Está tudo bem? Não te machuquei? – Ele sondou. Clary fez que não com a cabeça rapidamente ainda sentido as bochechas em brasas. – São desenhos incríveis. Quem dera eu, ter seu talento. – Ele disse sorrindo levemente antes de prosseguir seu caminho, como se nada tive acontecido. Como se não tivesse deixado no coração da menor uma tempestade sem precedentes. Os que observaram a cena estranharam, no entanto não conseguiram notar o encantamento do Herondale.

Sim essa era a palavra certa, encanto. Definitivamente Clary Fairchild era uma garota encantadora.


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Notas finais do capítulo

E então? Não esqueçam dos reviews! Adoraria saber o que pensam a respeito do meu desempenho. *=* >.< Beijokas, até a próxima.