Invisível escrita por Dama do Caos


Capítulo 3
Counting Stars


Notas iniciais do capítulo

Ohh mds. Nem acreditando que tem alguém realmente lendo minha fic. *=* Que honra. E por kami-sama. rolou até comentários. kkkk Muito obrigada, por dedicarem um pouquinho de seu tempo com palavras de apreço, ou mesmo que de crítica. Prometo estar melhorando!!



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POV- Clary

Sabe, eu realmente tentei socializar com as pessoas. Ser amiga delas. Mas eu acabei desistindo, depois de inúmeras tentativas. Era sempre os mesmos assuntos desinteressantes e desnecessários, que nunca acrescentou nada a existência humana. Quando eu era menor, minha mãe me levava ao psicólogo, O Dr. Bane. Ele foi meu único amigo durante muito tempo. Lembro-me de um dia, onde algumas crianças entre gritarias e xingamentos me disseram “ Só tem um amigo, porque paga pra ele. “ E eu queria dizer que não me importei. Que dei de ombros, ou que não entendi. Mas não preciso mentir aqui, aquilo me quebrou. E foi só a primeira de muitas vezes. Eu nunca mais quis conversar com o Dr Bane depois disso e minha mãe teve que suspender as consultas. Eu era um estrago incorrigível. Um caos ambulante. E foi aí que fiz uma das maiores descobertas da minha vida, as pessoas raramente querem a sinceridade. Elas não querem que você responda como você realmente está, quando elas te perguntam. Elas não querem saber o que você acha quando te pedem uma opinião. Querem que você sorria e acene. E foi o que aprendi a fazer. Eu sorria e acenava. E ninguém se importava se eu estava mentindo ou não.

Apertei meu violão contra meu corpo em um abraço. Eu não poderia exigir nada das pessoas. Porque eu tinha desistido da humanidade há muito tempo.

Ultimamente, tenho, tenho perdido o sono

Sonhando com as coisas que poderíamos ter sido

Mas amor, tenho, tenho rezado muito

Não sei por quanto tempo permaneci tocando. Isso acontecia comigo com freqüência, eu sempre perdi a noção do tempo. Do lugar. Das pessoas. Deixei meus cabelos soltos e coloquei um vestido, desci a escadaria de minha casa comendo uma maçã enquanto mandava um sms para minha mãe. “Mãe, fui no mercado. Volto daqui há pouco. Te amo. – C. “ Desconfio que não falei de minha família pra vocês. Minha mãe Jocelyn, e meu padrasto Luke.

Ótimo, agora que falei já me sinto melhor.

...

...

...

... O que? 10 minutos na minha vida e já está entediado? Estou decepcionada.

POV narradora.

Vejo esta vida como uma videira que balança

Balanço meu coração além do limite

E meu rosto está dando sinais

Procure e você há de encontrar

Velho, mas não sou tão velho

Jovem, mas não sou tão ousado

Não acredito que o mundo esteja vendido

Apenas estou fazendo o que me mandaram




A aula de Educação Física era sempre uma espécie de espetáculo para a maioria dos alunos. Era sempre incrível ver todos aqueles craques jogando, e as belas líderes de torcida com suas coreografias. Por essas e outras Clary estava escondida no laboratório de informática. Seu corpo se encaixava facilmente entre as mesas com os computadores, devido a todas as vezes em que se acostumara a se refugiar ali. Sorriu minimamente relaxando, com as mãos tateando a bolsa em busca de sua máquina fotográfica. Tirara algumas fotos mais cedo e queria selecionar as melhores. No entanto um barulho na outra extremidade da sala fez seus instintos entrarem em modo de alerta. Uma conversa. O capitão do time dos calouros Raphael Santiago, e a jornalista da escola. Estavam falando algo sobre fundos arrecadados, Jace, e uma grande oportunidade para Raphael.

Camille Belcourt, a jornalista polêmica que sempre causava grande falatório devido a suas matérias nó mínimo.. Íntimas, digitava freneticamente no teclado de um dos computadores. Seus ouvidos apurados tão acostumados a procurar sussurros e segredos, soube o exato momento em que Clary tentou deixar a sala, desnorteada. Com uma máquina fotográfica na mão.

Clary não tinha entendido nada, mas soube rapidamente que não devia estar ali. Estava quase alcançando a porta de fininho quando seu corpo é suspenso e prensado contra a parede oposta. Raphael a encarava ferozmente porém com alguma coisa a mais no olhar. Medo, ela rapidamente leu. Mas do que? Ela se perguntou. Mas aquele não era o momento para especulações, sentia o ar faltando e o pulmão como se fosse rasgar. – Aparentemente você não é a única interessada em ouvir atrás das portas Camille. – Raphael disse entre dentes , e ele nunca parecera tão assustador. A pele pálida contracenava com os cabelos negros e olhos da mesma cor. Atrás de si a imponente Camille se erguia. Em suas feições nenhuma sombra de piedade. Clary teve sua visão entrando e saindo de foco e se debateu tentando sair dali, Raphael a prensou com mais força na parede fazendo bater a parte inferior de sua cabeça causando um choque e uma explosão de dor. – O que você ouviu garota?! Responda! – Os gritos dele estava deixando-a confusa. Ela não tinha ouvido nada. Nada que fizesse sentido. Fez que não com a cabeça diversas vezes, como ia falar enquanto sua boca era tampada daquela maneira? Sua garganta arranhava em um grito mudo. A dor latejante em sua nuca seguia com o gosto metálico de sangue. Raphael a jogou no chão. Sentiu seu mundo girar de órbita. Viu o olhar de desprezo que Camille lhe lançara. – Ela não ouviu nada Raph. Não é mesmo ruiva? – Clary sentia seus sentidos se anestesiarem, conseguiu menear a cabeça em afirmativa enquanto as lágrimas banhavam seu rosto.

Sua máquina até aquele momento esquecida no chão, foi alcançada pelas mãos hábeis da Belcourt. Uma veia saltou na testa da loira em irritação, que não conseguia entender a mecânica daquela máquina. Resmungou alguma coisa antes de jogar a máquina fotográfica com força no chão repetida vezes quebrando-a em pedaços antes de dar meia volta e sair dali. Raphael se abaixou uma última vez sussurrando para que somente a mesma pudesse ouvir. – Você não viu nada garota estranha. Se abrir a boca para alguém, não garanto que vai ter boca para abrir uma próxima vez. – E saiu deixando-a sozinha na sala escura. Os pensamentos tentavam se reorganizar. Inevitavelmente seu olhar recaiu por sobre os pedaços destruídos de seu objeto tão querido. Lágrimas quentes caiam pelas maçãs do rosto. Aquilo estava errado, muito errado.

Tão errado quanto um arco-íris de cabeça pra baixo.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Adoraria saber o que achou a respeito, no que falhei ou deixei a desejar. Beijokas, até.