Fique Comigo escrita por liza zanon


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá, gentem! Primeiramente quero agradecer por todos os comentários lindos. Vou separar um dia dessa semana apenas para respondê-los, coisa que ainda não fiz porque só tenho entrando no Nyah exclusivamente para as postagens e retorno para meus estudos.
Às vezes demoro um pouco, mas saibam que escrevo em brechas de aula, em intervalos, em momentos de sossego em casa, até que saia algo que eu ache bom para postagem.

Espero que gostem do 5!
Boa leitura, obrigada pelo carinho.



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Capítulo 5

6 meses depois

– Então, onde está Rosie afinal? – pergunto para minha mãe. Hoje é domingo e estamos todos reunidos para o almoço.

– Desde que o namorado voltou da guerra ela tem ido todos os meses a casa dele. Você não tem acompanhado porque desde que você voltou da guerra, tem vindo pouco aqui em casa, mocinha.

– Mamãe, não exagera.

– Exagerar? Você morava aqui em Forks e passou quase um mês sem ao menos pisar na casa da sua família.

– Eu andei ocupada no hospital, ok? Eu praticamente divido a minha vida entre aqui e Seattle. E vocês sempre estão lá em casa.

– Bom, não vou discutir isso hoje, já que o assunto em questão é a sua irmã.

– Vocês conhecem esse cara? – pergunto para minha família e Edward dá de ombros, mas é meu pai quem responde.

– Claro que conhecemos, oras. Eles estão noivos. Rosalie tem ido ficar com ele porque parece que o rapaz está assumindo um posto importante no quartel de sua cidade, fica difícil para viajar constantemente. Mas se não me engano, ele virá com ela no fim da semana.

– E eu finalmente irei conhecer o noivo língua de mosquito da Rosie.

– Língua de mosquito? – Edward questiona, arqueando uma sobrancelha.

– Sim. Sei que existe, mas nunca vi.

Todos caem na gargalhada e seguimos para a mesa posta. Jasper está sentado ao meu lado, segurando a minha mão. Ele tem falado em casar, mas sei que esse ainda não é o momento, apesar de estarmos bem. Acomodados sim, mas bem.

Haviam se passado seis meses desde o dia que eu decidira acabar com qualquer tipo de contato que eu poderia vir a ter com Emmett. Eu sabia que não estava investindo em algo que me faria bem, ou que não traria problemas para minha vida, mas a verdade era que todos os dias quando meu plantão acabava, eu segurava sua placa de identificação – que nunca saíra do meu pescoço – com toda a força que eu tinha, e me recordava do seu toque, dos seus olhos profundamente azuis, do seu jeito de respirar contra meu pescoço.

Mas tudo isso agora era apenas algumas das várias lembranças que ficaram na minha mente. Não me arrependia da decisão que eu tomara, mas não conseguia passar um dia sequer sem pensar na possibilidade de como teria sido caso resolvêssemos ficar juntos.

Os dias passavam de forma rápida, eu pertencia ao Staff da equipe cirúrgica, juntamente com Edward, que era da neurocirurgia, e todos os dias salvava vidas e segurava corações em minhas mãos. E fora por esse motivo que eu decidi me mudar para Seattle, onde eu poderia ter meu sossego e me dedicar às minhas cirurgias. Apesar de minha família e Jasper terem detestado a ideia, eu já havia me habituado a independência e solidão. Peguei a maior parte da minha economia, pesquisei por alguns meses e finalmente, no mês passado, fechei negócio e comprei uma linda casa quase que no campo. Era um lugar com árvores, grama verde e toda uma vista para a cidade ao seu redor, o que me lembrava muito a casa dos meus pais em Forks, a não ser pela vista; seus acabamentos eram em madeira e quando eu faço chás a noite, o cheiro se mistura ao mogno e ao pinho, e apesar de ser grande demais para mim, eu sempre tenho certeza que é ali o meu lugar, onde eu pretendia viver sozinha, ou criando filhos.

Gostava de morar em Seattle. Era movimentada, urbana, e ao mesmo tempo me trazia privacidade, sossego e paz. Jasper administrava seus dias entre a escola de música em que lecionava em Forks e entre minha casa, e a cada dia que se passava ficar com ele era mais fácil, era mais leve, era o mais correto.

Eu gostava da sensação de estar fazendo a coisa certa. Sempre gostei. Principalmente quando os sentimentos dos outros não estão em jogo. E é com esse pensamento que caminho até Jasper, seguro sua mão, e digo que é hora de irmos para casa.

(...)

– Então, que tal uma massagem? – ele pergunta com um sorriso enorme estampado em seu rosto. Seus cabelos loiros estão presos em um rabo de cavalo e ele caminha até a cozinha, pegando um vinho na mini-adega que eu havia criado.

– Acho que massagem é uma ótima ideia.

Nós sorrimos e vamos para o quarto. Me jogo na cama e espero que Jasper traga as taças cheias. Ele se deita ao meu lado, passando um de seus braços em volta dos meus ombros e suspira.

– Quando você vai ser sincera comigo e me contar o que aconteceu?

Paro num instante. Ele sempre fora meu melhor amigo, era a única pessoa além de Bella que sabia ler minhas expressões, minhas afeições.

– O que você quer dizer?

– Já faz seis meses que você voltou pra casa e até hoje não trocou uma palavra comigo sobre o que aconteceu; você vive trancada naquele hospital desde que começou a trabalhar e... Alice, você passou anos fora, e nas suas licenças você sempre me falava a mesma coisa. “Estou descansado, não vamos falar disso agora.”

– O que... O que você quer ouvir? Que eu tive que usar um desvio cardiopulmonar no meio do deserto e com todas as condições de infecção do mundo pra salvar o major do meu pelotão? Ou que eu tive que fazer uma ponte de safena na minha melhor amiga porque fogo inimigo atacou o barracão cirúrgico? Não, espera – começo a alterar minha voz, levantando-me da cama – Acho que você quer que eu te conte que fiz uma angioplastia em um menino de 7 anos simplesmente porque ele estava no lugar errado e na hora errada. Eu... eu não sou mais a mesma pessoa e vocês não entendem. Eu passei meus últimos três anos fazendo cirurgia atrás de cirurgia. Salvando vidas atrás de vidas. E o que você ficou fazendo? Dando aula para as criancinhas em Forks? Eu... Salvo vidas, Jasper. É isso que eu amo e é isso o que eu sei fazer.

Me silencio por um momento, mas ele não me responde nada, ao invés disso abaixa a cabeça e respira fundo.

– Eu não quis...

– Você não quis, mas você fez. – seguro a placa de identificação de Emmett que está no meu pescoço com força, porque se fosse ele, eu não precisaria explicar nada, se fosse ele, tudo estaria bem, ele entenderia, e com isso eu cuspo as palavras para Jasper:

– Eu passei três anos no exército. Três anos em que eu aprendi, em que eu amei as pessoas e fui amadas por elas. Três anos sensacionais, e que se continuar dessa forma que está aqui, se tornarão quatro anos.

Com raiva, caminho até meu closet, vestindo um jeans e botas, pegando minha bolsa com meus documentos e a chave do meu carro logo depois.

– Onde você vai?

– Para onde mais eu iria? – pergunto já atravessando a porta – Salvar vidas, é claro. Não esquece de trancar a casa quando sair.

Ele não tenta me impedir, e eu agradeço que ele não o faça. Além de não saber lidar com as pessoas, eu não sabia lidar com Jasper, especialmente. Dirijo com calma até o hospital e quando chego na sala do Staff, sou acolhida com olhares nada surpresos.

– Você é uma viciada em cirurgias – Max, a cirurgiã da Neonatal, me olha com um sorriso sarcástico.

– Olha quem fala, você também está aqui. Precisa de ajuda com algo?

– Sim, na verdade. Você chegou a atender gestantes na guerra?

– Algumas, sim.

– Ótimo, preciso de uma cardio que tenha a mínima experiência que seja com cirurgia cardíaca neonatal. O Antony se gaba de ser o deus dos corações, mas mal sabe tocar em bebês.

– Que se dane o Antony, estou com você. Me aguarda um minuto enquanto me troco?

– Claro.

Pego meu uniforme vermelho escuro da cardio e meu estetoscópio, e em menos de cinco minutos já estamos a caminho da área perinatal atender nosso pequeno paciente cardiopata. A linha que divide minutos de sobrevida de recém-nascidos cardiopatas de uma perspectiva vitoriosa e saudável é tênue, e é nesta delicada diferença em que atuamos. A maioria das cardiopatias podem ser diagnosticadas ainda no feto, ratificando a importância da excelência no acompanhamento pré-natal. Quanto mais cedo identificada a cardiopatia, melhores e mais eficientes podem ser as iniciativas logo após o parto.

O procedimento de detecção intraútero, que se trata do diagnóstico precoce, para prevenir cardiopatias congênitas é realizado por meio da ecocardiografia fetal, um exame de ultrassom com ênfase no coração. Claro que na guerra eu nunca teria tal recurso, onde eu acabava deduzindo a doença durante o diagnóstico do recém nascido e torcia para estar em condições de suportar uma cirurgia.

– Por aqui, Alice – Max indica uma das portas da UTI neonatal e encontramos uma mãe sobre a incubadora do seu bebê – Senhora Webber, essa é a Doutora Alice Cullen, ela é cardiologista e possui experiência com cirurgias cardíacas em recém-nascidos.

– Olá, Sra. Webber – aperto sua mão, sorrindo e pegando o prontuário – É uma linda menina.

– Ela ainda nem tem nome. – ela diz chorosa, olhando para a filha – Eu nem sei se ela vai sobreviver e ainda nem coloquei nome.

– Acalme-se ok? Faremos de tudo para salvar sua filha.

– O que ela tem, doutora?

– Ela tem uma doença chamada Doença de Ebstein, que consiste no comprometimento do lado direito do coração. É de difícil reconstituição, mas já fiz algumas, a senhora pode ficar tranqüila.

– O que vocês vão fazer com a minha menina?

Troco um olhar apreensivo com Max, que me encoraja a continuar.

– Nós vamos usar uma técnica corretiva que se tornou reconhecida em todo o mundo por preservar as válvulas do paciente, ao invés do uso de válvulas artificiais, o que exigia novas cirurgias apenas para a substituição das próteses. Ou seja, se tudo correr certo, sua filha só precisará ficar aqui no tempo de pós-operatório e logo depois poderão ir para casa. Mas tem que se acalmar, ela precisa da senhora. – falo com um sorriso calmo, afagando seu ombro. Era esse contato que eu conhecia, era isso que eu gostava de fazer.

Nos despedimos da mãe da paciente e enquanto Max segue para uma consulta, vou para o quadro de cirurgias procurar algo que me seria útil. Encontro Edward, meu irmão, vestindo uma touca e seguindo para o andar das salas de cirurgias.

– Você está aqui? Você não deveria estar com seu noivo? – ele me pergunta, e eu sequer olho pra sua cara, continuo analisando o quadro de cirurgias.

– Meu noivo é um idiota. Prefiro cirurgias. E você, o que faz aqui?

– Peguei o turno da noite. Nessie tem uma apresentação na escola amanhã, ela vai ser o girassol, não tem como perder.

– Não tem nada aqui pra mim – rolo os olhos, bufando de frustração.

– Você é uma viciada em cirurgias.

– Com muito prazer.

– Olha, eu vou fazer uma craniotomia de peito aberto agora. Não sabia que estava por aqui, então bipei o Antony, mas você é a melhor. Vem comigo?

– Tá brincando? Tô dentro.

Abraço meu irmão e sigo com ele para a SO (Sala de Operação). Fazemos nossa higienização, calço as luvas e seguimos para o paciente anestesiado na mesa. Edward segue para o crânio, enquanto eu peço um bisturi lâmina 7 para a instrumentadora, abrindo o peito do rapaz para que eu possa ter a visualização da sua freqüência cardíaca e administrá-la de forma correta para que não entre em descompasso com suas atividades cerebrais.

– Então, você vai me falar qual é o problema com o Jasper? Quero dizer, vocês são Alice e Jasper – ele ri – Vocês nunca têm problemas.

Qual é o maior estado de limite que um ser humano pode alcançar? O quanto podemos aguentar? Qual é o limite que nos faz parar de pensar, e assim, consequentemente, não nos permitir ficar calados?

A cirurgia era a maior verdade da minha vida. Na SO eu não sabia ser outra pessoa, não sabia fingir, negar, não sabia falar nada que para mim não fosse verdade absoluta. E então, tarde demais, eu me toquei do porquê eu vinha evitado entrar em uma SO durante todos esses meses com meu irmão.

– Edward, você já se perguntou se somos nós que fazemos os momentos em nossas vidas ou se são os momentos da nossa vida nos fazem? Se, por um momento, você pudesse voltar no tempo e mudar apenas uma coisa na sua vida, você mudaria? E se mudasse, essa mudança tornaria a sua vida melhor? Ou será que ela acabaria partindo o seu coração? Ou partindo o coração de outro? Será que você escolheria um caminho totalmente diferente? Ou você só mudaria uma única coisa? Um único momento? Um momento que você sempre quis ter de volta.

– Eu não acho que eu queira...

– Você não, mas eu quero. – olho para ele fixamente, sem ao menos piscar, e Edward afasta suas mãos do cérebro exposto do rapaz na mesa, me encarando de volta – Eu quero e Jasper sabe disso. Digo, às vezes não sabe, mas ele me conhece, então Jasper se faz de bobo, de idiota, mas ele sente. Eu me apaixonei por outra pessoa, ele não fala, mas ele sente. E eu, pior ainda, me engano e engano a ele. Nesse momento há 7 bilhões, 470 milhões, 818 mil, 671 pessoas no mundo e algumas, assim como eu, estão fugindo assustadas. Algumas estão voltando pra casa. Algumas, também como eu, dizem mentiras pra suportar o dia. Outras estão somente agora enfrentando a verdade, alguns são maus indo contra o bem. E alguns são bons lutando contra o mal. São as porcarias de sete bilhões de pessoas no mundo, sete bilhões de almas... E de tudo que eu preciso é apenas uma. Então, você acha mesmo que nada acontece entre eu e Jasper?

Edward me encara inexpressivamente por quase um minuto, sem dizer uma palavra. Sou desafiadora, e devolvo o olhar, até que toda a SO cai em num silêncio constrangedor, e assim eu e meu irmão passamos as seis horas de cirurgia sem dizer uma só palavra. Ele, de um lado, constrangido, confuso, perdido demais para me questionar. E eu, do outro lado, constrangida, confusa, arrependida demais para dizer qualquer coisa.

(...)

– Então, você vai me explicar o que foi aquilo lá dentro? – Edward me indaga, enquanto retiro minha touca cirúrgica e analiso suas estampas florais, mas não digo nada, apenas dou de ombros e sigo meu caminho para a sala do staff.

– Eu costumava ser seu irmão, e seu melhor amigo.

Ele para na minha frente, com olhos suplicantes e não acusadores.

– O que você quer saber? – pergunto enfim, me rendendo a pressão psicológica.

– Olha, Alice, eu nunca esperei que você ficasse na guerra e não se envolvesse com ninguém, até porque você faz sua vida, eu não tenho direito algum de interferir nisso, mas você está a ponto de explodir.

– Não, eu não estou a ponto de explodir, ou ter um colapso nervoso, é só que...

– Que...?

– Eu fiz todas as escolhas erradas e agora eu estou lidando com a consequência delas. Eu falo demais.

– Irmã...

– Não, Edward. Eu nunca fui assim. Nunca me entreguei para as coisas de cabeça, a não ser pra cirurgia. Toda a minha vida eu sabia exatamente como seria, entende? Eu planejei toda minha adolescência, depois a faculdade, depois a Guerra, e até o último momento eu sabia exatamente como seria minha vida nos próximos 20 anos, porque eu sou assim, eu planejo, prevejo, eu não dou passos em falso, e pela primeira vez na vida eu não sei o que eu sinto, ou que vai acontecer amanhã, ou depois, ou daqui a dez anos. Me envolvi com uma pessoa que eu sequer sei se sente o mesmo por mim. Eu não corro riscos, e agora sinto que minha vida em si é um risco.

– E por isso você se isolou de todos, se mudou pra Seatlle e tem uma relação mais fria com Jasper do que eu poderia imaginar?

– Olha, às vezes você nem sabe que algo mudou. Acha que você é você, e sua vida ainda é sua vida, mas você acorda um dia e olha ao seu redor e não reconhece mais nada... E quando eu digo nada, estou me referindo a tudo que está em volta de mim.

– Você nunca amou o Jasper.

– Eu fiz do Jasper um amigo, não um amor.

Edward se cala, mas não me julga. Fecho meus olhos e o ouço se aproximar de mim, pondo uma de suas mãos em meu ombro e apertando, gesto afetivo que ele herdou do meu pai. Sinto sua respiração funda, sei que meu irmão está tentando por suas palavras em ordem para não piorar a situação dentro de mim, e quando penso em me retirar da sala, ele toma coragem para falar.

– Eu não sei de muita, eu nem sei se ainda sou seu irmão e melhor amigo, mas sei que eu te prometi há muitos anos atrás que te protegeria, nunca me envergonharia e te julgaria. Você sabe das coisas que faz, Alice, e eu não estou aqui para apontar seus atos ou seu relacionamento com Jasper. Só toquei no assunto porque um dia, numa vida diferente, costumávamos sermos irmãos e amigos e conversar sobre nossas vidas. Eu sei que você sente falta de alguém. É difícil quando você sente falta das pessoas. Mas sabe, se sente falta delas, quer dizer que foi sortudo. Quer dizer que teve alguém especial na sua vida, alguém que vale a pena sentir falta.

Viro-me para ele com os olhos marejados de água.

– É isso que você acha?

– É isso o que eu acho.

A gente se abraça. O mundo é seguro de novo.

POV Emmett

Estou encarando nesse momento a passagem comprada por Rosalie. Estamos deitados em minha cama, ela se aconchegando em meus braços e me perguntando o que eu achei da surpresa. Encaro os dizeres da passagem, vejo que o destino é Seattle. Segundo Rosalie é apenas um lugar pelo qual temos que passar para chegarmos em sua cidade. Lembro-me de Alice. Quão irônico o mundo poderia ser ao me por tão perto e ao mesmo tempo tão longe da única mulher que fora capaz de tomar meu fôlego? Os laços que nos unem às vezes são impossíveis de explicar. Eles nos conectam até mesmo depois de parecer que os laços foram rompidos. Alguns laços desafiam a distância, o tempo, e a lógica. Porque alguns laços simplesmente devem existir.


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Notas finais do capítulo

See ya!



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