Fique Comigo escrita por liza zanon


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente.
Como prometido, aqui está o capítulo 3.
Quero agradecer pelos comentários na última postagem, que me incentivaram demais a começar a escrever o capítulo 4.
Aproveitem, vejo vocês em breve.

Ps: Se eu fosse vocês, coloca a música do link para tocar durante todo o cap. hehe Beijão!



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Capítulo 3

Música para cena: Grace – Kate Havnevik https://www.youtube.com/watch?v=SoVw5aQTJKQ&index=51&list=PLW9EleR4ECW_FWe3PJjgsPCahen-hJ7ZF

Eu estava parada diante de uma cama confortável de casal. Provavelmente aquele Motel fora o primeiro que vimos pela frente. Meu coração batia descompassado... Nunca em toda a minha vida havia me relacionado sexualmente com algum homem que não fosse Jasper, o que de certa forma, tornava a situação especial. As paredes amareladas do quarto não importavam. Importava muito menos que a porta que dava na pequena sacada estivesse aberta.

O quarto estava escuro, iluminado apenas pela luz da Lua que vinha do lado de fora. Eu podia sentir a respiração de Emmett na minha nuca, enquanto suas mãos ágeis e grandes vagavam pelos meus braços e ombros.

Eu sabia que não passaria daquilo. Amanhã de manhã ele pegaria seu avião, eu pegaria o meu, cada um seguiria sua vida dessa forma. Talvez trocássemos cartas, ou e-mails. Talvez nos encontrássemos em eventos das Forças Armadas, mas isso tudo eu achava difícil de acontecer. A verdade é que eu estava envolvida em algo muito além de atração física. Nossa fagulha fora imediata, acendeu-se na primeira vez que nos vimos e de fagulhas assim a gente nunca foge, mesmo que elas acabem se tornando labaredas gigantescas.

– Você é linda, Alice.

Quando percebi, o fecho do meu vestido já estava aberto e Emmett passava as alças pelos meus braços. Em momento algum pensei em correr ou relutar, muito pelo contrário. Apenas fechei os olhos e deixei-me guiar pelas milhares de sensações que tomavam conta do meu corpo.

Virei-me para ele e o olhei nos olhos. Foi natural que nossos lábios se encontrassem. Tudo estava em seu mais perfeito lugar. Emmett me beijava com adoração, seus lábios me descobrindo, como se decorassem o caminho para poder voltar mais mil vezes. O cheiro dele estava impregnado por todo ambiente. Era um aroma que me fazia levitar, minha mente estava nublada. Não sei dizer em qual momento aconteceu, mas de repente estávamos deitados nos beijando, muito mais próximos do que poderíamos ter imaginado nesse mínimo quarto de motel.

Eu sentia um calor tomar conta de mim de uma forma inimaginável. Era um calor que partia de meu ventre, aquecendo todas as fibras de meu corpo. Meus dedos pinicavam, ansiando por tocar a pele de Emmett. Eu conhecia o prazer com Jasper, mas sem dúvidas nada era comparado àquilo. Ele estava deitado de lado, seu peso apoiado em seu braço esquerdo. Deslizei meus dedos por seu braço direito, desde a nuca até a mão, que estava apoiada em minha cintura. Minha mão, incapaz de ficar parada, passeou até a barra de sua camisa, localizando uma brecha para se infiltrar sob o tecido, encontrando os músculos firmes do abdômen do meu soldado.

Distanciei-me um pouco para olhá-lo diretamente, pousando ambas as mãos no rosto másculo de Emmett. O beijo com os lábios vermelhos e úmidos, selando um ciclo de angústia com esperança. Invadindo a boca fina daquele loiro com minha língua ávida por sentir aquele gosto novamente. Senti envolver-me em seus braços fortes e aproximar-me ainda mais dele, enquanto sua língua passava a se mover em sincronia com a minha.

O corpo de Emmett inundou-se de um calor latente, enquanto eu deslizava os dedos pela barra de sua camisa, retirando-a durante o processo. Seria tempo demais sem contato, depois dessa noite. Talvez não nos contatássemos nunca mais. E este tempo seria apenas preenchido por sonhos sem fim, eu podia sentir.

Livro-me da blusa dele, arranhando-lhe as costas e vendo-o gemer em meus lábios.

Agora Emmett me despia com calma, demorando-se ao sentir a minha pele febril e macia sobre as pontas de seus dedos. Ele gemeu em meu ouvido, uma nova fome tomando conta de nossos corpos. Eu tive que parar por alguns instantes para admirar tamanha obra da natureza. Seu tronco definido, tomado por suaves e poucos pelos dourados, que desciam em direção de sua calça, até sumirem dentro do cós, me fazendo imaginar o que viria adiante. Foi impossível não me lembrar da primeira vez, quando o vi entrando ensanguentado naquele barracão, fazendo caretas de dor e ao mesmo tempo tentando manter-se durão e indolor. O rubor tomou conta de meu rosto, chamando a atenção de Emmett. Isso lá era hora de eu dar a mania de Bella Swan?

Creio que ele também se lembrou da ocasião, pois sorriu de canto e se deitou ao meu lado novamente, vindo me beijar.

A novidade de estar com Emmett me beijando sem camisa, foi que agora eu sentia uma comichão para sentir sua pele em contato completo com a minha. Sentei-me e comecei a desabotoar meu sutiã, meus olhos fixos nos dele, que me assistia enlevado. Meu peito ofegava, enquanto Emmett deslizou suas mãos até minhas costas, lutando contra o fecho. Quando o abriu, deslizou as alças com suavidade pelos meus ombros. Impossível não sentir vergonha por estar desnuda na frente de um desconhecido, praticamente. Meu rubor foi tanto que chegou a tingir meu colo. Para amenizar o momento, Emmett mantinha seus olhos fixos nos meus. Seus dedos fluíram pela minha bochecha quente, numa suave carícia, que desceu pelo meu pescoço, atingindo meu colo. Sua mão parou por um instante, seus olhos ainda fixos nos meus, até que eu os fechei em consentimento. Seus dedos moveram-se mais abaixo atingindo meu mamilo. Ambos gememos com o contato, ansiando por mais.

Sem se conter, Emmett me puxou para um abraço, nossos peitos se colando e arrancando mais um gemido de minha garganta ao estar em contato direto com sua quentura. Eu estava em um frenesi. Precisava sentir todo seu calor. Eu precisava de mais e num gesto ousado, desabotoei seu jeans. Emmett captou minha súplica silenciosa e livrou-se da calça. Foi questão de segundos e estávamos novamente enroscados no singelo leito, sua boca, agora desesperada, em busca da minha. Seus beijos foram descendo, chegando ao meu colo, para logo se embrenharem no vale dos meus seios, se deliciando logo em seguida com meus bicos sensíveis, que estavam rígidos de prazer. Agarrei seus cabelos macios, certa que eu não queria impedir aquela caricia tão deliciosa. De repente tudo se tornava tão urgente, uma pressão partindo do meu interior, querendo me levar para algum lugar desconhecido, como se somente assim eu pudesse obter alívio.

Emmett deslizou a mão por minha perna, seus lábios ainda em meus seios, minha mão ainda embrenhada em seus fios revoltos. Seus dedos traçaram uma carícia delicada pelo meu quadril, dirigindo-se para o ponto de partida de minha tensão. Instintivamente separei minhas pernas. Apenas nossas roupas de baixo nos separavam do encontro final. Seus dedos passearam suavemente sobre minha feminilidade, por sobre minha calcinha, me fazendo arquejar em desespero, a pressão atingindo níveis insuportáveis.

Acredito que Emmett estava no mesmo ponto que eu, pois segurando minha calcinha pelas laterais, ele a desceu por minhas pernas, passando-a pelos meus pés e atirando-a em algum ponto do quarto. Nesse momento eu não tive vergonha. Eu tinha urgência. Era imperioso senti-lo. Eu podia sentir minha umidade, quando sua mão me abriu, logo depois, enquanto ele passava o dedo de leve, espalhando-a, a mão atrevida perdida em meus detalhes, trazendo espasmos para meu corpo. Vi quando, disfarçadamente, Emmett levou seu dedo, que estava em mim, até seus lábios. Só existia uma música naquele ambiente: respirações ofegantes, sussurros, murmúrios e gemidos. Eu seria incapaz de formular uma oração simples naquele instante. Aparentemente Emmett estava em condição melhor do que a minha, pois ele subiu pelo meu pescoço, até alcançar meu ouvido, onde sussurrou:

– Preciso provar você.

Nada no mundo seria mais sexy que isso, eu tinha certeza. Não fui capaz sequer de lhe responder. Eu estava em suas mãos, para que ele fizesse o que quisesse comigo. Ele tomou novamente meus lábios com entusiasmo, sua língua brincando com a minha, buscando todos os recantos de minha boca. Depois, desceu seus beijos de minha boca para meus seios, trilhando um caminho de labaredas. Dos meus seios o fogo partiu em direção ao meu ventre e de meu ventre para a minha intimidade, me fazendo suspirar com a carícia, que acolhi sem pudor nenhum. Nós nos pertencíamos. Não havia limites para o que sentíamos naquele momento.

Logo depois, Emmett recebeu meu clitóris em seus lábios, sua língua brincando com meu músculo, já distendido ao máximo, fazendo-me apertar o lençol entre meus dedos, tentando resistir aos gemidos que insistiam em vazar por minha garganta, mordendo meus lábios com força, pois o prazer que eu estava sentindo era inenarrável. Subitamente todo meu corpo se contraiu, a pressão subindo para níveis inumanos, fazendo minha cabeça girar, como se eu estivesse no olho de um furacão. Fui atirada em outra dimensão e então, tudo apagou ao meu redor.

Não sei dizer quanto tempo tudo isso durou. Podem ser segundos, minutos ou horas. Quando meu corpo foi retirado do meio do redemoinho e fui capaz de abrir meus olhos novamente, encontrei o rosto sorridente e orgulhoso do meu soldado.

Quando nos separamos e fui presenteada por suas irís azuis, me encarando, senti meu peito arfar novamente. Não podíamos esperar mais e novamente a atmosfera era de tensão e expectativa. Era chegado o momento de nos fundirmos da melhor forma possível. Eu quase não podia me conter em antecipação.

Emmett postou-se sobre meu corpo, me aquecendo instantaneamente naquela troca de temperatura, o frenesi brotando em minhas entranhas novamente. Como se pressentisse minha ansiedade, Emmett principiou a me beijar calmamente, seus lábios deslizando pelos meus, enquanto sua língua brincava de afagar a minha com doçura, seus dentes mordendo levemente meu lábio inferior no final. Suas mãos acariciavam meus cabelos e meu rosto, transmitindo-me paz.

Esse momento era nosso. Inteiramente nosso.

E quando estavam ambos completamente nus, ele me penetrou fundo e forte, fazendo-me gemer e fincar as unhas em suas costas. Sentindo-me completa e extasiada, Emmett passou a mover-se lentamente no meu interior quente e apertado. A boca carnuda distribuindo carícias pelo colo majestoso e abocanhando vez ou outra meus mamilos.

– Tão linda... – ele murmurou, olhando-me com desejo.

Pequenos gemidos de satisfação escapavam da boca carnuda de Emmett, enquanto eu me contentava em lamber, chupar e morder o pescoço do loiro no momento em que ele passeava ambas as mãos nas minhas costas.

Suspirei quando o Emmett McCarty pousou as mãos másculas e firmes em minhas nádegas, enterrando-se ainda mais dentro mim. Céus! Como eu sentiria falta daquele homem. Como eu sentiria falta daquele homem que eu nem sequer conhecia. E ele ainda estava lá, deliciosamente enterrado dentro de mim.

Nossos olhos se admiravam em uma conexão que ninguém ousaria quebrar, nem mesmo a guerra. E depois de minutos eternos, ambos atingimos o clímax, entregando-nos a estonteante sensação de liberação, que tomara nossos corpos suados em um orgasmo violento.

Emmett deixou-se cair ao meu lado, pousando a cabeça sobre o meu peito arfante. Ele ouvia meu coração martelar em meu peito e eu tinha certeza que estava em sincronia com o dele.

Eu sorri abertamente, esquecendo-me momentaneamente da guerra que se passava lá fora, que eu tinha um noivo, que ele também tinha uma noiva e que teríamos que voltar para casa. Vi-o erguer a cabeça e encarar-me sorrindo. O sorriso que ele direcionava somente a mim e a mais ninguém. Novamente, eu podia sentir.

– Vamos embora pra Carolina do Norte comigo? – ele sussurrou, beijando minha barriga logo depois.

– Você sabe que não podemos, não sabe? – falei triste, acariciando seus cabelos.

– Nós podemos ser tudo que quisermos, Alice.

– E passar por cima dos sentimentos de pessoas que não têm culpa da nossa maravilhosa aventura pós-guerra? Não acho certo, Emmett.

Senti que ele suspirou pesadamente, voltando a deitar-se sobre meu peito sem dizer absolutamente nada, pois sabia que eu estava certa.

– E o que vai acontecer? – eu perguntei, com medo da resposta.

Emmett se levantou, sentando-se na cama com sua pele brilhando sob o luar que entrava pela porta.

– Por enquanto a gente tem o agora e é isso que importa.

Não dá para saber qual dia será o mais importante da sua vida. Os dias que você pensa serem importantes nunca atingem a proporção imaginada. São os dias normais, os que começam normalmente que acabam se tornando os mais importantes. E ao terminar de dizer aquelas palavras, Emmett me puxou mais uma vez contra seu corpo e eu sabia que aquela noite, para nós dois, seria praticamente infinita.

No dia seguinte

Passava das seis da manhã quando chegamos de volta à base. A maioria dos soldados já estavam de pé e ao nos observarem chegando juntos e àquela hora, ficou claro para todos o que havia acontecido, apesar de terem sido extremamente discretos.

Eu e Emmett havíamos nos despedido com o caloroso beijo antes de entrarmos na base, pois sabíamos que lá dentro as coisas eram diferentes. Assim que ele seguiu para ala masculina, fiz o mesmo, andando em passos leves e calmos, sentindo meu corpo e alma ainda nas nuvens por conta da maravilhosa noite que havíamos passado juntos.

Assim que entrei em meu dormitório, encontrei Jane sentada na cama, com um olhar divertido. Ao me ver, ficou de pé imediatamente, puxando-me pelos braços.

– Graças a Deus você apareceu. Fiquei tão preocupada! Sorte que Mathias me avisou que você havia ficado com Emmett e como começou a demorar demais, imaginei que fosse passar a noite com ele, é claro. Você tem que me contar tudo logo, porque meu voo é daqui a pouco e...

– Hey, Jane, respire ok?

Vi Jane rir e suspirar, se afastando e me dando tempo de falar.

– Sim, eu realmente passei a noite com ele – confessei, fechando os olhos e me jogando na cama – E eu posso dizer que nada nesse mundo se compara ao que tivemos juntos nesse tempo.

– Ai meu Deus, eu sabia. Eu sabia! Foi tão bom assim?

– Se foi bom? Céus, eu estou nas nuvens até agora. Acho que minha ficha ainda não caiu.

– Isso que eu chamo de voltar pra casa com força total – ela riu – E agora, como será?

– A gente prometeu que ia manter contato e tudo mais, mas eu sei que não vai ser fácil assim. Só que ao mesmo tempo eu sei que ele se envolveu tanto quanto eu me envolvi, entende? Ele está tão mergulhado nisso de cabeça quanto eu.

– E o que vai ser?

– Não faço ideia, Jane. Ele é... Noivo. Eu também sou. A realidade é outra e...

– E... – ela me encorajou a prosseguir.

– Vai ser duro encarar isso, tendo consciência de que talvez eu nem o veja mais, mas eu me...

– Não me diga que se apaixonou, Alice! – ela me olhou desesperada.

– Não diria que estou apaixonada, Jane. Vai além disso... De qualquer forma, eu tenho que arrumar minhas malas.

– A realidade está batendo à sua porta, minha amiga. Que horas é seu voo?

– Às 9h.

– E o dele?

– No mesmo horário, mas serão voos diferentes.Marcamos de irmos juntos para o aeroporto, para facilitar as coisas... Ou dificultar, ainda não sei.

Jane me analisou por um momento e logo depois me abraçou.

– As coisas vão dar certo e se não derem... Seguir em frente, sempre.

– Sempre! – confirmei com a cabeça, sorrindo logo depois e abraçando-a de volta.

E ainda presa à noite que tive com Emmett, arrumei minhas malas rindo, presa na minha própria bolha anti-realidade que seria estourada em alguns instantes.

...

Eu estava na sala de espera do aeroporto quando Emmett se aproximou, me abraçando e afagando meus cabelos.

– Foi um prazer te conhecer, doutura.

– Digo o mesmo, tenente.

– Eu tenho algo pra você, mas tem que me prometer que só vai abrir quando entrar no avião.

– Ok!

Emmett sorri, abrindo o bolso de sua farda e retirando um envelope amarelo lá de dentro.

– Eu sei que já trocamos nossos contatos, e eu sei que esse negócio de carta é meio antiquado, mas passei tanto tempo me correspondendo através delas que eu aprendi a gostar.

– Eu amo cartas, e eu também tenho algo pra você.

Emmett arqueia sua sobrancelha enquanto me observa retirar minha placa de Identificação do pescoço.

Sargento Mary Alice Brandon Cullen

Infantaria Alemã – ID 25246 – U.S. Army

Ele sorri emocionado, pois sabe o quanto essas placas de identificação são importantes para nós, e no mesmo gesto que eu, retira a sua do pescoço e fazemos a troca, sem em momento algum desviarmos os olhos um do outro. Na maior parte das vezes, aquilo que você mais quer é aquela coisa que você não pode ter. O desejo nos parte o coração, nos esgota. O desejo pode ferrar com sua vida. E por mais duro que seja querer muito uma coisa, as pessoas que sofrem mais são aquelas que sequer sabem o que querem.

– Seattle, certo? Acho que estão chamando o seu vôo. – a voz dele quebra o nosso momento, fazendo-me despertar para o momento que eu vinha evitado desde a hora que eu acordei. A real despedida.

– Eu sei que... Que não vai ser nada da forma como a gente planejou, ou que talvez nem era pra ter acontecido nada disso, mas...

– Alice, para! – Emmett segura meu rosto entre suas mãos, seus olhos claramente marejados, mas ele é bem mais durão que eu – O que aconteceu entre nós foi maravilhoso, foi a melhor coisa que me aconteceu em anos. Você é incrível, é real.

– Eu não posso fazer promessas, Emmett. Não posso lhe dizer onde estarei amanhã, ou mesmo daqui a um ano. Você acha que me conhece, mas você só passou uma noite comigo e não tenho certeza nem mesmo se eu me conheço. E por mais que você saiba alguma coisa sobre mim, há muitas outras que você não sabe.

– Eu não precisaria passar mais que uma noite com você pra ter certeza do seu caráter e que se eu tivesse te conhecido antes, você teria sido a minha única escolha.

Eu havia prometido não chorar, mas isso não aconteceu. Joguei-me em seu pescoço e o beijei com toda vontade e fome que habitava o meu corpo. Nada nunca se compararia com aquilo.

– Vídeo conferência amanhã? Depois de bem alimentados e descansados? – falei pra ele num sussurro, fazendo-o rir.

– Estarei a sua espera, Doutora Brandon.

– Foi um prazer, Tenente. – afasto-me, guardando sua carta em minha farda e batendo continência para ele.

– O prazer foi todo meu, Sargento. – ele bate continência de volta, deixando-se sorrir e me observar enquanto caminho para o portão de embarque, penso que se eu olhar para trás, será mais difícil, mas mesmo assim eu olho, eu faço, pois ele era especial demais para ficar pra trás.


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Notas finais do capítulo

Aprovado?
Até a próxima. :*