Dois Mundos escrita por Romanogers


Capítulo 5
Ping-Pong


Notas iniciais do capítulo

Hi People

Pessoas lindas do meu Brasil... Amores preguiçosinhos que eu adoro tanto, mais-um-cap-lindo-perfeito-maravilhoso-sem-nenhuma-modéstia-e-um-dos-meus-preferidos



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– Vim te fazer uma visita capitão, não seja tão mal educado. – respondo com um sorriso.

– O que você quer? Quem é você? – Ele caminha com cuidado se aproximando de mim. Ele não está assustado, com medo, surpreso... Eu apenas não consigo decifrá-lo e mesmo que não queira admitir nem para mim mesma, isso me incomoda bastante. Afasto-me indo para o outro lado do quarto para ficar o mais longe possível dele assim seria mais fácil ter uma linha de visão para um possível ataque.

– Muitas perguntas Capitão... – Coloco meu melhor sorriso no rosto, se existia uma coisa que eu realmente era boa era intimidar as pessoas.

– Viúva Negra, não é isso? Treinada pela H.I.D.R.A. para ser sua maior arma... Sofreu experiências com um soro, assim como eu... É forte, ágil, muito boa com luta... – Ele pergunta, mas ele mesmo passou o relatório completo sobre mim.

– Andou pesquisando sobre mim? – Eu realmente estava surpresa

– Eu preciso saber quem é meu inimigo... Já que não conheço seu rosto preciso pelo menos saber suas habilidades

Movo-me caminhando para bem perto dele, estamos centímetros um do outro, cara a cara.

– Você é cauteloso, esperto, forte, muito bom com luta – passo o dedo indicador de leve por toda extensão do seu peitoral. – Posso até te dizer que depois de tudo o que soube de você, sou uma fã – Dou um leve sorriso, enquanto ele apenas me observa – Pena que preciso fazer o que me mandam, minha cabeça passa vários tipos de diversão que poderíamos ter por todo esse quarto... Mas eu tenho uma missão e preciso pegar algo – Antes mesmo de fechar a boca para terminar a frase agarro o mais rápido que posso o abajur que estava poucos centímetros ao meu lado e tento acerta-lo na cabeça, mas sou impedida pelo seu braço que vai a frente do seu rosto e estilhaça o objeto no mesmo instante, mas antes mesmo de me abalar pelo momento me afasto o que posso e então lhe acerto com os dois pés na extensão do seu abdômen o fazendo bater na parede, eu me equilibro com as duas mãos no chão com o impacto e volto a ficar de pé rapidamente, ele também já está de pé e dessa vez não só se defende vem para cima de mim segurando um dos meus braços, mas volto meu corpo impulsionando por cima do seu caindo em cima da cama, ele se vira rapidamente e dessa vez me pega despercebida segurando meus pulsos de novo por cima da minha cabeça me prendendo na cama ficando em cima de mim. Sorriu um tanto sarcástica para o momento.

– Lendo pensamentos Capitão? – Zombo e ele apenas me observa – Eu já disse hoje eu vim em missão...

– O que você quer aqui? – Vejo a raiva tomando conta do seu corpo

– Algo que você pegou da S.H.I.E.L.D. sem conhecimento deles... Então significa que também não é seu – Enquanto falo vou descendo o meu corpo o quanto posso por debaixo do corpo dele que me prende, para que meus braços tenham flexibilidade para que eu possa ataca-lo para me livrar.

– O que a H.I.D.R.A. quer com a pasta do Bucky? – ele pergunta confuso, me fazendo sorrir pela informação. Volto meu corpo para cima de novo e então afasto meus cotovelos o levantando mais que posso os dois de uma vez em um movimento rápido acertando seu rosto. Liberto-me rapidamente, mas ele é rápido também e segura um dos meus braços torcendo para um lado, sinto meus ossos estralando, parece que ele o quebrou, pego uma cadeira ao meu lado e então o acerto com maior força que tenho me libertando e então saindo o mais rápido que posso pulando a janela novamente. Não me arriscaria em ficar e procurar a pasta, não conseguiria um embate com o capitão mesmo que isso fira o meu ego é a verdade a H.I.D.R.A. terá que se contentar com a informação que conseguir.

Entro no meu apartamento pela janela também e me troco o mais rápido que posso, Steve como um bom cavalheiro que é ele virá aqui mesmo depois do ataque me dar alguma explicação por não aparecer. Pego um vestido qualquer no armário e amarro meu cabelo em um rabo de cavalo, meu braço dói muito, mas não posso arriscar em ir para H.I.D.R.A. agora. Olho para ele está com algumas manchas roxas e a dor é horrível, o que vou fazer a seguir sei que não será a melhor sensação do mundo, aliás, passa bem longe disso, mas é preciso.

Seguro forte com minha mão o braço luxado, fecho meu olhos, conto até três e o torço para o outro lado colocando o no lugar, mordo o lábio inferior para não gritar de dor então o deixo mais imóvel possível, pego uma blusa de frio para que ninguém veja as marcas e então guardo o traje e caminho de volta para a cozinha jogando toda a comida que comprei no lixo. Sou interrompida pela campainha tocando, era ele.

Direciono-me a porta parando antes em um espelho na parede da sala me dou uma ultima olhada então abro a porta.

– Steve – Falo com um tom um pouco decepcionado, queria que ele notasse – O jantar era as oito.

– Desculpa, eu tive um contra tempo – Ele fala com um tom culpado

– O que aconteceu com o seu braço? – Reparo tem um corte, devido o abajur ou a cadeira acertada.

– Nada demais... Eu me cortei no trabalho – Ele respira fundo enquanto me olha, era explicito que ele não sabia e muito menos gostava de mentir – Eu vim pedir desculpas por não poder vim no jantar... – Ele balança a cabeça negativamente, parecia abalado – Desculpa, é que...

– Você tá bem? Quer dizer se quiser falar com uma desconhecida que você só conhece porque serve café pra você todos os dias e há um dia é sua vizinha... Eu estou aqui.

– Você não é desconhecida, e muito menos só a garota que me serve café... Você é minha amiga – confirmo com um sorriso e aceno de cabeça

– Entra – dou espaço para que o loiro entrar e é o que ele faz. Sinto uma fisgada no meu braço, devido à ação, mas não exponho reação nem uma, aguentei dores piores aquela dorzinha não era nada comparado aos choques que levei por toda minha vida. – Fique a vontade – Me sento ao seu lado no sofá e o fito enquanto ele olha pela janela a nossa frente em um silencio absorto

– Eu me encontrei com alguém que não gostaria hoje... – Ele fala sem me olhar – Ela é alguém que não quero que esteja na minha vida, mas que não posso evitar estar entende? – ele pergunta e então me olha

– Acho que sim... – penso por um segundo – Acho que tenho alguém assim na minha vida também – dou um leve sorriso

– Alguém me disse... Um amigo... Que ela é totalmente o oposto do que penso, mas quando eu olho pra ela sinto que não estou errado – Ele continua a falar e um frio corre por minha espinha, ele estava falando de mim e era tão estranho ter que escutar daquela forma.

– Você acha que está errado?

– Eu não sei – ele volta a me olhar – Por um segundo eu vi medo nos olhos dela, parece que ela estava perdida... Mas... Eu não consigo entender.

– M-medo? – me voz falha por um segundo. Eu não tinha medo e muito menos estava perdida. – Medo de quem? De você?

– Não... Eu não sei – ele balança a cabeça negativamente se recostando no encosto do sofá e respirando fundo.

– Sabe eu joguei o nosso jantar no lixo... – Ele me olha com uma expressão indecifrável – Eu achei que você não vinha mais... Mas eu conheço um lugar... Um certo café onde uma moça que é conhecida minha trabalha – ironizo e ele sorrir – E ela tem a chave de lá... Quero dizer não teremos um jantar como esperado, mas podemos comer pizza e beber um vinho que eu guardei... Assim terminamos essa noite melhor do que esse papo obscuro demais para mim. – É tão irônico falar aquelas palavras. “Obscuro demais para mim”, nada era obscuro demais para mim.

– Eu adoraria senhorita Romanoff. – A resposta veio com um belo sorriso e belos olhos azuis brilhantes. Ele gostava de mim.

***

– Então quando voltei ele tinha roubado minha carteira... – Steve gargalha sem nenhuma restrição enquanto eu conto uma historia sobre um encontro as escuras.

– É serio isso? – Ele pergunta entre risos

– É serio – falo rindo também, a historia era engraçada. E por incrível que pareça era verdadeira é claro que teve algumas alterações e omissões como a parte que eu fui atras do cara e o enforquei com a alça da bolsa, mas o importante é que era uma verdade.

– Meu Deus! E depois o que você fez?

– Fui pra casa sem grana e de pé... Ah mais antes disso tive que ajoelhar nos pés do garçom para poder pagar no outro dia porque eu não tinha dinheiro, dei sorte que ele era legal e viu todo o meu drama. – Ele rir mais ainda. – Eu sou péssima quando o assunto é relacionamento, por isso desistir de encontrar o meu príncipe encantado... Ele não vai vim no cavalo branco. – Agora falo seria.

– Talvez ele não venha no cavalo branco, mas você não precisa desistir – ele me aconselha serio também.

– Não... Digamos que por incrível que pareça eu não sou uma garota de romances incuráveis – era outra verdade.

– É incrível mesmo...

– Pois é – O silencio toma conta do lugar e apenas nos encaramos. Era estranho até para mim, não era algo confortável, era como se tivesse uma tensão desconhecida, como se tivéssemos muita coisa para falar, mas não falávamos nada... Isso me deixava incomodada. – E você? - Tento fugir daquele momento desconhecido, odeio o desconhecido.

– Eu? – ele ainda me encara com aqueles belos olhos azuis.

– É você... Me conta muitas paixões? Quero dizer você é bonitão, tem esse sorriso lindo, os olhos hipnotizantes. Lembra-se da primeira vez que a gente se encontrou? Eu parecia um zumbi – Ele riu, mas percebi que estava envergonhado também – Então me conta dos amores da sua vida...

– Eu não tive muitos...

– Mentira – o interrompo com uma cara indignada por ele está escondendo o jogo para mim, bonitão daquele jeito, e ainda por cima herói, é claro que ele tinha muitas mulheres aos seus pés.

– É verdade – ele está envergonhado – Na verdade eu só tive um grande amor... – Steve pensa por um momento, parece está perdido nas lembranças.

– Qual era o nome dela? – pergunto interrompendo seus pensamentos. Eu sabia que era a ruiva da foto.

– Peggy – Ele fala sem pestanejar

Peggy... – Repito, tentando lembrar-me de onde eu ouvi esse nome. – E aconteceu que vocês não deram certo?

O loiro volta a pensar, é claro era mais uma mentira que ele ia me contar, sabia disso porque ele sempre se mexia e sua expressão mudava toda vez que ele tinha que mentir, ele era horrível... Definitivamente Capitão America tava no ramo errado.

– Nossas vidas tomaram rumos diferentes... Eu tive que fazer uma escolha, eu a fiz e a perdi. – Tinha um tom melancólico na sua voz

– Ok – me levanto e puxo a cadeira para me sentar ao lado de Steve, até então estava a sua frente – Vamos jogar, um jogo mais divertido... Eu prometi que a noite terminaria melhor do que papos obscuros, então é isso que vamos fazer – falo animada, mesmo contorcendo por dentro da dor no meu braço.

– E que jogo vamos brincar? – Ele me olha curioso

– Me deixa pensar... Ping-Pong – falo e ele continua com o olhar curioso – É assim eu falo uma coisa e você fala a primeira coisa que vier a sua cabeça que provavelmente será a coisa que você gosta ou que é importante relacionada a isso e vou falar o que vem a minha cabeça depois do que você falou e assim por diante...

– Entendi – ele afirma

– Ok, então vamos lá... Cor

– Azul

– Vermelho Alaranjado

– Pôr do sol

– Bonito

– Seus olhos

Penso por uns segundos prendendo o ar – Seu sorriso

– Feliz

– Esse momento

– Pizza

– A coisa mais gostosa do mundo

– Liberdade – A palavra foi como um baque em mim. Liberdade algo que realmente eu não tinha, mas tento esconder o máximo meus sentimentos no momento, eu realmente estava me divertindo.

– Escolhas

– Difíceis

– Destino

– Você acredita?

– Sim

– Você é bom nisso

– Eu estou me divertindo

– Que bom! – Sorriu

– Fico feliz de ter perdido o nosso jantar

– A gente ainda tá brincando? – pergunto confusa

– Provavelmente sim.

– Também fico feliz de você ter pedido o nosso jantar

– Posso te recompensar com outro?

– Vai ser encontro?

– Sim

– Sim

– Ainda estamos brincando, ou você realmente aceitou o meu convite? – Ele brinca

– Ambos – Sorriu

– Que bom!

– Ótimo

– Maravilhoso

– É melhor a gente parar que tá ficando estranho – Gargalhamos juntos.

Quem diria para quem começou a noite um querendo matar a outro, terminamos a noite bem melhor e claro que nunca vou admitir, mas eu me divertir de verdade e por um pequeno instante esqueci-me de tudo. Aqui eu era apenas a Natasha Romanoff e eu estava feliz em ser ela.


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Notas finais do capítulo

E ai? Me Contem!!!