Garota Valente escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 6
Histórias de um casal


Notas iniciais do capítulo

Galera, eu peguei um spoiler maldito que desandou quase TODAS as minhas fanfics. Fiquei com raiva e estou tentando não shippar mais Clintasha (por que eu tinha que amar tanto esse casal?!), mas essa fic vai ignorar TODOS os fatos de Vingadores 2. Espero que gostem! Bem vindo à fase 2: família e mudança.



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Ela passou horas contando histórias.

Muitas difíceis de acreditar. Pedi que Natasha contasse tudo, dês do começo até o final. A história deles, o casamento, porque fui jurada de morte... e ela respondeu:

– É muita coisa, Merida. Vai demorar muito pra contar tudo. Há fatos tão complicados que...

– Não tem como resumir?

– Bom, eu posso tentar.

– Estou ouvindo. - digo, me deitando na cama.

– Se lembra quando eu disse que trabalhava fazendo algo nada certo?

– Perfeitamente.

– Eu era uma assassina. E o grupo (se posso chamar assim) para onde eu trabalhava se chamava KGB. Um dia, fui designada para uma missão onde um agente foi mandado para me parar. Mas ele teve compaixão (algo incomum para ele) e não me matou. Na verdade, eu acabei me aliando à agencia de espionagem para quem ele trabalhava. Esse agente era seu pai.

– Imaginei.

– Os anos foram passando e eu era a melhor deles. Fomos mandados para uma missão em um lugar onde você não conhece. Hungria, Budapeste.

– Nunca ouvi falar.

– E... ele disse... que sentia por mim o mesmo que Romeu por Julieta. - ela riu.

– Quem?

– Outra história. Só que bem an-tiga.

– Jogos Vorazes? - ela solta uma risada.

– Não, esse é bem recente.

– Continua!

– Ele disse que me amava. Então, namoramos escondidos. E se eu souber que você...

– Esquece essa possibilidade.

– Tudo bem. E passamos três anos e aconteceu algo insano.

– O que?

– Uma invasão alienígena. - não intendi nada. Até porque, não sei o que é isso.

– Uma o que?

– Criaturas do espaço. Que vieram de outro planeta. - ela disse como se fosse uma explicação sarcástica de algo que eu deveria saber.

– Ah!

– Então mudamos de espiões para quase super heróis. Mas esse foi um reconhecimento que só ganhamos mais tarde. E acho que mais estranho do que uma invasão alienígena, é saber que agora que estou com o grupo de heróis, os Vingadores, é... bom... um grupo de heróis!

– Acho que intendi.

– Depois conversamos sobre eles. Então, seu pai teve a brilhante ideia de pedir minha mão em casamento. A primeira, ele me levou pra jantar, se ajoelho, me mostrou o anel e antes dele pedir eu disse que não. Na segunda, estávamos em um parque e ele simplesmente segurou minhas mãos e pediu. Novamente, não. As outras foram mais descontraídas, junto com os Vingadores ou outros agentes, fingi levar a brincadeira e ele também, mas nós dois sabíamos que era sério. A última foi até engraçada. Clint me arrastou para um cinema e me forçou a ver um filme de princesas.

– Algo contra as princesas? - me senti um tanto ofendida.

– Não! Não! Eu... só não curtia filmes musicais e com Frozen não seria diferente. Ou era o que eu pensava. Acontece que era incrível e eu demorei a admitir, mas me identifiquei por uma delas: a rainha com poderes de gelo.

– Isso é legal! Tipo... ter poderes e tudo mais.

– Nem por isso. Ela cometeu seus erros, mas no fim, ajudou a todos. De volta a história do noivado, no filme tinha uma música que terminava com um pedido de casamento. Eu e Clint fomos para a minha casa e cantamos essa música quase que por exigência dele! - soltou uma risada - E no fim, ele realmente me pediu em casamento, com anel e tudo. Armou pra mim. Ele já tinha visto o filme.

– E você aprendeu a letra na primeira vez que viu o filme? - questionei surpresa.

– É, eu faço isso as vezes. - deu de ombros e se deitou ao meu lado. - Na véspera do nosso casamento, eu disse que era uma má ideia e que iriamos arrumar muitos problemas. Nos casamos e eu disse a mesma coisa ao descobrir que estava grávida.

– Então eu era um problema?

– Pra mim e só no começo. Seu pai vibrou tanto quando contei... estava muito empolgado. Os Vingadores precisaram sair para resolver um problema e é claro que isso inclui o Gavião Arqueiro e a Viúva Negra (nossos codinomes). Eu não pude porque estava me sentindo mal e havia marcado uma consulta. Seu pai chegou todo acabado da luta e me encontrou com raiva. Mostrei os papéis esperando uma reação tão ruim quanto a minha. Ou surpresa no mínimo, já que eu sempre achei que não podia ter filhos.

– Jura? E o que ele fez?

– Me pegou no colo e me girou no meio da sala. E se não estivesse exausto, teria feito isso por mais tempo.

Comecei a rir. Tentei imaginas a cena e foi divertido. Clint todo empolgado e Natasha com raiva e apavorada. Imagino como seria a família, até me lembrar que eu era a criança que ela esperava. Novamente, a raiva por 17 anos de mentiras enche meu corpo, mas logo vai embora.

– E ficou feliz depois?

– Demorou um pouco, mas sim. Seu nome seria uma homenagem a uma amiga e agente que me ajudou muito quando cheguei lá. Mas na hora, quando falei o nome, Clint intendeu errado. Ao invés de "Melinda", acabou sendo "Merida".

– Quanto tempo ficaram comigo?

– Quatro meses, duas semanas e três dias.

– Nossa. Você conta até os dias.

– Mães fazem essas coisas.

Foi a primeira vez que ela disse abertamente que era minha mãe. Meu coração quase para por susto. É um fato difícil de se acostumar.

– E o que aconteceu?

– Tentaram te matar. Uma agencia secreta do mau a qual combatemos. Nós a mandamos pra cá por segurança, Meri.

– Me chama assim dês de quando?

– Sempre. Seu pai chamava você de Princesa.

– Tá explicado. - dei uma risada. - Ele disse que preferia me chamar assim.

A história estava interessante, mas fiquei com sono. Ela percebeu graças ao meu grande bocejo. Se levantou e disse:

– Melhor deixar você dormir, para ajudar a processar. Deve ser difícil.

– Bem difícil, mas acho que vou superar, Natasha. Talvez, futuramente, eu consiga te chamar de "mãe".

– Espero que não ache precipitado, mas eu e seu pa... meu marido viemos buscar você para morar conosco, já que te encontraram aqui.

– Talvez.

– Algo mais?

– Quais os nomes das agencias? A do bem e a do mal?

– A do bem era a S.H.I.E.L.D., e a do mal, H.I.D.R.A.

Eu fiquei chocada. Eram os nomes que me vieram a mente ao ver os símbolos que usavam. Fiquei perplexa, mas acho que não reparou. Saiu do quarto sorrindo e fechando a porta. A questão era simples, mas talvez impossível de ser respondida:

De onde eu conhecia esses nomes?


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Notas finais do capítulo

Aceito suas teorias! O que vocês acham? Por que ela sabia disso tudo? Comentem!