Garota Valente escrita por Menthal Vellasco
Notas iniciais do capítulo
Não estou atualizando as outras fics por enquanto porque essa está no final e eu quero muito muitos comentários, por favor! Onde está aquele povo todo que amava essa fic?! Desse jeito, não vou fazer continuação!
Me observei no espelho do quarto, trajando meu uniforme.
Meu uniforme. Quem diria! Eu me sentia maravilhosa e... madura. Naquele momento, eu me olhei no espelho e falei:
– Nossa, Merida! Você cresceu!
Krystal me manda uma mensagem: "Se apresse!". Peguei meu arco, algumas flechas, fui até o elevador e entrei. Passaram muitos flashbacs da minha vida diante de meus olhos. Momentos bons e ruís. Na Escócia e na América. Como amiga ou como namorada. Como arqueira e como Bailarina. Como princesa rebelde e boa filha de heróis. Sendo eu mesma em todas as minhas faces, que não são poucas. Também pude perceber que todo o meu treinamento para ser uma rainha não me preparou para ser uma heroína.
"Heroína".
Uma palavra forte. Acho que no fundo, é o que eu sempre quis ser. Eu não sabia, mas meu sonho era ajudar as pessoas lutando contra os que fazem o mal, tal como meus pais biológicos. Pode estar no meu sangue. Minha busca por adrenalina na infância e na adolescência sempre foi na verdade isso: genética de espião e coração de heroína. Entro no Quinjent da S.H.I.E.L.D. (provavelmente roubado) que Krys e Kate pilotavam. Lá também estavam Al e Neo. Al sorri e diz:
– Belo traje!
– Lion vai dizer a mesma coisa. - falei rindo.
– Sabe, pelas fotos que você me mostrava e pelo que você falava dele, - começou Neo – achei que Lion fosse gay!
– O que? - perguntei confusa.
– Lion é cristão! - falou Krys.
– BARTON! - gritaram do lado de fora.
– Vai começar. - falou Kate.
Me virei e dei de cara com:
– Hill? - perguntei.
– Volte já aqui!
– Não vai dar! Estou ocupadinha! - respondi, fazendo meus amigos rirem alto.
– "Ocupadinha"! - repetiu Kate rindo.
– Seus pais me deram ordens para te mantes aqui!
– Eu me acerto com eles! - respondi, enquanto Krys fechava a escotilha/porta/sei lá o que.
– Vamos nessa? - ela perguntou.
– Vamos nessa. - respondi.
Os jatos da S.H.I.E.L.D. são supersônicos e isso é bom quando se tem pressa ou não pode se atrasar por vidas em jogo. Nunca havia estado em Washington antes e estava achando um lugar interessante. Não muito diferente de NY para quem cresceu... onde eu cresci. As ruínas do prédio, como falaram, ainda estavam lá e era o ponto de encontro marcado. O Quinjent parou na frente das ruínas destruídas e saímos.
– Sabe, a sua mãe e o meu pai quem destruíram isso tudo. - falou Krys.
– Estou sabendo. - respondi.
– E o Fury, o Wilson e a Hill. - completou Kate.
– Desses aí, vossa alteza só conhece a Maria! - falou Al.
– "Vossa Alteza"?! Para de me chamar assim! Eu tenho nome além de Merida Romanoff Barton!
– E qual é? - perguntou Neo.
Me virei e encarei todos de frente. Enchi o peito, sorri e respondi com orgulho as palavras que eu queria dizer há tempos:
– Me chamo Valente, e sou uma Vingadora.
Neo assobiou e Krys começou a aplaudir. Sorri e os chamei para entrarem comigo, como se fossem minha própria equipe dos Vingadores. Al com armas super modernas; Neo com poderes de eletricidade e, pelo que fiquei sabendo, provocar tremores; Kate luta quase tão bem quanto minha mãe; Krystal, que tem uma mente brilhante e o soro do super soldado; e eu, uma arqueira que também não recuará por qualquer coisa.
Andamos pelo prédio. Todos com coragem, menos Al, que tremia assustado, dando motivos para Neo pregar-lhe peças. Pararam quando Krystal reclamou, dizendo que não era hora para isso com o tom autoritário de seu pai. Mais do que nunca, ela parecia a filha do Capitão América. Se prestasse atenção, poderia ouvir suas orações ao Deus dela para que tudo desse certo. Uma voz masculina ecoa pelo prédio:
– Merida! - gritou.
– Lion! - gritei de volta, perseguindo o grito.
Corro e todos correm atrás de mim. Krys se revela mais rápida que eu, já os outros... nem perto. Eu precisava encontra-lo. Diferente do que eu esperava, encontro Lion amarrado no chão e uma figura de pé na nossa frente. Ela sorri e diz:
– Olá, Meri!
– Jen, você não. Por favor. - falei.
– Mas eu... eu confiei em você! - falou Krys – Como pôde fazer isso? Achei que fosse uma boa pessoa e...
– E serva do seu Deus? - Jen a interrompe – Bom... é, eu já fui. Mas com o tempo, passamos a nos questionar das coisas.
– Você enfraquecer na sua fé é uma coisa, mas uma assassina? - questionei.
– Há mais tempo do que você imagina. - ela respondeu. - Eu fui designada para matar a filha de Barton e Romanoff, e como todas as missões de Lady Blood, foi bem sucedida. Mas, quando a trouxeram de volta, foi pessoal. Já não eram os Barton's e a H.I.D.R.A., nem com os Vingadores ou a S.H.I.E.L.D., agra era pessoal: era eu e você.
– Onde estão os Vingadores? - perguntei séria.
– Ocupados. - ela respondeu.
Pude ouvis o som de golpes e tiros andar de cima.
– É pessoal. Vão e ajudem os Vingadores. - falei, como se em posição de liderança e eles obedeceram, menos Krystal.
– Não vou. Também é pessoal para mim.
Jen, ou melhor, Lady Blood retira a capa preta que usava, revelando todo o seu traje. Ela retira das costas duas adagas, pois seria injusto se ela usasse armas de fogo como as da minha mãe. Preparei uma flecha e ela correu em minha direção, mas usei meus cotovelos para desviar o golpe, mesmo sendo arrincado. Minha mão escorrega e a flecha acertou o teto. Aproveito a deixa e lhe dou uma rasteira, e de imediato, ela cai de costas no chão. Enquanto isso, a agente Rogers (pois é mais conveniente chamá-la assim agora) solta meu namorado e o ergue, tentando levá-lo a um lugar seguro. Lady Blood se afasta tonta, após um chute que lhe dei no rosto e aponto uma flecha para ela.
Ela correu em minha direção, mas eu ainda não era valente o suficiente para tirar-lhe a vida. Não sabia se conseguiria matar Jenipher, a minha cunhada, a minha professora de balé, minha conselheira. Não deveria ter confiado nela. Não conseguia acreditar. Ouso o grito inconfundível de Hulk. Lady Blood sorriu e disse:
– Acho que você já não tem mais muito apoio.
– Mentira! - gritei.
Só então percebendo o fim do barulho de luta no segundo andar. Meu coração quase para. Meus pais. Será que eles e os outros Vingadores estavam mortos? O grito de Hulk foi de dor? Caio de joelhos no chão. Fecho os olhos e espero que não seja verdade.
– Pobre Princesa Merida. Possivelmente órfã. Quer que eu a uma a seus pais?
– Como tem tanta certeza de que eles estão mortos, e não os seus? - questionei.
– Lhe faço a mesma pergunta.
– Posso não ser uma princesa, mas meus pais, Fergus e Elinor, ainda são reis.
– Logo que eu acabar aqui, cuidarei deles.
Me ergui e falei: - Você não vai tocar um dedo na minha família.
Krys e Lion ainda estavam ali. Preparei uma flecha, mas não queria matar Jen na frente do irmão dela. Não queria que o homem que a... que meu namorado me visse matando sua irmã. Ela saca uma arma e diz:
– Vamos acabar logo com isso.
– Não! - gritou Lion, se posicionando na minha frente.
– Lion, isso é pessoal. - falei.
– Por favor, Lion, não quero ferir meu irmão. - falou Lady Blood.
– Você não é mais minha irmã, Jenipher. - Lion cospe as palavras.
– Jen, você não faria isso. - falou Krystal.
– Quer apostar? - perguntou Jen, atirando em Lion.
– Não! - gritei, me agachando e tentando mantê-lo de olhos abertos.
Krystal agarra o pescoço de Lady Blood, mas a própria derruba Krys no chão. Sei que foi de propósito, pois isso a deixou vulnerável.
– Essa é a filha do Capitão América?
– Como sabia? - ela pergunta, parecendo assustada.
– Há muita coisa que você acha que eu não sei, agente Rogers.
– Você nos traiu. Você é um monstro.
– Eu sou alguém, como Lea Mason foi. O que eu era antes da H.I.D.R.A.? Nada! E minha forma de gratidão é essa: uma soldado fiel! Diferente do Barnes, que nos traiu ao salvar a vida de seu pai. E por falar nele, achei que havia herdado sua força!
– Herdei! E sua inteligência também!
Uma flecha atravessou a garganta de Lady Blood. A minha flecha. Eu matei ela. Matei alguém, caramba! Isso é tão...! Não sei dizer. Foi um marco na minha vida e, sem dúvida, uma das maiores reviravoltas. O corpo de Jenipher cai no chão ao lado de Krys, que se levanta e corre até o amigo baleado.
– Meri, você... - ele tenta falar.
– Eu venci! - dei um sorriso triste e choroso – Me perdoe pela sua irmã.
– Perdoar? Ela era um lobo em roupas de ovelha. Sinto muito. - ele começa a fechar os olhos – Eu te a... - seu corpo relacha e seus olhos se fecham.
– Lion, fica de olhos abertos, por favor. - implorei.
– Vou buscar ajuda. - falou Krystal, saindo.
Antes que ela saísse, Albert e Bruce desceram, juntos a meus pais e Thor. Meus pais correram e eu também. Nos abraçamos. Estavam com alguns ferimentos de combate, mas pareciam bem. Minha mãe segurou meus rosto e disse:
– Que bom que está bem.
– Não me perderam de novo! - falei.
– Não deveria ter vindo. - falou meu pai.
– Somos gratos pela ajuda, Lady Merida. - falou Thor sorrindo.
Me viro e percebo que Al e Bruce levavam Lion para o Quinjent. Minha preocupação voltou, mas dessa vez, menor. Ainda estava vivo, e era isso o que importava.
– Na garganta?! - perguntou meu pai surpreso ao ver o corpo de Jen no chão. - É, você mandou bem! Essa é a minha princesa!
– Filha! - ouvimos um grito.
Steve e Tony desciam agora, juntos com Kate e Neo de mãos dadas (?). Steve corre ao ver Krystal, e ela faz o mesmo. Ela literalmente pulou para os braços do pai e recebeu um forte abraço. Estavam a uns três ou quatro metros de mim e de meus pais. Steve a girou no ar e depois se afastou. Ambos choravam.
– Há quantos anos não a vejo, filha!
– Para mim, pareceu uma eternidade.
– E nessa eternidade que passou, você nem mudou muito!
– Mais do que você imagina. Temos muito a conversar.
Se abraçaram de novo. Só não estava feliz porque Lion podia morrer. Eu não queria perde-lo. E depois disso tudo, eu ainda o a... sou apaixonada por ele, e... quer saber? Dane-se!
Eu o amo.
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Espero que tenham gostado! A fic está no final e eu quero muitos comentários para me motivar a continuar! Se puderem... Obrigada por acompanhar até aqui!