Garota Valente escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 26
É pessoal


Notas iniciais do capítulo

Não estou atualizando as outras fics por enquanto porque essa está no final e eu quero muito muitos comentários, por favor! Onde está aquele povo todo que amava essa fic?! Desse jeito, não vou fazer continuação!



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Me observei no espelho do quarto, trajando meu uniforme.

Meu uniforme. Quem diria! Eu me sentia maravilhosa e... madura. Naquele momento, eu me olhei no espelho e falei:

– Nossa, Merida! Você cresceu!

Krystal me manda uma mensagem: "Se apresse!". Peguei meu arco, algumas flechas, fui até o elevador e entrei. Passaram muitos flashbacs da minha vida diante de meus olhos. Momentos bons e ruís. Na Escócia e na América. Como amiga ou como namorada. Como arqueira e como Bailarina. Como princesa rebelde e boa filha de heróis. Sendo eu mesma em todas as minhas faces, que não são poucas. Também pude perceber que todo o meu treinamento para ser uma rainha não me preparou para ser uma heroína.

"Heroína".

Uma palavra forte. Acho que no fundo, é o que eu sempre quis ser. Eu não sabia, mas meu sonho era ajudar as pessoas lutando contra os que fazem o mal, tal como meus pais biológicos. Pode estar no meu sangue. Minha busca por adrenalina na infância e na adolescência sempre foi na verdade isso: genética de espião e coração de heroína. Entro no Quinjent da S.H.I.E.L.D. (provavelmente roubado) que Krys e Kate pilotavam. Lá também estavam Al e Neo. Al sorri e diz:

– Belo traje!

– Lion vai dizer a mesma coisa. - falei rindo.

– Sabe, pelas fotos que você me mostrava e pelo que você falava dele, - começou Neo – achei que Lion fosse gay!

– O que? - perguntei confusa.

– Lion é cristão! - falou Krys.

– BARTON! - gritaram do lado de fora.

– Vai começar. - falou Kate.

Me virei e dei de cara com:

– Hill? - perguntei.

– Volte já aqui!

– Não vai dar! Estou ocupadinha! - respondi, fazendo meus amigos rirem alto.

– "Ocupadinha"! - repetiu Kate rindo.

– Seus pais me deram ordens para te mantes aqui!

– Eu me acerto com eles! - respondi, enquanto Krys fechava a escotilha/porta/sei lá o que.

– Vamos nessa? - ela perguntou.

– Vamos nessa. - respondi.

Os jatos da S.H.I.E.L.D. são supersônicos e isso é bom quando se tem pressa ou não pode se atrasar por vidas em jogo. Nunca havia estado em Washington antes e estava achando um lugar interessante. Não muito diferente de NY para quem cresceu... onde eu cresci. As ruínas do prédio, como falaram, ainda estavam lá e era o ponto de encontro marcado. O Quinjent parou na frente das ruínas destruídas e saímos.

– Sabe, a sua mãe e o meu pai quem destruíram isso tudo. - falou Krys.

– Estou sabendo. - respondi.

– E o Fury, o Wilson e a Hill. - completou Kate.

– Desses aí, vossa alteza só conhece a Maria! - falou Al.

– "Vossa Alteza"?! Para de me chamar assim! Eu tenho nome além de Merida Romanoff Barton!

– E qual é? - perguntou Neo.

Me virei e encarei todos de frente. Enchi o peito, sorri e respondi com orgulho as palavras que eu queria dizer há tempos:

– Me chamo Valente, e sou uma Vingadora.

Neo assobiou e Krys começou a aplaudir. Sorri e os chamei para entrarem comigo, como se fossem minha própria equipe dos Vingadores. Al com armas super modernas; Neo com poderes de eletricidade e, pelo que fiquei sabendo, provocar tremores; Kate luta quase tão bem quanto minha mãe; Krystal, que tem uma mente brilhante e o soro do super soldado; e eu, uma arqueira que também não recuará por qualquer coisa.

Andamos pelo prédio. Todos com coragem, menos Al, que tremia assustado, dando motivos para Neo pregar-lhe peças. Pararam quando Krystal reclamou, dizendo que não era hora para isso com o tom autoritário de seu pai. Mais do que nunca, ela parecia a filha do Capitão América. Se prestasse atenção, poderia ouvir suas orações ao Deus dela para que tudo desse certo. Uma voz masculina ecoa pelo prédio:

– Merida! - gritou.

– Lion! - gritei de volta, perseguindo o grito.

Corro e todos correm atrás de mim. Krys se revela mais rápida que eu, já os outros... nem perto. Eu precisava encontra-lo. Diferente do que eu esperava, encontro Lion amarrado no chão e uma figura de pé na nossa frente. Ela sorri e diz:

– Olá, Meri!

Jen, você não. Por favor. - falei.

– Mas eu... eu confiei em você! - falou Krys – Como pôde fazer isso? Achei que fosse uma boa pessoa e...

– E serva do seu Deus? - Jen a interrompe – Bom... é, eu já fui. Mas com o tempo, passamos a nos questionar das coisas.

– Você enfraquecer na sua fé é uma coisa, mas uma assassina? - questionei.

– Há mais tempo do que você imagina. - ela respondeu. - Eu fui designada para matar a filha de Barton e Romanoff, e como todas as missões de Lady Blood, foi bem sucedida. Mas, quando a trouxeram de volta, foi pessoal. Já não eram os Barton's e a H.I.D.R.A., nem com os Vingadores ou a S.H.I.E.L.D., agra era pessoal: era eu e você.

– Onde estão os Vingadores? - perguntei séria.

– Ocupados. - ela respondeu.

Pude ouvis o som de golpes e tiros andar de cima.

– É pessoal. Vão e ajudem os Vingadores. - falei, como se em posição de liderança e eles obedeceram, menos Krystal.

– Não vou. Também é pessoal para mim.

Jen, ou melhor, Lady Blood retira a capa preta que usava, revelando todo o seu traje. Ela retira das costas duas adagas, pois seria injusto se ela usasse armas de fogo como as da minha mãe. Preparei uma flecha e ela correu em minha direção, mas usei meus cotovelos para desviar o golpe, mesmo sendo arrincado. Minha mão escorrega e a flecha acertou o teto. Aproveito a deixa e lhe dou uma rasteira, e de imediato, ela cai de costas no chão. Enquanto isso, a agente Rogers (pois é mais conveniente chamá-la assim agora) solta meu namorado e o ergue, tentando levá-lo a um lugar seguro. Lady Blood se afasta tonta, após um chute que lhe dei no rosto e aponto uma flecha para ela.

Ela correu em minha direção, mas eu ainda não era valente o suficiente para tirar-lhe a vida. Não sabia se conseguiria matar Jenipher, a minha cunhada, a minha professora de balé, minha conselheira. Não deveria ter confiado nela. Não conseguia acreditar. Ouso o grito inconfundível de Hulk. Lady Blood sorriu e disse:

– Acho que você já não tem mais muito apoio.

– Mentira! - gritei.

Só então percebendo o fim do barulho de luta no segundo andar. Meu coração quase para. Meus pais. Será que eles e os outros Vingadores estavam mortos? O grito de Hulk foi de dor? Caio de joelhos no chão. Fecho os olhos e espero que não seja verdade.

– Pobre Princesa Merida. Possivelmente órfã. Quer que eu a uma a seus pais?

– Como tem tanta certeza de que eles estão mortos, e não os seus? - questionei.

– Lhe faço a mesma pergunta.

– Posso não ser uma princesa, mas meus pais, Fergus e Elinor, ainda são reis.

– Logo que eu acabar aqui, cuidarei deles.

Me ergui e falei: - Você não vai tocar um dedo na minha família.

Krys e Lion ainda estavam ali. Preparei uma flecha, mas não queria matar Jen na frente do irmão dela. Não queria que o homem que a... que meu namorado me visse matando sua irmã. Ela saca uma arma e diz:

– Vamos acabar logo com isso.

– Não! - gritou Lion, se posicionando na minha frente.

– Lion, isso é pessoal. - falei.

– Por favor, Lion, não quero ferir meu irmão. - falou Lady Blood.

– Você não é mais minha irmã, Jenipher. - Lion cospe as palavras.

– Jen, você não faria isso. - falou Krystal.

– Quer apostar? - perguntou Jen, atirando em Lion.

– Não! - gritei, me agachando e tentando mantê-lo de olhos abertos.

Krystal agarra o pescoço de Lady Blood, mas a própria derruba Krys no chão. Sei que foi de propósito, pois isso a deixou vulnerável.

– Essa é a filha do Capitão América?

– Como sabia? - ela pergunta, parecendo assustada.

– Há muita coisa que você acha que eu não sei, agente Rogers.

– Você nos traiu. Você é um monstro.

– Eu sou alguém, como Lea Mason foi. O que eu era antes da H.I.D.R.A.? Nada! E minha forma de gratidão é essa: uma soldado fiel! Diferente do Barnes, que nos traiu ao salvar a vida de seu pai. E por falar nele, achei que havia herdado sua força!

– Herdei! E sua inteligência também!

Uma flecha atravessou a garganta de Lady Blood. A minha flecha. Eu matei ela. Matei alguém, caramba! Isso é tão...! Não sei dizer. Foi um marco na minha vida e, sem dúvida, uma das maiores reviravoltas. O corpo de Jenipher cai no chão ao lado de Krys, que se levanta e corre até o amigo baleado.

– Meri, você... - ele tenta falar.

– Eu venci! - dei um sorriso triste e choroso – Me perdoe pela sua irmã.

– Perdoar? Ela era um lobo em roupas de ovelha. Sinto muito. - ele começa a fechar os olhos – Eu te a... - seu corpo relacha e seus olhos se fecham.

– Lion, fica de olhos abertos, por favor. - implorei.

– Vou buscar ajuda. - falou Krystal, saindo.

Antes que ela saísse, Albert e Bruce desceram, juntos a meus pais e Thor. Meus pais correram e eu também. Nos abraçamos. Estavam com alguns ferimentos de combate, mas pareciam bem. Minha mãe segurou meus rosto e disse:

– Que bom que está bem.

– Não me perderam de novo! - falei.

– Não deveria ter vindo. - falou meu pai.

– Somos gratos pela ajuda, Lady Merida. - falou Thor sorrindo.

Me viro e percebo que Al e Bruce levavam Lion para o Quinjent. Minha preocupação voltou, mas dessa vez, menor. Ainda estava vivo, e era isso o que importava.

– Na garganta?! - perguntou meu pai surpreso ao ver o corpo de Jen no chão. - É, você mandou bem! Essa é a minha princesa!

– Filha! - ouvimos um grito.

Steve e Tony desciam agora, juntos com Kate e Neo de mãos dadas (?). Steve corre ao ver Krystal, e ela faz o mesmo. Ela literalmente pulou para os braços do pai e recebeu um forte abraço. Estavam a uns três ou quatro metros de mim e de meus pais. Steve a girou no ar e depois se afastou. Ambos choravam.

– Há quantos anos não a vejo, filha!

– Para mim, pareceu uma eternidade.

– E nessa eternidade que passou, você nem mudou muito!

– Mais do que você imagina. Temos muito a conversar.

Se abraçaram de novo. Só não estava feliz porque Lion podia morrer. Eu não queria perde-lo. E depois disso tudo, eu ainda o a... sou apaixonada por ele, e... quer saber? Dane-se!

Eu o amo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! A fic está no final e eu quero muitos comentários para me motivar a continuar! Se puderem... Obrigada por acompanhar até aqui!